Da Agência Brasil
Brasília – O Conselho Geral do Poder Judiciário na Espanha contabiliza que, por dia, 517 famílias são despejadas de suas casas por falta de pagamento do aluguel ou das prestações do financiamento imobiliário (hipoteca). Somente no primeiro trimestre deste ano 46.559 despejos foram registrados. Desde 2008, quase 400 mil execuções hipotecárias foram decididas pela Justiça.
A inadimplência das famílias estimula a recessão na Espanha, um dos países mais atingidos pela crise econômica na zona do euro. A estimativa é que os bancos espanhóis devam precisar de mais de 59 bilhões de euros para suportar o não pagamento das dívidas.
Entidades da sociedade civil protestam contra a situação. Ada Colau – ativista do direito à moradia e uma das fundadoras do movimento social Plataforma dos Afetados pela Hipoteca (PAH) – lembra que na época do boomimobiliário, o governo "facilitou o crédito de maneira irresponsável" e, agora, anuncia cortes em gastos com educação e saúde, no momento em que tenta capitalizar o sistema financeiro e evitar falência de bancos.
Entre 1997 e 2007, época de expansão econômica na Espanha e na Europa, construíram-se 390 mil moradias por ano no país, os preços dos imóveis aumentaram 200%. A PAH estima que o país termine 2012 com mais de 180 mil famílias despejadas.
*Com informações da BBC Brasil.
Um time de alpinistas industriais entrou em campo no Mineirão para dar continuidade à instalação da cobertura do estádio. Eles fazem parte do grupo de 20 profissionais que estão montando a membrana auto-limpante sobre a estrutura metálica. O material, feito de dióxido de titânio, permite passagem de luz natural e oferece resistência contra intempéries.
O alpinismo industrial é uma técnica de trabalho em altura com uso de corda e equipamentos específicos de descida e ascensão a locais de acesso limitado. A atividade visa à segurança e qualidade do serviço, sem relação com a busca por aventura dos praticantes da prática esportiva homônima. “São profissionais devidamente treinados que vão realizar o trabalho com segurança e mobilidade, uma vez que dispensa andaimes e proporciona deslocamento com agilidade sobre a área”, explica Severiano Braga, gerente de operações da Minas Arena, empresa responsável pelas obras de modernização do estádio.
O grupo trabalha a uma altura de cerca de 40 metros com vários equipamentos de segurança, como capacete, cinto de segurança, cordas, talabartes, trava-quedas, freios, descensores, conjunto de ascensores (peitoral e punho) e mosquetões. O conjunto completo de segurança chega a pesar até 12 quilos. Entre os alpinistas, há cinco argentinos.
"Estou nessa área há 6 anos. Já trabalhei no estádio de La Plata, na Argentina, na instalação de membranas parecidas com essas do Mineirão. Gosto muito da profissão, pois comecei com escaladas nas montanhas de meu país e passei a fazer o alpinismo industrial. Já trabalhei em prédios e em instalação de antenas, ficando a mais de 120 metros de altura. A convivência com os brasileiros tem sido ótima, ainda mais que estamos ajudando muito no crescimento desse tipo de serviço no Brasil", diz Mauro Cappelletti, alpinista industrial, de Buenos Aires.
Jackson Furlan, coordenador do grupo de alpinistas industriais, já trabalhou com instalação de membranas em cobertura de seis estádios do mundo. "Trabalhei nos Estados Unidos, Argentina e África do Sul. Agora, trabalhar no meu país, tem um gosto especial, é uma experiência interessante. Os argentinos estão conosco pela experiência que eles têm na instalação das membranas no estádio de La Plata. Além disso, eles ajudam a qualificar a mão de obra brasileira", conta.
Cada membrana tem 2,20 metros de largura por 6 metros de comprimento. No total, são 13 mil m2 de material com peso de 17 mil quilos. Serão instaladas sem que qualquer profissional esteja pendurado. Eles vão manejar o material a partir das passarelas laterais montadas na cobertura metálica. Normalmente, trabalham em dupla com rigorosa orientação prévia ao serviço.
