Para melhorar sua condição social, por meio da autonomia e inserção no mundo do trabalho, 85 mulheres da zona rural de Santo Antônio do Itambé (região Central do Estado), na faixa etária dos 40 anos, aderiram ao Programa "Com Licença, vou à Luta", que o Governo de Minas desenvolveu por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).
Os cursos de formação para a cidadania, que são realizados aos sábados, fazem parte do primeiro módulo do programa e superaram a meta inicial na cidade, que era a de atender 60 mulheres. O resultado se deve ao trabalho de mobilização e parceria que a equipe municipal tem desenvolvido com empresas privadas, associações e órgãos públicos do município.
A gerente de Projetos Especiais da Sedese, Cláudia Aguiar, revela que a capacitação oferecida às alunas leva em consideração a realidade econômica e social da região onde elas residem. “Como a maioria das participantes são chefes de família e possui baixa escolaridade, além de morarem em regiões mais carentes, o programa busca ampliar seus conhecimentos para que elas tenham acesso ao mercado de trabalho”, explica Cláudia Aguiar.
Novas perspectivas
Maria das Dores Rodrigues da Silva, de 51 anos, moradora da zona rural de Santo Antônio do Itambé, ressalta que não vê a hora de aprender a ler e escrever. “Além de nos ensinar uma profissão, para que possamos tentar trabalhar fora de casa, o curso também irá me ajudar na alfabetização. É muito ruim ficar dependendo dos outros para ler uma bula de remédio, fazer uma ligação telefônica, entre outras coisas. Infelizmente, quando era mais jovem, não tive oportunidade de estudar uma vez que minha mãe precisava trabalhar e eu tinha que olhar meus irmãos menores”, revela Maria das Dores.
O segundo módulo do curso está previsto para começar em outubro e disponibilizará quatro oportunidades de capacitação profissional: cuidador de idosos, servente escolar, economia doméstica e recepcionista hospitalar.
Abrangência
Criado pela Sedese em maio de 2012, o programa "Com Licença, Vou à Luta" já contempla cerca de mil mulheres, residentes em 22 municípios. Seu objetivo principal é promover o autoconhecimento, a autonomia e a cidadania das mulheres que se encontram na faixa etária dos 40 anos, por meio da elevação da escolaridade e da qualificação profissional, para que elas adquiram uma melhor condição de vida.
Atualmente os municípios beneficiados pelo Programa são: Alvorada de Minas, Campanário, Campo Azul, Catuti, Espinosa, Francisco Badaró, Gameleiras, Ibituruna, Jaíba, Janaúba, Jequitinhonha, Josenópolis, Manga, Matias Cardoso, Miravânia, Oratórios, Pirapora, Presidente Juscelino, Sabará, Santa Fé de Minas, Santo Antônio de Itambé e Verdelândia.
Fonte e Foto: Agência Minas
Dois fatos marcaram a quarta-feira, 12, na campanha eleitoral em Cataguases. À noite, em comício realizado no Bairro Colinas, a coligação Juntos por Cataguases exibiu um vídeo do Governador de Minas, Antônio Anastasia, anunciando seu apoio ao candidato a prefeito Willian Lobo de Almeida. Recentemente, em visita a Cataguases, o Vice-Governador Alberto Pinto Coelho, revelou o apoio do Governo do Estado e o seu pessoal ao atual prefeito de Cataguases.
Mais cedo a Juíza Eleitoral Christina Bini Lasmar, deferiu liminar e ordenou a retirada de uma pesquisa eleitoral sem registro na Justiça Eleitoral - como determina a lei - do site de relacionamento Facebook. Ela foi veiculada na página de Beto Carrara, cujo nome completo é Roberto Carlos Carrara Theodoro, segundo consta no texto da liminar.
De acordo com a Representação feita à Justiça Eleitoral pela Coligação Juntos por Cataguases, a pesquisa não poderia ter sido publicada e que “em contato com o Ipeso – Instituto de Pesquisa, Estudos e Estatísticas Sociais, indicado como o realizador da pesquisa divulgada, foi informado de que referido Instituto nunca a realizou”. Em seguida pede a Juíza a ”imediata exclusão da pesquisa junto à página da rede social de Beto Carrara bem como de todas as páginas onde a pesquisa foi veiculada”.
A Juíza concordou com a argumentação dos advogados da Coligação Juntos por Cataguases afirmando que “os documentos acostados à inicial não deixam dúvidas quanto a indevida divulgação de pesquisa não realizada e tampouco registrada, na página da rede social Facebook do 1º representado, fato que também pôde ser aferido por essa juíza quando do acesso à aludida página da rede social, restando evidenciada a afronta ao disposto no art. 33 da lei 9.504/97”.
