A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) promoveu, na Praça da Assembleia, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (26), uma ação alusiva ao Dia Mundial contra as Hepatites Virais, que é comemorado no dia 28 de julho. Para mostrar medidas de prevenção contra a doença, foi montado um salão de beleza, em que as manicures tomaram todos os cuidados necessários para evitar o contágio da hepatite B. O material usado no momento de fazer a unha deve ser todo pessoal ou descartável, isso porque no caso da ocorrência de algum machucado, todos os instrumentos, como lixas, esmaltes, pau de laranjeira e alicates, podem ser contaminados. No local também foi disponibilizado um posto de vacinação.
Alaíde Bispo de Jesus, que há 25 anos trabalha como manicure, contou que sempre incentiva suas clientes a ter e a levar seus próprios materiais na hora de fazer as unhas. “Além de evitar doenças como as hepatites, é mais higiênico para elas e para mim. Tenho inclusive no meu salão os kits contendo alicate, lixa, espátula e pauzinho de laranjeira, onde ofereço às minhas clientes que não têm ainda seus materiais”, conta.
Andrea Duarte Vieira, de 54 anos, contou que suas filhas sempre a incentivavam a levar seu próprio kit no momento de fazer as unhas, mas não achava que era tão perigoso compartilhar os instrumentos com outras clientes. Acreditava que se o alicate estivesse esterilizado estava tudo certo. “Aprendi aqui que não devemos bobear com a saúde e adotando medidas simples é possível evitar a hepatite. Agora toda vez que for ao salão levarei o kit que ganhei aqui no evento e incentivarei outras pessoas a também fazerem o mesmo”, afirmou.
A pequena Júlia Awad Martins, de 10 anos, está aprendendo desde cedo a se prevenir contra as hepatites virais, principalmente dentro dos salões. “Minha mãe já havia comprado meu kit para levar na hora de fazer as unhas, mas não levava os meus próprios esmaltes. Não sabia que o esmalte também pode transmitir a hepatite. A partir de agora também levarei minha base e esmaltes”.
Segundo a coordenadora de DSTs/AIDS e Hepatites Virais da SES, Fernanda Junqueira, “as principais medidas de proteção são evitar o contato direto com o sangue; usar preservativos em todas as relações sexuais; não compartilhar materiais como seringas, escovas de dente, agulhas, barbeadores, navalhas, lâminas de barbear, canudos e cachimbos para o uso de drogas. Quanto aos materiais de tatuagens, piercings e manicure, eles devem ser esterilizados após o uso ou utilizados individualmente”, explicou.
Vacinação
Várias pessoas também aproveitaram para tomar a primeira dose da vacina contra a hepatite B. A gari Cristiana Cleusa Martins, de 35 anos, que trabalha na Praça da Assembleia, e que por causa de sua profissão faz parte do grupo considerado prioritário para ser imunizado, aproveitou para se vacinar e incentivar outros colegas de profissão a também se imunizar. “Quando estava passando perto da tenda do evento os profissionais de saúde me abordaram explicando a importância da vacinação por conta do meu trabalho, o lixo é cheio de materiais cortantes, que podem estar contaminados. Tomei a injeção e não doeu nada. Agora vou fazer minhas unhas para ficar bonita para o final de semana”, disse animada.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde disponibiliza gratuitamente a vacina contra a hepatite B para as pessoas de zero a 29 anos, e das que se enquadram nos grupos considerados prioritários: profissionais do sexo, profissional de saúde, caminhoneiros, profissionais de beleza, grávidas, homossexuais, bombeiros, policiais, entre outros.
Fonte: Agência Minas{{banner-interno}}
Pedro Peduzzi e Daniel Lima
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O custo da energia elétrica poderá baixar em pelo menos 10% para consumidores e indústria com a extinção de alguns encargos setoriais, por meio de medida provisória em preparação pelo governo para sair no início de agosto. A iniciativa, cuja informação foi antecipada hoje (26) pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, é mais uma das medidas de incentivo à economia que estão sendo estudadas pelo governo federal.
“Estamos trabalhando intensamente em uma medida provisória de alteração das concessões, prorrogando por mais uma vez as concessões de energia elétrica, mas tudo isso com o princípio mantido da modicidade tarifária, que será intenso. Os encargos setoriais serão extintos. Este é o caminho para realmente fazer cair o preço da energia”, disse Lobão, após participar do quarto balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2.