A cobertura atual foi expandida em 26 metros com a instalação das treliças para proteger os assentos mais próximos ao gramado. Cerca de 500 peças totalizam aproximadamente mil toneladas. As treliças, fabricadas em São Paulo, são empregadas também no estádio de Durban, África do Sul, e em outros de futebol americano dos EUA.
Para o secretário interino de Estado Extraordinário da Copa (Secopa), Fuad Noman, a instalação da membrana da cobertura representa um marco histórico na reconstrução do estádio. “Essa colossal estrutura vai proporcionar mais segurança e conforto ao torcedor, que terá um estádio remodelado com vocação para ainda uma grande atração turística”, conclui Fuad.
Fonte e foto: Agência Minas
O Secretário de Estado de Esportes e Juventude de Minas Gerais, Bráulio Braz, inaugurou na manhã desta quarta-feira, 3, juntamente com o Secretário Municipal de Cultura, Esportes e Turismo de Cataguases, José Vitor Lima, as obras de reforma e melhoria da Praça de Esportes. Em solenidade que contou com a presença de diversos secretários municipais, professores de Educação Física que trabalham no local e crianças que participam dos projetos esportivos ali desenvolvidos, Bráulio assegurou mais recursos para o Esporte em Cataguases.
Em seu discurso, Bráulio lembrou os investimentos que o Governo de Minas tem feito em Cataguases e disse que sua Secretaria vai implementar novos programas em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes. “Não apenas eu, que sou da região, mas todo o governo de Minas tem um apreço muito especial por Cataguases, uma cidade essencial para o desenvolvimento da Zona da Mata”, destacou. José Vítor agradeceu o apoio que Bráulio Braz vem dando ao Esporte em Cataguases e disse que a reforma vai permitir ampliar as atividades esportivas ali desenvolvidas.
A quadra da Praça de Esportes recebeu cobertura em telha metálica e novo piso em concreto, além da pintura demarcatória para as práticas de vôlei, basquete, handebol e futsal. Também foi instalado um novo portão, com acesso independente à quadra pela Avenida Astolfo Dutra e com rampa para garantir a acessibilidade de cadeirantes e de pessoas com dificuldades de locomoção. As piscinas adulta e infantil ganharam novas válvulas, bombas, filtros, e as tubulações de saída e entrada de água. Também foram substituídos os azulejos danificados e o fundo ganhou nova pintura. A obra custou R$ 158.318,63.
Alterada às 13h29 para atualizar o título.
Com uma estrutura que abrange 21 unidades hospitalares, nas mais diversas especialidades médicas, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) chega aos seus 35 anos e comemora avanços na assistência, infraestrutura das unidades e busca de novas ferramentas gerenciais. Sua atuação é referência e abrange as áreas de urgência e emergência, reabilitação e cuidado ao idoso, hospitais gerais, especialidades, saúde mental e captação de órgãos para transplantes.
A Rede de hospitais públicos foi formada em 3 de outubro de 1977, pela lei estadual nº 7.088, com a fusão de três fundações estaduais de assistência: Feal (leprocomial), Feap (psiquiátrica) e Feamur (médica de urgência). Nas últimas décadas, a Fhemig acompanhou a notável revolução nos campos da medicina e da tecnologia, incorporando, à sua assistência, os benefícios da modernidade.
Nestes 35 anos, foram 2,3 milhões de internações, 20 milhões de consultas de urgência, 10 milhões de consultas ambulatoriais e 120 milhões de exames realizados. Além disso, a Fhemig adequou-se às crescentes e diferentes demandas da população mineira e às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), do qual foi responsável por 6,35% das internações em Minas Gerais.
Rede única e diversificada
A Fhemig colocou em prática o conceito de rede, estabelecendo um fluxo de atendimento entre seus hospitais. A estrutura atual é um fator facilitador para reunir equipes qualificadas e multidisciplinares. Na urgência, o Hospital João XXIII é a maior referência do Estado nos atendimentos aos casos de trauma, toxicologia, queimaduras e nos demais em que há risco de morte ou de sequelas graves.
