Uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas em um acidente ocorrido na manhã deste domingo (20) na MG-265, no trecho que liga Miraí a Muriaé/MG. O motorista do veículo envolvido no acidente não foi localizado.
Militares do Corpo de Bombeiros e profissionais do SAMU foram acionados. O passageiro do veículo, que estava no banco da frente morreu no local, já os dois ocupantes que estavam no banco traseiro ficaram presos no interior do veículo.
Até o fechamento desta matéria a identidade da vítima não havia sido divulgada. (Fotos: Rádio Muriaé)
{{banner-interno}}Uma carreta carregada de polietileno tombou na manhã deste domingo, 20 de agosto, na BR-116, próximo ao trevo de acesso ao distrito de Itamuri, em Muriaé/MG (64 km de Cataguases). No interior do veículo estava um casal e duas crianças, todos foram socorridos com ferimentos leves e levados para o hospital daquela cidade.
O veículo saiu de Camaçari/BA e tinha como destino final Duque de Caxias/RJ. Em uma curva a carreta tombou, se arrastou e parou do lado de fora da pista. A carga se espalhou pelo mato.
O condutor, sua esposa e os dois filhos do casal, um bebê de 9 meses e uma criança de 2 anos, tiveram ferimentos leves. Eles receberam os primeiros atendimentos dos profissionais do SAMU e dos bombeiros ainda no local e em seguida foram encaminhados para o Hospital São Paulo.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também compareceu ao local e ficou responsável pelo registro da ocorrência. A causa do acidente ainda será apurada. (Fotos: Rádio Muriaé){{banner-interno}}
A Cerqueiras Publicidades, considerada a maior rede de TVs e Painéis online da região, vem desenvolvendo um trabalho inédito na Zona da Mata com seus sistemas de comunicação visual – TV’s Full HD Online e Painéis Urbanos de Led – atualizados diariamente com publicidades, notícias, campanhas de venda em tempo real, liquidações, entre outros assuntos de interesse público.A empresa está ingressando em uma nova etapa, ampliando sua atuação na região, conforme informa seu sócio proprietário, João Bosco Cerqueira. A partir de setembro ela estará presente também nas cidades de Argirita, Recreio, Laranjal e Palma. Além das TVs e Painéis Urbanos online, a Cerqueiras Publicidades possui áreas para colocação de painéis em pontos estratégicos destas cidades, o que permite uma maior visibilidade do produto anunciado, acrescenta.
Com uma nova visão de mercado e com objetivo de atingir cada vez mais consumidores nas cidades onde atua, a empresa possui atualmente mais de 60 TV’s online espalhadas em Cataguases, Leopoldina, Astolfo Dutra, Dona Euzébia, Santana de Cataguases e Itamarati de Minas. Ela conta também com dois Painéis Urbanos localizados em pontos estratégicos na região central de Leopoldina, com anúncios, farmácias de plantão, promoções de supermercados e lojas, além de notícias diárias do site O Vigilante Online e, em Cataguases, com informações do Site do Marcelo Lopes.
João Bosco Cerqueira, juntamente com seu sobrinho e sócio, Fernando Cerqueira, esclarecem que o sucesso deste tipo de serviço é o resultado de vários fatores analisados com cautela e profissionalismo, citando como exemplo os locais em que os circuitos são instalados. De acordo com o publicitário João Bosco, mais conhecido por Bosquinho Cerqueira, pontos de grande concentração popular (Casas Lotéricas, Pague-Fácil, Restaurantes, Hospital, Lanchonetes e Academias, dentre outros), proporcionam uma média de 100 mil consumidores por mês que são impactados com a publicidade veiculada no circuito de TV’s e Telões. Ele coloca-se à disposição dos interessados para qualquer esclarecimento pelo pelos telefones 32-99940-2086 ou 32-98894-6624. (Fotos: Júlio César Cabral/O Vigilante Online)
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A Polícia Rodoviária Federal de Leopoldina e a Polícia Civil de Minas Gerais deflagraram no início da manhã deste sábado, 19 de agosto, a Operação Rave 2, com o objetivo de fiscalizar veículos que transitam pela BR-116. Durante a operação, que começou às 9 horas e foi centralizada no Posto da PRF de Leopoldina/MG, localizado no Km 768 da rodovia, diversos veículos foram fiscalizados. Os resultados preliminares da Operação revelam a lavratura de 9 Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCOs), um Boletim de Ocorrência foi registrado e o encaminhamento de um menor (17 anos) entregue ao Conselho Tutelar de Leopoldina. Também foram apreendidas drogas ilícitas durante a operação, dentre elas pequenas quantidades de LSD, ecstasy, maconha, loló, lança perfume e haxixe, utilizadas para consumo. Onze usuários foram qualificados, todos com destino à uma festa Rave. Estavam presentes no Posto da PRF o delegado de plantão da Polícia Civil e o escrivão, dando celeridade aos encaminhamentos.Por volta das 17h40min um veículo Fiat Toro Freedom, placas de Itaboraí/RJ, que seguia com destino à festa rave, foi abordado pelos policiais, que constataram tratar-se de um automóvel clonado original com ocorrência de roubo/furto. Os quatro ocupantes do veículo foram conduzidos à presença do Delegado de Polícia Civil para as devidas providências.
