Em Ubá, meninos com idade entre 12 a 13 anos já podem ser vacinados contra o HPV pelo Sistema Único de Saúde – SUS. A vacina foi incorporada ao calendário Nacional de vacinação no ano de 2014, para meninas na faixa etária de 9 a 13 anos e desde então começaram a receber duas doses do esquema vacinal.
Em Ubá, a responsável pelo setor de Imunização da Secretaria Municipal da Saúde, Andiara Rosa Marcelo, informou que todas as Unidades Básicas de Saúde com sala de vacinação já estão disponibilizando a vacina para os meninos. "Não se trata de uma campanha, portanto não haverá um "dia D" de mobilização. As unidades já estão preparadas para receber os garotos dentro da faixa etária para atualização do cartão, não só com HPV, mas como outras vacinas que pertencem ao calendário", disse Andiara.
A vacinação para o sexo masculino visa proteger contra câncer de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. A intenção é a mesma do público feminino, imunizar as crianças antes que tenham iniciado a vida sexual e possivelmente tenha contato com o vírus.{{banner-interno}}
Já estão abertas inscrições para cursos em Tecnologia da Informação oferecidos gratuitamente pela Universidade Aberta Integrada (Uaitec) em Muriaé. Ao todo são ofertadas 24 mil vagas em diversas unidade de Minas Gerais, como a existente naquela cidade. A informação é da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes).
Os alunos poderão optar por Desenhista de Produtos Gráficos, Analista de Mídias Sociais, Desenvolvedor de Jogos Eletrônicos, Programador de Dispositivos Móveis, Programador Web e Programador de Sistemas.
As inscrições poderão ser feitas entre os dias 17 de janeiro e 10 de fevereiro pelo portal uaitec.mg.gov.br. Após a confirmação do cadastro, o aluno deve se dirigir a um dos polos, levando a documentação exigida para realização da matrícula no curso desejado. As vagas serão preenchidas por ordem de chegada e o material didático completo será distribuído no começo das aulas, previstas para março.
A duração é de três meses, com carga horária total de 200 horas, na modalidade semipresencial. Todas as opções de cursos na área de tecnologia da informação terão acrescidas 40 horas de empreendedorismo e inovação.
A unidade do UAITEC de Muriaé fica na rua Itagiba de Oliveira, 410, Barra, próximo ao Centro Educacional Dom Delfim. O telefone de contato é (32) 3721-0993.{{banner-interno}}
A arquiteta Elisabete Kropf promove gratuitamente várias palestras em escolas do ensino médio de Cataguases, públicas e privadas, e também na FIC (Faculdades Integradas de Cataguases) com o tema "Preservação do Patrimônio Cultural de Cataguases: O turismo sustentável e os bens modernistas tombados". A iniciativa é parte do Projeto CATS - Congresso de Arquitetura, Turismo e Sustentabilidade, do qual ela é fundadora e coordenadora geral há vários anos - sendo que a última edição do evento aconteceu em outubro de 2016. O Congresso é executado através Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com o patrocínio das empresas Energisa, Zollern e Bauminas.
Elisabete conta que durante suas palestras ela apresenta aos alunos um pequeno histórico sobre a fundação de Cataguases, seus monumentos tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), explicando temas como patrimônio, preservação, tombamento, histórico e conceituação do turismo, entre outros. "Em 2016, antes das palestras, realizei uma pesquisa para saber o grau de conhecimento desses alunos em relação a tombamento e preservação dos imóveis tombados da cidade. A pesquisa foi elaborada em parceria com a FIC, através dos professores Thiago Bittencourt e Bruno Carlos Alves Pinheiro, e das alunas Roberta Vargas, Raquel Reis, Tays Costa e Débora Silva, além da empresa Auctor", conta a arquiteta.
Segundo ela, os resultados, bastantes surpreendentes, foram divulgados durante a mesa redonda "Cataguases e o Modernismo: Cultura, Identidade e Patrimônio - Desafios e Perspectivas para a sua Preservação", no segundo dia da última edição do congresso, realizado em outubro do ano passado. Participaram dela, além de Elisabete, Célia Corsino (museóloga e superintendente do IPHAN-MG), Soraia Farias (arquiteta e diretora de conservação e restauração do IEPHA-MG) e Marcos Olender (arquiteto e professor da UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora).Os resultadosA arquiteta Elisabete Kropf entrevistou 1654 alunos do ensino médio, sendo 1425 de escolas públicas e 229 de particulares, a grande maioria moradoras de Cataguases há mais de 10 anos, sendo que 59% do público pesquisado era do sexo feminino. Segundo ela, 88% dos estudantes pesquisados sabiam que na cidade há algum prédio tombado, sendo o Cine Edgard e o Colégio Cataguases os imóveis mais mencionados. "Quando perguntamos sobre quais residências os alunos conheciamm como tombadas, 35% dos alunos das escolas públicas e 20% das particulares não tinham conhecimento de nenhum imóvel particular tombado. Uma vez que a maioria relatou que estuda na cidade desde o ensino básico, isso nos faz refletir se a educação patrimonial no ensino básico está mesmo funcionando", observa.
