A Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro informou que as favelas de Manguinhos e de Jacarezinho, no subúrbio do Rio de Janeiro, foram totalmente dominadas pelas forças policiais que realizam, desde a madrugada deste domingo, uma operação de pacificação nas comunidades. Não houve confrontos e as polícias, com apoio dos Fuzileiros Navais e efetivos da Polícia Rodoviária Federal, não encontraram resistência para dominar os territórios. A ação nas duas comunidades durou apenas 20 minutos.
Segundo o coronel Frederico Caldas, relações públicas da PM, a ação em Manguinhos durou cerca de dez minutos. Mais cedo, por volta das 6h30, a Polícia Civil disse que a região de Jacarezinho havia sido totalmente dominada. "O principal indicador de sucesso é a retomada de território, sem vítimas. A máxima da política de pacificação é o mínimo de efeito colateral. Agora vamos atuar com o nosso serviço de inteligência para fazer prisões e mais apreensões de armas e drogas", disse o coronel Caldas.
Por volta das 7h, contêineres chegaram à Favela de Manguinhos, para a instalação da base do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque da PM. Até o momento, o Bope afirma ter apreendido uma submetralhadora, 10 kg de maconha e um colete balístico das forças militares.
Mais de dois mil homens das forças policiais e do Exército participam da operação nas favelas de Jacarezinho, Manguinhos, Mandela e Varginha. A ação tem o apoio de 24 veículos blindados, sendo 13 da Marinha e 11 da Polícia Militar, além de sete aeronaves da Polícia Rodoviária Federal, da PM e da Polícia Civil. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, este é o primeiro passo para a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em Manguinhos.
De acordo com Frederico Caldas, não há registro de prisões até o momento. O coronel destacou também que a polícia não ouviu tiros durante a operação. "Agora é um processo meticuloso de busca de drogas, de armas, e a prisão de marginais", afirmou.
"A situação é de absoluta tranquilidade, não houve qualquer registro de incidente. Mas a gente sempre está preparada para qualquer cenário. Ainda bem que não houve qualquer tipo de resposta. Entretanto, no entorno, é preciso que as pessoas estejam portando seus documentos, para facilitar o trabalho das polícias", completou.
Fonte e foto: G1
Na abertura do julgamento do goleiro Bruno Souza e de outros quatro envolvidos no sumiço e morte de Eliza Samudio, marcado para 19 de novembro, é de se esperar por uma voz serena, em tom de baixo a médio. Mas a mulher por trás da voz é uma obcecada pela verdade, conhecida por não tolerar manobras. Esse é o estilo da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, que, com quase 14 anos de magistratura, presidirá um dos mais esperados júris da história recente da Justiça brasileira.
Bruno Fernandes já conhece o estilo de Marixa. Na fase da instrução processual, mal começou a contar sua versão do dia em que conversou amigavelmente com Eliza debaixo de um pinheiro, numa mesa de vidro, e foi questionado pela juíza se ele pretendia falar a verdade sobre o caso. Em tom sereno, lembrou que ele continuava preso, assim como os outros acusados, apesar das promessas da defesa de que não ficariam mais que 100 dias detidos. Um recado de que ela não estava ali para um bate-papo entre amigos.
Aos 42 anos, Marixa, mãe de três crianças, uma ainda bebê, é definida como linha-dura por advogados que atuam no Fórum de Contagem, na Grande BH. Avessa a entrevistas, não quis falar ao Estado de Minas sobre o julgamento que se aproxima. O estilo é influência do desembargador aposentado Eli Lucas de Mendonça, que Marixa conheceu em 1996, quando ingressou no Judiciário mineiro. Então juiz da Vara de Tóxicos, Mendonça ficou conhecido pelo combate a organizações criminosas e a esquemas de tráfico de drogas.
Marixa era escrevente de Eli Lucas e passou a admirá-lo pela inteligência e firmeza. Nascida em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, a 446 quilômetros de Belo Horizonte, ela sonhava em ser farmacêutica. O gosto pelos números e a química deu lugar ao curso de direito, já que perto de casa não havia a opção desejada. Transferiu-se para a capital e concluiu em dezembro de 1994 o curso na PUC Minas. Na magistratura, já atuou em Campo Belo (Centro-Oeste), Nepomuceno (Sul do estado) e Caeté (Grande BH).
