Com 63 protocolos de intenção firmados entre 2003 e agosto deste ano entre empresas privadas e o Governo de Minas Gerais, o setor de mineração tem boas perspectivas para o incremento de suas atividades no Estado, contemplando, inclusive, regiões mais carentes como o Norte de Minas e os vales do Jequitinhonha e Mucuri.
Segundo um levantamento da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), os investimentos neste período somam R$ 109,7 bilhões, sendo que os maiores aportes estão direcionados para as regiões Central, Norte, Zona da Mata, Noroeste e os vales do Jequitinhonha e Mucuri.
A estimativa é que os protocolos de intenções formalizados de 2003 a 2012 contemplem a criação de cerca de 153.630 empregos, entrediretos e indiretos. Somente nos oito primeiros meses deste ano, foram firmados cinco novos protocolos de intenções, totalizando mais de R$ 8,9 bilhões, com previsão de 3.280 novos postos de trabalho.
“A atração de investimentos para o Estado pode ser atribuída às novas estratégias adotadas pelo Governo de Minas no sentido de ampliar a competitividade da cadeia minerometalúrgica. O Estado tem se esforçado para captar investimentos orientados pela agregação de valor e aumento do conteúdo tecnológico”, explica o subsecretário de Política Mineral e Energética da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Paulo Sérgio Machado Ribeiro.
Demanda global por ferro
Com 51 anos de atuação no setor mineral, o consultor José Mendo Mizael de Souza também vislumbra um momento de expansão para o setor minerometalúrgico no Estado, levando-se em conta o aumento da demanda mundial por minério de ferro.
“Com a economia da China crescendo na faixa de 7,5% a 8% ao ano, a necessidade de investimentos em infraestrutura se mantém em todo o mundo, mesmo com algumas dificuldades enfrentadas por países como os Estados Unidos. O Brasil também tem uma grande demanda nas obras de infraestrutura. Isso requer mais produção de aço e, consequentemente, aumento na exploração de minério de ferro”, observa José Mizael.
Como exemplo da nova realidade do setor mineral, o consultor destaca que, até poucos anos, a exploração de jazidas de minério de ferro no Norte de Minas não era considerada ideal por se tratar de matéria-prima de baixo teor. Porém, com o desenvolvimento de novas tecnologias de enriquecimento do produto e em virtude do aumento da demanda mundial pela matéria-prima, abrem-se novas perspectivas para a exploração de reservas inclusive no Norte do Estado. “Isso exige, tanto por parte do Governo de Minas como das empresas privadas, grande esforço para investimento na infraestrutura da região”, completa o consultor.
Diante da oportunidade de dinamizar e diversificar a economia de uma das regiões mais carentes do Estado, o subsecretário Paulo Sérgio Ribeiro confirma que a expectativa do Governo de Minas é consolidar o Norte do Estado como nova fronteira mineral. A região tem perspectiva de produzir anualmente 25 milhões de toneladas de minério de ferro. Os projetos se distribuem por 20 municípios, localizados principalmente nas microrregiões de Salinas, Grão Mogol, Rio Pardo de Minas, Porteirinha e Nova Aurora.
Além da Vale, que em junho de 2011, assinou protocolo de intenções para investimento de R$ 560 milhões na exploração de minério de ferro nos municípios de Serranópolis, Riacho dos Machados, Rio Pardo de Minas e Grão Mogol, até 2014 a Mineração Minas Bahia (Miba) prevê implantar uma unidade minerária – usina de concentração de minério de ferro e corredor logístico – nos municípios de Grão Mogol e Rio Pardo de Minas. O investimento previsto é de R$ 3,6 bilhões.
Também a Sul Americana Metais (SAM), do Grupo Votorantim, aplicará R$ 3,2 bilhões em extração e beneficiamento de minério em Grão Mogol, em parceria com a chinesa Honbridge Holdings Limited. O projeto, que engloba mineração, mineroduto e porto (Bahia), demandará capital e tecnologia de ponta para extrair o minério considerado de baixo teor.
Pauta diversificada
O levantamento da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômicorevela que, além da exploração de minério de ferro, outros minerais também merecem destaque na atração de novos investimentos para Minas. É o caso do fosfato e potássio, que estão sendo impulsionados pela necessidade do Brasil reduzir a dependência das importações de matérias-primas para a fabricação de fertilizantes.
No cenário nacional, Minas Gerais responde por 49% do valor bruto da produção mineral do país. O estado é responsável, ainda, por 97% da produção de nióbio, 34% do agregado de construção, 71% da produção de minério de ferro, 66% da produção de diamantes e 65% da exploração brasileira de ouro. Além disso, Minas Gerais é responsável por toda a produção de zinco no país.
