Agência Brasil
Brasília – O enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, apresenta hoje (24), no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) um balanço sobre sua primeira visita ao país. Brahimi se reuniu com o presidente sírio, Bashar Al Assad, e integrantes da oposição.
A reunião ocorre na véspera da abertura oficial da 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Brahimi, que é diplomata argelino, deverá informar em detalhes como as autoridades se manifestam sobre as alternativas para encerrar os conflitos que duram 18 meses e mataram mais de 25 mil pessoas.
Brahimi teve reuniões com autoridades não só da Síria, como também do Egito, da Turquia e da Jordânia. No cargo desde o dia 1º deste mês, ele reconheceu que há dificuldades em buscar a paz na Síria. Ele visitou um campo de refugiados, em Zaatari, 80 quilômetros de Amã (Jordânia) e pediu uma “solução política” para a crise síria.
Na ONU, há divisões sobre eventuais medidas que devam ser tomadas na Síria. Os Estados Unidos defendem intervenção militar na região. O Brasil é favorável à busca por uma solução pacífica, sem intervenção militar no país.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
Agência Brasil
Brasília - As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) não esperam mais por cortes na taxa básica de juros, a Selic, este ano. A informação consta do boletim Focus, publicação semanal do BC, elaborada com base em estimativas para os principais indicadores da economia.
Até o boletim divulgado na semana passada, a expectativa era que neste ano ainda seria feito um corte de 0,25 ponto percentual na Selic. No boletim divulgado hoje (24) pelo BC, a projeção é que a Selic permaneça no atual patamar, 7,5% ao ano. Para o final de 2013, as instituições financeiras mantiveram a projeção de 8,25% ao ano.
Com a economia em ritmo mais lento, a taxa Selic, instrumento para calibrar os preços e influenciar a atividade econômica, tem sido reduzida desde agosto do ano passado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Na ata da última reunião do Copom, entretanto, o colegiado informou que se vier a ocorrer novo corte na Selic será feito com “máxima parcimônia”.
No último dia 14, o BC adotou uma outra medida que também gera influências na economia – a redução de depósitos compulsórios (recursos que os bancos são obrigados a deixar depositados no BC). A estimativa é que essa medida libere, nos próximos meses, em torno de R$ 30 bilhões do estoque atual de R$ 380 bilhões de depósitos compulsórios. Com mais dinheiro em circulação, a tendência é uma maior oferta de crédito na praça e uma melhor distribuição da liquidez no mercado interbancário.
Mesmo com a economia em ritmo mais lento, a expectativa é de alta dos preços. Na expectativa dos analistas, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar este ano em 5,35%, ante 5,26% previstos na semana passada. Essa foi a 11ª semana seguida de alta na projeção para 2012. Para o próximo ano, a estimativa permanece em 5,5%.
Cabe ao BC, perseguir a meta de inflação que tem como centro 4,5% e margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. As projeções do mercado financeiro estão acima do centro da meta, mas abaixo do limite superior de 6,5%.
A pesquisa do BC aos analistas também traz estimativa para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que segue em 4,37%, neste ano, e passou de 4,83% para 4,8%.
A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi ajustada de 8,51% para 8,7%, este ano, e de 5,11% para 5,32%. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a alteração foi de 8,36% para 8,47%, este ano, e de 5,24% para 5,26%, em 2013.
Os bancários de Cataguases e região estão em greve desde o início da última semana. Em Cataguases a adesão ao movimento foi imediato e como o Sindicato da categoria tem uma base de atuação em mais dezoito cidades, as agências bancárias tiveram seu funcionamento paralisado. Em todas as cidades da base, somente as agências da Caixa Econômica Federal funcionam. Este ano, os funcionários daquela instituição financeira não aderiram ao movimento.
Em Cataguases estão fechadas as agências do Banco do Brasil, Bradesco, Itaú (duas) e Mercantil do Brasil. Em Leopoldina, Ubá, Além Paraiba, a situação é idêntica. E, de acordo com o presidente do Sinidcato da categoria, "a greve será retomada nesta segunda-feira com a mesma determinação de seu início", avisou José Antônio da Silva. Ele assegurou que os bancários estão unidos por conquistas "essenciais" para a categoria.
Na última sexta-feira, 21, em frente às agências do Bradesco e do Itaú, em Cataguases, o sindicato levou uma pequena banda de música (foto ao lado) para tocar marchinhas de carnaval e sambas tradicionais, enquanto eram distribuídas fatias de melancia e bananas para os transeuntes. Esta, aliás, é uma atitude que se repete em todas as greves dos bancários e o motivo, de acordo com José Antônio, é "fazer uma analogia entre a fruta e o que os banqueiros nos oferecem".
