No último dia 10 de março, um grupo de urologistas da Zona da Mata, formado por Walter Ritti e Marcos Chaves, de Cataguases, e pelos médicos Antônio Augusto, do Rio de Janeiro; José Ricardo Andrade e Fabrício Silveira, de Carangola; Carlos Augusto Koury, de Ubá, e Fabrício, de Além Paraíba, se reuniram no Hospital de Cataguases onde realizaram seis cirurgias de cálculo renal utilizando uma moderna técnica para tratamento de cálculos no interior do rim e no ureter.
Segundo Walter Ritti, "esta técnica é o que há de mais novo no tratamento de cálculos renais". A cirurgia, explica, é realizada através da uretra utilizando um ureterorrenoscópio flexível, que é um aparelho muito delicado, que chega dentro do rim, localiza o cálculo através de vídeo e em seguida, o pulveriza com raio laser e, esfarelado, é eliminado junto com a urina", revelou.
Walter Ritti destaca o apoio recebido do Hospital de Cataguases. "A administração do hospital, bem como sua equipe de enfermagem não mediram esforços para o sucesso deste encontro", revelou. Ele completou dizendo que no próximo dia 14 de abril nova rodada de cirurgias utilizando o laser para tratamento de calculos renais, "porque Marcos Chaves e eu estamos empenhados em trazer para Cataguases o que há de melhor e mais moderno em urologia para a nossa população", finalizou.{{banner-interno}}
O assunto Plancor, Hospital São Lucas e Hemodinâmica também foram tratados pelos médicos João Sérgio e Joseph na entrevista levada ao ar na manhã da última quinta-feira, 22, na Rádio Brilho, durante o programa "Conversa Franca", apresentado por Sousa Mendonça e com a participação do editor deste Site, jornalista Marcelo Lopes. Em uma de suas respostas, doutor Joseph revelou ter chamado a Polícia Militar até o Pronto Cordis na última semana para fazer um B.O.(Boletim de Ocorrência) por causa da falta de condições de trabalho no prédio onde funciona o Plano de Saúde do qual é auditor interno. Segundo revelou, o lugar não tinha "água, luz, telefone e estava impossível trabalhar ali. Então suspendemos as atividades".
PLANCOR
Joseph: "Com relação aos prestadores que são médicos, hospitais, laboratórios, entre outros, o Plancor tem mais ou menos 300 a 500 mil reais a pagar. Para os prestadores resolverem esta situação precisam entrar no site da ANS, pegar o endereço que está na barra de rolagem e encaminhar à diretoria de fiscalização da ANS as faturas, as notas fiscais que possuem que comprovem que foi feito o serviço. Com relação aos clientes há dois caminhos a serem tomados. Um, é junto a ANS como forma de restituição deste dinheiro ou migração para outro plano, mas nenhum plano está aceitando a carteira do Plancor. E procurar a justiça através de seus direitos já que o Plancor existe um dono, um responsável por esta empresa que é o doutor Jaime Netto. A ANS protege o cliente que deve procurar a Diretoria de Fiscalização da ANS, no próprio site da ANS e seguir as instruções. O melhor a fazer é o cliente juntar toda a documentação que possui do Plano e encaminhar via Correios, com AR, a diretoria de Fiscalização da ANS. Segundo passo: de posse destes documentos e com este AR procurar a justiça comum, juizado de Pequenas Causas e acionar os responsáveis pelo Plano".
João Sérgio: "A orientação que estão dando aos associados é para a pessoa ir se consultar com o médico, pagar o preço daq consulta particular, trazer o recibo que o Plancor vai reembolsar. Só que quando vai ser reembolsado não tem dinheiro. E a pessoa volta amanhã, volta depois de amanhã, volta mês que vem... E ainda tem gente que vai lá hoje pagar o plano na esperança de que vai abrir. E eu acho que não vai abrir é nunca. Não perde o direito quem não paga. No Plancor, tinha gente lá que dpeois de 5 meses de atraso conseguia reabrir o Plano. Nunca ninguém perdeu o plano por atraso de pagamento. Apesar da lei falar que se você atrasar por mais de noventa dias, você perde o plano".
