Fernando César Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Curitiba – O total de 508 mil empregos existentes hoje no setor bancário brasileiro, embora tenha crescido ao longo de toda a última década, representa apenas 69,4% do que o setor tinha em 1990. Os dados fazem parte de um estudo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) durante a 14ª Conferência Nacional dos Bancários, encerrada hoje (22) em Curitiba.
Em 1990, havia 732 mil bancários no país. Esse total caiu 46,3% até 1999, quando chegou a 393 mil vagas – uma redução de 339 mil postos de trabalho. Após uma oscilação positiva em 2000, o número voltou, em 2001, ao mesmo patamar de 393 mil vagas. "Durante a década de 1990, esse estoque [de empregos nos bancos] teve queda, especialmente devido ao processo de reestruturação produtiva que atingiu diversos setores da economia brasileira no período", diz o estudo do Dieese.
De 2002 a 2011, por dez anos consecutivos, o total de empregos em bancos apresentou um crescimento contínuo. As 508 mil vagas, registradas no final do primeiro trimestre, representam uma recuperação de 115 mil postos de trabalho em relação a 2001, um crescimento de 29,3% ao longo de pouco mais de uma década.
"A queda do número de empregos bancários, na década de 90, deve-se, principalmente, ao processo de terceirização de serviços, como os de tecnologia e vigilância, uma forma que os bancos encontraram para reduzir custos", disse à Agência Brasil o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro. "Já a recuperação de parte dos postos de trabalho nos últimos anos deve-se também à pressão da sociedade, porque os clientes se deparam com poucos bancários nas agências."
Na última sexta-feira (20), o Dieese divulgou balanço segundo o qual o ritmo de abertura de vagas caiu 83,3% nos primeiros três meses de 2012 em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março deste ano, o saldo positivo foi 1.144 vagas. "Os postos criados este ano foram resultado da contratação de novos bancários pela Caixa Econômica Federal, que abriu 1.396 novos postos", afirma o Dieese. "Sem essa participação, o saldo do emprego bancário no período [primeiro trimestre de 2012] teria sido negativo."
Cerca de 600 bancários, que participaram como delegados da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, aprovaram neste domingo a pauta de reivindicações deste ano da categoria, que possui uma convenção coletiva de trabalho de alcance nacional. A data-base dos bancários é 1º de setembro.
Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 10,25%, o que inclui 5% de aumento real, fim da rotatividade e da terceirização, piso de R$ 2,4 mil, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais participação nos lucros e mais segurança nas agências e postos de atendimento.
Nos últimos oito anos, os bancários obtiveram 13,9% de aumento real. Apesar disso, a média salarial da categoria cresceu apenas 3,6% no mesmo período, de R$ 4,2 mil, em 2004, para R$ 4,4 mil, em 2011. A categoria culpa a rotatividade por esses números. Os bancos, segundo os bancários, estariam trocando profissionais com salários mais altos por novos empregados com menor remuneração. Entre 2004 e 2011, o lucro dos maiores bancos subiu de R$ 23,3 bilhões para R$ 53,4 bilhões.
A categoria entregará sua pauta de reivindicações no próximo dia 1º de agosto para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A primeira reunião de negociação está marcada para os dias 7 e 8 do mesmo mês. "Nossa expectativa é a de que os bancos apresentem uma proposta satisfatória, já que a rentabilidade anual do setor é 23% sobre o patrimônio, o que significa dizer que os bancos dobram de tamanho a cada três anos", diz Cordeiro.
Perguntado se há perspectiva de greve da categoria para este ano, o presidente da Contraf afirmou que o calendário ainda não prevê paralisações. "Teremos agora um processo de negociação e vamos mobilizar a categoria. Só iremos falar em greve se não houver proposta patronal ou então se ela for insatisfatória", disse Cordeiro.
Edição: Lana Cristina
Fonte: Agência Brasil{{banner-interno}}
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru) realiza nos dias 01, 02 e 03 de agosto, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, a 1ª Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional de Minas. O evento, que será realizado com o apoio do Ministério da Integração Nacional e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), tem o objetivo de promover o debate sobre as ações regionalizadas no Estado visando detectar diretrizes e princípios que possam ser utilizadas na Política Nacional de Desenvolvimento Regional.
As inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected] e também pelo site www.urbano.mg.gov.br, através do link da Conferência, até o dia 30 de julho. Na página da Sedru você também pode encontrar as principais informações do evento. Para acessar o formulário de inscrição, clique aqui.
Minas será o primeiro Estado no país a realizar sua conferência que será preparatória para a Conferência Macrorregional do sudeste que acontece entre os meses de outubro e novembro e a Conferência Nacional que acontece nos dias 12, 13 e 14 de dezembro, em Brasília. Durante o encontro Estadual serão eleitos os delegados do poder público, da academia e da sociedade civil que vão representar Minas nestes eventos e selecionadas as propostas mineiras que serão levadas para a Conferência Nacional e que farão parte da política nacional.