No Vale do Jequitinhonha, por exemplo, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico formalizou, em maio deste ano, a assinatura de protocolo de intenções com a Magnesita Refratários S/A para a implantação do complexo minerador de grafita, em Almenara. Serão investidos R$ 80 milhões na unidade industrial para a produção anual de 40 mil toneladas do mineral. Líder na produção de refratários na América do Sul, a Magnesita prevê gerar 200 novos postos de trabalho.
A exploração de grafita está prevista ter inicio em 2014, quando a capacidade de produção da empresa irá atingir 40 mil toneladas por ano. A reserva está estimada em 57 milhões de toneladas, com vida útil de 50 anos. A Magnesita comercializa extensa linha de materiais refratários. São mais de 13 mil tipos diferentes de materiais monolíticos, tijolos convencionais e cerâmicas nobres, para revestir equipamentos que operam em altas temperaturas. Os produtos são utilizados, principalmente, pelos fabricantes de aço, cimento e vidro.
Polo de mineração e metalurgia
O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), José Fernando Coura, confirma que, entre 2012 e 2016, Minas Gerais deverá captar 40% de um total de US$ 75 bilhões de investimentos que serão feitos no setor minerometalúrgico do país.
“Minas Gerais possui a melhor estrutura da indústria mineral do Brasil e, nos últimos anos, vem passando por um processo de diversificação de atividades. Isso abre boas perspectivas de consolidação de investimentos já anunciados, embora exista certa incerteza com relação à economia mundial”, ressalta o presidente do Ibram.
Fernando Coura destaca que, atualmente Belo Horizonte se constitui na capital da indústria minerária e metalúrgica do país, envolvendo mais de 3,8 mil profissionais especializados na elaboração e execução de projetos da cadeia produtiva.
Por outro lado, para atender à demanda de mão-de-obra das empresas que estão fazendo novos investimentos no Estado, o presidente do Ibram revela que, nos próximos seis anos, numa parceria que envolve o Governo de Minas, o sistema Fiemg/Senai e universidades, serão capacitados 40 mil trabalhadores para atuar no setor minerometalúrgico.
“Estamos confiantes de que os investimentos no setor serão concretizados e, nesse contexto, Minas está preparada para atender às demandas, por já contar com boa infraestrutura instalada para escoamento da produção”, conclui José Fernando Coura.
Exposição internacional em BH
Aliado à atração de novos investimentos, entre os dias 23 e 26 de setembro de 2013 o Estado vai sediar a 15ª Exposição Internacional de Mineração (Exposibram). Segundo o Ibram, a maior feira do segmento na América Latina, que será realizada no Expominas, em Belo Horizonte, já tem confirmada a instalação de pavilhões de empresas da Alemanha, Canadá, Chile, Estados Unidos e da Austrália.
A previsão é de que a feira receba cerca de 50 mil visitantes, entre empresários, técnicos e especialistas do setor que, a partir deste encontro, podem gerar novos negócios no Estado e em outras partes do mundo.
O Deputado Federal Renzo Braz esteve em audiência, na última segunda-feira, 12, com o Superintendente do DNIT, Engenheiro José Maria da Cunha, para tratar sobre a situação precária da BR-356, entre Muriaé e Ervália.
Renzo apresentou a José Maria um relatório fotográfico completo do trecho, além de dados sobre acidentes e a situação do local. Após a análise, o Superintendente garantiu ao Deputado que as três pontes que o trecho necessita serão construídas ainda em 2013, antes das chuvas daquele ano.
"Ficamos muito satisfeitos com a audiência no DNIT. O Superintendente José Maria nos atendeu muito bem e ficou realmente sensibilizado com a situação e se comprometeu em solucionar o problema no próximo ano", ressalta Renzo Braz.
O Superintendente do DNIT, José Maria, afirmou ainda que já estão em andamento os processos de sondagem dos locais das obras e, após visualizar as fotos apresentadas pelo Deputado, revelou-se preocupado com a situação da estrada, especialmente agora, com a entrada do período chuvoso.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Deputado Renzo Braz - Foto: Guia Muriaé
A Polícia Militar em Cataguases divulgou a foto do preso Guiiherme da Silva Oliveira, de 21 anos, que encontra-se foragido do presidio municipal. De acordo com o diretor daquela unidade prisional, Giuliano de Paula, Guilherme cumpria pena por furto e havia conquistado o benefício do regime semiaberto por decisão do Juiz Criminal com base em seu bom comportamento. Ele trabalhava para a Prefeitura de Cataguases, fazendo serviço de limpeza de ruas com um grupo de detentos.
Guilherme fugiu do presídio na manhã do dia 12 último, segunda-feira, sem fazer qualquer alarde, nem tampouco usar de violência destruir o patrimônio público. Segundo relato da direção do presídio ele estava nas proximidades da cela onde dormia, localizada na parte externa do presídio aguardando a chegada do carro da prefeitura que o levaria juntamente com os demais detentos para mais um dia de trabalho. Ele, no entanto, dirigiu-se até a horta, que fica próxima de seu alojamento e de lá, atravessou para o terreno da Companhia Industrial Cataguases e seguiu em direção aos Bairros Dico Leite e Blm Pastor.
