[caption id="attachment_7802" align="aligncenter" width="400" caption="Valdecir, ao fundo, fala sob o olhar atento dos vereadores"][/caption]
O assunto sobre as irregularidades ocorridas no cemitério São José que ficou conhecido como o "Escândalo do Cemitério" voltou a ser um dos principais assuntos na sessão ordinária da Câmara Municipal de Cataguases desta quarta-feira, 23. Outro tema que também ocupou os debates foi a votação do projeto de lei que altera o regime de concessão para as empresas de transporte coletivo urbano no município.
A votação do Projeto de lei número 18/2012, de autoria do Poder Executivo, é o início de uma grande mudança no setor, visando sua adequação à legislação federal. Os vereadores aprovaram o projeto que torna obrigatório a realização de licitação pública para a contratação de empresas de transporte coletivo urbano, além de estabelecer outras regras para o setor. Após um debate visando melhorar o texto apresentado, a sessão foi interrompida para que parlamentares e os representantes das empresas que exploram o serviço em Cataguases pudessem chegar a um consenso sobre os pontos que deveriam ser alterados através de emenda ao texto em votação. Ao final a emenda apresentada definiu o prazo de concessão de dez anos podendo ser prorrogado por igual período. Foi aprovado por unanimidade.
O polêmico assunto "Escândalo do Cemítério" teve nesta sessão uma iniciativa inesperada. O ex-funcionário municipal que exercia o cargo de Administrador daquela autarquia e que vem sendo acusado como responsável pelas irregularidades, Valdecir Taveira, usou a Tribuna da Câmara para pedir a instalação da Comissão Especial de Inquérito. Segundo ele, "confesso que tenho me sentido extremamente constrangido e sob imensa pressão da Prefeitura e da mídia local sobre minha pessoa e, por isso, estou recorrendo a esta Casa para que intervenha no processo instalando uma Comissão Especial de Inquérito de modo a apurar, verdadeiramente, os fatos com a costumeira isenção dos vereadores”, pediu.
Veja, abaixo, a íntegra do texto lido por Valdecir Taveira.
[caption id="attachment_7803" align="alignleft" width="243" caption="Valdecir pede a abertura da Comissão"][/caption]
"Excelentísismos senhores vereadores desta Casa, boa noite a todos os presentes."
“Diante das denúncias infundadas sobre o meu envolvimento em irregularidades ocorridas na Administração do Cemitério Municipal de nossa cidade e reconhecendo esta Casa como legítima representante do povo de Cataguases, aqui compareço esta noite para pedir aos caros vereadores que assinem e encaminhem o pedido da instalação de uma Comissão Especial de Inquérito proposta pelo Vereador Vanderlei Teixeira Cardoso na sessão passada, dia 17 de maio”.
“É muito importante para mim e para minha família que os fatos sejam apurados com rigor necessário, afinal de contas, nosso nome foi maculado na imprensa de radiodifusão local pelas afirmações do Procurador Geral do Município, doutor Roosevelt Pires, de que eu estaria envolvido nos atos ilícitos”.
“Diante da informação do Procurador, também na sessão passada, de que um processo de investigação estaria ocorrendo na Prefeitura, procurei o Setor de Fiscalização do Município onde me foi negado todo e qualquer acesso a documentos e informações. Por outro lado, procurei também o Ministério Público na busca de informações sobre as acusações que pesam sobre mim e fui informado que a Promotora em exercício estava em férias e nada poderiam me informar”.
“Muito me estranha, senhor presidente, que ao mesmo tempo em que a Prefeitura nega a mim o acesso a documentos, torna público outros que são divulgados nas rádios locais antes mesmo da conclusão do processo investigatório. Confesso que tenho me sentido extremamente constrangido e sob imensa pressão da Prefeitura e da mídia local sobre minha pessoa e, por isso, estou recorrendo a esta Casa para que intervenha no processo instalando uma Comissão Especial de Inquérito de modo a apurar verdadeiramente os fatos com a costumeira isenção dos vereadores”.
“Agradeço a atenção de todos e reafirmo o meu desejo de que todos assinem o documento em posse do vereador Vanderlei Teixeira Cardoso, em nome da verdade. Obrigado. Valdecir Machado Taveira”
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"Cataguases está no cenário cultural brasileiro". A afirmação foi feita pela arte-educadora Miriam Gaspar, no primeiro dia do II Fórum Zap 1 2 3. Ela participou de uma Mesa de Discussão nesta quarta-feira, 23, no Centro Cultural Humberto Mauro. A mediação ficou por conta de Rita Aquino, mestre e especialista em dança e contou também com a participação de Beatriz Bento e Daniel Marques. Os seguintes eixos norteadores foram debatidos: reflexões e práticas sobre a dança; relação entre os agentes do processo; relação entre aspectos da prática artística e o ensino formal.
