O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou de surpresa de Cuba nesta segunda-feira, após mais de dois meses se recuperando de uma cirurgia contra o câncer que ameaça encerrar seus 14 anos na Presidência do país exportador de petróleo, disseram ministros e o próprio Chávez.
O líder socialista, de 58 anos, passou por uma operação com seis horas de duração em Cuba no dia 11 de dezembro. Chávez não era visto nem ouvido em público desde então, até que fotos dele foram publicadas na sexta-feira.
"Voltamos à pátria venezuelana. Obrigado, meu Deus! Obrigado povo amado. Aqui continuaremos o tratamento", disse Chávez no Twitter.
Assessores confirmaram a notícia do retorno do presidente.
Havia especulações de que Chávez não estaria bem o bastante para viajar apesar de desejar voltar à Venezuela para dar prosseguimento ao tratamento contra o câncer, que foi diagnosticado pela primeira vez em junho de 2011.
Mas o vice-presidente Nicolás Maduro disse que Chávez desembarcou de madrugada e estava internado em um hospital militar de Caracas.
O retorno de Chávez certamente será comemorado por seus simpatizantes no país com 29 milhões de habitantes, onde suas políticas de bem-estar social fizeram dele um herói para os pobres.
Fogos de artifício foram ouvidos em alguns bairros de Caracas após a divulgação da notícia da volta do presidente, e muitos "chavistas" celebraram nas ruas.
COMEMORAÇÃO COM FOGOS
O vice-presidente Maduro disse que Chávez desembarcou de madrugada e estava internado em um hospital militar de Caracas, onde uma multidão rapidamente se formou cantando e dançando.
O retorno de Chávez provocou comemorações de seus simpatizantes ao redor do país de 29 milhões de habitantes, onde suas políticas de bem-estar social fizeram dele um herói para os pobres.
"É uma notícia fabulosa, a melhor coisa possível", disse à Reuters o primo de Chávez Guillermo Frias, falando da área rural onde o presidente nasceu, no Estado de Barinas. "A Venezuela estava esperando por ele, todo mundo quer vê-lo. Bem-vindo de volta! Graças a Deus ele voltou!"
Fogos de artifício foram ouvidos em alguns bairros de Caracas após a divulgação da notícia da volta do presidente, e muitos "chavistas" celebraram nas ruas.
Ministros comemoraram bastante, um deles cantando "Ele voltou, ele voltou" ao vivo na TV estatal. Maduro afirmou: "Estamos muito felizes".
A operação de Chávez em Havana foi a quarta contra o câncer diagnosticado pela primeira vez na região pélvica em junho de 2011.
Na sexta-feira, o governo publicou fotos mostrando Chávez deitado numa cama de hospital em Cuba. Autoridades disseram que ele estava respirando com a ajuda de um tubo traqueal e com dificuldades para falar.
Nos últimos dias, assessores de Chávez enfatizaram que as condições permaneciam delicadas. "É um situação complexa, difícil, mas Chávez está lutando e combatendo por sua vida", disse o chanceler Elias Jaua durante o fim de semana.
POSSÍVEL ELEIÇÃO
A oposição tem criticado o governo pelos segredos sobre as condições de Chávez, e alguns adversários cobraram uma declaração formal de que ele não tem condições de governar. Assim uma nova eleição teria de ser convocada em 30 dias, provavelmente entre Maduro e o líder oposicionista Henrirque Capriles.
"A incerteza sobre uma possível eleição presidencial permanece intacta, apesar da volta do presidente", disse o analista político Luis Vicente Leon.
Após ser reeleito em outubro do ano passado, e ter se declarado curado da doença, Chávez não pôde comparecer a sua própria cerimônia de posse em janeiro porque precisou viajar de urgência para uma nova operação em Cuba.
Apesar disso, a Suprema Corte da Venezuela decretou que ele continuava como presidente e poderia tomar posse em outro momento, o que enfureceu a oposição. Ele agora poderia tomar posse até mesmo no hospital.
"Agora que o presidente está de volta, não pode haver dúvida sobre as instituições democráticas na Venezuela", disse o ministro da Informação, Ernesto Villegas.
A volta de Chávez ofuscou um debate nacional sobre a recente desvalorização da moeda local. A medida foi considerada muito impopular entre os venezuelanos, e os partidos de oposição tentaram relacioná-la como um sinal da incompetência econômica do governo.
Fonte: Reunters
Da Agência Brasil
Brasília – Cerca de 40 pessoas ainda estão hospitalizadas meteorito que caiu sexta-feira, na região dos Montes Urais, na Rússia, devidos a ferimentos causados pela onda de choque de um meteorito que caiu sexta-feira (15) na zona. Segundo o último balanço oficial, 1.200 pessoas ficaram feridas.
De acordo com informações fornecidas pelo governo da região de Tchéliabinsk, a mais afetada, 1.158 pessoas, das quais 289 crianças, ficaram feridas devido à queda do meteorito. Cinquenta e duas pessoas foram hospitalizadas no dia da queda do meteorito.
