Agência Brasil
Rio de Janeiro – Uma quadrilha especializada em roubo de cargas foi desarticulada hoje (18) por agentes da Polícia Federal durante a Operação Carga de Pedra. A quadrilha agia em Itaboraí, na região metropolitana do Rio. Doze pessoas foram presas, mas ninguém teve o nome divulgado.
As cargas roubadas eram comercializadas em pequenos mercados de cidades da Região dos Lagos e dos municípios de Itaboraí e São Gonçalo. O líder da quadrilha, segundo a PF, estava em liberdade condicional. Ele havia sido preso em 2008, condenado por roubo de cargas.
As investigações começaram em fevereiro na Delegacia de Polícia Federal em Niterói. A quadrilha rendia as vítimas quando elas estavam em postos de combustíveis ou em lanchonetes ao longo das rodovias. A PF estima que o grupo cometia pelo menos dois roubos por semana. A operação teve o apoio da Polícia Rodoviária Federal.
Astolfo Dutra viveu sua “terça-feira negra” no último dia 16 de outubro, quando a Polícia Militar registrou quatro ocorrências de média gravidade, porém, incomuns naquele município, tradicionalmente pacato. Segundo o relatório de atividades fornecido pela Assessoria de Comunicação da Polícia Militar, aconteceram furto em escola, tráfico de drogas, roubo em posto de combustível e prisão por porte ilegal de arma de fogo. Veja em detalhes cada um dos acontecimentos:
A Escola Estadual Enéas França, localizada na Rua Professor Emílio Ramos Pinto, Bairro Bela Vista, foi vítima da ação de ladrões que invadiram o prédio, arrombaram a porta da sala dos professores e de lá levaram uma TV Philco, de 20 polegadas, além de destruírem armários e espalharem papeis e documentos pelo chão. Segundo relatou a diretora à Polícia, a escola já foi alvo de diversos furtos devido, ainda conforme explicou, à sua localização, afastada de residências. A PM fez uma busca na região à procura dos possíveis ladrões sem, no entanto, obter êxito.
Por volta das 16 horas daquele mesmo dia, a PM recebeu denúncias de que um homem de 26 anos de idade, identificado pelas iniciais A.S.S., estaria comercializando substâncias entorpecentes nas imediações de sua residência e que utilizava, também, um terreno baldio situado em frente à sua casa onde estaria escondendo a droga.
Os militares intensificaram o patrulhamento na Rua Vereador João Batista Alves de Azevedo, no Bairro Jardim Primavera, e viram o autor citado na denúncia anônima no terreno baldio em posição que sugere estava escondendo algum objeto. Os policiais imediatamente abordaram o suspeito e após revista-lo encontraram em seu poder R$50 em dinheiro. Em seguida ele levou os policiais até um barranco e retirou debaixo de alguns galhos secos um pequeno tablete de maconha. A PM, no entanto, fez uma vistoria no local e descobriu mais duas pequenas quantidades da mesma droga. Ele foi preso em flagrante delito por tráfico de drogas e conduzido ao presidio em Cataguases.
À noite, o posto de combustível Copeve, que fica na Praça Atílio Bonfante, no Centro, foi assaltado por dois indivíduos que lá chegaram em uma motocicleta Yamaha, preta, modelo YBR. Segundo informaram os frentistas que trabalham no local, um dos marginais desceu da moto empunhando uma arma de fogo, possivelmente uma pistola preta e anunciou o assalto e ordenando para os dois funcionários do posto entrarem no escritório. Lá, o rapaz armado, roubou R$150 enquanto seu comparsa permaneceu com a moto ligada. Após o assalto saíram em alta velocidade no sentido ao Bairro Reta, que dá acesso à rodovia MG 285. A PM fez um rastreamento na área e informou as cidades vizinhas sobre o fato, mas não conseguiu identificar e prender os assaltantes.
Por fim, a Polícia Militar em Astolfo Dutra, agiu após receber denúncia anônima de que um homem aparentando 55 anos de idade, moreno claro, gordo, vestindo camisa polo com listras vermelha e branca, bermuda jeans e boné, estava em um bar situado na Rua Vereador João Batista Alves de Azevedo, no Bairro Jardim Primavera, bebendo e com uma arma de fogo na cintura. Os militares estiveram no local e ao encontrar a pessoa que correspondia com as características descritas o abordaram e após realizarem uma busca pessoal encontraram com ele um revólver marca Taurus, calibre 38, com seis munições, além de uma faca de aproximadamente 8 cm de lâmina embainhada e, no bolso da bermuda, mais 10 cartuchos de calibre 38. Ele recebeu voz de prisão por porte ilegal de arma de fogo e foi conduzido à Delegacia onde foram tomadas as demais providências.
