Professores de diversas escolas das redes municipal e estadual de ensino fizeram uma paralisação na manhã desta quarta-feira, 15 de maio, para protestar contra a Reforma da Previdência e contra o corte de trinta por cento dos recursos para a Educação. Todas as escolas públicas de Cataguases estão paradas total ou parcialmente em adesão ao movimento que tem caráter nacional e é, também, uma preparação para a greve geral que está sendo programada para 14 de junho.
Em Cataguases os professores se reuniram na praça da Chácara Dona Catarina, às 9 horas, quando foram proferidos alguns discursos contra a Reforma da Previdência e o corte de recursos para a Educação. A diretora do Sind-UTE Cataguases, professora Rosani Brito, falou com exclusividade ao Site do Marcelo Lopes sobre o movimento. Segundo ela, o que está acontecendo neste momento no país é o “desmonte da Educação, querem acabar realmente com a educação pública em todos os níveis, desde a educação infantil até o curso superior. Por estamos aqui”, disse. Ela comentou ainda sobre a situação da aposentadoria dos professores.
– Veja bem: Eu aposentaria daqui a quatro anos, mas se passar a reforma terei de trabalhar mais quatro, ou seja, oito anos e isso vai fazer com que eu me aposente aos 66 anos. Eu acho que é um desgaste porque nós, professores, temos duas e até três jornadas de trabalho dentro de escola e em casa. Hoje a cada três professores, um está com depressão. Um número assustador. Fora as doenças como pressão alta, LER, problema de coluna, e tantas outras. A situação está mesmo muito difícil e não é só pra gente da educação. É pra todos os trabalhadores do Brasil, afirmou Rosani.
Durante o movimento os professores fizeram uma aula pública, foi falado sobre o desmonte da aposentadoria do trabalhador e da escola pública e iriam avaliar uma passeata até à Praça Rui Barbosa, contou a coordenadora do Sind-UTE em Cataguases.