A etapa estadual, que apresenta como lema: “Desenvolvimento e Integração Regional: Tornando Minas Mais Gerais”, terá como resultado a elaboração de cinco princípios e 20 diretrizes que contribuem para a formulação da nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Os princípios e diretrizes formulados em Minas Gerais serão encaminhados à Conferência Macrorregional (sudeste) e também à Conferência Nacional.
O público da conferência engloba representantes do poder público, da sociedade civil, do setor empresarial e instituições de ensino superior, pesquisa e extensão. Na conferência serão eleitos vinte delegados que representarão Minas Gerais nessas outras duas conferencias, com a seguinte composição: seis delegados representantes do poder público; seis delegados representantes da sociedade civil; quatro delegados representantes do setor empresarial; quatro delegados representantes do segmento de ensino, pesquisa e extensão.
Para o secretário de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, Bilac Pinto, a realização desta Conferência será um avanço no debate sobre o desenvolvimento regional de Minas e do país. Segundo ele, o evento será a oportunidade de debater políticas que levem em consideração a heterogeneidade das regiões e dos desafios e possibilite o fortalecimento da ideia de soma de esforços entre os gestores públicos, a sociedade civil e a academia. “O Governo de Minas busca envolver todos os atores no processo de desenvolvimento, incluindo a sociedade e a iniciativa privada”, destaca.
Durante o evento, os conferencistas terão a oportunidade de debater temas estratégicos para a construção de políticas e ações voltadas para o desenvolvimento sob a égide da redução das desigualdades regionais. Nesse sentido, a conferência será organizada em quatro eixos de discussão, que serão as bases para a construção das diretrizes e princípios.
A discussão permeará os eixos: Governança, participação social e diálogo federativo; Financiamento do desenvolvimento regional; desigualdades regionais e critério de elegibilidade; e Transversalidade – vetores de desenvolvimento regional sustentável.
A subsecretária de Desenvolvimento Regional, Beatriz Morais, explica que mudanças socioeconômicas vêm provocando reconfigurações em Minas, criando estruturas diversificadas de desenvolvimento. “O ritmo desigual do crescimento implica exclusão de sub-regiões no processo desenvolvimentista, pois enquanto algumas avançam outras ficam estagnadas, acirrando as diferenças sociais e regionais e desencadeando fluxo migratório para os grandes centros”, salienta.
Para acessar a programação do encontro, clique aqui (arquivo PDF).
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Uma das maiores redes de revenda de celulares da marca Claro na Zona da Mata, a Big Cell, empresa genuinamente cataguasense com lojas espalhadas por diversas cidades, organizou uma mega festa julina no último sábado, 21. O evento reuniu seus cinquenta e quatro funcionários e familiares, além do coordenador de vendas regional da Claro, Cristiano da Fonseca Lopes.
A Big Cell é do empresário Newton Dutra, também secretário municipal de desenvolvimento Econômico de Cataguases, e tem na direção a dinâmica e competente Daniela Lacerda, também responsável pela organização da festa julina que contagiou a todos os presentes.
Recheada de comidas e bebidas típicas do folclore junino, o Arraiá da Big Cell teve também um muito bem humorado Casamento do Jeca, que proporcionou risos soltos no público e uma contagiante dança da Quadrilha. Foi difícil ficar de fora assistindo os casais evoluindo no terreiro.
Outras atrações também fizeram o diferencial na festa julina da Big Cell. A primeira delas foi a apresentação do showman Lú Medeiros, que é um dos poucos artistas que ainda fazem da expressão corporal a extensão de sua voz. Lú Medeiros interpreta suas canções por inteiro, por isso é sinônimo de sucesso. E, ao final, o arraiá se transformou numa grande danceteria ao som do DJ Léo Peres, que fez todos dançarem ao som dos sucessos do momento.
O Arraiá da Big Cell, foi um sucesso e um momento importante de interação dos funcionários que, agora, ganham um “gás” extra para este segundo semestre. Excelente iniciativa.
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O acidente ocorrido na tarde deste sábado, na estrada Cataguases-Leopoldina, no Km 739, deixou quatro pessoas levemente feridas. Elas viajavam de Cataguases para Leopoldina, quando o veículo Palio, que era dirigido por Ema nuele Bedim Nunes de Castro, perdeu o controle saiu da pista e, num ressalto, da lateral, capotou parando com as rodas para cima.
Estavam no veículo também, Marcos José Vieira de Castro, Marcele Bedim Nunes de Castro e João Marcos Bedim Nunes de Castro, todos, aparentemente, de uma mesma família. Eles foram socorridos com ferimentos leves e levados para o Pronto Socorro Municipal de Cataguases e não correm risco de morte.
