Projeto GIRARTE se prepara para novos giros
16/07/2018O Grupo de Pesquisa GIRARTE se mobiliza para levar seu projeto novamente para a estrada onde fará inúmeras ações artísticas por mais de 15 cidades. A partir de agora e até março de 2019, diferentes municípios de Minas Gerais e Rio de Janeiro vão receber oficinas abertas, apresentações cênicas e atividades de arte-educação. Neste itinerário está incluído, também, Cataguases, sede do projeto. Os demais agraciados são: Piraúba, Guarani, Laranjal, Miraí, Araponga, Matipó, Erváia, Caputira, Muriaé, Manhuaçu, Viçosa, Além Paraíba, Visconde do Rio branco e Nova Friburgo/RJ.
Com um sólido histórico de sucesso, priorizando a democratização cultural, promoção social e comprometimento com um forte diálogo entre comunidades, escolas, arte e educação, o Projeto Girarte se dedica continuamente em realizar atividades inovadoras, desenvolvendo uma metodologia própria de abordagem e criação de novos trabalhos artísticos, com a capacidade de beneficiar diferentes faixas etárias, e estimular o desenvolvimento profissional de todos os artistas envolvidos no projeto, revela Marcus Diego, coordenador do Grupo.
Para isso, conta, promove oficinas de capacitação, apresentação de espetáculos cênicos e experiências únicas nestas cidades com contextos socioculturais diversos. "É de extrema importância que todos os artistas envolvidos no projeto estejam preparados para trabalhar de forma flexível, identificando, ressaltando e valorizando a particularidade de cada localidade beneficiada", diz. "Desta forma, completa Marcus Diego, buscarmos trabalhar em coerência com os diferentes contextos e possíveis adversidades, realizando de forma eficaz atividades que de fato possam contribuir com o desenvolvimento cultural, social e artístico daquela comunidade."
Nesta perspectiva o Grupo trabalha desde abril em diferentes estudos e pesquisas, e recebeu neste processo a Pós-doutora em Dança, professora Alba Vieira, com um extenso currículo nesta área, e o Coreógrafo e Bailarino, Mário Nascimento, com mais de 30 anos de carreira em Dança, ministrando workshops sobre a "História da Dança" e "Dança Contemporânea" aos seus integrantes. "Trabalhamos com realidades muito distintas e precisamos de um grupo forte e coeso, que tenha um alto desenvolvimento e conhecimento prático e teórico, pois somente com muito estudo, pesquisa e trabalho teremos eficácia real em nossas ações", analisa Marcus Diego.
Para a turnê que está prestes a começar, o Grupo de Pesquisa Girarte conta com uma equipe geral atualmente formada por Deliana Domingues, Lidiane Matias, Leandro Guimarães, Luccas Marshall, Milena Martins, Marcus Diego, Natália Barros, Tatiane Dias e Wildney Carvalho. Na sonoplastia e apoio técnico Fernanda Pinheiro e ainda com trabalhos de condicionamento físico e práticas artísticas cotidianas ministradas por Mariana Martins, Marcella Alvess e Melissa Travagini.
Em sua nova temporada, além do patrocínio da Energisa via Lei Estadual de Incentivo a Cultura e apoio da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, o Projeto Girarte conta também com a parceria com o Projeto Nossa Energia (da Energisa Minas Gerais), visando potencializar os benefícios de suas ações a favor das diferentes cidades e comunidades por ela atendidas. Por causa desta nova parceria, o Grupo de Pesquisa Girarte elaborou uma nova composição cênica exclusiva para este projeto chamada "Reagente Humano", que será apresentada nas cidades atendidas pelo Projeto Nossa Energia, revela Marcus Diego.
O trabalho consiste basicamente em interações entre Dança e Teatro para apresentar cenicamente um cientista obcecado pela ideia de descobrir uma nova fonte de energia e se tornar um grande ícone na corrida energética mundial, porém encontra em seu caminho um jovem sonhador que o ajuda a reconhecer a energia humana, como verdadeira fonte capaz de transformar o mundo em que vivemos. De forma criativa e direta o trabalho aborda questões como a crise política em que vivemos, manipulação e alienação de pensamentos estimuladas por alguns meios de comunicação em massa, ressalta a valorização e grandiosidade do ser humano antes das relações de poder e conquistas materiais, explica Diego.
Confiante na equipe de profissionais do grupo que coordena, ele assegura que todo o grupo está "muito bem preparado e tenho certeza que faremos uma ótima turnê, pois, além de toda nossa própria estrutura, temos ainda a parceria com o Projeto Nossa Energia que, sem dúvida, irá potencializar o impacto social, educacional e artístico de nossas ações", prevê otimista. Marcus Diego também ressalta o apoio dos patrocinadores: "Somos privilegiados por termos o apoio diferenciado da Energisa, pois nos possibilita e nos estimula a realizar sempre mais. Temos também toda atenção da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, que através de sua presidente Mônica Botelho, preza por um acompanhamento que transcende as relações meramente institucionais", revela. Ele completa dizendo que "desde o início de nossas atividades discutimos as abordagens, levantamos juntos os resultados alcançados e estudamos muito todo plano de ação, visando sempre beneficiar, com qualidade, o foco principal que é a população em geral, finaliza Marcus Diego.
