Adiado para junho acordo para ratear entre municípios os custos do Pronto-Socorro



Após três horas de reunião na tarde desta sexta-feira, 03 de maio, entre a direção do Hospital de Cataguases, prefeitos, secretários municipais de saúde dos municípios da microrregião, Defensoria Pública e os representantes do Ministério Público, os promotores Rodrigo Ferreira de Barros e Fábio Martinolli Monteiro, os municípios vão estudar se aceitam assinar o Termo de Cooperação visando o fortalecimento do Pronto-Socorro do Hospital de Cataguases. O prefeito de Cataguases – como este site publicou anteriormente – reiterou que aceita assinar a proposta. O prazo para darem uma resposta termina no dia 02 de junho.

O Hospital de Cataguases também aceitou assinar o acordo para dar continuidade ao trabalho já desenvolvido. Os municípios pediram tempo para decidir porque alegaram não tiveram acesso à planilha de custos produzida pela Federassantas por ela elaborada sobre aquele Hospital. De acordo com Rodrigo de Barros, “havendo acordo esse Termo de Cooperação vai ser assinado com o fortalecimento de mais cem mil reais do que hoje é repassado a título de pronto-socorro, lembrando que o hospital já recebe, além dos R$ 350 mil atuais, R$ 200 mil por parte da Secretaria de Estado da Saúde a título de fortalecimento da rede de urgência e e R$ 100 mil do Ministério da Saúde como porta de entrada do SUS também, pronto-socorro. Então é um valor que hoje já totaliza aí em torno deu R$ 650 mil e que será acrescido de mais cem mil reais”, explicou.

Aquele promotor também deixou claro que “o que está se buscando é equalizar o custo do serviço. O hospital já deixou bem claro que quer manter o serviço, mas quer mantê-lo sem prejuízo.” E completou: “Não é que o problema financeiro do hospital vai ser superado (com a assinatura do Termo de Cooperação). Mas o financiamento do Pronto-Socorro e da rede de urgência, aí acreditamos nós, que de acordo com os dados do próprio hospital, este financiamento vai estar equalizado.”

O provedor do Hospital de Cataguases, José Roberto Furtado, disse ao Site estar satisfeito com o resultado da reunião. “Saio daqui com a expectativa melhor possível. Nós precisamos chegar a uma solução para todo o mundo, para a sociedade os municípios. Agora, precisa de compreensão que nós não estamos aqui para nenhum enfrentamento, nem para conflito. Só que não poderíamos mais sustentar essa situação” (de manter o serviço de pronto-socorro com prejuízo), explicou. Ele garantiu que a nova proposta que vai injetar mais R$ 100 mil no Pronto-Socorro atende a necessidade da entidade e o novo prazo para uma definição por parte dos municípios não vai complicar a situação do Hospital, garantiu, finalizando estar saindo da reunião melhor do que entrou.

Único a anunciar oficialmente que aceita o Termo de Cooperação que vai custar ao município o desembolso mensal de mais de R$ 35 mil reais ao Pronto-Socorro, dos atuais R$ 352 mil para mais de R$ 386 mil, o prefeito de Cataguases, Willian Lobo de Almeida, gostou do resultado da reunião. “Eu acho que a população espera de nós uma melhoria no atendimento, uma melhor resolutividade, e Cataguases, como sempre, vai fazer um esforço para estar cumprindo, mas também exigindo do órgão prestador de serviço que também cumpra com suas responsabilidades”, contou.

Já o prefeito de Astolfo Dutra, Bruno Ribeiro, disse à reportagem que vai assinar o Termo de Cooperação proposto. “Nós queremos ajudar e só pedimos tempo para conhecer a planilha de custos do Hospital, mas não queremos e não vamos ser empecilho para nada”, garantiu. Um pouco mais reticente, mas não contrário à proposta, o prefeito de Itamarati de Minas, Hamilton de Moura Filho, disse estar “à espera do que vai acontecer. Vou levar o Termo de Cooperação para o advogado ler e analisar. A nossa tendência é ajudar o hospital, acho que a população tem que ser tratada com respeito. Se fizer isso Itamarati está disposto a ajudar como puder”, finalizou.