O despacho número 004/2012 da Gerência Regional de Saúde com sede em Leopoldina, datado de 1º de fevereiro de 2012, aponta com sendo o motivo do fechamento provisório do Pronto Cordis “...dificuldade de manter, a partir desta data, rouparia em condições de uso pelos usuários, além da grande dificuldade de promover a destinação adequada aos resíduos gerados”. Com base nesta conclusão o Site do Marcelo Lopes procurou informações a respeito de lavanderias hospitalares, sua rotina, máquinas e equipamentos necessários e leis que regulam o seu funcionamento. O assunto é extenso, complexo e este tipo de serviço é completamente diferente de uma lavandeira comercial ou, por exemplo, daquelas usadas em hotéis.
Na última sexta-feira, 3, nossa reportagem visitou o Hospital de Cataguases e seu provedor, José Eduardo Machado, mostrou todo o funcionamento de uma lavanderia hospitalar (fotos abaixo). A primeira informação por ele repassada é a de que aquele setor do hospital segue o Manual de Lavanderia Hospitalar, criado em 1986, agora denominado “Processamento de Roupas de Serviços de Saúde: Prevenção e Controle de Riscos”, obra revista e atualizada em 2007. A alteração da denominação deve-se ao fato de que todo o material têxtil necessita ser submetido ao processamento em um serviço especializado e com profissionais capacitados, informa, já na apresentação, o texto da cartilha.
Para montar este tipo de lavanderia é preciso levar em consideração a planta física da unidade, a disposição dos equipamentos, instalação hidráulica, técnicas de lavagem, centrifugação, calandragem e secagem, dosagem de produtos, manipulação, transporte e estocagem de roupa. “Tudo isso deve ser pensado junto com os padrões e normas de segurança e saúde ocupacional, proteção contra incêndio, controle de infecção porque este setor bem como todo o hospital, passam pelo controle da Vigilância Sanitária”, acrescenta José Eduardo. Depois de tudo pronto, a lavanderia vai funcionar mediante normas e rotinas padronizadas em “um trabalho pautado nas orientações de uma comissão de controle de infecção”, ensina o novo manual.
A prática diária de uma lavanderia hospitalar é repleta de regras que vão desde a roupa suja até a entrega da peça limpa no quarto do paciente. O funcionário deve retirar a roupa suja com o mínimo de agitação e manuseio (evita dispersão de microorganismos e possível contaminação) e colocá-la em sacos que devem ser fechados. Já o transporte deve ser feito de tal forma que o seu conteúdo não contamine o ambiente ou o trabalhador que a manuseia, por meio de carro de transporte ou por tubo de queda, que é utilizado no Hospital de Cataguases (uma espécie de escorregador onde é colocada a roupa que desce por força de gravidade até o subsolo, caindo diretamente dentro de um dos setores da lavanderia).
A lavagem, além de eliminar a sujeira da roupa deve deixa-la com nível bacteriológico reduzido ao mínimo. De acordo com o manual editado pela Vigilância Sanitária, “as fases de um ciclo completo de lavagem consistem em: umectação, enxágües, pré-lavagem, lavagem, alvejamento, enxágües, acidulação e amaciamento”. O texto ainda acrescenta: “as roupas que serão utilizadas em procedimentos cirúrgicos ou procedimentos que exijam técnica asséptica devem ser submetidas à esterilização após a sua lavagem. Roupas que serão submetidas a esterilização (campos cirúrgicos, capotes, etc) não poderão ser submetidos à calandragem ou passadoria a ferro”. (O quadro abaixo mostra todo o processo deste tipo de lavanderia).
José Eduardo conta que há “uma série de outros procedimentos que seguimos porque conforme a doença ou estado do paciente a roupa é tratada seguindo uma norma específica”. E cita como exemplos casos de pessoas com hepatite e aquelas que estão em tratamento radiológico para câncer, entre outros específicos. Ele completa dizendo que todo este cuidado tem um único objetivo: “fornecer uma roupa higienizada e pronta para o uso sem riscos de contágio para pacientes e trabalhadores”, completou. Uma curiosidade: hospitais podem lavar roupas de hotéis, motéis, restaurantes e pousadas, mas o contrário não é permitido por lei. A legislação permite, no entanto, que hospitais terceirizem o serviço de lavagem de roupa para lavanderias comerciais que estejam dentro dos padrões determinados pela Vigilância Sanitária. O Pronto Cordis adotou este procedimento e o Hospital de Cataguases vinha realizando o serviço.{{banner-interno}}
O fechamento provisório do Pronto Cordis, ocorrido na última quarta-feira, 1º de fevereiro, levou muitas pessoas a questionarem a capacidade do Hospital de Cataguases em assumir todo o atendimento da cidade e microrregião. Neste sentido a reportagem do Site do Marcelo Lopes foi recebida na tarde da última sexta-feira, 3, pelo provedor daquela instituição, José Eduardo Machado, que tranquilizou a população. "Não houve alteração alguma em nossa rotina de trabalho", disse, referindo-se à paralisação do Pronto Cordis. E completou: "Há cerca de dois meses estamos recebendo todos os pacientes da cidade de Sumidouro, por causa de obras no hospital daquela cidade e, há trinta dias, começamos a perceber um aumento no número de internações no SUS. Então, quando o Pronto Cordis deixou de funcionar, nós não tivemos dificuldade para acolher os pacientes de lá", explicou o provedor.