Joseph: "Por que o Plancor chegou a este ponto? Devido às solicitações de recursos dele para o Pronto Cordis. Toda vez que o Pronto Cordis tinha uma certa dificuldade o Plancor ia lá e assumia este compromisso."
João Sérgio: "Ao contrário do que foi dito aqui no ar pelo doutor Jaime Netto, que o Pronto Cordis várias vezes emprestou dinheiro ao Plancor, isto foi dito de maneira errônea, porque o dinheiro do Plancor foi totalmente desviado para o Pronto Cordis. Pelo que me consta, se num prazo de seis meses este plano não for assumido por nenhum outro plano de saúde ele é literalmente liquidado. Ele caduca. Você pagou o almoço e não almoçou porque não quis".
SÃO LUCAS
João Sérgio: "O São Lucas arrendou o terceiro andar do Pronto Cordis e fez lá um Centro Cirúrgico. Começou então a parte cirúrgica do Pronto Cordis que até então não existia. O que não existia era uma área física do hospital, pois fizeram um arrendamento do terceiro andar. O Pronto Cordis ficou, vamos dizer assim, com a parte da hotelaria e o São Lucas com a parte médica. Depois teve uma série de desentendimentos e acabou o hospital São Lucas".
ORIGEM DA CRISE
João Sérgio: "Esta crise do Pronto Cordis começou no tempo do Jaiminho. A crise é antiga, tanto é que tem empregado lá com mais de dez anos que não tem INSS pago, Fundo de Garantia pago... Essa confusão já existia antes. Mas existia um jogo de cintura e um ambiente de trabalho. O funcionário até sabia disso, mas como ele era muito bem tratado, ele deixava levar. A partir da época que começou a cobrança, deu o que deu. Lógico que ele (Jaime Netto) herdou problemas. O grande erro a meu ver foi não ter compartilhado com os colegas as dúvidas todas, inclusive as dívidas, as dificuldades, não foram compartilhadas. Quis fazer tudo sozinho e não deu certo".
HEMODINÂMICA
Joseph: "Com relação à Hemodinâmica, analisando anos atrás, a gente poderia pensar que houve uma certa competitividade entre o Hospital e o Pronto Cordis com a aquisição do aparelho da hemodinâmica. Existe um limite de exames para que o aparelho não dê prejuízo. São 22 exames por mês. O fechamento do Pronto Cordis nós demos dois passos para trás, mas nós vamos alavancar dez passos pra frente. Como assim? Esta situação do Pronto Cordis está fazendo o Hospital crescer ainda mais. Está abrindo o PV7 e hoje, graças a hemodinâmica do hospital de Cataguases, nós podemos fazer os exames. Se ela não existisse teríamos que ir para outra cidade. Agora, a Hemondinâmica em nenhum momento contribuiu para o fechamento do Pronto Cordis. Pelo contrário, a hemodinâmica contribuiu para que o Pronto Cordis conseguisse andar alguns meses".
João Sérgio: "Quando foi fundada a hemodinâmica a conversa inicial seria de que durante seis meses nós teríamos que pagar o aparelho e nos outros seis meses o aparelho se pagaria e, a partir daí, o negócio começaria a dar algum lucro. Pelo que me consta foram feitos no Pronto Cordis 541 exames e ninguém viu um centavo de dinheiro destes exames. Falta também pagar as dívidas que a hemodinâmica tem com os fornecedores".
Joseph: "A Hemodinâmica fazia os exames, o Pronto Cordis recebia estes exames e não repassava a receita. A Hemodinâmica hoje é a única que tem condições de liquidar a sua dívida trabalhista e com fornecedores porque ela tem um ativo hoje que vale cerca de 500 a 600 mil reais".