Para ela, "como a grande parcela dos alunos desconhece alguma residência tombada, e como as casas não possuem placas de identificação, fica mesmo difícil para a população perceber que aquele determinado imóvel é tombado". Outro dado significativo surgiu quando foi perguntado aos alunos sobre a finalidade do IPHAN.
Segundo Elisabete, 70% deles entendem que o instituto ajuda a preservar o patrimônio, enquanto que menos de 40% sabe que ele é o responsável pelos tombamentos. Mas 20% dos alunos de escolas públicas e 14% de alunos das instituições particulares sequer sabem o que é o IPHAN. "Isso nos faz pensar sobre como poderíamos considerar esses mesmos percentuais a respeito do IPHAN em relação às famílias destes estudantes ou mesmo como seriam os resultados desta mesma pergunta entre os alunos do ensino básico", analisa.
A pesquisa da arquiteta Elisabete Kropf também mostra a relação dos estudantes com o turismo patrimonial. O tema surgiu quando foi perguntado aos alunos o que eles achavam sobre Cataguases receber turistas de outras cidades para conhecer os imóveis tombados. A grande maioria (mais de 80%) acredita que o movimento destes turistas ajuda na economia local.
Essa mesma pesquisa foi aplicada também para 450 alunos de graduação da FIC, e os resultados foram ainda mais preocupantes, segundo a arquiteta. "Ficou demonstrado que 15% dos alunos de nível superior não conhece nenhum dos prédios tombados apresentados e 49% não conhece nem mesmo o Colégio Cataguases", conta ela, acrescentando que "este dado nos preocupa e faz refletir se existe educação, divulgação e identificação adequadas dos patrimônios de Cataguases para os alunos de nível superior e para moradores de outras cidades que frequentam as faculdades da cidade".
A mesma pergunta feita aos alunos do ensino médio sobre a finalidade do IPHAN foi repetida para os estudantes da FIC. Os resultados, segundo Elisabete, apontaram que a porcentagem dos que acham que o IPHAN prejudica a cidade (7%) é mais de três vezes maior que a do ensino médio (2%), e os que acham que ele ajuda a cidade (65%) é 6% inferior ao que responderam os estudantes do ensino médio (71%).
"A gente pode concluir com esses dados que os alunos que estudam na FIC e que não moram em Cataguases não têm o mínimo de conhecimento a respeito da cidade e seu tombamento, usando a cidade sem conhecê-la. E também, à medida em que há um aumento na idade dos alunos, comparando-se ensino médio e alunos da FIC, o conceito em relação ao IPHAN piora. Acredito que isso ocorra pelo fato de esses alunos já terem tido alguma experiência com o instituto ou terem tido conhecimento de alguém que já tenha tido, e que tenha ficado insatisfeito com essa relação", observa Elisabete.
Para ela, esta pesquisa teve como principal meta alertar a sociedade e também o poder público para que sejam implementados programas e projetos eficazes destinados à preservação da cidade, incorporando suas potencialidades turísticas e de desenvolvimento sustentável, com o envolvimento das três esferas de governo, as entidades representativas e a participação cidadã. "É necessário acercar a população do meio em que ela vive, fazer com que as pessoas conheçam a história de sua cidade, e que, a partir daí tenham pertencimento por ela, além de socializar a necessidade das ações referentes ao patrimônio e os benefícios sociais e econômicos que podem trazer", lembra a arquiteta, para quem cultura e turismo podem ser geradores de emprego e renda, "permitindo a criação de amplo espectro de atividades fomentadoras de trabalho em diversos setores como a prestação de serviços, o turismo e o lazer, e que encontra no patrimônio histórico um de seus principais pilares de atratividade".
Segundo a arquiteta Elisabete Kropf, o patrimônio, a cultura e a memória de uma cidade são traduzidos em inúmeras formas, desenhos e elementos urbanos. "Viver em contato com estes elementos permite construir o legado cultural e a sensação de continuidade, sem deixar de vivenciar o presente", finaliza. A apresentação completa da pesquisa pode ser encontrada no site do www.catscataguases.com.br
O CATS é um projeto executado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, patrocinado pela Energisa, Zollern e Bauminas.{{banner-interno}}
Cataguases arrecadou R$ 14.213.879,14 em tributos entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2016, segundo dados o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A quantia é maior que o total pago pelos moradores da cidade nos doze meses de 2015, quando o montante atingiu R$ 13.783.771,73, segundo a entidade.
