NAÇÕES UNIDAS, 17 Set (Reuters) - Agosto foi o mês mais violento até agora no conflito na Síria, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira, advertindo que o agravamento da "espiral da violência" pode ameaçar também os países vizinhos.
O coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Robert Serry, não deu números específicos, mas o organismo mundial diz que cerca de 20 mil pessoas já morreram no conflito, que já dura 18 meses. O número inclui 1,6 mil pessoas mortas na última semana de agosto, que foi a mais violenta até agora no conflito.
"O mês de agosto registrou o número mais alto de mortes até agora e esse número está crescendo", afirmou Serry.
Mais de 250 mil sírios já fugiram para a Turquia, a Jordânia, o Líbano e o Iraque para escapar da violência -- só em agosto, mais de 100 mil pessoas deixaram a Síria rumo aos países vizinhos.
"Tragicamente para milhões de civis sírios, a violência e as mortes continuam a subir como resultado de uma militarização perigosa do conflito", afirmou Serry ao Conselho Nacional de Segurança da ONU, enquanto apresentava um relatório sobre a situação no Oriente Médio.
"As operações militares foram ampliadas, abrangendo todas as cidades importantes. O bombardeio indiscriminado das áreas civis pelas forças do governo com armas pesadas, tanques e equipamentos aéreos aumentou. As operações da oposição armada foram intensificadas", afirmou.
(Reportagem de Michelle Nichols)
Agência Brasil
São Paulo - A partir de hoje, 18 de setembro, bancários de todo o país entram em greve por tempo indeterminado. A paralisação inclui tanto bancos públicos quanto privados, segundo informou Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Com isso, clientes de bancos que pretendem ir a uma agência bancária amanhã poderão encontrar funcionando apenas os caixas eletrônicos, embora Juvandia admita que, em geral, no primeiro dia de greve, a adesão dos trabalhadores ainda não seja muito grande.
“A greve começa amanhã nos principais corredores [locais com grande concentração de bancos, tais como o centro de São Paulo e a Avenida Paulista] e depois vai atingindo e ampliando para um maior número de agências e também pegando as concentrações bancárias”, disse Juvandia, em entrevista coletiva realizada na tarde de hoje (17), em São Paulo. “Os caixas eletrônicos vão funcionar. O cliente que for à agência vai ter o caixa eletrônico disponível. Mas não vai ter atendimento ao público”.
Segundo Juvandia, desde o dia 1º de agosto, quando a pauta de reivindicações foi entregue, ocorreram nove rodadas de negociação, sem que tivesse sido estabelecido um acordo com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25%, com 5% de aumento real, além de plano de cargos, carreira e salários, maior participação nos lucros e resultados (PLR) e mais segurança nas agências. A proposta oferecida pela Fenaban foi 6% de reajuste salarial.
A federação tinha prazo até hoje (17) para apresentar uma nova proposta, o que, até o momento, não foi feito. Na noite de hoje (17), bancários de São Paulo vão participar de uma assembleia. Na quinta-feira (20), o sindicato pretende mobilizar bancários em greve a participarem de um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, a partir das 10h. Também devem participar do ato trabalhadores petroleiros e metalúrgicos, cuja data-base também está marcada para o segundo semestre.
Há quase 500 mil bancários em todo o Brasil, sendo 138 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A expectativa do sindicato é que a greve desse ano possa mobilizar mais do que os 42 mil bancários que entraram em greve no ano passado em São Paulo e na região metropolitana. “Os bancos não deram alternativa para a categoria que não fosse fazer a greve", disse Juvandia.
Procurada pela Agência Brasil, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ainda não se pronunciou sobre a greve, mas alertou a população de que muitas das operações bancárias poderão ser realizadas por meio dos caixas eletrônicos, internet banking, telefone e correspondentes bancários, tais como casas lotéricas, agências dos Correios e outros estabelecimentos credenciados.
Ano passado, a greve da categoria durou 21 dias.
Os bancários de Cataguases e região, deverão seguir orientação da Coordenação Nacional de Negociação e paralisar suas atividades nesta quarta-feira, 18, por tempo indeterminado. A Informação foi prestada na noite desta terça-feira, 17, por telefone, pelo Presidente da entidade, Joeé Antônio da Silva ao Site do Marcelo Lopes.Todos os participantes do movimento estarão usando camisas de malha vermelha com o slogan da campanha salarial 2012.
Os bancários vem negociando com os patrões desde julho, sem sucesso, conforme revelou o presidente do Sindicato em Cataguases.A categoria quer por 5% de aumento real, valorização do piso salarial, PLR (Participação nos Lucros e Rendimentos maior, mais empregos e fim da rotatividade, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.
"Foram os banqueiros que empurraram a categoria para a greve. Apesar dos lucros recordes, mesmo maquiando os balanços com o superdimensionamento das provisões para devedores duvidosos, e de premiarem os altos executivos com aumentos reais de 9,7% sobre sua remuneração já milionária, que dará a muitos um ganho anual de R$ 8,4 milhões, os bancos se recusam a atender as reivindicações. Os bancários responderão a essa intransigência com uma greve forte como nos anos anteriores", disse José Antônio.