A coordenadora do Zap 123 Daniela Guimarães frisa que esse evento é um desdobramento do primeiro, que aconteceu em 2006. "É um espaço de troca de informações distintas. 'Zapeando' entre as diferentes formas de arte, mesclando as linguagens", revelou. Miriam explica a importância do Fórum. "É significativo não só para nós, mas para todo o engajamento da própria cidade. Chamando, assim, a atenção e contribuindo para o turismo". A outra participante da Mesa e diretora da unidade da UEMG em Leopoldina, Beatriz Bento, também falou sobre o Fórum. "Os encontros oportunizam esse diálogo maior entre as pessoas do meio artístico e cultural", completou.
[caption id="attachment_7797" align="aligncenter" width="400" caption="Rita Aquino fez a mediação do workshop desta quarta-feira, 23."][/caption]
Várias atividades acontecem ao longo desses cinco dias. Na manhã desta quarta-feira, 23, foi realizado o workshop com o tema 'As Artes Cênicas e o Audiovisual', ministrado pelo documentarista Marcos Pimentel. "Temos a pluralidade de experiências. A dança será o elo. Estamos apenas no primeiro dia, temos muito pela frente. Será fantástico e enriquecedor", salientou. O objetivo do II Fórum Zap é potencializar a formação em Dança em Cataguases, e tornar viável o desejo de implantar um curso de artes integradas, vindo de uma universidade federal ou estadual, conforme revelou Daniela Guimarães.
A programação vai até domingo, 27, e ainda conta com workshops, mesas de discussão, mostras artísticas, show, entre outros. Para mais informações, acesse o site http://forumzap123.blogspot.com.br/, onde você encontra a ficha técnica dos organizadores e participantes. (Texto de Diogo Andrade e Foto de Juliana Junqueira)
[caption id="attachment_7796" align="aligncenter" width="400" caption="Daniela Guimarães, Marcos Pimentel e Miriam Gaspar"][/caption]{{banner-interno}}
[caption id="attachment_7790" align="aligncenter" width="400" caption="A Praça Rui Barbosa é um dos principais pontos de ônibus urbano de Cataguases"][/caption]
A sessão ordinária desta quarta-feira, 23, da Câmara Municipal de Cataguases, deverá aprovar uma lei que vai mexer com a estrutura do transporte coletivo municipal. O Projeto de lei que será votado é o de número 18/2012, de autoria do Poder Executivo e faz parte de uma grande mudança no setor, para se adequar à legislação federal. Além deste, outros dois projetos oriundos do Executivo Municipal, também serão votados. O que institui o Abrigo Casa da Criança de Cataguases, altera e cria nomenclatura de cargos de acordo com o SUAS - Sistema Único de Assistência Social - e o que cria o Abrigo Casa do Adolescente de Cataguases.
Entre outras alterações no serviço de transporte coletivo em Cataguases, uma das principais é que a partir da aprovação desta lei (18/2012), a Prefeitura terá de realizar licitação para contratar em regime de concessão por dez anos (atualmente as empresas são permissionárias) as empresas prestadoras do serviço de transporte coletivo urbano de passageiros. Este prazo, no entanto, pode ser reduzido caso a empresa não esteja prestando serviço de forma satisfatória. As condições e os termos a que terá de obedecer enquanto prestar o serviço estarão elencados no Edital que será divulgado à época da licitação.
O mesmo projeto de lei, em seu Artigo 2º, Parágrafo 2º, assegura o emprego dos funcionários nas atuais empresas que prestam o serviço no município. "No instrumento convocatório da licitação, deverá a Prefeitura estabelecer as condições necessárias para assegurar o emprego para o contingente de trabalhadores vinculados à operação e manutenção, nas empresas atualmente responsáveis pela prestação do serviço a que se refere esta lei, de forma a minimizar, no Município, o impacto social que possa vir a decorrer da substituição de empresas operadoras".
Outra importante definição contida no referido projeto é que o processo licitatório deverá ter no mínimo duas empresas vencedoras, cumprindo desta forma o que preceitua o Artigo 138 da Lei Orgânica do Município. Seu texto também prevê a criação de novos meios de transporte "por conta e riscos das empresas concessionárias", e o contrato de concessão vai estabelecer mecanimos para uma atuação conjunta da Prefeitura, Poder Concedente e empresas concessionárias visando a coibir ação de operadores irrgulares do transporte coletivo. Por fim, o projeto de lei mantém o serviço de transporte coletivo municipal da forma que está funcionando atualmente "até o início da operação comercial nos termos dos novos contratos".{{banner-interno}}
Terminou na noite desta terça-feira, 22, feriado municipal em Cataguases, a festa em homenagem à Santa Rita de Cássia, padroeira do município. O evento social começou na última sexta-feira, 18, e levou milhares de pessoas, todas as noites até à Praça onde aconteceram shows variados e o público saboreou o tradicional pastel que lá é vendido anualmente, além de degustar outros quitutes. A festa foi organizada pela Paróquia de Santa Rita e a realização dos shows, sonorização, palco e luz ficaram a cargo da Brilho Promoções, comandada pelo radialista Sousa Mendonça e pelo seu filho Edvar Júnior.