Em sua sentença ela determinou que a pesquisa fosse retirada da página de Beto Carrara num prazo de 24 horas a contar da expedição daquela liminar “sob pena de multa diária de R$ 5 mil”. Além disso, proibiu Beto Carrara de divulgar, “de forma impressa”, a pesquisa eleitoral indevidamente postada na página do Facebook (...) também sob pena de multa diária de R$ 5 mil”. O Site do Marcelo Lopes procurou a pesquisa na página de Beto Carrara, por volta de 1:40 horas desta quinta-feira, 13, mas ela, aparentemente, já havia sido retirada do Facebook.
Agência Brasil
Brasília – O economista Marcelo Neri, empossado hoje (12), em Brasília, como presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), quer aumentar a participação do órgão como formulador e assessor dos ministérios para concepção e monitoramento de políticas públicas, especialmente na área da educação. “Essa é a política pública que mais gera efeito sobre as outras”, acredita.
Segundo Neri, a preocupação é fazer os “dois brasis” avançarem: o país que ainda tem um grande passivo (grande número de analfabetos, pessoas com baixa escolaridade e má qualidade do ensino); e o país que, para crescer, precisa de força de trabalho qualificada. “O Brasil velho e Brasil do futuro têm que andar juntos”, disse.
O economista diz que o gargalo da mão de obra ocorre em todos os setores, inclusive entre os segmentos menos qualificados (empregadas domésticas, operários da construção civil e trabalhadores da agricultura) – o que já pode ser sinal da elevação do padrão de vida e aspirações das camadas mais baixas na distribuição de renda. “É um bom apagão no sentido de que o Brasil vai ter que mudar suas tecnologias”, disse.
Neri, que admite “não ter nascido no Ipea, mas ter sido criado no instituto”, avalia que o órgão tem “massa crítica” e “uma tradição impressionante” para reflexão sobre os problemas socioeconômicos e pretende orientar o Ipea para que ajude o país a “avançar mais na vertical”.
Segundo Neri, continua ocorrendo um movimento de ascensão social verificado nos últimos anos, mas que ainda não foi bem captado pela pesquisa social. “Há mais coisas acontecendo no Brasil do que os nossos olhos conseguiram enxergar até agora”, disse, após citar os impactos do Programa Brasil Carinhoso, da queda da mortalidade, o crescimento da renda dos analfabetos e a elevação do padrão de vida dos 20% mais pobres de forma mais acelerada do que ocorre na China, na Rússia e na Índia (os países que, com o Brasil, formam o Bric, bloco das economias emergentes).
O estudo desses fenômenos podem gerar surpresas entre os pesquisadores do Ipea. “Do ponto de vista do pesquisador, o Brasil é um país que oferece todas as surpresas. A gente acha aquilo que não esperava achar. Para o pesquisador, o grande momento não é quando você confirma o que esperava achar, mas quando descobre algo que não sabia”.
LIMA (Reuters) - O governo peruano não vai dialogar com os remanescentes do grupo rebelde Sendero Luminoso, como fará a Colômbia com a guerrilha Farc, disse o presidente Ollanta Humala na quarta-feira.
O Sendero é um grupo maoísta que esteve muito ativo durante duas décadas, até que seu fundador, Abimael Guzmán, foi capturado, em 1992. Alguns guerrilheiros continuam presentes em áreas de floresta, realizando ataques esporádicos contra policiais e militares. Além disso, o governo diz que um braço político do grupo se infiltra em protestos sociais.
"Não podemos dialogar com terroristas, que matam à vontade, que sequestram crianças, que não respeitam os direitos fundamentais da população e que, com base no terror, no sequestro ou na extorsão de autoridades, pretendem mudar o rumo democrático do país", disse Humala a jornalistas estrangeiros.
"Aqui vamos combatê-los, e tenham total certeza de que vamos vencer."
Apesar disso, Humala, um ex-militar eleito com uma plataforma política de esquerda moderada, elogiou a retomada do processo de paz entre o governo da vizinha Colômbia e a guerrilha marxista Farc, marcado para 8 de outubro na Noruega.
"Apoiaremos a pacificação que beneficiar o povo colombiano em tudo o que seu governo nos solicitar", disse ele.