Foto: Luis Fernando Piloto
A Assembléia Legislativa, inspirada pelas comemorações dos 120 anos da Imprensa Oficial de Minas Gerais (IOMG), presta uma homenagem especial à Imprensa Oficial nesta quinta-feira (18), às 20h, no Plenário Juscelino Kubitschek. A cerimônia foi requerida pelo deputado Dalmo Ribeiro, que disse ser a Imprensa Oficial “um marco e referência na cultura e na história mineira”.
Durante o evento, será exibido um vídeo que conta a história da Imprensa Oficial em seus 120 anos de existência. Será também lançado o Hino da Imprensa, uma composição de Eduardo Ladeira, que será apresentado em vídeo. O evento terá, ainda, a apresentação do painel “Doce Música Mecânica”, uma obra do artista plástico Fernando Pacheco que ilustra em imagens a trajetória da Imprensa Oficial nos seus 120 anos.
Um dos mais importantes órgãos oficiais do país, a Imprensa Oficial de Minas Gerais foi fundada originalmente em Ouro Preto, no ano de 1891, quando a cidade barroca era a capital de Minas. Pouco tempo depois, a Imprensa Oficial foi transferida pra Belo Horizonte, para o edifício construído para ser a sua sede.
Nestes 120 anos de existência, o órgão se consolidou como um agente disseminador da cultura no Estado e transformador social, nos 853 municípios mineiros que recebem o Diário Oficial mineiro.
A IOMG, ao editar, divulgar e guardar toda a publicação oficial do Estado, faz um registro histórico e dá transparência à trajetória de Minas Gerais, perenizando a tradição escrita por personalidades como José Maria Alkmin, Carlos Drummond de Andrade, Murilo Rubião e Vivaldi Moreira, entre tantos outros.
Tradição e modernidade
Para o diretor-geral da Imprensa Oficial, Eugênio Ferraz, a entidade une a tradição ao dinamismo da história do Estado que se constrói diariamente. “A Imprensa Oficial passa por um período de restauração de sua história e de sua presença marcante no cenário cultural mineiro e brasileiro, recebendo agora a revitalização de sua fachada e a implementação de um grande corredor cultural com vários programas e projetos bem no centro de Belo Horizonte”, afirma Ferraz.
Em agosto, seguindo a determinação do Governo do Estado, o órgão deu início às obras de revitalização às quais o diretor se refere. O histórico prédio, localizado no Centro de Belo Horizonte e construído no final do século XIX, ganha uma pintura especial lavável, que possibilita a imediata remoção de pichações.
A iniciativa conta com o apoio da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, por meio do projeto “Nossa cidade mais limpa”.
“Além de resgatar a marcante e imponente presença do edifício no centro de Belo Horizonte, a ação faz parte de um programa mais amplo de resgate da instituição e de suas ações dentro do cenário cultural mineiro e brasileiro”, observa Ferraz.
Além da restauração da fachada, os eixos administrativo e industrial-tecnológico também estão sendo fortalecidos por meio de ações com foco na modernização dos processos e de pessoal, na melhoria do atendimento à sociedade e na modernização tecnológica da planta industrial, com adequações, ajustes e acréscimos nos equipamentos gráficos.
Em novembro do ano passado, foi lançado um selo comemorativo dos Correios pela data. Em abril deste ano, uma edição fac-símile das primeiras edições do Suplemento Literário, publicadas originalmente no ano de 1966, foi anunciada em Ouro Preto, junto a uma medalha comemorativa, cunhada pela Cada da Moeda do Brasil.
Outros projetos contemplam incentivos a novos escritores, oficinas culturais, realização de exposições e mostras e outras ações. Na opinião do coordenador das Promotorias do Patrimônio de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, Marcos Paulo de Souza Miranda, as iniciativas representam um exemplo de como os administradores públicos podem inserir o viés cultural em suas ações de gestão. “Quem sai ganhando, ao final, é a sociedade, que passa a ter a oportunidade de conhecer e valorizar nossas heranças culturais”, conclui.
Fonte: Agência Minas
Agência Brasil
Brasília - O Brasil tem o desafio de dobrar a capacidade de produção de energia nos próximos 15 anos, disse hoje (18) o secretário executivo do ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. Segundo ele, o governo não pretende mudar regras de um modelo energético que é tido como bem-sucedido ao antecipar as renovações de concessões do setor elétrico.