Enquanto a greve continua os pagamentos de contas podem ser feitos pela internet e nas casas lotéricas.
Atualizada às 9:10 h.
Terminam nesta segunda-feira (24/9/12) as inscrições para a palestra do Pensando em Minas: "Parlamento, internet e o cidadão: como o povo pode colaborar na elaboração das leis?". Esta edição terá como convidado o consultor da Câmara dos Deputados, Cristiano Ferri Soares de Faria, mestre em Políticas Públicas pela Queen Mary College da Universidade de Londres e autor do livro O Parlamento aberto na era da internet: Pode o povo colaborar com o Legislativo na elaboração de leis?, lançado pela Editora da Câmara dos Deputados.
Na sua exposição, que acontece na quinta-feira (27), às 19 horas, no Teatro da Assembleia (Rua Rodrigues Caldas, 30 - Santo Agostinho), Cristiano Ferri fará uma discussão sobre como a tecnologia de informação e comunicação tem auxiliado o processo de interação entre sociedade e Parlamento, no dia a dia do Legislativo. As reflexões do expositor estão fundamentadas nas suas práticas acadêmica e profissional, como a pesquisa que originou seu livro e os projetos de qualidade da lei e de democracia eletrônica que coordena na Câmara dos Deputados.
Para debater essas temáticas com o expositor, foi convidada a relações públicas da ALMG Daniela Santiago, mestre em Comunicação pela UFMG. O encontro será coordenado pelo consultor da ALMG Guilherme Wagner Ribeiro, doutor em Ciências Sociais pela PUC Minas, coordenador do curso de pós-graduação da Escola do Legislativo e professor de Direito Constitucional da PUC Minas.
As inscrições deverão ser efetuadas pelo e-mail [email protected], informando o título da atividade, nome do participante, telefone e endereço para contato.
Agência Brasil
Brasília - Com praticamente um mês e meio de trabalho após as eleições, os senadores terão uma agenda apertada de matérias importantes para apreciar, além do Orçamento da União para 2013. Antes de entrar em recesso, por imposição do Supremo Tribunal Federal (STF), o Senado terá que definir as novas regras para o cálculo de repasse dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). A matéria já foi aprovada na Câmara dos Deputados.
“Temos que mudar isso até o fim do ano. Existe uma pressão dos prefeitos, também, para que se discuta mudanças na partilha do Fundo de Participação dos Municípios”, ressaltou o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA). Além dessas matérias já polêmicas e o compartilhamento dos trabalhos com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, o líder destacou uma série de medidas provisórias (MPs) importantes na pauta da Casa.
Entre elas, a Medida Provisória 579 que, entre outras coisas, possibilita a redução das tarifas de energia pagas pelo consumidor já a partir de 2013. “Serão praticamente dois meses que valerão por 24 meses”, disse Pinheiro.
Um ponto que deve facilitar os acordos de procedimento por parte dos líderes partidários será o esforço do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), para encerrar o ano com a pauta do plenário toda votada. O líder do PT lembrou que Sarney encerra seu mandato na presidência da Casa em fevereiro de 2013 e considerou “natural” que Sarney se empenhe para votar tudo.
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), lembrou que no momento todos os senadores estão voltados para as campanhas eleitorais em seus respectivos estados. Ele reconheceu que a agenda será “apertada” até o fim do ano especialmente com o trabalho simultâneo de sete comissões especiais do Congresso destinada a analisar sete medidas provisórias enviadas pelo Executivo.
Braga destacou que o ano parlamentar se tornará ainda mais reduzido por causa de vários municípios onde as campanhas se estenderão até o fim de outubro por causa do segundo turno.
O líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), disse que paralelamente a todo esse trabalho, os senadores terão que se dedicar a análise do projeto de lei que atualiza o Código Penal. Ele reconheceu que, diante de uma pauta tão extensa, não há possibilidade de se votar a matéria até dezembro.
“Teremos muito pouco tempo, praticamente um mês e meio, para votar as matérias da pauta e ainda tentar prorrogar os trabalhos da CPMI do Cachoeira para 2013” acrescentou o líder do PSDB diante de outra frente de atuação dos senadores que integram a comissão.
Para ele, o Orçamento da União, os trabalhos da CPMI e a redefinição dos critérios de repasse do FPE praticamente tomarão o tempo que ainda resta para votações em 2012.
Quanto às medidas provisórias enviadas pelo governo ou às aprovadas pela Câmara que dependem de análise do Senado, Álvaro Dias disse que terá que haver um critério de seleção. As que, com base nos prazos constitucionais para as análises pelo Congresso, estejam próximas de expirar poderão ficar para 2013.
Edição: José Romildo