Maior hospital da região, a Santa Casa de Misericórdia de Cataguases, seu nome oficial, disponibiliza 127 leitos em suas dependências sendo 81 destinados ao SUS e 46 privados. Além disso possui um Centro Cirúrgico com sete salas, Unidade de Hemodinâmica, Tomografia Computadorizada, Centro de Hemodiálise, entre outros serviços, inclusive Fisioterapia e um laboratório de Análises Clínicas e um plano de saúde próprio. "Toda esta infraestrutura revela que estamos preparados para receber um número maior de pacientes sem perder a nossa qualidade e eficiência", assegura José Eduardo.
O provedor conta que o Hospital vive um momento de crescimento. "Apesar de não sobrar recursos e de termos que agir dentro de um severo regime de contenção de despesas, ganhamos dos deputados Marcos Pestana (federal) e Doutor Wilson Batista (estadual), doze máquinas de hemodiálise, de última geração, que já estão funcionando (foto acima) e também uma ambulância", revela. Além disso, o hospital vai ampliar a oferta de leitos porque "estamos reformando o sétimo andar, que já foi destinado exclusivamente às pacientes femininas, e voltará a ser de uso exclusivo do SUS. Recentemente, também inauguramos o oitavo andar, que recebe pacientes particulares, mas se houver uma emergência, temos condições de usar o espaço para internações pelo SUS com a maior tranquilidade e segurança", acrescentou José Eduardo.
- Nosso objetivo é o de oferecer sempre o que há de melhor para a nossa população. Temos uma excelente rede física, mas precisamos do apoio de todos para continuar crescendo. Por isso, neste momento, é importante que toda a sociedade cataguasense volte seu olhar para o nosso Hospital e o apoie em suas ações de melhoria. Só assim poderemos continuar prestando um serviço de qualidade a todos, concluiu o provedor José Eduardo Machado.{{banner-interno}}
Foi realizado na noite desta sexta-feira, 3, a primeira eliminatória do 2º Festival de Marchinhas de Carnaval de Cataguases, na Praça Rui Barbosa. Foram apresentadas cinco canções: "Menina Linda", interpretada por Carla Ramalho, "Encape seu Bilau", cantada por Marcelo Barbinha, "Homenagem à Marcha do Urubu", por Cabeleira, "Eu vou Zuar", na voz de Manuel Ladeira, e "Foi pra valer mas não valeu nada", por Luciano de Andrade Silva. Depois da apresentação a Banda Ases do Samba fez um animado show. Neste sábado, à partir das 8 da noite, será realizada a segunda eliminatória com a apresentação de seis marchinhas. Veja as fotos da primeira eliminatória:
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A programação de fevereiro do ProjetoUsina Cultural/2012 antecipa com muita clareza que o ecletismo será a principal proposta para os eventos dessa temporada. A variedade de ritmos e de opções conceituais deve conferir à agenda do Projeto o sabor ousado dos experimentos temperados com apostas arrojadas. Afinal, as iniciativas culturais costumam respirar melhor quanto mais se põe à prova a rigidez das fronteiras.
Com os olhos de quem se encanta com a nova pele da MPB, o ProjetoUsina Cultural/2012 traz ao palco do Anfiteatro Ivan Müller Botelho, neste sábado, 4, a cantora paulista Mariana Aydar. Filha do músico e produtor Mário Manga, integrante do lendário grupo paulistano Premeditando o Breque, ou simplesmente Premê, que, nos anos 80 emprestava ao movimento da vanguarda paulistana o seu estilo criativo e irreverente, e Bia Aydar, produtora de músicos consagrados como Lulu Santos e Luiz Gonzaga, Mariana foi criada num ambiente de palcos, estúdios e camarins.
No dia 10, será a vez do rapper Emicida fazer a rua invadir o palco do Anfiteatro Ivan Müller Botelho. Com seu estilo irreverente, sonoridade marcante e levadas irresistíveis, Emicida já vendeu mais de 30 mil cópias de singles e mixtapes, sem grande aparato de divulgação, contando somente com a força de seus versos, que falam da vida dura vida diária de quem não nasceu nos andares elevados da sociedade.
Sempre acompanhado pelo irmão Evandro Fiote, destila uma objetividade ousada, modulando na malandragem da interpretação os respiros e ataques que são marcas da sua música. Um registro altamente contemporâneo. Aliás, Emicida parece ser a melhor representação da necessidade do artista legítimo de resistir contra as alienações que rondam a cena musical urbana.