PREJUÍZO PESSOAL
Joseph: "Com relação ao Plancor eu tenho o não recolhimento de FGTS desde o ano passado, dois salários não pagos, duas férias não pagas. E de acordo com a minha contadora, o Plancor teria que me pagar hoje cerca de 45 a cinquenta mil reais.Com referência ao Pronto Cordis ele me deve com relação a salários, o restante do mês de outubro, o salário de novembro, dezembro, janeiro, mais o décimo terceiro salário, totalizando mais ou menos 25 mil reais. Mais em torno de 8 a 10 mil reais pelas consultas de convênio, mais 5 mil reais das internações e de outros convênios totalizando cerca de 8 a 10 mi reais, mais a rescisão de contrato de trabalho. Isto chega a cerca de 150 mil reais mais ou menos".
FUTURO
Joseph: "A população não vai perder em atendimento. O Poder Público municipal tem uma rede física muito boa,equipe médica e equipe técnica muito boas. Ou seja: temos um sistema que funciona. O Hospital de Cataguases e o sistema público estão se adequando para assumir tudo isso com o fechamento do Pronto Cordis. O que pode ter acontecido é ter dado um certo estrangulamento no sistema, no início, porque houve uma procura muito grande e não deu tempo para se estruturar como o hospital está fazendo hoje, reformando o sétimo andar para aumentar o número de leitos".
Nós devemos finalizar a historia do Pronto Cordis. Ele agora é uma página virada e nós temos que olhar adiante, olhar para a frente e esquecer o que aconteceu. Cabe agora à justiça fazer a função dela, sanar as despesas, as dívidas com os funcionários: ação trabalhistas, ação civil e seguirmos adiante. Vamos torcer para que tudo se resolva da melhor maneira possível, que as arestas sejam aparadas. O Pronto Cordis acabou. Chega. Terminou, vamos virar esta página e seguir adiante".{{banner-interno}}
Em entrevista concedida na manhã desta quinta-feira, 22, ao programa Conversa Franca, da Rádio Brilho, aos jornalistas Sousa Mendonça e Marcelo Lopes, os médicos João Sérgio Lougon Borges de Mattos e Joseph Freire, que trabalhavam no Pronto Cordis até a suspensão de suas atividades, falaram sobre a situação daquele hospital. Eles contaram detalhes sobre a gestão de Jaime Netto, explicaram sobre o funcionamento do Plancor, da Hemodinâmica e do Hospital São Lucas. Sem poupar críticas ao atual diretor daquele hospital João Sérgio e Joseph afirmaram que o Pronto Cordis não vai reabrir.
Com mais de duas horas de duração, a entrevista será publicada em duas etapas a fim de não cansar o leitor. A segunda e última parte você vai ler às oito horas desta sexta-feira, 23 de março de 2012.
Veja as principais intervenções dos entrevistados:
JOÃO SÉRGIO
"A Pronto Cordis está fechada. Não tem condições de reabrir. Ele não tem a menor intenção de reabrir, tanto é que ele já retirou de lá de dentro o consultório dele e da doutora Ana Rita."
"Esta crise do Pronto Cordis serviu para separar os homens dos meninos. Os homens continuam na briga e os meninos fugiram para cidades vizinhas, arrumaram emprego e estão tocando a vida deixando na mão oitenta famílias desempregadas, mil associados sem satisfação, nenhuma a ser dada. O pessoal pagou o plano durante vinte anos e não tem direito a mais nada. Está todo mundo perdido".
"Esta conversa de transferência para o Montei Sinai comprar, sempre foi uma conversa de boi dormir. Esta conversa não existiu. Eles queriam transferir os pacientes para fechar o hospital de madrugada como foi feito".
"É preciso que se diga aqui que a Vigilância Sanitária deu um prazo de sessenta dias para a solução do problema do lixo e da lavagem da roupa. O Hospital foi fechado não por pedido da Vigilância Sanitária. Foi fechado a pedido da diretoria. Ele teve um prazo para sanar estas dúvidas"...
"A atual gerente do Pronto Cordis, a Jeanine, é testemunha de quantas vezes eu solicitei uma reunião com o doutor Jaime Netto e doutora Ana Rita, para a gente tentar unir e levantar o Pronto Cordis".
