No mês de setembro, o Movimento Minas dá inicio a mais um processo de construção colaborativa. Desta vez o tema é a Economia Criativa, que engloba diversas áreas de atuação em que a imaginação está aliada à geração de renda, como artes, arquitetura, publicidade, design, moda, audiovisual, publicações e conteúdos digitais
O Movimento Minas é uma plataforma criada pelo Governo de Minas Gerais para integrar o cidadão na construção de soluções para os desafios da sociedade de forma colaborativa. Os Quebra-Cabeças são questões específicas lançadas no site para suscitar a discussão de diversos temas de interesse da sociedade, buscando soluções e propostas. Neste novo formato, esta é a segunda ação do movimento
No processo de construção colaborativa por meio do site www.movimentominas.com.br, cada tema passa por três fases. A primeira delas é a escuta, na qual se incentiva a participação de pessoas envolvidas com o tema. Com base no que for ouvido, o Movimento Minas irá formular uma questão a ser solucionada, antes de entrar na etapa de geração de ideias que, no terceiro momento, serão testadas na prática
Nesta iniciativa, o Movimento Minas tem o objetivo de escutar quem trabalha com economia criativa e saber mais sobre a atividade do empreendedor, arquiteto, músico, educador, artista, designer, programador e de todas as pessoas que aliam sua atividade econômica com a imaginação. Serão ouvidas pessoas de diferentes realidades e com experiências diversas. Para participar, basta acessar a plataforma digital e se identificar em um breve formulário de mapeamento de atores
O objetivo dessa escuta é captar percepções quanto às principais questões que envolvem a economia criativa, os desafios, as soluções, os riscos, enfim, informações relevantes para o debate sobre o desenvolvimento do segmento. Em seguida formularemos, em conjunto, uma questão para o próximo quebra-cabeças do Movimento Minas. Lançaremos na plataforma virtual essa questão, relacionada ao que foi ouvido, para sugestões de ideias e propostas de solução
Ações anteriores
Uma das propostas de valor do Movimento Minas é a de testar, na prática, as contribuições construídas em conjunto. Desde junho de 2012 ,o projeto abordou, em parceria com a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, a Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) e o Plug Minas, o tema da gravidez na adolescência. Inicialmente, o projeto realizou debates e visitas a instituições que trabalham com este público, para entender melhor a questão
Após este momento de escuta, tratou-se de um tema específico, orientado pela seguinte pergunta em forma de quebra cabeças: Como promover o bem estar da gestante adolescente? Durante um mês, por meio da plataforma digital, 99 ideias e sugestões foram recebidas. Todas elas foram condensadas e trabalhadas para gerar duas propostas que serão testadas na prática, com instituições parceiras do Movimento Minas
Fonte e Foto: Agência Minas{{banner-interno}}
Da Agência Brasil
Brasília - A Convergência Ampla de Salvação de Angola (Casa-CE), a nova coligação de Abel Chivukuvuku, em disputa nas eleições em Angola, informou que pode não reconhecer resultados gerais no país, em postos de votação onde não teve delegados
Em uma declaração à imprensa, sem direito a perguntas, na noite de hoje (1º) em Luanda, Chivukuvuku disse que, "por má-fé ou de forma propositada", não foi permitido à sua coligação ter delegados em todas as assembleias eleitorais do país, embora tivesse "capacidade humana" para isso
A Casa-CE disse que vai conferir os dados oficiais com a suas atas, "especialmente em Luanda", e "em tempo útil" fará uma declaração final. A coligação segue com menos de 5% de votos, na terceira posição, a larga distância do MPLA e também da Unita, nos resultados provisórios divulgados hoje pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), com mais de dois terços dos votos contados
Em Angola, o voto é em cédulas e a apuração ocorre nos locais de votação. Os eleitores vão às urnas para escolher 220 deputados. No país, a eleição para presidente da República ocorre de forma indireta e é definida pelos parlamentares.
