De 12 a 18 de novembro, em Belo Horizonte e Ouro Preto, é celebrada a 35ª Semana do Aleijadinho, que celebra a vida e obra do escultor mineiro com uma série de atividades gratuitas.
A obra de Aleijadinho, cuja fé e genialidade produziram um inestimável patrimônio em Minas Gerais, atravessa os séculos encantando as pessoas por sua perfeição e aproximação entre o humano e o divino.
Este ano, o tema da semana é “Aleijadinho e sua obra: arte e fé nas Minas do ouro”. A data coincide com a morte do artista, registrada em 18 de novembro, segundo arquivo histórico da Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Ouro Preto, onde ele está sepultado.
Em Ouro Preto, convidados como o coordenador da Promotoria de Defesa do Patrimônio Cultural e Artísticos do Estado, Marcos Paulo de Souza Miranda, e o artista plástico e historiador José Efigênio Pinto Coelho farão palestras abertas ao público nos dias 15 e 17 de novembro, respectivamente. Exibição de documentários, roda de samba e a missa, seguida da entrega da Medalha do Aleijadinho no Santuário de Nossa Senhora da Conceição também compõem a programação.
Em Belo Horizonte, as atividades acontecerão na sede da Imprensa Oficial, que também vai exibir documentários sobre a obra de Aleijadinho e uma palestra do historiador José Efigênio Pinto Coelho, intitulada “Aleijadinho e a pedra-sabão”, no dia 14. Todas as atividades têm entrada franca.
O artista
Conhecido como Aleijadinho, o artista barroco Antônio Francisco Lisboa nasceu em Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto, em 29 de agosto de 1730. Ele é considerado um dos maiores escultores do Brasil e utilizava, principalmente, madeira e pedra sabão na confecção de suas obras.
O famoso apelido teria origem em uma doença contraída pelo artista aos 40 anos – aparentemente, lepra, que o levou à perda do movimentos das mãos. Por isso, Aleijadinho era conhecido por trabalhar com as ferramentas amarradas às mãos, nas igrejas e altares de Minas Gerais.
Algumas de suas obras de grande relevância histórica são a capela-mor da Igreja de São Francisco de Assis, a Igreja Nossa Senhora do Carmo, o Palácio dos Governadores, em Ouro Preto, e os Passos da Paixão, esculturas em madeira dispostas em seis capelas diante da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas. Os Doze Profetas, as famosas estátuas em pedra-sabão em frente a esta igreja, também são obras do artista, que ele teria esculpido com a ajuda de escravos e as ferramentas atadas às mãos.
Aleijadinho morreu doente e abandonado em 18 de novembro de 1814, tendo seu trabalho reconhecido apenas após a morte.
Fonte: Agência Minas
Agência Brasil
Brasília – Alegando questão de segurança, o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) anunciou hoje (12) a paralisação das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. A empresa informou que houve vandalismo nos canteiros de trabalho no sábado (10) e ontem (11), com o registro de sete pessoas com ferimentos leves.
De acordo com o CCBM, um grupo formado por cerca de 30 pessoas encapuzadas incendiou e saqueou no sábado o Sítio Pimental, uma das frentes de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Ontem, uma nova ocorrência de vandalismo foi registrada no canteiro Canal e Diques e no Sítio Belo Monte, invadidos por cerca de 20 encapuzados.
O vandalismo ocorre em meio à negociação entre representantes dos trabalhadores e empresa para renovação do acordo coletivo de trabalho, que tem data-base em novembro. Atualmente, há cerca de 15 mil trabalhadores contratados para atuarem nas frentes de obra, 12 mil diretamente pelo CCBM. A expectativa é que o ápice de contratações aconteça em 2013, quando o empreendimento terá 23 mil trabalhadores.