"O sujeito chegava lá infartado e era atendido por um clínico geral, por um ortopedista, por um otorrino, pelo que fosse. Aí começou a desvirtuar a coisa e nós fomos perdendo pacientes. E se você perde paciente, consequentemente, você perde faturamento. Se perde faturamento, aumenta a dívida".
"Eu quis vender porque como sócio do Pronto Cordis fiquei totalmente enrolado com a Receita Federal devido a uma dívida que o Pronto Cordis tinha. E a maneira que eu tinha de sair desta dívida era deixar de ser sócio. Então vendi minha parte para o doutor Jaime Netto. Em troca ele pagaria umas prestações do aparelho da Hemodinâmica, que estava em meu nome"...
"As prestações que ele deveria ter pago em meu nome não foram pagas no Sicoob. Eu tive de ir lá e pagá-las para não ir de novo para o SPC. Eu tornei a pagar as prestações que ele ficou de pagar e não me falou nada. E, logicamente, estes cheques que ele teria que me dar a partir de fevereiro também não vão existir porque a clínica faliu e ele também não está honrando os compromissos dele".
"Continuo sócio do Pronto Cordis(...) Para que eu seja liberado pela Receita precisa sair uma publicação da primeira auditoria fiscal o que ainda não ocorreu. Quando isso acontecer os meus bens serão liberados como também os da dona Maria Helena. Enquanto isso o doutor Jaime está aí dizendo, coitado, que não tem um carro para andar. Que anda de motocicleta. Ele só não contou que a motocicleta não é uma Bis; é uma Harley Davidson".
"O Plancor é outra empresa, totalmente independente do Pronto Cordis. Atualmente o único dono é o excelentíssimo senhor doutor Jaime Afonso de Sousa Netto".
"O Paulinho que mora no Leonardo, foi motorista do Pronto Cordis, mais conhecido como Paulinho Passarinheiro, assinou uma divida como avalista do doutor Jaiminho no valor de vinte e nove mil reais que estourou na mão dele e ele foi conversar com o doutor Jaime Netto sobre como ele faria com isso. A resposta do Jaime Netto foi a seguinte: se vira. Ele vendeu a casa dele de morada para poder pagar a dívida para não ficar com os bens penhorados".
JOSEPH FREIRE
"Esta história do Pronto Cordis é angustiante. Fiquei calado durante cinco meses, desde o meu último incidente, o meu atrito com a diretoria técnica do Pronto Cordis, no dia 3 de novembro do ano passado".
"Quando se fala que os salários dos funcionários foram totalmente pagos existe um lapso nesta história; não é totalmente assim. Eu sou funcionário e realmente não recebi".
"Nós temos o Pronto Cordis, que é uma empresa; dentro dela funciona a Clínica São Lucas, que é outra empresa; funciona a hemodinâmica, que é outra empresa e o Plancor (...) São quatro empresas com responsáveis diferentes, com sócios diferentes e com situações bem diferentes uma da outra".
"Eu e o doutor João Sérgio fomos os últimos a sairmos do prédio. Isto é verdade realmente. Não só eu como o laboratório Pronto Lab, a Clínica Santa Lúcia".
"A Vigilância Sanitária não fechou o Hospital. A Vigilância foi convidada a fechar o hospital porque existiam duas irregularidades. Uma que não havia pago a empresa que, se não me engano, é a Pro-Ambiental, para recolher o lixo hospitalar. Ela suspendeu o serviço e começou a acumular lixo no fundo do hospital. Aí entrou a Promotoria. E o segundo passo é que a empresa que lavava roupa do hospital suspendeu as atividades porque havia um débito equivalente a vinte e dois mil reais e tal fato não poderia continuar".
"Antigamente, quando o paciente chegava lá ele tinha o direito de escolher qual médico o atendesse. Depois de agosto de 2011, baixou-se uma determinação da diretoria técnica que os pacientes que ali chegassem tinham que ser atendidos exclusivamente pelo médico plantonista".