Ciente do transtorno que uma greve provoca na vida da população, o Sindicato dos Bancários de Cataguases procura, tradicionalmente, realizar um movimento bem humorado para minimizar os efeitos negativos da greve. Assim, durante os dias de paralisação, será comum ver nas portas dos bancos os grevistas oferecendo aos transeuntes fatias de abacaxi, melancia, banana e até cachorro quente.
"A gente faz isto para que a população entenda a nossa situação. E servir abacaxi e banana é também uma analogia ao que os banqueiros estão nos oferecendo. Ou seja; a proposta deles é um "abacaxi", porque é inaceitável e chega a ser uma ofensa à categoria, é o mesmo que fazer aquele famoso gesto com os braços que significa "dar uma banana", ou seja, nos ignoram completamente", explicou José Antônio, indignado.
Durante toda esta terça-feira, 18, o Site do Marcelo Lopes vai acompanhar o desenrolar da greve dos bancários em Cataguases e região.
Começa amanhã, 18, e termina no próximo dia 25 de setembro em Cataguases e em todo o país a Semana Nacional do Trânsito. No período de 18 a 20 de setembro, estudantes do JCC (Jovens Construindo Cidadania), projeto desenvolvido pela Polícia Militar junto às escolas do Ensino Fundamental, em parceria com a Catrans e Polícia Militar, vão realizar uma grande mobilização no semáforo da Praça Governador Valadares.
Neste ano, o tema “Não exceda a Velocidade, Preserve a Vida” foi escolhido devido à preocupação com o grande número de mortes de jovens no trânsito por imprudência, conforme esclarece o presidente do Contran e diretor do Denatran Júlio Ferraz: “A velocidade é tema inédito na semana nacional, e o principal foco é a conscientização de jovens entre 18 e 25 anos, considerados o grupo mais vulnerável e de maior exposição ao risco de acidentes”.
A Catrans – Órgão Executivo de Trânsito e Transporte Público da Prefeitura de Cataguases, atenta aos índices de acidentes e preocupada com a conscientização dos motoristas, vem desenvolvendo ao longo do ano campanhas educativas nas escolas em parceria com a Polícia Militar. “São proferidas palestras com temas variados visando a sensibilizar principalmente crianças e jovens”, explica o diretor da Catrans, Arquimedes Goulart.
Ele também lembra que, no primeiro semestre deste ano a Prefeitura implantou faixas de pedestres, quebra-molas, substituiu placas de sinalização em estado precário, instalou placas de estacionamento, regulamento para idosos e deficientes físicos, além dos trabalhos rotineiros de fiscalização ao transporte coletivo. De acordo com Censo 2012 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), recentemente divulgado, a população de Cataguases ultrapassou os 70 mil habitantes. Já o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) aponta uma frota de 28 mil, 171 veículos no município.
Fonte: Jornal Cataguases
Agência Brasil
Brasília – O ministro Joaquim Barbosa, relator da Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal (STF), acredita que houve esquema de compra de votos no Congresso Nacional, o chamado mensalão. Apesar de não ter concluído sentenças para cada réu, o ministro já indica que deve condenar grande parte dos acusados desta etapa, em que se analisa o sexto capítulo da denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
Barbosa começou seu voto com um quadro geral sobre as acusações do Capítulo 6, que trata dos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, envolvendo os partidos da base aliada do governo entre 2003 e 2004.
De acordo com o relator, por mais que as defesas neguem, há prova robusta, incluindo depoimentos de peças-chave no processo, de que houve transferência de cerca de R$ 55 milhões do esquema, viabilizado pelo publicitário Marcos Valério, ao PP, PL (atual PR), PTB e PMDB.
“A listagem apresentada por Marcos Valério e Simone Vasconcelos, contendo os nomes dos beneficiários, foi reconhecida por Delúbio Soares como verdadeira em vários momentos”, disse Barbosa, argumentando que não importa o que foi feito com o dinheiro, pois a corrupção já estava configurada.
O ministro também desqualificou depoimentos de testemunhas indicadas pelos advogados de defesa, pois segundo o Barbosa, muitos eram amigos dos réus há pelo menos 40 anos e não tinham “compromisso de dizer a verdade”. O relator disse que a situação não é caso de falso testemunho e, sim, de pessoas que não participavam dos fatos e que, portanto, não podiam depor na condição de testemunhas.
Após um panorama geral do capítulo, Barbosa começou a analisar o crime de corrupção passiva imputado aos réus ligados ao PP: os então deputados Pedro Corrêa e Pedro Henry e o assessor João Cládio Genu. De acordo com o ministro, o PP fazia oposição ao governo na época e só começou a receber dinheiro do PT com o fim específico de apoiar o governo no Congresso. O PP é acusado de receber R$ 4,1 milhões.
“Como se nota em todo contexto, não teve motivo, senão o envolvimento de Pedro Henry, Pedro Corrêa e José Janene, que explicasse o interesse do PT em realizar repasses milionários de dinheiro aos parlamentares do PP. Receberam dinheiro em razão da função parlamentar, em troca de sua fidelidade nas votações. E o recebimento de recursos em proveito próprio ou para o partido é vantagem indevida”, completou Barbosa. José Janene, vice-líder do PP na Câmara dos Deputados na época dos fatos, morreu em 2010.
O relator, agora, continua a análise das acusações contra os réus ligados ao PP sobre o crime de lavagem de dinheiro. Nesta etapa, os réus do PP são acusados de usar as empresas Bônus Banval e Natimar para ocultar a origem e o destino dos recursos.