Para mais informações sobre o projeto acesse www.projetogirarte.com.br. Veja abaixo mais fotos do trabalho do GIRARTE.
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O cinema, lembra, foi foi projetado pelos arquitetos Aldary Henriques Toledo e Carlos Azevedo Leão em 1946, por encomenda do escritor e industrial Francisco Inácio Peixoto, tendo sido inaugurado em 1953 e tombado pelo IPHAN em 1994 por seu valor histórico, arquitetônico e sociocultural, acrescenta Mariela Oliveira. "As características arquitetônicas do edifício contribuem para o seu caráter monumental; a relação que estabelece com o espaço público da praça na qual se situa faz com que o edifício se torne uma extensão da rua, pertencente, portanto, à esfera pública e coletiva. Interditado pelo Corpo de Bombeiros em 2013 por risco iminente de incêndio, agora ressurge como patrimônio público municipal concomitante "a necessidade de se realizar um projeto global de restauração e readequação de uso para o edifício de modo a reintegrá-lo à vida cotidiana de Cataguases", afirma.
1) Como surgiu a ideia de fazer esta restauração?A ideia surgiu quando iniciei o Mestrado Profissional em Projeto e Patrimônio na UFRJ e a proposta para a dissertação deveria envolver um projeto de restauro ou intervenção em algum bem de interesse à preservação. Um edifício que contivesse em si alguma importância cultural, simbólica, histórica e sociocultural. Tendo em vista a interdição do cinema desde 2013 e percebendo a lacuna que essa interdição representa no cotidiano da cidade, resolvi encarar o tema da restauração deste edifício e contei com a contribuição da minha orientadora Claudia Suely Rodrigues de Carvalho, doutora pela USP com uma tese que trata da preservação da arquitetura moderna. É muito duro passar na praça Rui Barbosa e ver o Cine Edgard sujo, abandonado e interditado. Um equipamento cultural desse porte, com toda a história e memória que traz em si e com o imenso potencial que tem em mobilizar a cidade com shows, festivais, formaturas, peças teatrais, consertos musicais, etc... não pode ter esse tratamento. Imagem ao lado revela a fachada com o interior do foyer após o restauro. 2) Qual o custo total desta restauração/reforma? Podemos chamar de reforma?Neste trabalho, não era um objetivo da pesquisa chegarmos ao nível de orçar a obra. O principal objetivo do projeto foi criar diretrizes para balizar uma futura intervenção procurando não descaracterizar edifício e suas características essenciais. Para orçar essa obra seria necessário termos em mãos uma série de outros projetos complementares ao restauro arquitetônico em si. Precisaríamos ter projetos, pelo menos a nível de anteprojeto ou projeto básico, das instalações prediais (hidráulica, esgoto, luminotécnica, acústica, ar condicionado, incêndio) já compatibilizados com a arquitetura. Disciplinas essas, essenciais para uma recuperação total do edifício. A partir do projeto arquitetônico que produzi, é possível orçar a obra, mas apenas dos aspectos e das modificações que propus na arquitetura do edifício. Não seria o valor total da obra, que necessita de outros projetos, como dito anteriormente.
3) Qual o prazo de restauração?O cronograma de obra geralmente é feito após a conclusão do projeto arquitetônico completo e os projetos complementares das instalações prediais já compatibilizados à arquitetura. Sem todos esses projetos e uma noção global de dos aspectos necessários para se iniciar a obra, seria irresponsável inferir um prazo. Na foto ao lado o foyer após a restauração.
5) Qual a possibilidade deste projeto ser concretizado?A obra de restauro e modernização das instalações prediais deverão ser feitas para que o edifício possa ser plenamente utilizado. O meu projeto procura criar algumas diretrizes e balizar este processo com o objetivo principal de evitar uma possível descaracterização de sua importância histórica e documental. Apesar de seu péssimo estado de conservação, possui muitos elementos ainda originais da década de 1950 e esses elementos devem ser restaurados e não substituídos sem a devida avaliação técnica e reflexão crítica, como já aconteceu em alguns outros bens tombados em Cataguases. Na foto ao lado Brises no balcão do 4º pavimento, mezanino do salão social e cobertura metálica e vidro acima do terraço. 
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Estão abertas as pré-inscrições para os cursos de Técnico em Administração (18 meses de duração); Técnico em Logística (12 meses); Técnico em Secretariado (12 meses); Técnico em Agricultura (18 meses); Técnico em Marketing (12 meses de duração) e para o inédito curso Técnico em Informática que terá 18 meses de duração, conforme explicou aquela diretora. Este procedimento é na verdade um levantamento de demanda para uma futura inscrição desses alunos nos cursos desejados, caso haja número suficiente de interessados.