“A energia na origem e na geração é barata. Mas, ao longo do caminho, vai encarecendo. O que nós estamos fazendo, basicamente, é retirar os obstáculos do meio do caminho, para que ela chegue na ponta por um preço mais barato”, argumentou o ministro.
Segundo ele, as medidas poderão reduzir em pelo menos 10% o custo da energia para consumidores e para a indústria. “A redução que nós estamos prevendo e que está sendo examinada, avaliada e calculada pela Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] poderá ser de 10% ou um pouco mais”, completou o ministro.
Entre os encargos a serem extintos, Lobão destacou as contas de Consumo de Combustíveis (CCC) e de Desenvolvimento Energético (CDE), além da Reserva Global de Reversão (RGR). “Deveremos mexer também no Proinfa [Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica]”, acrescentou.
Lobão disse que programas financiados por esses encargos, como o Luz para Todos, não serão prejudicados, devendo passar a ser custeados pelo Tesouro. Já a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços [ICMS], disse o ministro, deverá ficar a cargo de cada unidade federativa. “Gostaríamos muito que os governos estaduais também reduzissem [o ICMS], mas isso envolve a autonomia de cada um deles”.
Edição: Davi Oliveira
Fonte: Agência Brasil{{banner-interno}}
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Na 19ª Conferência Internacional sobre Aids, em Washington, nos Estados Unidos, especialistas alertaram que as mulheres estão mais vulneráveis à doença. Segundo eles, é necessário ampliar a rede de programas para além das grávidas e lactantes. Só em 2011, 1,2 milhão de mulheres, incluindo adolescentes e jovens, foram infectadas, a maioria nos países em desenvolvimento.
A infeção pelo vírus HIV é a principal causa de mortalidade entre as mulheres em idade fértil, dizem os especialistas. De acordo com os dados apresentados na conferência, os casos de infecção entre as mulheres jovens, de 15 a 24 anos, são duas vezes maiores aos dos homens da mesma faixa etária. Pelo menos 63% das mulheres jovens contaminadas vivem com o vírus.
"Não podemos sequer começar a falar em pôr fim à aids enquanto uma parte tão importante do impacto da epidemia continuar a afetar tão fortemente as mulheres", disse a professora de medicina da Universidade da Califórnia, em São Francisco, e copresidente da conferência de Washington, Diane Havlir. A conferência reúne cerca de 20 mil delegados de 190 países.
Para a professora de medicina, é necessário adotar novas abordagens de prevenção utilizando antirretrovirais e microbicidas (substâncias aplicadas no órgão genital que diminuem infecções por doenças sexualmente transmissíveis, como em forma de creme e gel, por exemplo). Diane Havlir lembrou que o hábito de sexo sem preservativo ainda é frequente. Segundo ela, em vários países, a cultura da relação sexual sem proteção é a comum, assim como os abusos sexuais.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
Edição: Carolina Pimentel
Fonte: Agência Brasil{{banner-interno}}
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ex-presidenta das Filipinas Gloria Arroyo (2001-2010), de 65 anos, ganhará a liberdade sob pagamento de fiança. A decisão foi tomada pelo tribunal regional da cidade de Pasay, nas Filipinas. Arroyo ficou detida por oito meses. Ela é acusada de envolvimento com fraudes eleitorais, corrupção e pagamentos de subornos no período em que estava no poder. A ex-presidenta nega todas as acusações.
O tribunal autorizou a libertação de Arroyo do hospital militar onde se encontra, mas ela terá de pagar 1 milhão de pesos (US$ 23,7 mil). Em comunicado, o tribunal diz que considera que houve erro ao analisar considerar a existência de conspiração por parte da ex-presidenta. Arroyo está proibida de deixar as Filipinas.
Ferdinand Topacio, um dos advogados de Gloria Arroyo, disse que a família da ex-presidenta vai pagar a caução para garantir a libertação dela. "Não vemos qualquer outro obstáculo legal que a impeça de sair [em liberdade] hoje. Esperamos que ela vá para casa hoje", disse.