O atendimento integral, dos primeiros atendimentos à reabilitação do paciente, é possível graças ao suporte das demais unidades do complexo: Unidade Ortopédica Galba Velloso, Hospital Maria Amélia Lins e o Hospital Cristiano Machado. Ainda na urgência, a referência pediátrica é o Hospital Infantil João Paulo II.
Atendimentos especializados são referenciados nos hospitais Alberto Cavalcanti (Oncologia) e Eduardo de Menezes (doenças infectocontagiosas e Aids) e na Maternidade Odete Valadares (gestações de alto risco). Quando as demais unidades da rede precisam deste suporte especializado, a integração acontece naturalmente.
A Fhemig possui ainda outras três maternidades, nos hospitais Júlia Kubitschek, Regional Antônio Dias (Patos de Minas) e Regional João Penido (Juiz de Fora). Todas são capacitadas para atender às gestações de alto risco, com UTI’s neonatal e adulto e serviços diferenciados, como as Casas da Gestante - um ambiente não hospitalar, onde as pacientes podem receber todo o acompanhamento médico necessário.
Novos perfis assistenciais
O envelhecimento da população e a demanda crescente de pacientes com sequelas físicas e neurológicas, devido ao aumento de acidentes no trânsito e dos casos de acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo, foram fatores essenciais para a criação do complexo de Reabilitação e Cuidado ao Idoso.
Dessa forma, as ex-colônias de hanseníase se readequaram e hoje atendem, neste complexo, a este novo perfil assistencial. São elas as Casas de Saúde Santa Izabel (Betim), Padre Damião (Ubá), Santa Fé (Três Corações) e São Francisco de Assis (Bambuí).
As unidades psiquiátricas - Instituto Raul Soares, Hospital Galba Velloso, Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, Centro Psíquico da Adolescência e Infância e Centro Mineiro de Toxicomania - seguem as diretrizes da reforma na saúde mental.
Algumas delas foram protagonistas neste processo, que estabeleceu novos procedimentos, mais humanitários, no tratamento dos pacientes psiquiátricos. Hoje, estas unidades se preparam para mais um desafio, atendendo também a um novo perfil assistencial que vem tomando maiores proporções nos últimos anos: o tratamento ao dependente químico.
Inovações na gestão da saúde pública
A Fhemig adotou mudanças estratégicas em sua gestão nos últimos anos. Os crescentes números de atendimentos, cada vez mais complexos e especializados, tornaram indispensáveis novas ferramentas que acrescentassem agilidade, eficiência e qualidade aos seus serviços.
Uma das mais significativas foi o Sistema Integrado de Gestão Hospitalar (SIGH), um software integrado ao ambiente webtotalmente desenvolvido e customizado pela (e para a) Fhemig para gerenciar sua rotina hospitalar, centralizando informações e as disponibilizando em diversos módulos, como Custos, Farmácia, Prontuário, Exames, entre outros.
Alguns destes módulos também interagem com o Ministério Público e os residentes médicos, por serem um ágil, eficiente e confiável instrumento de gestão hospitalar. Este trabalho atraiu interesse de várias instituições e profissionais do país e até do exterior.
A fundação possui hoje um parque tecnológico considerável na área hospitalar, com equipamentos e estrutura que permitem maior qualidade e segurança à assistência. A instituição também preza pelo atendimento humanizado aos seus usuários. Um exemplo disso é o desenvolvimento de programas como o “Estruturando o Foco” e o “Você é Único” que, como os próprios nomes demonstram, são direcionados ao paciente, tornando seu atendimento mais personalizado.
A transparência pública também é contemplada na gestão da Fhemig. O mais recente passo da fundação foi a criação da “Prestação de Contas ao Paciente”, ou “Conta Paciente”, um projeto pioneiro que informa ao cidadão, e usuário das unidades desta Rede, os custos hospitalares de seu tratamento. O intuito é de lembrar à sociedade que saúde não tem preço, mas tem um custo que é debitado nos cofres públicos, fomentados com a arrecadação de impostos pagos pelos próprios usuários deste serviço.
