Agência Brasil
Brasília – A Organização Nacional Indígena da Colômbia (Onic) revelou hoje (29) que cerca de 11 mil nativos sofreram deslocamento forçado de suas regiões de origem nos primeiros nove meses de 2012. Pelo menos 78 foram mortos e 47 ameaçados, apenas nesse período. A maior parte dos atos de violência foi atribuída a grupos insurgentes e forças de segurança.
A Colômbia enfrenta um conflito armado que se estende por quase meio século. Este mês, o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) começaram a segunda fase da negociação de paz, na tentativa de encerrar o confronto. A população indígena da Colômbia, superior a 1,3 milhão de índios distribuídos em 102 aldeias, tem sido uma das principais vítimas da longa crise política.
De acordo com o estudo elaborado pela Onic, as agressões ocorrem com mais frequência a sudoeste e noroeste do país. A organização informa ainda que a situação se agravou nos últimos anos. A Onic estuda a possibilidade de recorrer ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para ter "um papel ativo" em relação à situação dos povos indígenas da Colômbia.
O assassinato mais recente contra integrante da população indígena ocorreu no último dia 21. Leovigildo Cunampia Quiro, presidente da Câmara Municipal de Costa do Pacífico, foi morto na comunidade de Jagua-Chori Rio, em Chocó. No ataque, várias pessoas ficaram feridas. O caso está sendo conduzido pelo promotor José Manuel Variquira. Em 2011, 118 índios foram assassinados na Colômbia.
Agência Brasil
Rio de Janeiro - Apesar da queda na produção deste ano, a Petrobras pretende atingir a meta de extrair 2,02 milhões de barris de petróleo por dia ainda em 2012. A informação foi divulgada hoje (29) após a empresa confirmar queda expressiva da produção em setembro, influenciada por paralisações programadas para a manutenção de plataformas na Bacia de Campos.
De acordo com a direção da estatal, as paralisações operacionais foram necessárias nas plataformas P-52, no Campo Roncador, e na P-19, no Campo Marlim, ambas na Bacia de Campos, uma das mais produtivas do país. Por causa do mau tempo, no entanto, o período em que ficaram sem produzir foi maior que o planejado, afetando o resultado do mês.
Em relação à agosto, a produção nacional de petróleo diminuiu 4,4% e chegou a 1,8 milhão de barris diários. Entre janeiro e setembro, a queda foi 2%, de 1,9 milhão de barris por dia.
“Houve uma simultaneidade de paradas programadas em unidades pesadas, de grande produção, que se estenderam mais do que o que estava previsto”, explicou o diretor de Exploração e Produção, José Formigli.
Com o término da manutenção e a retomada da produção, a expectativa é aumentar a eficiência até o final do ano. Para outubro, a estimativa é produzir, em média, cerca de 1,941 milhão de barris por dia e bater o ano com os 2,02 milhões de barris.
“Essa produção de setembro já não está acontecendo, temos uma projeção de outubro significativamente melhor. Daí em diante, podemos dizer que projetamos produções melhores com a entrada em operação do [navio-plataforma] FSPO Cidade Anchieta [na porção capixaba da Bacia de Santos], além de não ter tantas paradas programadas”, reforçou Formigli.
A estatal também revelou que o reajuste salarial previsto no acordo coletivo com os funcionários influenciou as contas do trimestre, mas serão diluídos nos próximos meses e não atrapalham o cronograma de contenção de custos.
O diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa, confirmou que a defasagem de preços dos combustíveis ainda é um problema, por causa das importações para atender o mercado brasileiro. O resultado da balança comercial da Petrobras é negativo desde o começo do ano. Porém, o diretor não anunciou novos reajustes.
“Não temos data predefinida, mesmo na situação que estamos de defasagem já há algum tempo, não tenho uma data para dizer”, informou o diretor. Ele acrescentou que a revisão faz parte da política de preços da companhia. “O importante é que no médio prazo a gente terá o equilíbrio entre os valores cobrados internacionalmente e o que vigora no país”, completou.
Nesta segunda-feira (29), é comemorado o Dia Nacional de Combate à Psoríase, doença dermatológica que atinge cerca de 3% da população brasileira. De origem genética e imunológica, o diagnóstico da patologia é feito por meio de exame clínico, podendo ser confirmado pela realização de biópsia.
De acordo com a coordenadora de dermatologia da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Ana Regina de Andrade, é muito importante lembrar que apesar da psoríase não ter cura, ela pode ser controlada com o acompanhamento médico certo. “A psoríase afeta o processo de queratinização da pele. Observa-se uma melhora nítida no quadro apenas com a hidratação da pele e exposição ao sol. O paciente poderá passar longos períodos sem desenvolver lesões no corpo”, acrescentou a coordenadora.