"Os feridos sem gravidade já começaram a ter alta do hospital", informou hoje (17) o governador da região, Mikhaïl Iourevitch. Segundo ele, o quadro das 40 pessoas internadas é estável.
O meteorito, com peso estimado por cientistas russos em 10 toneladas, desintegrou-se sexta-feira de manhã perto da cidade industrial de Tcheliabinsk. Os fragmentos do meteorito caíram na terra sob a forma de bolas de fogo, acompanhadas de explosões violentas, que semearam o pânico entre a população.
O governador da região, Mikhaïl Iourevitch, estimou os prejuízos materiais em cerca de 1 milhão de rublos (25 milhões de euros). O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que fosse feito tudo para ajudar as pessoas afetadas e as autoridades locais apelaram à população para que não entre em pânico.
A agência russa da energia atômica assegurou que suas instalações na região não foram afetadas pelo fenômeno.
Em 1908 ocorreu uma situação semelhante na Sibéria, o Meteorito de Toungouska, cujo impacto foi sentido em centenas de quilômetros.
Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de 2011, mostraram que os anos iniciais do ensino fundamental na rede estadual mineira tiveram nota 6,0, um índice considerado pelo Ministério da Educação (MEC) “correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos”
No Estado, o padrão foi alcançado em 767 escolas estaduais dos anos iniciais do ensino fundamental, que obtiveram ou superaram esta nota. O índice de 6,0 é calculado como meta para 2021, pelo Governo Federal, para todas as escolas públicas do país. Em todo o país, 1.788 escolas estaduais alcançaram ou superaram o índice
“A rede estadual de Minas Gerais antecipou a meta nacional. Isso é resultado dos avanços do Estado com a política educacional adotada nos últimos anos: uma política preocupada com a alfabetização, assessoramento e acompanhamento do trabalho das escolas no sentido de ajudá-la a melhorar a qualidade do ensino”, destaca a subsecretária de Tecnologias e Informações Educacionais da Secretaria de Estado de Educação, Sônia Andere Cruz
São os resultados das avaliações externas que subsidiam as ações da Secretaria de Estado de Educação. “As avaliações são o nosso ponto de partida. A partir delas temos os diagnósticos dos alunos e podemos saber, por exemplo, as capacidades que eles consolidaram e que ainda precisam consolidar. Com os resultados em mãos fazemos estudos gerenciais que ajudam no trabalho de intervenção”, destaca a superintendente de Desenvolvimento da Educação Infantil e Fundamental, Maria das Graças Pedrosa Bittencourt
Mesmo com as avaliações do Ideb sendo aplicadas apenas no Brasil, quando o exame foi criado, em 2007, um grupo de consultores do MEC fez um estudo que simulou os indicadores em países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O objetivo foi o de verificar o desempenho médio desses países e o resultado encontrado foi igual e superior a 6
Para Luziele Tapajós, diretora de Estudos Educacionais do Instituto Anísio Teixeira (Inep), do MEC, o Brasil deverá alcançar o mesmo nível de desempenho dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) até 2021. A diretora fez a avaliação em entrevista para o Portal da Rede Globo
No caso de Minas Gerais, o grande instrumento que garantiu os bons resultados nos anos iniciais da educação fundamental (1º ao 5º) é o Programa de Intervenção Pedagógica (PIP), adotado a partir do conceito de intervenção pedagógica proposto pelo educador e filósofo Paulo Freire. Criado em 2007 pelo Governo de Minas, o PIP realiza trabalho de acompanhamento nas escolas e busca criar e orientar o plano pedagógico, propondo, quando necessário, estratégias de intervenções e, assim, garantir a qualidade do ensino
Escola em Patos de Minas supera índice internacional
A Escola Estadual Professor Modesto, no município de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, está entre as dez escolas mineiras melhores colocadas no Ideb. A escola alcançou o índice 8,0 na avaliação. Além da participação dos professores, a diretora Ivanilda Lopes Soares Ferreira ressalta o papel dos pais nos resultados da escola
“O nosso diferencial está no desempenho dos educadores e na participação dos pais. Em toda reunião, temos 100% da presença dos pais. Também fazemos treinamentos para eles serem professores de reforço também. Nós ensinamos os pais para eles trabalharem em casa com material lúdico. Os pais são capacitados para trabalhar a alfabetização com os alunos com mais dificuldades em casa”, observa Ivanilda
Além de trabalhar com material para despertar o raciocínio dos alunos, a escola investe em projetos de leitura. O projeto “Ler é um prazer”, por exemplo, une leitura e produções artísticas. Após ler um livro, os estudantes produzem textos, fazem trabalhos de artes e teatros
Para a estudante do 4º ano do ensino fundamental, Ana Laura Fonseca de Sá, 9 anos, as atividades literárias são as melhores. “Eu achei legal o projeto, porque a gente faz várias atividades literárias, sobre a família, e recriando histórias. Outro dia fizemos uma nova versão da fábula da ‘Chapeuzinho Vermelho’”, contou a aluna