A magistrada chegou a Contagem em maio de 2009. Atualmente, é juíza sumariante, que cuida de ouvir testemunhas e réus e decidir se os manda a júri popular, além de presidir julgamentos. Com o período de eleições, acumulou a função de juíza da 90ª Zona Eleitoral. Não é a primeira vez que ela se vê diante de um júri de grande repercussão. Em setembro de 2009, presidiu o julgamento que terminou com a condenação do empresário Luciano Farah a 19 anos de prisão pela morte de um homem que assaltou um de seus postos de combustíveis. Farah já havia sido condenado anteriormente, em BH, pelo assassinato do promotor de Justiça Francisco José Lins do Rêgo.
‘Palco dos horrores’ Bruno foi preso em 7 de julho de 2010, dias depois de iniciada as apurações do sumiço de Eliza Samudio, ex-amante dele e com quem teve um filho. Ela foi vista pela última vez em 10 de junho daquele ano. Era o começo das investigações, mas Marixa Fabiane foi dura em seu despacho para justificar a prisão temporária de Bruno e mais sete acusados. “Certamente, acreditam que praticaram o crime perfeito. Ledo engano”, afirmou ela, se referindo ao sumiço do corpo de Eliza.
Ao tomar conhecimento de detalhes do caso, classificou a ação como “palco dos horrores”. Os advogados a acusaram de prejulgamento, mas ela manteve-se irredutível quanto às prisões. “Nos bastidores, as testemunhas, temerosas pelo que lhes possa ocorrer, calam-se, omitem-se, e os envolvidos fazem o possível para apagar todas as pistas que lhes possam incriminar”, justificou, à época. Em agosto de 2010, Marixa transformou a prisão temporária dos acusados em preventiva. A defesa de Bruno já teve mais de 80 negativas em pedidos de habeas corpus e outros benefícios.
A instrução processual veio em outubro de 2010, com 10 sessões para ouvir testemunhas e réus, e se prolongou até novembro. Depois das audiências, em casa, Marixa costumava ler os volumes digitalizados do processo, armazenados num pen drive. A sentença de pronúncia acatou em parte a tese do Ministério Público. Nessa fase de instrução, a juíza precisou de paciência para enfrentar manobras dos advogados, que iam do ronco profundo de um deles na audiência a provocações de outro.
Quando ainda estudava direito, Marixa chegou a pensar em ingressar no Ministério Público. Como promotora de Justiça, não teria de carregar o fardo de tomar decisões sobre a vida das pessoas. Hoje, não demonstra dificuldades em dar opiniões fortes, mesmo fora do tribunal. Já declarou ser contra o aborto, mesmo em caso de estupro, e admitiu que a pena de morte poderia ser uma medida para conter o avanço da criminalidade.
Desde o início do inquérito policial, a defesa de Bruno dizia que a comarca de Contagem não era competente para processar e julgar a causa. Entre janeiro e julho deste ano, Marixa esteve de licença-maternidade, o que abriu possibilidade de que não presidisse o júri. Os vários recursos das defesas, no entanto, atrasaram o processo e permitiram que ela voltasse a tempo de conduzir o julgamento. A colegas mais novos de magistratura, a juíza costuma dizer que, entre a letra fria da lei e a justiça, decidirá sempre pela última. Alento ou tormento para Bruno?