"Tenho dois vínculos, sendo um com o Plancor e outro com o Pronto Cordis. Estou com pedido de rescisão indireta junto ao Fórum do Trabalho de Cataguases, porque existe uma série de salários atrasados, Fundo de Garantia, INSS, mais a parte de internações de convênios e de consultas de convênios".
"Reunimos um grupo de 28 pessoas para montar esta empresa, a Hemodinâmica Cataguases. Eu tinha uma cota lá. Destas vinte oitro cotas, o doutor Jaime Netto comprou catorze, só que não pagou nenhuma delas".
"O empréstimo para comprar a máquina foi de um milhão e e meio, sendo que a máquina custou oitocentos mil e os setecentos mil restantes foram utilizados na compra do gerador e custear as obras físicas para acolher a máquina e equipamentos".
"Não foram pagas as parcelas de outubro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro. Eu pagava a empresa e a empresa não repassava para o Sicoob" (as parcelas do financiamento da hemodinâmica).
"O doutor Jaime quis comprar cotas de outros médicos e ele apresentou uma conta que caberia a cada um dos sócios um valor de cinco mil reais que seriam pagos em cinco cheques de mil reais com início em fevereiro de 2012. Cheques que não foram honrados porque o hospital fechou no dia primeiro de fevereiro".
"As parcelas (da hemodinâmica) não foram pagas e totalizou uma dívida de cento e sessenta e oito mil reais junto ao Sicoob. Em janeiro último o banco negativou e executou os sócios, escolhendo aqueles que tinham maior patrimônio para pagar a dívida. Aí, sete sócios se uniram e pagaram a conta junto ao banco. Teve um desconto e o valor final, à vista, foi de cento e cinquenta mil reais. Estes mesmos sócios estão executando os demais através de um processo em tramitação na Segunda Varal Cível de Cataguases pedindo a dissolução e liquidação da sociedade".
"Esta atual diretoria nunca tentou conversar. Sempre agiu de forma autoritária, de forma arrogante, de forma arbitrária, de forma a fazer cumprir o que ela achava que deveria cumprir".{{banner-interno}}
Uma fiscalização foi realizada na manhã desta quinta-feira, 22, em nove farmácias de Cataguases pela Vigilância Sanitária com o apoio do Ministério Público e participação da Polícia Civil. A determinação, segundo o Site do Marcelo Lopes apurou, teria partido do Governo de Minas e acontecido em diversas cidades mineiras, o que ainda a reportagem do Site não conseguiu confirmar.
Durante boa parte do dia o Site do Marcelo Lopes procurou informações concretas sobre o que estava acontecendo. No Ministério Público e na Vigilância Sanitária em Cataguases não foram encontrados os responsáveis que pudessem esclarecer o fato. O prefeito Willian Lobo de Almeida foi abordado durante um evento sobre o Dia Mundial da Água e, perguntado sobre o assunto, disse ter ficado sabendo por meio de um telefonema do promotor de Justiça. "O Doutor Rodrigo me ligou e disse que era uma fiscalização em algumas farmácias para apurar possíveis irregularidades", explicou.
Na Prefeitura, o Secretário Municipal de Administração, Jesusimar Dornelas, também disse saber "por alto" do ocorrido e foi com o repórter do Site até à sala do Procurador do Município, Roosevelt Pires, que deu a informação mais precisa até o momento. Segundo ele o trabalho foi desencadeado pela Vigilância Sanitária Estadual para fiscalizar nove farmácias em Cataguases. "Conforme fomos informados os técnicos daquele órgão estavam procurando venda ilegal de anabolizantes e de psicotrópicos (remédios que só podem ser vendidos com receita médica) e aquisição, pelas farmácias, de medicamentos sem a devida nota fiscal".