Nos cinco primeiros dias de 2017, os cataguasenses já pagaram R$ 240 mil em impostos, taxas e contribuições. No estado de Minas Gerais, de 1º a 5 de janeiro deste ano, foram arrecadados R$ 2,3 bilhões em tributos. No Brasil, o montante atinge R$ 200 bilhões.
De 2015 para 2016 os cataguasenses recolheram R$430.107,41 a mais em impostos para os governos municipal, estadual e federal. Em Leopoldina este valor foi de R$ 7.479.509,73, cem mil a mais do que em 2015. Em Recreio e Argirita foram arrecadados aproximadamente R$ 240.000,00 e R$ 219.000,00, respectivamente. Já a população de Muriaé pagou R$35 milhões em impostos durante todo o ano passado.
Em todo ano de 2016, os brasileiros pagaram mais de R$ 2 trilhões. "Pelo segundo ano consecutivo, o Impostômetro chega nesse valor. Mas, nesses dois anos, o PIB caiu mais de 7% e a atividade econômica se retraiu muito. E mesmo assim chegamos a esse montante, em razão da inflação alta no período", afirmou Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). "Com preços mais altos, os valores arrecadados em tributos também crescem, uma vez que incidem sobre os preços finais", completou.
O Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo, é o medidor criado pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) para aferir o volume de impostos pagos pelo contribuinte. As arrecadações municipais são obtidas através dos dados da Secretaria do Tesouro Nacional, dos municípios que divulgam seus números em atenção à Lei de Responsabilidade Fiscal, dos Tribunais de Contas dos Estados.{{banner-interno}}
As diretrizes de modelo assistencial e financiamento das unidades de Pronto Atendimento (UPAs) foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 4 de janeiro, por meio da Portaria 10/2017 do Ministério da Saúde. Os 50 artigos da publicação trazem uma série de medidas que regulam o funcionamento dessas unidades, que vão desde a classificação de perfis a quantidade mínima de médicos. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta os gestores municipais sobre as exigências.
De acordo com a normatização, as unidades de pronto atendimento são divididas em três perfis: UPA 24h, UPA 24h Nova e UPA 24h Ampliada, conforme a complexidade do atendimento que podem oferecer e o número de habitantes da área da abrangência. Elas poderão funcionar com dois médicos, um diurno e um noturno, definição que pode atingir todos os tipos de unidades, independente do porte do Município. Anteriormente, a exigência era de no mínimo quatro médicos, sendo dois por turno.
Com as mudanças, a decisão da proporção de profissionais será definida por cada gestor local, em atendimento às determinações legais de garantia do efetivo funcionamento da unidade e de atender o mínimo obrigatório de um profissional por turno. Também passa a ser responsabilidade do gestor o número de profissionais, incluindo médicos, da equipe assistencial da UPA 24 horas, com base na necessidade da Rede de Atenção à Saúde (RAS) e nas normas em vigor.
A portaria estabelece ainda que caberá ao gestor definir o quantitativo de profissionais suficiente, de acordo com a capacidade instalada e o quadro de opções de custeio. Se ele optar por manter dois médicos, receberá o incentivo financeiro de R$ 50 mil para custeio da UPA e deverá cumprir pelo menos 2.250 atendimentos médicos por mês. Esse valor e a quantidade mínima de atendimentos aumentam gradativamente, de acordo com a capacidade operacional de funcionamento e do número de profissionais distribuídos por turno. O máximo pela portaria é de nove médicos e o valor para esse perfil é de até R$ 250 mil, se for 24h, ou até R$ 300 mil, se for 24h ampliada.
A partir das orientações, a CNM aconselha aos gestores promoverem uma análise da situação e da rede de saúde microrregional para que assim se tenha a real necessidade de abertura da UPA. Dependendo do porte do serviço e da localização, o custeio municipal para a UPA pode passar de R$ 500 mil/mês, alerta a entidade. Dentre as justificativas para tal alerta, está o fato de a entidade vir acompanhando a situação das UPAs, ao longo dos últimos anos e de ter verificados atrasos de repasses para finalização de construções e para custeio dos serviços, tanto por parte do governo federal quanto dos Estados.
Além disso, a Confederação lembra que as previsões apontam para a manutenção do cenário de crise nas Prefeituras, o que também deve ser considerado pelos prefeitos antes de implantarem as unidades.{{banner-interno}}