Agência Brasil
Brasília – A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse hoje (11) que a chacina na favela da Chatuba, no município de Mesquita, Baixada Fluminense, é um marco negativo repudiado pelo governo e que não pode ficar impune.
“O fundamental, neste momento, é que ela não fique impune e que circunstâncias como essa possam ser prevenidas e enfrentadas a todo momento”, reforçou, após participar de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal.
Maria do Rosário lembrou que a violência aparece como a principal causa de morte entre jovens brasileiros. Dados do Mapa da Violência 2012 indicam um aumento de mais de 340% na mortalidade de adolescentes nas últimas três décadas.
“A violência contra a juventude é uma violência contra todos nós. Estamos comprometendo uma geração com tamanhos índices de violência”, disse. “Conversei agora com o governador [do Rio, Sérgio] Cabral e ele me garantiu que todas as providências para identificar os responsáveis por essa chacina estão sendo tomadas”, completou.
A ministra comentou ainda a morte de três adolescentes dentro da Unidade de Internação do Plano Piloto (UIPP), antigo Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje), em Brasília. Segundo ela, a situação no local foi apontada, já em 2006, como muito grave.
“Não é recurso que está faltando nesse momento. Queremos que sejam tomadas iniciativas. Estou em contato permanente com o governador [do Distrito Federal, Agnelo Queiroz]. Certamente, isso precisa ser investigado, mas essas vidas não voltam. Quando tratamos da mortalidade juvenil, seja dento de uma unidade como o Caje, seja no Rio de Janeiro, temos que trabalhar permanentemente com a prevenção”, destacou.
Dionatã Gouvêa cumpre pena por roubo há seis anos na Penitenciária de Três Corações, Sul de Minas Gerais. Atualmente, ele é um dos dez presos que trabalham na construção de uma réplica da casa onde nasceu aquele que é considerado o maior jogador de futebol do mundo, o Pelé.
O projeto é uma parceria entre a prefeitura municipal, o governo federal e a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), por meio da Penitenciária de Três Corações.
Pelo trabalho, os detentos recebem ¾ do salário mínimo, o que corresponde a R$ 466,50 por mês. A cada três dias trabalhados, eles também diminuem a pena em um dia. “O trabalho é importante para a reinserção social dos indivíduos privados de liberdade e contribui no processo de ressocialização e crescimento profissional”, afirmou o diretor geral do presídio, Leonardo Brocaneli Fagundes.
Dionatã concorda com o diretor e completa: “É uma forma digna de mostrar para a sociedade que nós erramos, mas somos capazes de nos recuperar. Nunca vou me esquecer, fiz parte dessa história”.
Segundo o secretário adjunto de Cultura e Turismo de Três Corações, Fernando Ortiz, a participação dos detentos foi fundamental para o andamento da construção. “Com eles, as obras poderão ser concluídas mais rápido”, disse.
A inauguração acontecerá ainda este mês, no dia do 128º aniversário da cidade, 23 de setembro. Na ocasião, o município receberá a visita do próprio Pelé que, juntamente com a família, cortará a fita que vai abrir a casa aos turistas. Depois de 1987, é a primeira vez que o craque volta à cidade natal.
Casa vai ser cópia fiel
A réplica do local onde o ídolo nasceu e viveu até os quatro anos de idade promete ser uma cópia fiel da original, incluindo o desgaste natural do tempo.
Para transportar a residência para 1944, ano em que o menino Dico se mudou de Três Corações para se tornar o rei Pelé, uma equipe foi contratada para cuidar do envelhecimento do imóvel.
O cenógrafo Keller Veiga está acostumado a trabalhar nos cenários das novelas da Rede Globo e lidera as atividades. “É um trabalho que envolve responsabilidade e muitos cuidados. Fazer o envelhecimento da casa para atrair a curiosidade das pessoas é um trabalho muito bacana”, informa o profissional.
A verdadeira casa foi construída em 1910 e demolida na década de 1970. Através do resgate da memória da mãe e do tio de Pelé, o desenho do imóvel, incluindo mobília, foi colocado no papel e aprovado pelos dois. As obras custaram cerca de R$ 200 mil.
Fonte e foto: Agência Minas
Correspondente da EBC na África
Maputo, Moçambique - O vilarejo de Kelengwani, próximo ao Delta do Rio Tana, no Quênia, foi incendiado por um grupo de cerca de 200 homens, que cercaram a aldeia assim que o dia amanheceu. Armados com paus, ferramentas e pistolas, eles mataram 38 pessoas e feriram gravemente mais cinco. Em seguida, puseram fogo em tudo o que encontraram, como casas, tendas e automóveis. Animais que garantiam o sustento dos moradores, como bois e porcos, também foram mortos pelo bando.
Só em uma escola, oito crianças e cinco mulheres foram espancadas até a morte. Alguns corpos foram retalhados a machadadas. Segundo as autoridades quenianas, ocorre no local uma disputa entre famílias e gangues rivais, que buscam o domínio das terras. Na região, o governo planeja construir uma estrada e uma grande valorização dos terrenos é esperada.
O ataque teria sido uma vingança. O vilarejo destruído fica a apenas cinco quilômetros do lugar onde, no mês passado, uma ação semelhante deixou 22 mortos. A polícia do Quênia está investigando o caso. De acordo com a emissora de televisão NTV, de Nairóbi, as autoridades temem uma fuga em massa da população. O êxodo poderia provocar um grande problema humanitário, com a formação de campos de refugiados, comuns em regiões de conflito na África.
Agência Brasil
Brasília - Indicada hoje (11) pela presidenta Dilma Rousseff para assumir o Ministério da Cultura, a vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), disse que recebeu o convite diretamente da presidenta, em um telefonema, e que será um desafio “honroso” e “surpreendente” o comando do ministério.
“Vou tomar contato do ministério, estudá-lo antes de me pronunciar. Vou, com muita humildade, estudar todas as questões do ministério, que considero fantástico, e temos muitas coisas para fazer”, disse a senadora. “É um convite honroso e surpreendente. Vou assumir o ministério, um desafio interessante e estou muito honrada com o convite. Sou do governo e se a presidenta acha que eu devo exercer a função no ministério, vou atendê-la”.
Marta negou que a indicação tenha sido motivada por sua participação na campanha do candidato petista à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Contrariada por ter sido preterida na disputa pela indicação do partido, a senadora vinha se negando a participar de eventos públicos em favor de Haddad até a semana passada.
“Não [tem relação]. Desde o começo da campanha do Haddad eu disse que na hora que fosse fazer a diferença entraria e entrei. Não tem nenhum vínculo [com a indicação]”, disse Marta.
Ex-prefeita da cidade de São Paulo, a senadora petista, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi ministra do Turismo e ficou marcada pela frase “relaxa e goza”, em meio à crise dos aeroportos brasileiros.