O Site do Marcelo Lopes vai continuar apurando este caso e quando obtiver novas informações publicará uma reportagem completa sobre o assunto.{{banner-interno}}
Além Paraíba vive às voltas com a criação de uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito – para apurar possíveis irregularidades na Secretaria Municipal de Obras. O caso começou através de uma denúncia feita por um funcionário comissionado da prefeitura daquela cidade, Renato Miranda, mais conhecido por Renato Urso, que viu um carro particular estacionado ao lado da bomba de gasolina existente no barracão da Prefeitura. Ele fotografou a cena que, no entanto, não mostra o veículo sendo abastecido. A confirmação de que o fato ocorreu foi feita por outro funcionário que, ainda conforme a denúncia, teria colocado o combustível na caminhonete Fiat Strada, placa HJP 0199, de propriedade de Ideraldo Barros Gonçalves, o “Gigi Baião”, com autorização de Alcir Blanco, que ocupa cargo de confiança do Prefeito Wolney Freitas.
Ideraldo Cosme Barros Gonçalves é irmão do vereador Neidson Baião, genro do prefeito Wolney Freitas. Ex-líder sindical ferroviarista e ex-juiz trabalhista, atualmente é proprietário de um haras em Além Paraíba, onde cria cavalos da raça Pampa e não tem nenhum vínculo com a Prefeitura, mas, segundo muitos funcionários de lá, “tem carta branca para mandar” dentro da Secretaria Municipal de Obras, inclusive, com ascendência sobre os funcionários municipais.
As mesmas denúncias foram feitas por Renato ao Delegado de Além Paraíba, Dr. Rodrigo Bustamante, que revelou ter aberto inquérito para apurar as denúncias e indícios de que outros veículos particulares são, ou foram abastecidos na bomba de combustíveis exclusiva para os carros da Prefeitura. Renato também disse ter presenciado máquinas da Prefeitura trabalhando em um sítio localizado no Torrentes, que seria de propriedade de Ocimar de Castro Neto, Secretário Municipal de Obras até o segundo semestre de 2010. Ele teria sido afastado do cargo, segundo fontes da Prefeitura “por não estar funcionando bem”. No entanto, fontes ligadas ao governo municipal asseguram que Ocimar continua pertencendo ao quadro de funcionários da Prefeitura, no cargo de “assessor de gabinete” do Prefeito.
As denúncias levaram os vereadores Simone Cabral, Gelson Luiz de Moura e Marco Camilo Jorge a assinarem um pedido de instalação de CPI visando apurar as irregularidades. Entretanto, o Presidente da Câmara baseou-se em um artigo do Regimento Interno que exige a aprovação em plenário do pedido de CPI, o que não aconteceu. Os vereadores autores da proposição, insatisfeitos, acionaram a Justiça argumentando que o artigo 58 do Regimento Interno da Câmara Municipal era inconstitucional e saíram vitoriosos. Recentemente o Presidente do Legislativo Municipal foi obrigado pela Procuradoria de Justiça do Estado de Minas Gerais a apresentar um projeto de resolução adequando o texto à legalidade. Com isto, para se instalar uma CPI em Além Paraíba é preciso que o pedido seja assinado por três vereadores, o que equivale a um terço.
A Vereadora Simone Cabral revelou que um novo requerimento pedindo a instalação da Comissão de Inquérito já está pronto e com as mesmas assinaturas dos Vereadores Gelson Luiz de Moura, Marco Antônio e a dela, e deverá ser apresentado no plenário na sessão do próximo dia 26. O presidente da Câmara, vereador João de Deus Ribeiro disse que logo após este procedimento irá nomear os seus membros (presidente, relator, vice-presidente) e que não vai interferir na instalação da CPI.
Na ocasião da denúncia o vice-prefeito de Além Paraíba, Oberdan Moreira Rocha, atual Secretário Municipal de Obras, saiu em defesa de Ideraldo Gonçalves. Segundo ele a denúncia é fruto de uma rixa entre Renato e Ideraldo e que ele somente recebeu o combustível porque trabalhava como voluntário “durante os trinta dias decorridos do evento adverso/calamidade (provocado pelas fortes chuvas que caíram sobre aquela cidade)”. Ele afirmou ainda que a caminhonete recebeu 45 litros de gasolina. (Fonte: Jornal Agora e A Gazeta){{banner-interno}}