O Chefe da 7ª Delegacia da PRF em Leopoldina, Inspetor Américo Cabral, informou que doze Policiais Rodoviários Federais participaram da Operação. O Inspetor explicou que na sexta-feira (18) conversou com o Delegado Regional da Polícia Civil em Leopoldina, Carlos Eduardo Santos Rodrigues, a respeito da operação que seria realizada. "Ele imediatamente disponibilizou toda equipe daquela Delegacia para atuar na fiscalização, portanto, agradeço o apoio incondicional da Polícia Civil, através do Delegado Regional e também ao Delegado de Polícia Pedro Jahara, que se dispôs a vir aqui, onde está de plantão, para dar maior celeridade ao trabalho das Polícias Rodoviária Federal e Civil", destacou Américo.De acordo com o Inspetor Silveira, 8 policiais, além do Delegado Pedro Jahara e o escrivão de polícia Carlos participaram da Operação pela Polícia Civil. Para o Delegado, a atuação conjunta da Polícia Civil com a PRF é excelente, e quem ganha, acima de tudo, é a sociedade: "Nós conseguimos com estas apreensões demonstrar a força do Estado em fiscalizar e apreender estas substâncias ilícitas e proporcionar uma maior tranquilidade para a nossa região", enfatizou o Delegado. (Fotos: Polícia Rodoviária Federal-Leopoldina e Júlio César Cabral/O Vigilante Online)
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Joaquim Branco ("Refugiados") e Ronaldo Werneck ("Sob o signo do imprevisto") lançam livros juntos no próximo dia 09 de setembro, a partir de 19 horas, na Chácara Dona Catarina, em Cataguases. Não é lá muita novidade esse lançamento em conjunto, dada a longa amizade entre os dois poetas. Longa e proveitosa: como veremos mais adiante, acabou que um escreveu sobre o livro do outro e o outro também escreveu sobre o livro do outro. Tudo dentro da mais perfeita mineiridade.
Vem do longe de suas mocidades a ligação entre os poetas cataguasenses Joaquim Branco e Ronaldo Werneck, uma amizade que já dura pra lá de meio século. Eles pintaram (perdão, escreveram) e bordaram (perdão, desenharam gráfica e visualmente seus poemas) desde o início dos anos 1960, editando suplementos literários e jornais "de vanguarda", como se dizia à época, com repercussão até mesmo internacional. O Muro, de 1962; SLD, de meados dos 60; Totem e Tabu, anos 70/80.
Participaram também dos vários movimentos poéticos que foram surgindo – concretismo, práxis, poema processo, poema postal – e seus poemas visuais foram publicados no Brasil e lá fora. Criaram ainda peças de teatro e dois festivais de música & audiovisual (1969-1970) que deram o que falar em todo o país. E a atividade conjunta dos dois não para: nos últimos anos continuaram a editar alguns suplementos literários esparsos e recentemente realizaram uma grande exposição em homenagem aos 90 Anos da Revista Verde, editada em Cataguases na década de 1920.
Encontram-se a seguir os dois textos de Joaquim e Ronaldo, cada qual falando sobre o livro do outro, o que de certa forma atesta o que Rosário Fusco chamou de "igrejinha cataguasense" em carta de 02 de junho de 1976 endereçada a Ronaldo Werneck: "Você me cita no prefácio do livro do Quincas (Joaquim Branco) e o Cabral (Francisco Marcelo) me cita no prefácio de seu livro. Isso dá a impressão de que existe uma igrejinha cataguasense, mais nordestina do que mineira – o que não é bom. Creio que seu amigo Ezra Pound, na conjuntura, lhe proporia a seguinte charada inconsequente que psicografo por estranha força do astral: eu te cito/ você me cita/ na área do consumito/ você apita/ se eu apito/ no mesmo apito/ nada comum/ pois que o dito/ só clama aflito/ o pobre mito/ de cada um'. Abraços do Rosário".