Na nota, o CCBM informou que, após as assembleias terem transcorrido normalmente nas frentes de obra localizadas nos canteiros Sítio Belo Monte e Canais e Diques, “cerca de 30 pessoas que não representam os trabalhadores” impediram a realização da assembleia que estava acontecendo em Sítio Pimental, outra frente de obra, localizada a 70 quilômetros de Altamira.
Ainda segundo a nota do CCBM, o grupo era formado por pessoas encapuzadas e armadas com pedaços de madeira. Eles teriam ameaçado os trabalhadores que iriam participar da assembleia e destruído instalações, computadores e diversos outros objetos, além de depredar a farmácia e a lanchonete instaladas no local e tentarem incendiar uma cozinha.
O CCBM informou que diversos produtos e dinheiro foram saqueados e que dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Pará (Sintrapav) foram expulsos do local pelos manifestantes.
Na invasão de domingo, as ações foram pontuais e de pequenos danos, segundo o CCBM. Mas ela teria gerado um clima de insegurança no local e, por este motivo, as obras foram interrompidas.
No início de abril, houve incêndio e depredação de alojamentos de trabalhadores na Usina Hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira (RO). Na ocasião, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, classificou os atos de “banditismo” e “vandalismo”.
Agência Brasil
Brasília – Reunidos no 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC), os 2.270 delegados da legenda começaram o processo de votação para a escolha dos novos líderes políticos do país. Segunda maior economia mundial, atrás apenas dos Estados Unidos, a China deverá ter um novo presidente – Xi Jinping em substituição a Hu Jintao – como também novos líderes na cúpula política.
A presidência do 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC) é composta por 247 membros. Após as definições, os nomes são encaminhados pelo Parlamento chinês que, geralmente, ratifica a decisão do congresso. As discussões começaram na semana passada e terminam no próximo dia 14.
Em julho foi eleito o novo comitê permanente do Partido Comunista da China em Pequim, encerrando o período de mudanças de lideranças nos níveis provinciais. Desde o começo deste ano, os principais líderes de alguns serviços centrais e empresas foram substituídos.
De acordo com a definição da agência estatal de notícias da China, Xinhua, os novos líderes do país nasceram após os anos de 1950, depois da revolução comunista no país, e são definidos como "jovens instruídos que fazem parte de um grupo de idealistas e realistas”.
Para Hu Jintao, o principal risco ao regime está no que chamou de “alienação do povo”. Segundo ele, os esforços do governo são para "colocar as pessoas em primeiro lugar”.
Xie Chuntao, professor da Escola do Partido do Comitê Central do PCC, disse que os novos líderes não são tão rígidos nem tão conservadores quanto os antigos, permitindo maior abertura e reformas.
O operário da construção civil, Raimundo Antônio Braga, 30 anos, morreu no início desta manhã em Cataguases, após ser eletrocutado. Ele trabalhava na construção de um prédio na Rua Gama Cerqueira, próximo ao SENAI quando, ao se aproximar com um vergalhão da rede de alta tensão, recebeu uma descarga elétrica por indução. Ele sofreu queimaduras nas costas e nos braços e chegou ao hospital de Cataguases em estado grave. Após receber os primeiros socorros, Raimundo não resistiu. Seu corpo será sepultado esta tarde no cemitério São José, em Cataguases. Há informações, não confirmadas, de que ele não utilizava Equipamento de Proteção Individual - EPI. Esta tarde não havia ninguém na obra para falar sobre o acidente.
O diretor do Presídio em Cataguases, Giuliano de Paula, revelou agora a pouco o nome do detento que está foragido desde as 8:30 horas desta segunda-feira, 12. É Guilherme da Silva Oliveira, 21 anos, de cor branca e medindo 1,63 metro de altura. Ele seria morador do bairro São Vicente e ao fugir esta manhã, seguiu em direção aos Bairros Dico Leite e Bom Pastor. Segundo Giuliano de Paula, o preso prestava serviço para a Prefeitura e no momento da fuga aguardava o transporte para ser levado com os demais companheiros até o local de trabalho. Até o fiechamento desta matéria ele ainda estava foragido. Quem tiver informações sobre Guilherme pode ligar para o presídio ou para a Polícia Militar, sem se identificar.
