O governador Antonio Anastasia encerrou, nesta quinta-feira (8), a missão oficial à Ásia, em Tóquio, no Japão, com visitas a sedes de empresas parceiras de Minas Gerais, como a Itochu e Mitsui. Anastasia se encontrou com o presidente da Mitsui, Masami Lijima, e diretores-executivos da Itochu, quando discutiram a possibilidade de ampliação de investimentos no estado e novas oportunidades de negócios.
Ao analisar os contatos feitos com empresários, em Seul e Tóquio, especialmente, durante a 15ª Reunião do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, Anastasia disse que os encontros foram promissores e desdobramentos da viagem ocorrerão no médio e longo prazo. “Nosso objetivo é estreitar contatos com aqueles grupos que já têm negócios em Minas e com Minas e, ao mesmo tempo, mostrar as oportunidades que oferecemos àqueles que pretendem expandir seus negócios. Nossa meta é gerar emprego de qualidade, diversificar a economia, com a atração de investimentos que gerem produtos com alto valor agregado, e ampliar o número de parceiros comerciais”, afirmou.
Com 130 bases operacionais em 68 países, a Itochu é uma das principaistrading internacionais, realizando operações de importação e exportação de vários produtos e serviços, incluindo têxteis, tecnologia da informação e comunicação, maquinaria, energia, metais, produtos químicos, entre outros.
Em Minas Gerais, a Itochu integra o consórcio controlador da Celulose Nipo-brasileira (Cenibra), fabricante de celulose instalada em Belo Oriente, no Vale do Rio Doce. Investe ainda em etanol, por meio de parceria com a Bunge, na usina de Santa Juliana, no Alto Paranaíba. A empresa tem 20% de participação na usina, que tem capacidade para processar 1,6 milhão de toneladas de cana/ano. A Bunge e Itochu planejam expandir sua capacidade para 4,2 milhões de toneladas/ano.
A Mitsui & Co engloba uma densa rede de operações globais nos setores de mineração (ferro e aço), infraestrutura, indústria (automobilística, naval e aeroespacial), química, energia, alimentos, serviços de consumo, informações, eletrônicos, telecomunicações, mercado financeiro e logística de transporte.
Tem vários investimentos em Minas Gerais, entre eles a implantação, em Santa Vitória, no Triângulo Mineiro, em parceria com a norte-americana Dow Chemical, de uma usina de cana-de-açúcar para a produção de plásticos a partir de fontes renováveis. Será a primeira unidade de fabricação de plástico à base de cana-de-açúcar, com as etapas de produção de cana-de-açúcar, produção de etanol, etileno e polietileno ocorrendo de forma integrada e no mesmo local implantada no Brasil.
BH sediará próxima reunião do Comitê
Anastasia também participou do encerramento da 15ª Reunião do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, quando foi confirmada Belo Horizonte como sede da edição de 2013 do evento. O encontro é organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Organizações Econômicas do Japão (Keidanren).
Participaram da reunião do Comitê empresas brasileiras e japonesas. Entre os temas abordados estavam as relações econômicas e as oportunidades de negócios entre os dois países, incluindo discussões sobre energia, meio ambiente, infraestrutura e ambiente de negócios.
Condecoração
O governador aproveitou a viagem ao Japão para entregar a Medalha JK ao embaixador do Brasil em Tóquio, Marcos Bezerra Abbott Galvão, que não pôde comparecer à Diamantina em setembro, durante a entrega oficial da honraria.
Fonte: Agência Minas
Agência Brasil
Brasília - O governo federal vai investir R$ 2,7 bilhões nos próximos dois anos para que as crianças brasileiras sejam plenamente alfabetizadas em língua portuguesa e matemática até os 8 anos de idade, ao final do terceiro ano do ensino fundamental. O investimento faz parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa lançado hoje (8) pela presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.
De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a média nacional de crianças não alfabetizadas aos oito anos chega a 15,2%. Essa taxa alcança índices ainda maiores e, em alguns casos chega a dobrar, em estados como Maranhão (34%) e Alagoas (35%). A menor taxa é registrada na Região Sul, com o índice de 4,9% de crianças não alfabetizadas. “Considero esse programa a prioridade das prioridades do MEC. É o maior desafio histórico e que esse país deveria colocar no topo de agenda de todos os gestores do Brasil”, assegurou Mercadante.
O ministro destacou que 8 milhões de crianças estão inseridas nesse primeiro ciclo de alfabetização. Ainda segundo ele, o prejuízo de uma criança que não é alfabetizada no período certo pode se estender a outras etapas do ensino.
Entre os objetivos da pasta está o de garantir a alfabetização e assim evitar a futura reprovação de alunos. Segundo o ministro, o impacto da reprovação de alunos, em toda a educação básica, vai de R$ 7 bilhões a R$ 9 bilhões.
Ao todo, 5.270 municípios e todas as 27 unidades federativas já aderiram ao pacto, que envolve a capacitação de 360 mil professores alfabetizadores. Trinta e seis universidades públicas vão preparar cursos de 200 horas para uniformizar procedimentos educacionais em todo país. Os recursos investidos no pacto também vão garantir uma bolsa de R$ 750 mensais aos orientadores, que vão capacitar os professores alfabetizadores.
Com o pacto, o Ministério da Educação vai distribuir 26,5 milhões de livros didáticos nas escolas de ensino regular e do campo, além de 4,6 milhões de dicionários, 10,7 milhões de obras de literatura e 17,3 milhões de livros paradidáticos.