O POETA, ESSE REFUGIADORonaldo Werneck
"De frio e fome/ cobertos apenas pela chuva/ eles morrem às dezenas,/ vindos do país do nada/ para o nada caminhando" – escreve Joaquim Branco na abertura de seu poema "Refugiados", que dá título a esse novo e belo livro do poeta cataguasense. Não foi à toa que Platão expulsou os poetas da República, deixou-os fora do Banquete. Quando conscientes, poetas são perigosos. Poetas apontam o caos do cotidiano. Poetas são refugiados do sistema. Poetas são refugiados até mesmo da literatura.
E refugiados podem um dia insurgir, recusar, rebelar-se contra as injustiças: "Caminham em paralelas/ para o infinito ou para a morte/ sobre os trilhos que os libertem/ da difícil batalha contra a sorte". Exatamente como fazem os poetas da recusa, antenados com o mundo à sua volta. Não só com poemas participantes, de protesto, como com aqueles outros, os poemas visionários, antecipadores, que vão de encontro à arte tradicional. Nada mais são que também refugiados esses poetas que fabricam seus poemas de recusa. "Braço que acusa o acaso", escreveu Augusto de Campos em sua elegia para o poeta Mário Faustino, o ´aeromorto´. O mesmo Augusto que nos diz em seu livro "Poesia da Recusa" (Ed. Perspectiva, 2006): "Em defesa de Mallarmé, afirmou Valéry, certa vez, que o trabalho severo, em literatura, se manifesta e se opera por meio de recusas. A melhor poesia que se praticou em nosso tempo passou por esse crivo. Da recusa estética (Mallarmé) à recusa ética (Tzvietáieva), se é que ambas não estão confundidas numa só, essa poesia, baluarte contra o fácil".
E Augusto se estende em seu rol de recusas: "A maioria das pessoas quer o consolo do entretenimento, arte fácil e descartável para descansar a cabeça, ‘esquecer da vida’, e não para problematizar-se. O que quer, afinal, Mallarmé, com tantos enigmas? Conhecer-se. Romper os limites da linguagem para compreender e exprimir melhor as angústias humanas diante do enigma supremo da vida e da morte. Revitalizar a própria linguagem, dando-lhe um sentido mais puro".
Exatamente o que quis e quer Joaquim Branco em seus longos anos de ofício literário. Nós nos conhecemos – melhor, nos aproximamos e começamos a trocar ideias e dar início à fabricação de nossos projetos literários – lá nos longes de uma Cataguases dos anos 1960. Uma amizade que se solidifica a cada minuto, que é também (evoé, Cassiano Ricardo!) "um século XX", já devidamente extrapolada para este século XXI.
E conhecer o homem, o amigo Joaquim Branco, é conhecer um ser em toda a sua dignidade, um intelectual íntegro, é saber das "recusas" representadas por seus trabalhos – da qualidade, da coerência de sua obra que se perpetua em sua já longa trajetória. É saber de suas incursões pelos vários movimentos que foram surgindo – concretismo, práxis, poema processo, poema postal, poema visual – que demonstraram o poeta atento ao seu tempo.
E essa "curiosidade" – impressa na produção de poemas que remetem a esses movimentos, como os que se encontram em seu novo livro, com suas artesanias & artimanhas de expressiva visualidade – me faz lembrar as investidas do citado Cassiano: exatamente como o Joaquim de hoje, um poeta já de "longo curso", que também participou ativamente dos movimentos da poesia concreta e da poesia práxis, antes de criar os seus linossignos.
"Refugiados" revela novíssimos poemas, grande parte escritos em 2017, e traz uma bela capa idealizada pela filha do poeta, Natália Tinoco – que imprimiu ótimo tratamento na foto dos refugiados, alguma coisa meio "flou", impressionante, como se suas almas pairassem sobre eles. O livro demonstra mais uma vez a vitalidade de Joaquim Branco – a quase magia de perpassar pelos vários momentos atravessados pela vanguarda nas últimas décadas sem perder a autenticidade, sem se deixar levar por aqueles falsos criadores de meras cópias, de simples pastiches.
Esses poemas, como sempre tonificados por instigantes pedras-de-toque, têm sua marca, sua assinatura, essa dicção própria e sempre inovadora que há muito tempo me fascina. Às vezes seus versos brancos e livres podem nos lembrar alguma coisa dos primórdios do modernismo, mas logo percebemos terem a chancela inconfundível dos versos "branco Joaquim", articulados por harmônicos enjambements.
Em 1939, ao perder seu grande amigo, o poeta inglês W.H. Auden escreveu Funeral Blues, uma das mais belas elegias de todos os tempos, que ficou mais conhecida pelo filme "Quatro Casamentos e um Funeral". Na ótima tradução de Nelson Ascher, transcrevo os dois derradeiros quartetos, e logo digo o porquê: "Era meu norte, sul, meu leste, oeste, enquanto/ viveu, meus dias úteis, meu fim-de-semana,/ meu meio-dia, meia-noite, fala e canto;/ quem julgue o amor eterno, como eu fiz, se engana.// É hora de apagar estrelas — são molestas —/ guardar a lua, desmontar o sol brilhante,/ de despejar o mar, jogar fora as florestas,/ pois nada mais há de dar certo doravante".