RAIO-X DO JULGAMENTO
Local: Tribunal do Júri de Contagem
Data: 19 de novembro, com sessão prevista para se iniciar às 9h
Duração: previsão é de duas semanas
Presidência: Marixa Fabiane Lopes Rodrigues
Promotor: Henry Wagner Vasconcelos
Réus: Bruno Fernandes, Luiz Henrique Romão, Marcos Aparecido, Dayanne Rodrigues e Fernanda Gomes
Jurados: serão sorteados sete integrantes para o Conselho de Sentença
Testemunhas: serão cinco de acusação e cinco de defesa para cada réu, em um total de 30. Foram ouvidas 142 testemunhas e nove acusados – Bruno, Luiz Henrique, Dayane Rodrigues, Fernanda Gomes, Sergio Rosa (morto), Marcos Aparecido, Elenilson Vitor, Wemerson Marques e Flávio Caetano, que acabou sendo despronunciado –, além do menor Jorge Luiz Rosa
Números: processo tem 38 volumes com 9.456 páginas; há 74 itens relacionados a objetos (notebooks, DVDs, celulares, documentos e bens apreendidos); mais de 50 advogados passaram pelo caso
* Os acusados Wemerson Marques e Elenilson Vítor tiveram seus julgamentos desmembrados dos demais envolvidos, a pedido das defesas deles
ENTENDA O CASO
De acordo com a denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público, em 4 de junho de 2010, Macarrão e um primo de Bruno sequestraram Eliza e o bebê, a agrediram e a levaram para a casa do goleiro no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. No dia seguinte, Eliza foi levada para Contagem, na Grande BH, e depois para o sítio do goleiro, em Esmeraldas, onde teria sido mantida em cativeiro até ser morta, em 10 de junho. O homicídio teria ocorrido à noite, em Vespasiano, num imóvel do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que teria estrangulado Eliza. O ex-policial também teria sumido com o corpo, que ainda não foi encontrado. Segundo a denúncia, o filho de Eliza foi levado de volta ao sítio. Lá, Bruno, Macarrão, Sérgio Sales e o adolescente queimaram a mala e as roupas da vítima. Os acusados foram para Ribeirão das Neves e de lá para o Rio, em um ônibus que transportava o time mantido por Bruno. Dayanne, ex-mulher do goleiro, ficou com o bebê no sítio. Em 18 de junho, ela viajou e deixou a criança com Elenilson da Silva, caseiro do sítio, e Wemerson Souza, amigo de Bruno. O garoto foi entregue para uma mulher, que o repassou para outra. O bebê foi localizado pela polícia, depois de denúncia da morte de Eliza. Todos os envolvidos foram presos e denunciados à Justiça. Atualmente, apenas Bruno, Macarrão e Bola aguardam julgamento presos.
Fonte e foto: UAI
Os candidatos a vice-presidente dos Estados Unidos, o congressista e republicano Paul Ryan e o atual vice-presidente Joe Biden, fizeram na noite da quinta-feira em Danville, estado do Kentucky, um debate mais agressivo que o primeiro realizado entre o presidente Barack Obama e o republicano Mitt Romney. Instigados por uma mediadora incisiva – a repórter Martha Raddatz, da rede de TV ABC –,Biden e Ryanrechearam suas respostas com detalhes das plataformas partidárias que as respostas dos cabeças de chapa jamais ofereceram. Ao fim do confronto, um grupo de eleitores indecisos monitorado pela TV CNN apontou empate. Já a pesquisa instantânea com um grupo maior deu empate técnico, com vantagem numérica para Ryan – 48% a 44%.
Analistas acreditam que o debate poderá não alterar a opinião de muitos eleitores. Na realidade, poderá fazer com que fiquem menos propensos a mudar de ideia. Mas democratas e republicanos têm muitos motivos para festejar seu desempenho e várias razões para acreditar que o outro lado está mais perdido do que nunca. Se os dois rivais chegaram a um empate – como parecem indicar pesquisas conflitantes realizadas depois do debate – isso conta como uma vitória para Biden e o presidente Obama, que precisa interromper o crescimento dos republicanos depois de seu apagado desempenho no debate da semana passada com Romney. "Se você tivesse de apontar um vencedor agora, eu diria que houve um empate", disse o professor de comunicações e orientador de debates David Steinber, da Universidade de Miami. "Mas um empate é vantagem para quem está no cargo."