Polo de pesquisas e de formação profissional
Além do perfil assistencial, a Fhemig se tornou em um potencial polo de pesquisas e de formação profissional. Atualmente, seu Programa de Residência Médica é um dos mais disputados do país. Espera-se, para 2013, cerca de 400 vagas para residentes nas unidades da Rede. Ainda na área de formação profissional, a Fhemig possui hoje 180 mestres e 50 doutores em seu quadro.
Na área de pesquisa, a Fhemig desenvolveu, nestes 35 anos, 1.400 trabalhos. Atualmente, são 186 pesquisas em estudo, nos 27 grupos registrados no CNPq, relacionadas a patentes, softwares e outros temas de relevância à saúde pública. A instituição pode tornar-se, em breve, em mais uma mantenedora do parque tecnológico do Estado.
Copa 2014
Os hospitais Eduardo de Menezes e João XXIII integram a Câmara Temática da Saúde para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, formada por representantes do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde (ANS), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e das 12 cidades e estados que receberão os jogos.
Estes hospitais elaboraram o Plano de Atendimento a Desastres e Catástrofes. Somente em Belo Horizonte, são esperados 200 mil estrangeiros e 430 mil brasileiros. A adequada preparação logística é essencial para garantir a segurança de todos que irão participar da Copa. Os serviços de saúde adquirem papel estratégico no atendimento a um novo perfil de possíveis pacientes, tanto em número quanto em diversidade dos casos.
Fonte e fotos: Agência Minas
Por Sam Youngman
DENVER, Estados Unidos, 2 Out (Reuters) - O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, abrandou sua posição a respeito da imigração, em mais um esforço para abrandar sua imagem no crucial debate de quarta-feira contra o democrata Barack Obama, candidato à reeleição.
Romney aparece atrás de Obama na maioria das pesquisas, e analistas dizem que ele precisa muito vencer seu rival no debate de Denver, no qual serão discutidos temas domésticos, como economia, imigração e saúde pública.
O ex-governador de Massachusetts está com dificuldade para marcar pontos junto ao eleitorado independente na questão da imigração, depois de sugerir na época das primárias republicanas que cerca de 12 milhões de imigrantes clandestinos deveriam se "autodeportar" dos Estados Unidos.
Mas, em entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal The Denver Post, ele disse que não revogaria uma portaria assinada em junho por Obama, que autoriza a permanência no país de centenas de milhares de imigrantes ilegais trazidos quando crianças ao país.
"As pessoas que receberam o visto especial que o presidente colocou em vigor, que é um visto de dois anos, deveriam esperar que o visto continue válido. Não vou tirar algo que eles adquiriram", disse Romney.
Romney até então evitava dizer se revogaria ou não a medida de Obama, e prometia implementar uma reforma migratória que tornasse desnecessário esse tipo de ação.
Sua nova posição parece destinada a cortejar o eleitorado hispânico, que pode ser crucial no Colorado --um Estado estratégico-- na eleição de 6 de novembro. Em nível nacional, Obama tem até 40 pontos percentuais de vantagem sobre Romney entre os hispânicos.
A campanha de Romney tem tentado demonstrar mais empatia dele com os eleitores, depois da divulgação de um vídeo no qual o ex-executivo do setor financeiro desqualificava quase a metade do eleitorado.
Uma pesquisa Reuters/Ipsos nesta terça-feira mostrou que a vantagem de Obama sobre o republicano caiu para cinco pontos (46 x 41 por cento). Na semana passada, Obama tinha sete pontos de vantagem na pesquisa realizada pela Internet.
Depois do debate de quarta-feira, Obama e Romney ainda vão se enfrentar em outras duas ocasiões ao longo de outubro.
(Reportagem adicional de Samuel P. Jacobs, em Washington; e de Jeff Mason, em Nevada)