O deputado estadual Fernando Pacheco vai apresentar aos membros do Cezom – Conselho Empresarial da Zona da Mata – a Plataforma de Bioquerosene e Renováveis da Zona da Mata (PbioZM) – Projeto Minas Macaúba. A iniciativa pretende utilizar o fruto para produzir combustível verde para a aviação civil, servir de vetor econômico e contribuir para a recuperação, principalmente, de pastagens degradadas e também de reserva legal e áreas de proteção permanente (APP).
O projeto será apresentado aos empresários cataguasenses no próximo dia 1º de agosto, a partir das 15 horas, no auditório da FIC, quando será realizada uma apresentação técnica sobre os principais pontos daquele projeto. Segundo explica o deputado, sua função é a de “abrir as portas para que as lideranças políticas e a sociedade conheçam esse projeto que já conta com o apoio de importantes parceiros. Essa iniciativa – completa – alia pilares essenciais para nossa região: impacto social positivo, com geração de renda e trabalho principalmente para o pequeno e médio produtor, além da sustentabilidade”, afirmou Fernando Pacheco.
Lançado oficialmente no ano passado, o projeto da Plataforma de Bioquerosene e Renováveis da Zona da Mata está na fase de engajamento e começa a ganhar contornos mais concretos este ano, com a perspectiva de implantação das primeiras Unidades Técnicas de Demonstração (UTDs) do plantio, uma espécie de modelo do que se pretende fazer em escala, além da primeira biorrefinaria, a ser instalada em Juiz de Fora, neste segundo semestre. A ALMG também já informou que em agosto vai realizar uma audiência pública para debater esse tema, cuja data divulgada posteriormente, completou aquele deputado.
Também está programado, para este ano, o lançamento do edital para adesão de produtores interessados em plantar macaúba, consorciada com outros gêneros alimentícios. Se tudo der certo e o projeto vingar, a expectativa é que, em 2031, a Zona da Mata esteja produzindo cerca de 230 milhões de litros de bioquerosene de aviação, a partir do plantio inicial de 66 mil hectares do fruto. A meta é consorciar o plantio da macaúba com cultivos sazonais, como o feijão e a banana, seguindo a diretriz de aproveitamento do terreno também para produção alimentar. Além disso, pretende envolver mais de 40 municípios da Zona da Mata onde foram identificados 130 mil hectares aptos a receber o plantio de macaúba.
A primeira safra da macaúba, capaz de produzir óleo para biorrefino ou matéria-prima para as indústrias de alimentação e cosméticos, é de cinco anos. Deste modo a expectativa é que, em dez anos, seja possível produzir 230 milhões de litros de combustível. Com alvo de US$ 60 centavos de dólar – R$ 3,77 pela cotação de desta sexta-feira –, Rômulo Veiga estima que, na próxima década, é possível movimentar uma economia em mais de R$ 500 milhões. “Estamos criando um processo de economia circular, com o máximo de eficiência possível de uso de território”, frisou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária.
Com informações do jornal Tribuna de Minas | Fotos: Arquivo e reprodução da internet.