Vencedor do Prêmio Bravo! de Cultura, promovido pela conceituada revista cultural, Emicida foi indicado em 2009 e em 2011 para ao VMB-MTV, além de "Clipe do Ano", com "Então Toma", levou o prêmio de "Artista do Ano de 2011". Sua reação na noite da premiação, "Estamos fazendo uma reforma agrária na música brasileira", pode ser compreendida como uma declaração de intenções. Emicida é desses artistas que acreditam na força transformadora da música. Motivos não lhe faltam.
Como se pode ver, se depender do ProjetoUsina Cultural, fevereiro não será só de carnaval, mas também de carnaval.
O ProjetoUsina Cultural 2012 tem patrocínio da Energisa, Lei Estadual de Incentivo à Cultura, apoio cultural da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e produção de Fausto Menta.{{banner-interno}}
A prisão de André Luis dos Santos, o Dedé, em Cataguases, no último dia 25 de janeiro, por suposto tráfico de drogas, vem causando indignação e revolta entre os moradores da Vila Reis, onde ele é presidente da Associação de Moradores e do Esporte Clube Vila Reis. A notícia de sua prisão, publicada neste site, foi uma das que mais comentáriosé uma das campeães em comentários. Desde o dia 27 de janeiro, seus familiares esperam, ansiosamente, a volta de Dedé para casa. Na última quinta-feira, 2, porém, às 17 horas, a juíza substituta Christina Bini Lasmar negou-lhe o pedido de liberdade provisória. A reportagem do Site do Marcelo Lopes teve acesso ao processo em que Dedé é réu e também conversou com o seu advogado, Serafim Couto Spíndola, sobre as ações que ele está tomando a fim de livrá-lo da cadeia.´
A história da prisão - Por volta das 16:45 horas do dia 25 de janeiro último cerca de vinte presos realizava a capina na Vila Reis. No mesmo local, um pouco mais adiante, também estava um grupo de pessoas conversando com um rapaz que seria traficante. Em um determinado momento um destes presos (Odair José de Lima) foi pedir água na casa de Marília de Fátima dos Santos Silva, irmã de Dedé, levando um recipiente maior, adaptado com duas sacolinhas no gargalo, e o teria deixado na porta da casa e voltado para o seu trabalho. Outra pessoa, que conversava com o suposto traficante identificado como "Tiago Cabeção" também foi até à casa de Marília e lhe pediu água. Ela conta que ao vê-lo respondeu ao pedido com uma negativa. Logo em seguida, André chegou e foi buscar a água, transferiu-a para a vasilha ali deixada e a levou de volta ao preso. O Agente Penitenciário fez a vistoria no recipiente e encontrou a droga.
De acordo com o Auto de Prisão em Flagrante a que a reportagem teve acesso, Dedé foi preso "pela suposta prática do delito de tráfico de drogas", o mesmo acontecendo com Odair José, que já cumpre pena. Seria dele (Odair) a vasilha em que foi despejada a água por Dedé e onde foram encontradas maconha e cocaína. Após descoberta a droga a Polícia Militar foi chamada e Odair José preso em flagrante. Segundo informa o advogado de Dedé, Serafim Spíndola, em seguida "os policiais convidaram o meu cliente a ir até à Delegacia para prestar esclarecimentos e lá recebeu ordem de prisão em flagrante. Com isso, levou um enorme susto foi vítima de uma crise de hipertensão tendo que ser levado primeiro, ao Pronto Socorro, para ser medicado". No processo, onde constam os depoimentos das testemunhas, duas delas afirmaram ter visto o suposto traficante Tiago Cabeção na casa de André no momento em que Odair foi buscar água.- O Juiz tem 24 horas para converter a prisão em flagrante em prisão preventiva ou relaxar sua prisão, explica Serafim. Assumi o caso - continua - somente quando este prazo havia terminado e, portanto, Dedé já estava em prisão preventiva. A partir daí entrei com o pedido de liberdade provisória para que meu cliente possa responder ao processo em liberdade, mas ontem, dia 2, a meritissima Juiza entendeu que o melhor era mantê-lo atrás das grades. Como acredito na sua inocência, entrei nesta sexta-feira, 3, com um pedido de Habeas Corpus no Tribunal de Justiça, em Belo Horizonte, porque há dúvidas quanto a autoria do André. E se há dúvidas, não há outra alternativa senão soltá-lo, até porque a prisão é um mal necessário e deve ser usada somente em casos excepcionais considerando que o cárcere não converte e sim perverte o homem. Todos nós que conhecemos o Dedé pedimos apenas para dar a ele o direito de responder este processo em liberdade, porque temos certeza que elecomprovará sua inocência, finaliza Serafim.{{banner-interno}}