Para mensurar os resultados do pacto entre as crianças brasileiras, o MEC vai implementar duas avaliações. Ao final do 2º ano, será aplicada a nova versão da Provinha Brasil, realizada pelos próprios professores dentro de sala de aula para avaliar os conhecimentos sobre o sistema alfabético da escrita e quais habilidades de leitura as crianças dominam.
No final do 3º ano, será aplicada uma nova prova, ainda sem nome, regras ou datas definidas. Essa avaliação ficará a cargo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Além das medidas anunciadas, a pasta vai investir R$ 500 milhões em premiação para as melhores experiências de alfabetização. Para Mercadante, as ações do pacto estimulam os professores a voltarem a atuar na profissão.
O presidente sírio, Bashar al-Assad, rejeitou qualquer sugestão de que possa fugir da Síria e alertou que qualquer intervenção militar ocidental para derrubá-lo teria consequências catastróficas para o Oriente Médio e o mundo.
Falando em entrevista ao canal de televisão Russia Today (RT), que será transmitida na sexta-feira, Assad afirmou que não vê o Ocidente embarcando em uma intervenção militar na Síria e disse que o custo de tal ação seria demasiado.
"Eu acho que o custo de uma invasão estrangeira na Síria -- se acontecer-- seria maior do que o mundo inteiro pode suportar... Isto terá um efeito dominó que afetará o mundo desde o Atlântico até o Pacífico", disse Assad.
"Eu não acredito que o Ocidente está caminhando nessa direção, mas se eles fizerem isso, ninguém pode dizer o que vai acontecer depois", acrescentou.
As declarações foram publicadas em árabe no site do Russia Today. Não ficou claro quando Assad deu a entrevista.
Os comentários desafiadores de Assad coincidiram com uma reunião histórica no Catar nesta quinta-feira da oposição rebelde da Síria para firmar um acordo sobre um novo órgão reunindo grupos rebeldes dentro e fora da Síria, em meio à crescente pressão internacional para pôr a casa em ordem e se preparar para uma transição pós-Assad.
Os Estados Unidos e outras potências ocidentais estão cada vez mais frustrados com a oposição por causa das divisões e dos conflitos internos que minaram as chances de derrubar Assad.
Apoiadas por Washington, as negociações em Doha salientam o papel central do Catar no esforço para acabar com o regime de Assad, à medida que o país do Golfo Pérsico, que financiou a revolta da Líbia para derrubar Muammar Gaddafi, tenta se posicionar como atuante em uma Síria pós-Assad.
"Eu sou mais forte do que Gaddafi", disse Assad a seu entrevistador, de acordo com um post do editor-chefe da estação no Twitter.
"VIVER E MORRER NA SÍRIA"
Assad, que está lutando para acabar com uma rebelião de 19 meses contra seu governo, disse que iria "viver e morrer na Síria", no que parecia ser uma rejeição à ideia dada pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, nesta semana de que uma saída segura e um exílio no exterior poderiam ser uma maneira de acabar com a guerra civil na Síria.
"Eu não sou um fantoche e o Ocidente não me fabricou para que eu saia para o Ocidente ou qualquer outro país. Sou sírio, sou feito na Síria, e eu tenho que viver e morrer na Síria", disse ele. O site do Russia Today mostrou imagens dele falando na entrevista e descendo as escadas do lado de fora de uma casa branca.
Dois civis, uma mulher e um rapaz, na província fronteiriça turca de Hatay, foram feridos por balas perdidas disparadas da Síria, de acordo com um oficial turco. A forças turcas aumentaram a sua presença ao longo da fronteira, onde as autoridades disseram que poderiam buscar uma implantação da Otan em terra e com mísseis aéreos.
A guerra da Síria, em que a oposição estima morte de 38 mil pessoas, aumenta o espectro de uma turbulência sectária mais ampla no Oriente Médio e representa um dos mais difíceis desafios de política externa para o presidente dos EUA, Barack Obama, prestes a iniciar seu segundo mandato.
Rivalidades internacionais e regionais têm complicado os esforços para mediar qualquer resolução para o conflito. Rússia e China vetaram três resoluções do Conselho de Segurança da ONU que teriam colocado Assad sob pressão.
Regionalmente, os países sunitas árabes muçulmanos e a Turquia se opõem a Assad, enquanto o xiita Irã está apoiando o governante Alauíta, cuja seita é um desdobramento do Islã xiita e cuja família está no poder há mais de 40 anos.
A 21ª edição do Concurso Nacional de Poesia Augusto dos Anjos, que começa na próxima semana, na segunda-feira, 12, contará também com apresentações de espetáculos teatrais em praça pública, com o objetivo de ampliar o número de beneficiados com o projeto de incentivo à leitura.
A Secretária de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo e também organizadora do Concurso de Poesia, Rosângela Lima, afirma que a marca principal do Concurso deste ano será a pluralidade de ações artísticas que serão oferecidas e que contará com um pocket show, além das declamações de poesia, já feitas no ano passado e que continuam neste ano, e das apresentações teatrais.
Serão apresentadas quatro peças teatrais, duas apresentações do espetáculo “Me dá um minuto?”, na segunda-feira, 12, às 10h e 15h, do ator Marco Andrade, do Rio de Janeiro, na terça, 13, às 15h, o espetáculo “Caixinha Poética”, com a atriz Nancy Macedo, também do Rio de Janeiro, e duas com a Companhia de Teatro de Bolso, de Ponte Nova, na quarta-feira, 14, com as peças “Sossego, o rato que queria ser morcego”, às 10h, e “A trupe da alegria no reino dos cafundós”, às 15h, as apresentações acontecerão na Praça Félix Martins e no Museu Espaço dos Anjos.