O debate começou com temas pesados como a destruição do consulado norte-americano em Benghazi, no Leste da Líbia, o programa nuclear do Irã e o Oriente Médio. Os dois depois discutiram o programa de saúde Medicare do governo norte-americano, a previdência, a situação da economia e a geração de empregos. O experiente Biden, de 70 anos, parecia um pouco mais nervoso e várias vezes interrompeu o interlocutor. Biden rebateu várias críticas do republicano e lembrou pelo menos três vezes o comentário feito por Romney, de que "47%" dos norte-americanos não conduzem as próprias vidas e dependem do governo por se sentirem "vítimas".
Depois de discutir política externa, a mediadora direcionou o debate para a previdência e a economia. Biden criticou o plano dos republicanos para o Medicare e também o projeto para a previdência social. Biden disse que os republicanos planejam privatizar a previdência. Biden também defendeu a reforma de saúde parcialmente executada por Obama desde 2009. "Nós salvamos US$ 700 bilhões do Medicare" evitando fraudes e desperdícios com seguradoras de saúde, afirmou o vice-presidente. "Ele sabe disso, que cada paciente custava milhares de dólares a mais para o governo", disse Biden, falando para Ryan. O vice-presidente acusou Ryan e Romney de planejarem a privatização da seguridade social norte-americana.
Questionado sobre se iria privatizar a previdência, Ryan disse que o plano, na era do presidente George W. Bush, era privatizar a previdência "só para os jovens. Eles teriam a escolha", disse Ryan. O congressista republicano retirou o projeto do Congresso em 2011. "Não é verdade" que os jovens teriam escolha, disse Biden. Já Ryan criticou várias vezes a reforma da saúde, a qual chamou ironicamente de "Obamacare".
Obama elogiou Biden após o confronto com o republicano. Em um pronunciamento incomum, feito sob a asa do Air Force One (avião oficial da Presidência), Obama disse ter gostado especialmente da forte defesa que Biden fez à classe média. "Eu vou fazer um comentário especial, dizendo que acho que Joe Biden foi fantástico esta noite. E que eu não poderia estar mais orgulhoso dele", disse ao descer do avião na Base Aérea de Andrews, após uma viagem de campanha à Flórida.
Ontem, o presidente começou a preparação para o próximo debate com Romney, na terça-feira. Ele vai fazer simulações intensivas de três dias a partir de hoje. Assessores apostam que Obama será mais enérgico, depois das críticas recebidas de ter sido apático no confronto anterior. Romney fez uma pausa em sua campanha em Ohio, estado que visita desde terça-feira, para viajar à Virgínia. O republicano falou em Richmond sobre o debate. "Acho que concordarão comigo que só tinha uma pessoa no palco ontem à noite que foi atenta e respeitosa, firme e serena", afirmou Romney, em alusão a Ryan.
Fonte e Foto: UAI
Começou às 14 horas e se estenderá até às 22 horas deste domingo, a sétima edição da Parada do Orgulho Gay de Cataguases. O evento é organizado pelo Movimento Gay de Cataguases conta com o apoio da Prefeitura e Polícia Militar e cerca de cinco mil pessoas deverão
participar da festa que acontece na Praça Rui Barbosa, onde, agora a noite, acontecem shows com drag queens e da cantora de funk cataguasense que faz sucesso na Itália, Luana Absoluta.
A Parada Gay teve inicio na Praça Simão José Silva, em frente à Policlínica Municipal, onde aconteceu a concentração. De lá, por volta das 15:30 horas, o grupo saiu em passeata até à Praça Rui Barbosa onde estão acontecendo os shows. O Presidente do Movimento Gay de Cataguases, Rodrigo Augusto (foto à direita com a ex-presidente Adriana Nascimento)contou que serão apresentados seis shows até às 22 horas. Estão confirmadas as presenças de Fernanda MUller, Duda Flux, Amanda Firtz, Luna Lopes, entre as drags queens, além de Luana Absoluta que vai cantar seu principais sucessos.
Jéssica Muller (à esquerda), tesoureira do Movimento Gay de Cataguases, falou sobre a festa "Delice" que aconteceu na noite de sábado, na House.club. Segundo ela ao longo da noite foram apresentados cinco shows de drags queens que estavam previstos para aconteceram na praça Rui Barbosa, mas, por causa do mau tempo, foram transferidos para aquela casa de show.