A ex-presidenta é acusada de vários crimes, inclusive fraude eleitoral, que é punida com prisão perpétua. Ela é denunciada de ter conspirado para corromper a eleição para o Senado em 2007. O sucessor dela, Benigno Aquino, defende que Arroyo seja levada à Justiça devido às denúncias de corrupção que lhe imputa aos seus nove anos de mandato, até 2010.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante
Fonte: Agência Brasil{{banner-interno}}
Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo brasileiro decidiu atender ao pedido do governo do Haiti e ajudar na formação de uma nova força de segurança no país caribenho. A decisão foi comunicada pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, em reunião hoje (26) com o ministro haitiano da Defesa, Jean Rodolphe Joazile.
De acordo com o Ministério da Defesa, nas próximas semanas, o Brasil deverá enviar ao país uma missão com integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para estudar formas de ajudar o país. "É um pedido do governo do Haiti de nós cooperarmos nessa linha. Estamos, agora, começando a trabalhar nas modalidades de como essa ajuda pode ser prestada", declarou o ministro da Defesa Celso Amorim, após um almoço com as autoridades haitianas.
Não haveria ajuda, segundo Amorim, se o governo brasileiro não tivesse obtido do governo haitiano a garantia de que o Exército do país não funcionará como "milícia pessoal", como ocorreu no passado, quando o país foi governado por ditaduras sangrentas. "Essa preocupação existe e o ministro [Jean Joazile] me deu garantias de que não se trata de restituir o antigo Exército que tem contra ele essas acusações e nem de um modelo que funcione como uma milícia pessoal", disse.
Uma forma de apoio já cogitado pelo governo brasileiro seria a de abrir vagas para que militares haitianos pudessem cursar engenharia no Brasil. "Essa ajuda teria o objetivo de dar um caráter efetivamente profissional, institucional a essa força e, mais importante ainda, começando por uma área que é de grande interesse para o Haiti, que é a engenharia militar, com implicações para a defesa civil", explicou Amorim.
A iniciativa de formar uma nova força de segurança é uma das principais estratégias do governo de Michel Martelly, presidente que tomou posse no ano passado. Há 17 anos, as Forças Armadas do Haiti foram dissolvidas após sucessivos golpes militares e uso político do aparato militar. O presidente haitiano chegou a tratar do assunto diretamente com a presidenta Dilma Roussef, em janeiro deste ano, quando ela visitou o país.
A colaboração acertada hoje ocorrerá simultaneamente ao movimento de diminuição da participação brasileira na Força de Paz das Organizações das Nações Unidas (Minustah), que está no país desde junho de 2004. Atualmente, 2 mil militares brasileiros participam da Minustah e a intenção do governo é reduzir esse contingente para mil, patamar que havia antes do terremoto que atingiu o país em janeiro de 2010. O Brasil, que tem a liderança da Minustah, chegou a ter 2.250 militares no Haiti.
Apesar de haver consenso na comunidade internacional de que a força da ONU é necessária, sua presença no Haiti também enfrenta críticas, já que não contribui para que o país caminhe com as próprias pernas. A avaliação do governo brasileiro é a de que a presença das tropas deve diminuir gradativamente. "Não sei em quanto tempo será, mas o processo de redução [do contingente] da Minustah já começou e vai continuar. Ficaremos lá o tempo que for necessário, mas, como eu sempre tenho dito, não é bom nem para o Brasil, nem para a ONU, nem para o Haiti que as forças estejam lá de maneira permanente", observou o chanceler brasileiro.
Amorim defendeu a necessidade de formação de uma força militar no Haiti capaz de assumir as ações desempenhadas hoje pela força de paz. "Havendo essa redução, evidentemente tem que haver alguma capacidade local para lidar com os problemas de segurança”, disse.
O ministro destacou as áreas nas quais o Haiti quer ser preparar com o objetivo de reconstruir o país. “O Haiti está preocupado também em proteger suas fronteiras, em guardar sua costa marítima, ser capaz de atuar na área de defesa civil. Infelizmente, é um país muito sujeito a desastres naturais. O terremoto de 2010 foi o evento mais conhecido, mas há também enchentes inundações, furacões”.
Edição: Lana Cristina
Fonte: Agência Brasil{{banner-interno}}