Índice elevado também nos anos finais
Já nos anos finais do ensino fundamental, das 77 escolas estaduais brasileiras com índice igual ou superior a seis, 35 são mineiras. De acordo com o resultado do Ideb 2011, a rede estadual mineira está classificada como a 2º entre todas as redes estaduais do país, atrás apenas de Santa Catarina
A Escola Estadual Doutor Luiz Pinto de Almeida, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, é a melhor colocada da rede estadual mineira. A escola alcançou o índice 6,6 no último Ideb para os anos finais. A diretora, Rosemary de Castro Silva Mendes atribui o resultado aos projetos desenvolvidos pela escola. “Aqui na escola, temos um projeto pedagógico muito forte. Os nossos professores são muito comprometidos e a equipe, muito atuante. Desenvolvemos projetos que incentivam a leitura e o raciocínio lógico”, conta
A escola está entre as instituições mineiras com maior número de medalhas na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Além disso, este ano uma das equipes de robótica da escola participou da First Lego League, torneio mundial de robótica. O raciocínio lógico também é estimulado por meio de oficinas de xadrez
Fonte e Foto: Agência Minas{{banner-interno}}
A preocupação ocidental com a crescente força dos rebeldes jihadistas na Síria está se intensificando, prejudicando a ajuda à moderada Coalizão Nacional Síria, e possivelmente empurrando esse grupo oposicionista para os braços de apoiadores religiosamente conservadores, segundo fontes diplomáticas.
A coalizão, amplamente reconhecida no âmbito externo desde sua formação, em novembro, não conseguiu se firmar no terreno, e perdeu credibilidade ao não conseguir angariar armas e verbas necessárias para sua luta contra o regime de Bashar al Assad.
Isso deixou espaço para que grupos islâmicos, financiados e armados por ricos Estados e indivíduos do golfo Pérsico, se tornassem as facções mais fortes agindo na Síria. Elas gozam de respeito local por sua eficácia, mas alarmam alguns no Ocidente.
Na segunda-feira, funcionários ocidentais e da coalizão síria esperam resolver seu impasse numa reunião em Paris, em meio a acusações da coalizão sobre promessas descumpridas, e divisões no Ocidente acerca de como tratar da presença islâmica nas fileiras rebeldes sírias.
"Essa reunião é para soar o alarme. Temos de assegurar à coalizão o nosso apoio e o apoio da comunidade internacional", disse uma fonte diplomática francesa. "Precisamos evitar um governo no exílio. O objetivo é ter um impacto direto sobre o terreno. Trazer valor para os sírios no terreno", acrescentou a fonte.
Mas vários governos ocidentais relutam em oferecer armas e equipamentos, pois temem que esse arsenal caia nas mãos de militantes islâmicos da Síria e de outros lugares dessa volátil região.
As forças francesas estão atualmente combatendo insurgentes islâmicos do Mali que se armaram com material supostamente trazido da Líbia depois da rebelião que, com apoio ocidental, derrubou em 2011 o regime de Muammar Gaddafi.
"Também aprendemos com a experiência que estamos tendo no Mali . O que não queremos são armas caindo nas mãos de pessoas erradas", disse a fonte francesa.
Essa fonte acrescentou que teria sido mais fácil armar os rebeldes se estes tivessem concordado na formação de um governo de transição.
Complicando a questão, há ainda aparente divisões acerca de como lidar com grupos islâmicos com o Jabhat al Nusra, ligado à Al Qaeda, que é uma das forças mais coerentes e disciplinadas na luta contra Assad.
Os EUA consideram o Jabhat al Nusra como uma organização terrorista, e a Grã-Bretanha aparentemente partilha dessas preocupações.
"É uma preocupação de que os agrupamentos mais fortes sejam combatentes islâmicos possivelmente ligados à Al Qaeda, e claramente há um interesse nacional de assegurarmos que isso não aconteça", disse um diplomata ocidental que pediu anonimato.
A coalizão síria, temerosa de se indispor com um grupo que também luta contra Assad, criticou os EUA por terem proscrito o Jabhat al Nusra, enquanto a França buscou minimizar a questão da influência islâmica.
Fonte:Reuters
Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, nunca negociou compra de apoio parlamentar e desconhecia detalhes da administração do PT enquanto ocupou o cargo no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Esses foram os argumentos apresentados hoje (6) pelo advogado de Dirceu, José Luis de Oliveira Lima, durante o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF)
Oliveira Lima refutou as acusações do Ministério Público destacando que as principais provas colhidas no processo – os depoimentos de mais de 500 testemunhas – desconstruíram a tese de que Dirceu foi o mentor do mensalão. “O Ministério Público não comprovou sua tese não por incompetência, mas porque não existiu a tão propalada compra de votos”