E agora sim, o porquê da citação de Funeral Blues: em 2014, Joaquim Branco perde sua esposa e logo escreve uma também pungente elegia, "Folhas Caídas", que se encontra nesse livro "Refugiados". Ele parte da canção popular "Se essa rua fosse minha", mas inverte o sentido satírico, parodístico, produzindo versos de extrema delicadeza, de intensa comoção. Um poema pautado pela perda, mas que não acena para "apagar estrelas" como o de Auden – antes sinaliza para o súbito acender de uma nova estrela, pelo ascender da amada que partiu. Termino com esse tocante poema de Joaquim Branco para Sonia Regina, comovido como da primeira vez que o li:
FOLHAS CAÍDAS
Na via-crucis desta ruamora um anjo que se chama Sonidão.Se eu pudesse eu mandava ladrilharseus passos para que ficassemna terra que os viu passar.
Na via-láctea do sonho, uma estrelano céu da tarde se fezalém de Órione vai brilhar pela primeira vezno voo orbital do Sol.
Na via-férrea deste outono– entre folhas caídas –uma entre mil outras renasce,como se o céu se abrissepara não deixá-la cair(injustamente)para semprena impossibilidadedo não-ser.
"Refugiados", de Joaquim Branco.Editora do Autor, Cataguases 2017RS 25,00
"UM ROSÁRIO VALE TRÊS TERÇOS"Joaquim Branco
Ronaldo Werneck me pede para prefaciar o seu novo livro sobre Rosário Fusco. Difícil tarefa, porém tentadora. Impossível deixar de atender. Trata-se de dois grandes amigos (um, já falecido) e em relação aos amigos geralmente não se tem uma dimensão por assim dizer justa de avaliação.
Por outro lado, nesse caso a empreitada torna-se até fácil. Vejam por quê.Não contando, anteriormente, meu conhecimento de sua obra, convivi com Rosário Fusco por cerca de 10 anos em Cataguases, na sua casa da Granjaria, bairro onde hoje moro.
Com Ronaldo, desde a infância, tive longa convivência, quando jogamos botão, bafo-bafo, bola, sinuca e, mais tarde, frequentamos escolas, criamos suplementos, antologias, festivais – quase tudo que se pode (e não se pode) esperar de jovens amigos.
Com Fusco, aprendi o que a universidade não pode dar: o savoir faire literário, o que é um verdadeiro romancista, a coragem, o medo e o desafio da escritura: "com quantos paus de faz uma canoa estética e existencial" (como ele dizia). De vez em quando, sempre pela manhã, bem cedo, me chamava a sua casa. "Abunde-se" – dizia ele. Eu me sentava e ouvia/via sua atuação teatral, abusiva, descentrada e centrada, quando à minha frente desfilava um mundo de literatura, filosofia, arte, ciência e tudo que saía de seu talento fulgurante. Outras vezes, parecia nostálgico, misterioso, com seu robe preto, a me receber de cabeça baixa, dostoievisquiano, monossilábico. Queria me confessar algo... Dividi muitas experiências com Ronaldo, vivemos os trepidantes anos 60 da contracultura e das vanguardas, os sonhos dos 20 anos, namoros e festas e farras etc. Daí mais do que justo que eu prefacie este seu livro feito de vivências do homem e escritor Rosário Fusco, pois é impossível separar os dois.
O leitor que se prepare. Aqui conhecerá a (a)ventura imperdível de um romancista que excede o romance e extrapola todos os limites da criação literária – e por que não dizer? – humana? Além de farta documentação de uma história de vida, ilustrações com fotos, pedaços de poemas, de bilhetes, suas boutades, opiniões sobre outros artistas, onde tudo excede e quase nada se explica.
O livro registra muito do que Ronaldo presenciou, leu e aprendeu – de detalhes pessoais a confissões "inconfessáveis", de reuniões noite a dentro a tiradas criativas sobre a natureza dos homens e a especificidade das mulheres. Portanto, este trabalho de Ronaldo Werneck, que pode ser o pórtico para uma futura biografia do autor (fica a sugestão) vai direto à curiosidade do leitor, que certamente gostará de conhecer algo mais sobre esse "vulcão das gerais" e que, em tom de brincadeira, disse certa vez para nós: "Um Rosário vale três terços".
"Sob o signo do imprevisto", de Ronaldo Werneck.Poemação Produções, Cataguases, 2017 – R$ 25,00{{banner-interno}}