A eleição de ontem é a segunda realizada em Angola, desde o fim da guerra civil no país, em 2002. Ela ocorre quatro anos depois da eleição parlamentar de 2008, que já contou com a participação do principal partido de oposição do país, a Unita
No poder há mais de três décadas, o atual presidente José Eduardo dos Santos é o número 1 da lista de seu partido, o MPLA, na tentativa de obter mais um mandato. Para especialistas, o MPLA deve ficar com a maioria das cadeiras no Parlamento, o que garantirá a Santos mais um mandato de cinco anos
A Unita, segunda maior força política de Angola, tem protestado contra a parcialidade das eleições, mas se mantém na disputa. Durante 27 anos, a divergência entre os dois grupos provocou uma guerra civil que devastou o país. Cerca de 500 mil angolanos morreram. Um acordo de paz só foi possível após a morte de Jonas Savimbi, líder da Unita, ocorrida em 2002, em confronto com forças do governo.
Hoje, o porta-voz do partido MPLA, Rui Falcão, disse que os resultados das eleições gerais em Angola "servem aos objetivos" do MPLA e garantem a estabilidade e o desenvolvimento do país
O MPLA obteve 81% nas eleições legislativas de 2008, e os dados preliminares deste pleito, divulgados às 17h30 (horário local), atribuem-lhe cerca de 75%. Sobre a Casa-CE, Falcão disse que “não há atores novos nestas eleições. Há é um novo ator coletivo. A Casa-CE é constituída por militantes expulsos de outros partidos ou provenientes de outras formações entretanto extintas"
"É uma manta de retalhos. Desempenhou nestas eleições o mesmo papel que o do PRS [Partido de Renovação Social] nas eleições de 1992", acrescentou. Quanto à Unita, que poderá aumentar dos 10% alcançados em 2008 para 17%, Rui Falcão disse que até prefere que o líder desse partido continue em suas funções. "O que eu quero mesmo é que Isaías Samakuva continue líder da Unita por muito mais tempo", concluiu
*Com informações da Agência Lusa
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Agência Brasil
Brasília – Em oito anos, o Brasil quer ser o quinto maior mercado consumidor e produtor em audiovisual no mundo. Atualmente, está na décima posição. Para isso, precisa dobrar o número de salas de cinema, triplicar a quantidade de canais de TV por assinatura dedicados à produção nacional, veicular mais longa-metragens na TV aberta e ampliar a participação das distribuidoras nacionais de cinema e de produtoras independentes
As metas foram estabelecidas pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) e estão descritas no Plano de Diretrizes e Metas para o Audiovisual (PDM), em consulta pública no site da agência
“Esta é a primeira vez que o país tem um plano de longo prazo sobre a economia do audiovisual”, salienta Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine. Segundo ele, o crescimento da produção nacional, o estabelecimento de leis e normas para regulação e o funcionamento de instituições como a Ancine favorecem a elaboração de um plano de longo prazo. “Estamos em condição de visualizar o futuro. Há ambiente para planejamento de longo prazo”, disse à Agência Brasil
De acordo com Rangel, o plano servirá para “orientar a ação do Poder Público” e também dará balizamento para o mercado. “Teremos um pacto setorial”, prevê Rangel. De acordo com ele, o plano é flexível e permite adequações ao longo do tempo, em compasso com o monitoramento (são descritas metas para 2015 e para 2020)
Conforme descrito no documento, em 2020, o Brasil terá 4,5 mil salas de cinema (em 2010, tinha 2.206), todas com projeção digital. A meta é que 220 milhões de espectadores irão por ano ver a telona. A renda bruta de bilheteria total será R$ 3,32 bilhões (duas vezes e meia acima da verificada há dois anos)
Além do aumento do acesso ao cinema, a Ancine quer maior consumo de produções nacionais. A meta é que o filme brasileiro fique com um terço da receita da bilheteria das salas comerciais em 2020 (em 2010, a participação foi inferior a 18%), o que equivalerá a R$ 970 milhões
Para tanto, prevê a ampliação de um para oito o número de empresas brasileiras entre as grandes exibidoras (com mais de 100 salas de cinema no país) e que as distribuidoras de capital nacional sejam as fornecedoras dos filmes que rendam a metade dos bilhetes vendidos (hoje o percentual é 29%). Em 2020, a projeção é que, anualmente, os filmes brasileiros ocupem 13 mil salas na estreia e a quantidade de longa-metragem distribuído por empresas nacionais passe dos atuais 64 filmes para 130 filmes a cada ano