O segundo acidente, em que um caminhão bateu na traseira de um carro que parou para ver o capotamento, a Polícia Rodoviária Estadual em Dona Eusébia, responsável pelo registro da Ocorrência, confirmou que não houve feridos.{{banner-interno}}
Minas Gerais registrou, no mês de junho, o menor índice de homicídios de 2012. Em todo o Estado foram 283 ocorrências, número 11% menor que o contabilizado no mês anterior, quando foram registradas 315 ocorrências. Na comparação com o ano anterior, a partir de uma simulação de dados utilizando a mesma metodologia aplicada aos cálculos neste ano, percebe-se que o mês de junho também foi 15% menos violento em 2012. No ano passado ocorreram 333 ocorrências de homicídios no mês de junho contras 283 registradas em junho deste ano.
Os trabalhos recentes de monitoramento diários dos crimes violentos, por meio do Comitê Interdisciplinar composto pela cúpula da Defesa Social e Ministério Público, com a proposição de metas e intervenções objetivas e de curto prazo são, na avaliação de especialistas em segurança pública da secretaria, os responsáveis pela contenção dos homicídios nos últimos meses do primeiro semestre. Avaliando o gráfico abaixo nota-se que as ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) conseguiram “puxar para baixo” a curva de homicídios, que tendia a crescer nos primeiros meses do ano. Os dados de homicídios de junho são até 17% menores que os registrados no mês de abril (338 homicídios).
O secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, avalia que o trabalho iniciado nos últimos dois meses, com a Região Metropolitana, Vale do Aço, Montes Claros, Governador Valadares e Passos, por meio de reuniões de acompanhamento, estipulação de metas e definições objetivas de investimentos, se refletiu no decréscimo da curva da violência em Minas.
“Temos adotado ações concretas e de curto prazo, como a implantação de delegacias especializadas regionalizadas, disponibilização imediata de vagas para adolescentes homicidas em centros socioeducativos e planejamento de operações conjuntas entre as duas polícias, em todas as reuniões realizadas com os comandos regionais das polícias Militar e Civil”, afirma. Este acompanhamento será realizado até o fim do ano em todas as 18 regiões integradas.
Outro fator destacado por Rômulo Ferraz como um importante instrumento na diminuição dos crimes é, exatamente, o acompanhamento dos índices, realizado de perto pelo secretário de Defesa Social, comandante geral da PM, e chefe da Polícia Civil. “Neste novo processo, é possível verificar a motivação da base das duas polícias”, ressalta.
Estabilização dos índices na comparação com 2011
Na comparação do primeiro semestre de 2012 com o mesmo período de 2011, a partir do ajuste da metodologia, percebe-se uma contenção dos índices de homicídios em Minas, principalmente, em razão dos trabalhos desenvolvidos nos últimos dois meses. No ano passado foram registradas 1.858 ocorrências de homicídios nos seis primeiros meses do ano, contra 1.895 no primeiro semestre de 2012 – o que representa uma diferença de 1,9%.
Queda de homicídios na Região Metropolitana
Na Regiões Integradas de Segurança 1, 2 e 3, que englobam 40 cidades da Região do Colar Metropolitano de Belo Horizonte, os registros de homicídios do mês de junho também foram os menores do ano: 122 ocorrências. O número é 19% menor que o do mês anterior, com 152 registros de assassinatos. Confira abaixo o movimento decrescente da curva de homicídios na Região Metropolitana, no ano de 2012, nos últimos meses.
Número de crimes violentos volta a cair em Minas pelo segundo mês consecutivo
Importante destaca que o número de crimes violentos registrados em Minas Gerais voltou a cair pelo segundo mês consecutivo. O total de ocorrências do mês de junho – 5.741 – é 4,3% menor que o registrado no mês anterior – 5.998. No mês de maio, comparado com abril, a queda já tinha sido de 3,94% (6.244 ocorrências de roubo, sequestro, extorsão mediante sequestro, homicídios tentados e consumados, além de estupros tentados e consumados em abril contra 5.998 em maio).
O decréscimo de estatísticas nos dois últimos meses se repete na Região Metropolitana de Belo Horizonte, como pode ser observado no gráfico abaixo. Entre os meses de maio e junho, houve redução de 5,5% nos crimes violentos, que passaram de 3.587 ocorrências em maio para 3.428 em junho. Entre os meses de abril e maio, a queda já havia sido de 4,5%, quando as estatísticas caíram de 3.756 ocorrências em abril para 3.587 em maio.
Menos crimes contra o patrimônio
Os crimes violentos contra o patrimônio, que configuram os crimes de roubo consumado e extorsão mediante sequestro, também estão em queda desde o mês de abril. Em junho, foram registradas 4.844 ocorrências contra as 5.084 registradas em maio: uma queda de 4,7%.
Nas Risps 1, 2 e 3, que compreendem 40 cidades da Região Metropolitana, também há queda nos últimos dois meses, como mostra o gráfico a seguir. Somente no mês de junho, na comparação com o mês anterior, maio, a redução foi de 3,9%, com as ocorrências caindo de 3.180 para 3.059.
Fonte: Agência Minas
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