(Reuters) - A nova liderança da oposição da Síria, forjada sob pressão árabe e ocidental, partiu nesta segunda-feira em busca de reconhecimento e maior apoio à luta para derrubar o presidente Bashar al-Assad e assumir o país.
O clérigo reformista de Damasco Mouaz al-Khatib voou para o Cairo em busca da bênção da Liga Árabe para a nova formação que, por unanimidade, o elegeu como seu líder no domingo.
"O primeiro passo para o reconhecimento acontecerá na Liga Árabe", disse ele em entrevista coletiva. A oposição, então, buscará o endosso de inimigos árabes e ocidentais de Assad, conhecidos como os "Amigos da Síria", e da Assembleia-Geral da ONU.
A Rússia, que com a China tem frustrado a ação das Nações Unidas sobre a Síria e vê os oponentes de Assad como escravos do Ocidente, pediu que a nova coalizão negociasse e rejeitasse interferência externa.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores Alexander Lukashevich disse que Moscou iria manter contato com Damasco e "todo o espectro de forças de oposição" e promover uma abordagem construtiva.
Em Pequim, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores Hong Lei não respondeu diretamente quando perguntado se a China reconheceu a coalizão de oposição e, em vez disso, convocou todas as partes a iniciar "um processo de transição política orientada pelo povo sírio".
Egito, Arábia Saudita e mais membros da Liga Árabe querem a saída de Assad, embora alguns, como o Iraque, Líbano e Argélia, assumam uma postura mais neutra na Síria, onde a violência continua.
ATAQUES NA FRONTEIRA TURCA
Jatos e helicópteros sírios atacaram a cidade de Ras al-Ain, controlada pelos rebeldes, com algumas bombas pousando a poucos metros da fronteira com a Turquia, enviando dezenas de civis em fuga para a Turquia.
Um repórter da Reuters na fronteira contou que um avião de guerra passou voando pela fronteira e parecia sobrevoá-la em determinado momento, enquanto bombas enviavam plumas de fumaça negra.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que 12 pessoas, incluindo sete militantes islâmicos, foram mortos nos ataques aéreos sobre Ras al-Ain, que sucumbiu aos rebeldes na quinta-feira durante um avanço no nordeste sírio de composição árabe e curda.
O Observatório, um grupo pró-oposição que monitora a violência a partir da Grã-Bretanha, informou que 140 pessoas foram mortas na Síria no domingo. Outro grupo de oposição estabeleceu o número de mortos em 16. Mais de 38.000 pessoas foram mortas desde março do ano passado.
A Turquia, cujas preocupações de segurança da fronteira foram intensificadas pelo súbito ingresso de 9.000 refugiados em 24 horas na semana passada, consultou seus aliados da Otan sobre a possibilidade de implantação de mísseis superfície-ar Patriot para deter a força aérea da Síria.
Tal movimento poderia ser um prelúdio para impor uma zona de exclusão aérea na Síria, embora as potências ocidentais não tenham chegado nesse ponto nas discussões.
Riad Seif, um dissidente sírio respeitado que propôs o novo corpo de oposição, disse que essa intervenção militar era necessária.
"Nós vamos nos proteger com armas desenvolvidas e redes de mísseis de defesa", disse ele, citando o que afirmou ser uma promessa dos Amigos da Síria de fornecer "métodos" para combater bombardeios e ataques aéreos por forças de Assad.
O chefe da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse que a aliança iria "fazer o que for preciso para defender a Turquia", sem se referir especificamente a mísseis Patriot.
"Temos todos os planos definidos para assegurar que possamos proteger e defender a Turquia e, esperamos, assim também deter (a força) para que ataques à Turquia não aconteçam", afirmou ele em Praga.