Manoel Rangel garante que a meta de aumentar a presença das exibidoras e distribuidoras nacionais não é uma “pegada nacionalisteira”, mas estratégica. “As distribuidoras se empenham por suas produções. É uma questão econômica sob ótica da hiper concentração econômica”, explica
O plano também prevê crescimento dos canais brasileiros de TV por assinatura, passando de 16 para 50. E a partir de 2020, haja a compra de 5,6 mil vídeos por demanda (encomendados). Nesses canais, o plano prevê a exibição de 2.079 filmes por ano. Na TV aberta, a meta é que o número de longas-metragens brasileiros passe de 233 para 450 nas grandes redes
Para a Ancine, as metas têm sustentação no desempenho que o setor já apresenta – acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo Rangel, o mercado das salas de cinema e das TVs por assinatura cresceram no ano passado 8% e 13%, respectivamente
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Agência Brasil
Brasília - No momento em que o mundo sofre os efeitos de uma das piores secas já observadas, que atinge em grandes proporções o Nordeste do Brasil, o país se prepara para sediar a 2ª Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas sobre Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos de Secas (UNCCD). O encontro, que faz parte do calendário oficial das Nações Unidas, ocorre de 4 a 7 de fevereiro de 2013, em Fortaleza, e deve reunir acadêmicos, cientistas, políticos, organizações sociais e de setores privados de várias nações
Durante os quatro dias, eles vão discutir a inclusão ou a consolidação das questões da desertificação, da degradação da terra e da seca na agenda ambiental de seus países. Estão previstas atividades como workshops, apresentações de resumos, oficinas, vídeos, exposições de inovação, excursões e mesas-redondas
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, enfatizou que a realização da conferência demonstra que o combate à desertificação está sendo compreendido, no cenário internacional, como fundamental para a construção do desenvolvimento sustentável. Ele lembrou que o tema fez parte da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92), mas não conquistou, desde então, a mesma visibilidade, como os debates sobre mudanças climáticas e biodiversidade
“Essa questão não havia ainda atingido o mesmo grau de protagonismo global, se comparado a temas como mudança climáticas e biodiversidade. Agora, começa-se a perceber que não é possível falar de agenda de sustentabilidade sem falar do desenvolvimento das regiões semiáridas, afetadas pelo processo de desertificação. As agendas finalmente convergiram”, afirmou, ao enfatizar que a convenção da ONU sobre o tema foi assinada por 194 países, entre eles, o Brasil. O Ministério de Ciência e Tecnologia é responsável, junto com os Ministérios do Meio Ambiente e da Integração Nacional, pela organização do conferência da ONU no Brasil
O coordenador da área de Agricultura, Recursos Naturais, Gestão Ambiental e Mudanças do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (Iica) no Brasil, Gertjan Beekman, destacou que a desertificação é uma questão mundial e que a troca de experiências entre os países é fundamental para difundir as tecnologias de sucesso que vêm sendo implementadas. Segundo ele, 40% da superfície da Terra estão em áreas suscetíveis à desertificação e 15% da população mundial vivem nessas regiões
De acordo com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, o processo é caracterizado pela "degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles, as variações climáticas e as atividades humanas"
"Como se trata de um problema mundial, é preciso consolidar experiências bem-sucedidas e observar o que outros países estão fazendo. Além disso, o evento vai ser fundamental para definir metas e objetivos claros para os próximos anos", destacou Beekman, ao acrescentar que no Brasil o risco de desertificação está presente em uma área que se estende por 1,3 milhão de quilômetros quadrados, onde vivem 30 milhões de habitantes
O coordenador do Iica no Brasil, que também é doutor em recursos naturais, ressaltou que a situação traz impactos negativos diretos na situação de vida das populações dessas regiões, principalmente as mais vulneráveis e isoladas, além de comprometer o desenvolvimento econômico e social das áreas afetadas.