A doença pode atingir tanto homens, quanto mulheres e apresenta dois picos de incidência no que se refere à faixa etária. Em 75% dos casos, a psoríase apresenta seu início antes dos 40 anos. Nos demais, a incidência é maior entre os 55 e 60 anos de idade.
Embora estresse e ansiedade sejam considerados agravantes no aparecimento do problema, a coordenadora faz questão de ressaltar que a doença não é provocada por fatores emocionais. Mas reconhece que pacientes com psoríase são mais propensos a desenvolver comportamentos que resultam em risco à própria saúde, como consumo elevado de álcool e tabagismo. “A incidência de depressão também é aumentada em pessoas com psoríase. E esses fatores podem fazer com que a doença se perpetue com mais facilidade”, completou.
Tratamento
Existem tratamentos eficazes e seguros que podem determinar uma melhora importante no quadro clínico e na qualidade de vida, porém a doença não tem cura. “Não há como prevenir a doença, embora seja possível controlar a reincidência”, garantiu a coordenadora.
Casos leves e moderados podem ser controlados com o uso de medicação local, hidratação da pele e exposição ao sol. Algumas pomadas à base de alcatrão já provaram sua eficácia no controle da doença, mas têm o inconveniente de sujarem a roupa de vestir e de cama e de terem cheiro forte, parecido com o da creolina. Medicamentos por via oral só são introduzidos nos casos mais graves de psoríase refratária a outros tratamentos.
No caso da psoríase, as manchas podem sumir e reaparecer sendo que cerca de 10 a 30% dos pacientes com a doença podem desenvolver artrite. A forma de tratamento para as duas doenças é a medicação local quando a pessoa procura uma Unidade Básica de Saúde ou os serviços de referência em dermatologia. O período de tratamento depende de cada caso.
Sintomas
Os sintomas característicos da doença, considerada uma inflamação crônica da pele, são manchas avermelhadas e escamas esbranquiçadas na pele, sendo mais comum aparecerem nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo e unhas. Nos casos mais graves, as lesões podem envolver toda a superfície da pele, ocasionando o que se chama de eritrodermia. Embora menos frequente, também existem casos em que as articulações das mãos, pés, tornozelos e joelhos são afetadas, causando a artrite psoriática, também conhecida como psoríase artropática.
Fonte: Agência Minas
O Secretário de Indústria e Comércio de Cataguases, Newton Antônio Dutra (foto à direita), informou ao Site do Marcelo Lopes, que a construção de um grupo de lojas no imóvel onde atualmente funciona o Supermercado Bahamas, encontra-se em fase final. “A expectativa dos proprietários é inaugurar o empreendimento no dia 1º de dezembro”, revelou. O Bahamas comprou o imóvel onde funcionou a Indústria Irmãos Peixoto que pertencia à Companhia Industrial Cataguases, e lá, utilizando parte do espaço, montou sua segunda loja na cidade. A área restante vem sendo reformada e adaptada para receber vinte e duas lojas, uma praça de alimentação e um espaço para crianças, que vão ocupar “cerca de 1.400 metros quadrados”, acrescentou Newton Dutra.
A ideia é abrir o “Bahamas Shopping” aproveitando o clima natalino, “inclusive com decoração, presença de Papai Noel, entre outros atrativos típicos do período”, informou o Secretário, que mantém contato “frequente” com a direção daquela empresa, conforme revelou. Para Newton Dutra a inauguração do novo shopping confirma a tendência de crescimento do comércio da região “a exemplo do que já acontece em Ubá e Muriaé, a nossa cidade também vem recebendo investimentos significativos nesta área, que é a que mais emprega hoje no país, principalmente porque a indústria, influenciada pela crise na Europa, está retraída”, analisa.
- Só o Supermercado Bahamas emprega 180 funcionários, número muito semelhante ao de uma pequena ou média indústria, revela Newton. Ele continua: Além disso com a chegada de outras lojas como Ricardo Eletro, Casas Bahia, Magazine Luíza e, mais recentemente, a Lojas Americanas, ficou claro que Cataguases tornou-se um polo comercial microrregional, o que nos permite comprar qualquer produto com qualidade e preço, sem precisar ir a outra cidade, completou.
O novo shopping deverá abrigar uma sorveteria da franquia Sol e Neve, uma da Vivo e também da Água de Cheiro, além da lanchonete Companhia da Empada, entre outras que já estão negociando seus espaços. Mas a expectativa, segundo o Secretário de Indústria e Comércio de Cataguases, é “ainda maior e envolve até a possibilidade de ser instalada uma sala de cinema e um boliche”, finalizou.