O encerramento da tradicional festa religiosa levou o maior público até à Praça para assistir à já tradicional queima de fogos de artificio que encerra, oficialmente, as festividades. Durante cerca de dez minutos a plateia viu um show de beleza pirotécnica nos céus da cidade. Cascata, fogos que após queimados formaram a frase "Viva Santa Rita" e outro painel em que iluminou uma foto da Padroeira, entre outros tipos, encantaram as pessoas que lotaram a Praça Santa Rita.
A última atração da festa da padroeira foi a apresentação da ótima Banda 3 x 0 formada pelos carismáticos e talentosos Mateus Mala, Marcelo Barbinha e Marcelo Chieira que tocaram sucessos consagrados de bandas que fizeram história no Brasil e no mundo. O 3 x 0 conquistou um lugar de destaque no cenário musical da região graças a uma peculiaridade singular de seus membros: consegue aliar com muita competência excelente técnica ao enorme talento de cada integrante. Além disso, o timbre de voz de Barbinha "combina" com o estilo de música que interpretam. A festa não podia terminar melhor.
Veja as fotos feitas por Juliana Junqueira.
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[caption id="attachment_7707" align="aligncenter" width="376" caption="Mr. Catra também falou sobre a música "Kong", na qual participou do videoclipe e que está sendo acusada de racismo"][/caption]
Nesta segunda-feira, 21, véspera do feriado municipal da padroeira de Cataguases, Santa Rita, o cantor de funk, e um dos precursores deste ritmo no Brasil, Mr. Catra, se apresentou no Clube Meca para uma multidão. Ele, que tem fama de chegar muito atrasado em seus shows, aqui em Cataguases, estava pronto para começar a cantar antes das vinte e três horas.
Catra, enquanto esperava a conclusão dos trabalhos no palco, tirou fotos e conversou com os fãs e também concedeu uma rápida entrevista exclusiva ao jornalista Marcelo Lopes, editor deste site, em que falou sobre suas duas esposas e de seus vinte filhos com nove mulheres: “estou a caminho de chegar aos trinta”, completou. Para ele cuidar de duas mulheres “é mais fácil porque elas não ficam sozinhas. Uma conforta a outra enquanto você tá trabalhando”. Detalhe: sua enorme prole mantém um convívio amistoso, garantiu. Catra, faz questão de dizer que é “casado” com duas mulheres.
O cantor comentou sobre o processo de plágio que disse irá mover contra a canção “Eu quero tchu, eu quero tcha”. Segundo ele, “essa batida, tchun-tcha-tchun revolucionou o funk, que é o beatbox, foi feita por mim há cinco anos atrás. Uma data em que o créo ainda nem era MC, era DJ ainda. Aí a equipe dele deu um pau na hora do show e ele falou: ‘negão’ segura o baile ai! E eu comecei a fazer esse bagulho e pegou. Pô! Enquanto tava no funk tudo bem, mas isso é um lance do funk, que revolucionou o funk nos últimos tempos. É uma questão de direito, mano. De direito. O funk já foi tão discriminado, tão sacaneado nos últimos tempos que chegou a hora da gente correr atrás dos nossos direitos”, completou.
O assunto que parece provocar a ira de Mr. Catra, é a acusação de racismo que a música de Alexandre Pires, “Kong”, vem sofrendo e na qual ele e o atacante Neymar, do Santos, fizeram uma participação no videoclipe. Catra, que assim como em suas canções, tem um vocabulário recheado de palavrões, ao falar sobre o assunto levantou o tom de voz. Ele também revelou que ainda não foi chamado a depor sobre este caso. Veja o comentário de Catra a este respeito:
- É a música que eu me vesti de macaco. Se eu tivesse me vestido de viado alguém ia reclamar? Então qual é a parada? Não tô entendendo... Eu sou preto, tenho filho preto. O racismo tá na cabeça de quem tá acusando a gente. Este é o verdadeiro racista. Eu acho que o Ministério Público tem muita coisa pra resolver a ficar dando atenção a esta babaquice. Esta é uma atitude babaca e racista. Eu tenho orgulho de ser brasileiro, eu tenho orgulho de ser negro e eu tenho orgulho de ser o Kong e eu tenho orgulho de ser o pelo do macaco que é o pelo do meu saco. Entendeu? O pelo do macaco é o pelo do meu saco. O preconceito não tem nada a ver, meu irmão, nada a ver, concluiu com o tom de voz alterado. (Foto: Juliana Junqueira){{banner-interno}}