“Logo que foram anunciadas as medidas começou haver expectativa de que estaria mudando as regras e, na verdade, não tem esse processo. Um país como o Brasil não pode se dar ao luxo de mudar regras que estão dando certo. O Brasil é o país que mais atrai investimentos para o setor elétrico”, disse ao participar do Colóquio Infraestrutura para o Desenvolvimento, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Durante a reunião do CDES, Zimmermann leu uma mensagem do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em que ele cita as concessões. No texto, Lobão diz que a União está disposta a indenizar os ativos investidos, ainda não amortizados, às empresas que não querem renovar.
“O concessionário é livre para escolher se quer prorrogar ou esperar o término [do contrato de concessão] e reverter assim o bem para a União. Se licitar e alguém não quiser renovar, como a Cemig [Companhia Energética de Minas Gerais], em 2015, quando cessar a concessão, o bem reverte pra União que pode licitar”, registrou o ministro no na mensagem.
Empresas concessionárias de 14 usinas geradoras de energia elétrica não pediram a prorrogação de suas concessões, entre elas a Cemig. A manifestação ou não de interesse faz parte do cronograma de trabalhos para redução tarifária, proposta pelo governo, como prevê a Medida Provisória (MP) 579.
O presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), Paulo Godoy, também participou das discussões e lembrou que o barateamento da energia elétrica é condição fundamental para o aumento da competitividade. “O setor elétrico vive um momento importante de conseguir trazer o custo da energia a patamares de manter a competitividade ao mesmo tempo com combinação de fatores que permita estimular o investimento também no setor elétrico”, disse.
Da BBC Brasil
Brasília - Por 17 votos a favor e 14 contra, o Senado uruguaio aprovou na tarde desta quarta-feira (17) projeto de lei que descriminaliza o aborto no país. Com a decisão, o Uruguai se transforma no segundo país da América do Sul (depois da Guiana) a permitir o aborto por qualquer mulher que deseje fazê-lo, até a décima segunda semana de gestação.
Antes de entrar em vigor, a lei ainda precisa passar por sanção do presidente José Mujica, mas o mandatário já avisou, em reiteradas declarações, que não vetará a decisão tomada pelo Parlamento.
De acordo com estimativas de organizações sociais como o coletivo Mujeres y Salud en Uruguay, no país são feitos cerca de 30 mil abortos por ano. Segundo o Ministério da Saúde do Uruguai, no ano passado, 46.706 crianças nasceram no país.
O projeto não legaliza o aborto, mas sim impede que a interrupção da gravidez por parte de cidadãs uruguaias seja tratada como crime.
A decisão final pode ser tomada pela gestante depois de ter sido observado um processo obrigatório de consulta a três profissionais vinculados ao sistema de saúde local e desde que o aborto seja praticado por centros de saúde registrados.
“Este é um primeiro passo de avanço. Entre 1934 e 1938, o aborto foi legal no Uruguai. E, desde a reabertura democrática (1985), todas as legislaturas apresentaram projetos a respeito. Sentimos que se trata de uma questão de direito, estamos convencidos de que se deve continuar com a luta pela autonomia da mulher”, disse à BBC Brasil a senadora Monica Xavier, presidente da Frente Ampla.
O primeiro passo estabelecido pela lei é a ida obrigatória da gestante a um médico, a quem deverá manifestar seu desejo de abortar. A partir daí, o profissional deve enviar a paciente a um comitê constituído por um ginecologista, um psicólogo e um assistente social para que receba informações sobre a interrupção da gravidez e para manifestar as razões pelas quais deseja abortar.
Após cinco dias de “reflexão”, a paciente deve expressar sua decisão final, e então o aborto deve ser feito de forma imediata e sem obstáculos, em hospitais públicos e privados.
A lei não permite que mulheres estrangeiras se beneficiem deste novo direito.
A nova legislação também determina que a gravidez poderá ser interrompida, até a décima quarta semana, quando a gestação incorrer em risco de vida para a saúde da mulher, quando houver malformações fetais incompatíveis com a vida extrauterina e quando a gravidez for resultado de estupro.
O projeto aprovado é resultado de um extenso vaivém do texto na Câmara e no Senado uruguaios. Em 2008, o então presidente Tabaré Vázquez vetou os artigos da Lei de Saúde sexual e Reprodutiva que estabeleciam a descriminalização do aborto.