(Por Marco Aquino e Terry Wade)
O governador Antonio Anastasia presidiu, nesta quarta-feira (12), em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, a solenidade de entrega da Medalha Presidente Juscelino Kubitschek a 121 personalidades e instituições que contribuíram para o desenvolvimento do município, de Minas Gerais e do Brasil. Anastasia destacou o legado político de JK e de outros nomes da política mineira, entre eles, Teófilo Ottoni, João Pinheiro, Affonso Pena e Israel Pinheiro.
“Somos um Estado em acelerado desenvolvimento econômico e industrial, e assim continuaremos a ser, graças aos homens que nos precederam e reuniram a ousadia econômica aos compromissos com a liberdade e a soberania de nosso povo. Ao homenagear Juscelino e todos os agraciados, a eles levamos o nosso preito de reconhecimento de nosso governo e a homenagem de todo o povo mineiro”, disse o governador.
O evento, realizado anualmente no dia do aniversário do ex-presidente, encerra a Semana JK, pautada por atrações culturais. Este ano, completa 110 anos do nascimento de Juscelino.
Desenvolvimento
Anastasia destacou as qualidades de JK e o seu ideal desenvolvimentista e, ao mesmo tempo, social. “Para Juscelino, todos estes penedos, escurecidos pela cinza dos milênios, eram mais do que a dura elevação da rocha. Neles, via os metais de sua tessitura convertidos em futuro, nas grandes e modernas cidades; o Brasil cortado de amplas e extensas vias, na ligação de todos os pontos cardeais; os campos cultivados e segados com máquinas construídas com a nossa inteligência e os nossos braços. Ele via o povo alegre, solidário, com saúde, educado e instruído, sem desigualdades sociais, a não ser aquelas que resultam do talento e do esforço do trabalho honrado”, ressaltou.
O dinamismo e a visão do país que o ex-presidente teve no exercício da Presidência da República foram rememorados pelo governador Anastasia.
“Assumindo o governo de Minas, no mesmo dia em que Vargas reassumia o governo da República, os dois programas de desenvolvimento se cumpriram em notável entendimento. Em Minas, Juscelino ensaiaria o grande salto da economia brasileira, ocorrido em seu quinquênio presidencial. O eixo propulsor seria o mesmo, de produção acelerada de energia hidrelétrica, ao lado das operações da Petrobras e da abertura das grandes rodovias no vasto e virgem interior do território nacional. A veloz construção de Brasília é um símbolo de seu dinamismo. O Brasil se desenvolveu como um todo, sem que houvesse qualquer privilégio para Minas”, disse.
Orador oficial da solenidade, o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Joaquim Herculano Rodrigues, lembrou o carisma de JK e o seu espírito conciliador. “O nome de JK está sempre associado à visão de futuro, modernidade, vocação para o desenvolvimento, conciliação e alegria. Ele tinha carisma. Agregava multidões. As pessoas se identificam com a humanidade do seu líder. Admiravam seu entusiasmo e seu espírito cosmopolita”, falou.
O desembargador destacou também as riquezas mineiras e a necessidade de uma maior compensação financeira para a extração de minério. “É por isso que Minas precisa, sim, de "Minério com mais justiça – Como está não dá para ficar". Esseslogan da campanha lançada pelo Governo Mineiro chama a atenção para a necessidade de uma compensação financeira maior pela exploração de recursos minerais”, afirmou Herculano Rodrigues.
Medalha
A Medalha Presidente Juscelino Kubitschek, criada pela Lei nº 11.902, de 5 de setembro de 1995, foi entregue pela primeira vez em 1996 e é concedida a personalidades que prestam ou tenham prestado serviços relevantes à sociedade. Entre os 121 agraciados estão o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o reitor da UFMG, Clélio Campolina Diniz, a presidente do TRT – 3ª região, Deoclecia Amorelli Dias, o presidente da Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis), Bruno Terra Dias, o grupo Galpão, o presidente da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais, Lázaro Luiz Gonzaga, e quatro escolas estaduais que se destacaram no Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb) 2011.
O representante residente do Programa das Nações Unidas (PNUD) no Brasil, Jorge Chediek, representou o organismo na solenidade e afirmou que a condecoração “é um importante reconhecimento da contribuição do PNUD ao desenvolvimento humano em termos intelectuais e de formulação de políticas sociais em Minas Gerais”. Ele destacou ser “uma honra para a organização receber este reconhecimento da boa parceria que temos com o povo mineiro”.
Entre as autoridades que participaram do evento estavam o vice-governador Alberto Pinto Coelho, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Dinis Pinheiro, o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Alceu Torres Marques, o prefeito de Diamantina, Padre Gê, e Maristela Kubitschek, filha do ex-presidente.
Fonte e foto: Agência Minas