Nesta segunda-feira (29) é comemorado o Dia Nacional do Livro, data que ficou marcada pela fundação da Biblioteca Nacional em 1810, no Rio de Janeiro (RJ). Em Minas Gerais, não faltam opções para os apaixonados pelas letras: em 801 municípios do Estado, 839 bibliotecas públicas cadastradas oferecem acervos dos mais diversos, que vão desde livros infantis e obras acadêmicas até raridades da literatura.
Algumas destas raridades estão na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, em Belo Horizonte, que conta com o maior acervo de Minas Gerais, com mais de 250 mil exemplares, entre livros jornais e revistas. Na seção da hemeroteca histórica, é possível ter acesso ao primeiro jornal publicado em Minas – o Jornal Universal, de 1825.
Esse e outros jornais do século XIX foram digitalizados e estão disponíveis para consulta. No setor de obras raras há, ainda, preciosidades como uma edição original de Os Lusíadas, de Luís de Camões, a Constituição Brasileira de 1822 e um livro sobre Leonardo da Vinci.
O prédio de 1954 projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, no Circuito Cultural Praça da Liberdade, recebe cerca de 1.500 visitantes por dia. “Nosso público está sempre aumentado e estamos procurando intensificar as atividades, como as visitas agendadas para as escolas e as ONGs, sempre tentando estimular o gosto pela leitura”, conta a diretora da Biblioteca Estadual Luiz de Bessa, Thaís Queiroz Brescia. De janeiro até outubro, foram feitos 75 mil empréstimos de obras no local.
A biblioteca atende a todos os tipos de públicos. No setor de empréstimo domiciliar, o campeão de procura em 2012 é o livro A Cabana, de William Young, seguido pelos clássicos de Sidney Sheldon. No setor infanto-juvenil, o mais procurado é a coleção de Harry Potter, de J. K. Rowling.
A biblioteca possui, ainda, o maior acervo do Estado para deficientes visuais, com mais de 1.400 volumes direcionados a este público. Entre os livros em braille, autores brasileiros são os campeões de audiência, com destaque para Érico Veríssimo, Monteiro Lobato, Pedro Bandeira, Machado de Assis e José de Alencar.
Para fazer o cadastro, é preciso apresentar apenas a carteira de identidade e um comprovante de residência atual, além de pagar R$ 3,00. A biblioteca também organiza atividades gratuitas como cursos, lançamentos de livros, oficinas, palestras e exposições gratuitas. “Temos muitas atividades aos sábados também”, conta Thaís. Toda a programação e mais informações estão no site: www.cultura.mg.gov.br/bibliotecas.
Leitura inclusiva
Na capital mineira, outra curiosa opção para os leitores é o projeto carro-biblioteca, da Secretaria de Estado da Cultura, que atende a seis bairros de Belo Horizonte e Região Metropolitana por semana, sendo um por dia. A iniciativa disponibiliza, de forma itinerante, livros dos mais variados gêneros, além de revistas e jornais para leitura e pesquisa. São mais de 3 mil obras à disposição da população. O serviço foi criado há mais de 50 anos, na década de 1960, para levar informação e cultura aos moradores.
O caixa-estante, mais uma iniciativa do Governo do Estado, também leva a literatura a hospitais, penitenciárias e creches. Trata-se de uma caixa com cerca de 200 livros, que são enviados, para empréstimo, a estes locais, com o objetivo de oferecer a instituições públicas, não governamentais ou privadas um pequeno acervo que venha criar uma demanda de leitura.
A segunda maior biblioteca pública do Estado, em volume de obras, fica em Governador Valadares, região Leste, com um acervo de 93 mil livros. Em seguida estão as bibliotecas públicas de Divinópolis, na região Centro-oeste, com 82.224 obras, e a de Nova Lima, com 47.598 volumes disponíveis à população.
Um Estado de leitores
Além das 839 já existentes, 14 bibliotecas estão sendo construídas em outros municípios mineiros. Segundo dados da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, a região Central do Estado é a que concentra o maior número de instituições do tipo, com 21% do total. Em seguida estão as regiões Sul e Zona da Mata, que possuem 16%. Cerca de 85% das bibliotecas estão instaladas em locais de grande circulação de pessoas, como praças, facilitando o acesso da população.
“A biblioteca pública é o equipamento cultural mais presente em todo o país. Em um Estado onde existem 853 municípios, o maior do país, acreditamos que, por meio da conscientização dos gestores locais e de investimento público, é possível construir um Estado de leitores”, acredita a bibliotecária Especialista em Gestão da Informação, Michelle de Paula Machado Venuto.
Com relação aos leitores, a maior parte deles, 38%, tem mais de 800 cadastros em seus registros. Quanto a faixas etárias, a mais representativa entre os frequentadores são as de menores de 14 anos (45%) e as de 15 a 25 anos (40%). Em terceiro lugar está a faixa etária de 26 a 40 anos, com 12%.
Fonte: Agência Minas