A 1ª Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas sobre Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos de Secas (UNCCD) ocorreu em 2009, na Argentina
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Da BBC Brasil
São Paulo - Embora uma esteja em Argyll, na Escócia, e a outra em Florianópolis, no Brasil, as meninas Martha Payne, de 9 anos, e Isadora Faber, de 13, têm muito em comum. Tímidas, porém questionadoras, as duas sonham em ser jornalistas e chamaram a atenção da mídia ao criticar as escolas onde estudam em blogs na internet, cobrando das autoridades soluções para os problemas
A convite da BBC Brasil, as duas blogueiras mirins trocaram vídeos contando mais sobre a experiência pessoal de cada uma. Martha ficou feliz em saber que serviu de inspiração para Isadora. "Bom trabalho! Aposto que você também vai inspirar muitas outras crianças ao redor mundo!", disse a escocesa no vídeo
Ainda no final de abril, a escocesa criou o blog Never Seconds (Nunca Repetir o Prato, em tradução livre), criticando a pouca quantidade e baixa qualidade da merenda em sua escola. Além de apontar que alguns alimentos não eram saudáveis, Martha dizia que muitas vezes chegava em casa ainda com fome
Na época, a BBC Brasil entrevistou o pai da menina, Dave Payne, trazendo a história para o público brasileiro. Na capital de Santa Catarina, Eduarda Faber, de 15 anos, leu a reportagem na internet e mostrou para a irmã mais nova
Conhecida na família por seu lema "tacar o horror", Isadora, que desde muito antes já dizia que pretende trabalhar como repórter, se inspirou na ideia e logo enxergou a possibilidade de expandir o projeto. "Se ela falou das merendas e deu resultado, vou falar também de outras coisas, porque minha escola tem mais problemas", foi a reação da garota, relembra a mãe, Mel Faber
Por ser mais nova, Martha divulgou as fotos das merendas em um blog montado e mantido com a ajuda do pai. Já a pré-adolescente brasileira criou sozinha a página "Diário de Classe: A Verdade" no Facebook, com fotos de bebedouros e ventiladores quebrados, uma quadra sem cobertura e até um pedido para que um professor fosse substituído
"Estamos no Brasil, as coisas podem ser mais difíceis", aconselhou a mãe. "Mas mesmo assim ela embarcou na ideia e seguiu firme", conta. Dias depois, após sites de notícias, jornais e programas de TV darem destaque ao assunto, o governo local anunciou a troca do professor e uma série de reformas foram iniciadas na escola
Como boa jornalista, Isadora está de olho e vem postando fotos das obras que incluem pintura da escola, novos banheiros, instalação de novas portas e até de um telefone público novo
O blog da escocesa Martha foi lido por quase 8 milhões de pessoas em quatro meses e a página da brasileira Isadora no Facebook, em pouco mais de um mês já conquistou quase 200 mil seguidores
Martha também conseguiu o que queria. Seu blog virou notícia não só na Grã-Bretanha mas em diversos países, e sobretudo nos Estados Unidos e na Austrália, muitas crianças copiaram a ideia
"Sei que também há projetos semelhantes na França, Alemanha e na Nova Zelândia", diz Dave. "Mas a maioria foca no assunto das merendas. A página da Isadora é a primeira a tratar de tantos assuntos, em um lugar tão longe, e sem dúvida é a que rendeu mais repercussão até agora", acrescenta o pai da menina.
Tanto a escocesa quanto a brasileira, no entanto, tiveram que se manter firmes diante de represálias dentro e fora da escola. "Os professores apoiavam, mas o conselho de educação da região não gostou e acabou retaliando", diz Dave. Em junho, o conselho de Argyll decidiu que a menina não poderia mais postar fotos de merendas em seu blog e proibiu os professores de comentarem o assunto em sala de aula
"É difícil, porque o governo é muito maior do que nós. Ela se assustou, mas logo expliquei que os adultos ficaram bravos porque estavam com muita vergonha", explica o escocês
Em Florianópolis, professores, coordenadores, a diretora e até as merendeiras da escola quiseram impedir Isadora de continuar com as críticas. "Puxavam o prato da mão dela na hora da merenda. Foi sério. Ela sofreu repressão mesmo e ainda não terminou, porque a reforma da escola está na metade. Mesmo assim ela nunca faltou à aula", diz Mel
A página da catarinense entrou no ar no dia 13 de julho, mas só ganhou repercussão nacional esta semana
Além das críticas às merendas, o blog de Martha lançou uma campanha para arrecadar fundos para a Mary’s Meal, uma entidade de caridade que entrega alimentos a escolas na África. Em quatro meses ela arrecadou 114 mil libras (R$ 370 mil), e no fim de setembro irá ao Malawi, um dos países mais pobres do Continente Africano, para acompanhar os programas beneficentes
Dave adiantou à BBC Brasil que ele e Martha estão escrevendo um livro sobre o blog, os bastidores, e como o projeto foi recebido pelo conselho de educação e por crianças pelo mundo. Com previsão de lançamento para o Natal, o livro se chamará Never Seconds.{{banner-interno}}