Durante toda a segunda-feira equipes do presídio e da Polícia Militar em Cataguases efetuaram buscas naquela região, sem êxito. Giuliano disse que Guilherme chegou a ser avistado pelos policiais e agentes penitenciários, mas conseguiu evadir-se novamente após embrenhar-se num matagal. O diretor do presídio acrescentou ainda que o trabalho de busca ao foragido continua, mas agora "não mais intensa, mas sim de forma ordenada e seguindo as técnicas consagradas mundialmente", frisou Giuliano. Quem tiver informações sobre o paradeiro de Guilherme pode ligar para o número 190 da PM ou para o Presídio (3422-4645), sem se identificar.
OBS: A foto do preso foragido entrou somente na capa da reportagem, portanto, na primeira página, no momento da postagem. Como muitos leitores não a viram enquanto ela lá permaneceu e atendendo a pedidos, inserimos a foto na matéria nesta sexta-feira, 16 de novembro às 23:45 h.
Por meio do Programa Mais Irrigação lançado nesta terça-feira (13) pelo Governo Federal, o estado de Minas Gerais será contemplado com a implantação de mais 42.745 hectares de agricultura irrigada no Norte de Minas.
Os novos empreendimentos contemplados serão as últimas duas etapas do Projeto Jaíba – iniciativa que prevê a irrigação de 100 mil hectares no total - e a primeira etapa do Projeto Jequitaí – com previsão total de 30 mil hectares, ambos coordenados pelo Governo Federal e sediados no Norte de Minas. O perímetro irrigado do Gorutuba, entre os municípios de Janaúba e Nova Porteirinha, também será beneficiado.
Os entendimentos entre o Governo de Minas e a União estão sendo conduzidos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas (Sedvan). Em todo o país, por meio de parcerias público-privadas, estão previstos investimentos de R$ 3 bilhões, que serão alocados através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e outros R$ 7 bilhões a serem alocados por empresas privadas. Ao todo, serão beneficiadas 66 áreas irrigáveis de 16 estados, incluindo-se aí a região do seminárido do Norte de Minas.
O programa envolverá 538 mil hectares, em todo o país, com vocação para a produção de frutas, leite, carne, grãos e matérias primas para a fabricação de biocombustíveis.
Para acelerar o processo de implantação de novas áreas irrigadas, a iniciativa cria concessões para empresas privadas, que ficarão responsáveis pela viabilização da infraestrutura e exploração das áreas escolhidas. As concessões terão prazo até 40 anos e os vencedores serão definidos pelo valor da tarifa de uso das terras irrigadas. “Quem terá o direito de ocupar as áreas será o que propor a tarifa de irrigação mais competitiva”, explica o ministro da Integração, Fernando Bezerra.
Projeto Jaíba será beneficiado
O secretário de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, Gil Pereira revela que, em Minas Gerais, o Mais Irrigação contemplará a implantação das duas últimas etapas do Projeto Jaíba, totalizando a incorporação de 35 mil hectares à produção agropecuária.
A previsão é de que, no primeiro trimestre de 2013, o Ministério da Integração publique edital para implantação inicial de 24.745 hectares do Projeto Jaíba. O secretário ressalta que, por meio de convênio firmado entre o Ministério da Integração, Sedvan e a Fundação Rural Mineira (Ruralminas), o Governo de Minas está fazendo o inventário florestal e viabilizando os processos de desapropriação de áreas para dar início ao processo.
Os investimentos já realizados giram em torno de R$ 100 milhões e outros R$ 30 milhões deverão ser repassados ainda neste ano pelo Governo Federal para a conclusão dos trabalhos.
Jequitaí terá primeira barragem
Já o edital para concessão de áreas a serem exploradas no perímetro irrigado do Projeto Jequitaí está previsto para ser publicado até o final do primeiro semestre de 2013. Ele prevê a construção da primeira barragem na região.
O Ministério da Integração marcou para o dia 11 de dezembro deste ano a abertura das propostas de empresas que estão participando da licitação para a construção da primeira barragem que viabilizará a implantação do perímetro irrigado do Jequitaí. Os investimentos deverão girar em torno de R$ 80 milhões.
Num prazo de 12 anos, o empreendimento tem previsão de receber R$ 1,3 bilhão em investimentos, que viabilizarão a incorporação de 30 mil hectares, no total, de lavouras irrigadas na região do semiárido mineiro. O projeto beneficiará 19 cidades sediadas no entorno do município de Jequitaí. Quando concluído, a previsão é de que o empreendimento gere 105 mil empregos, sendo 35 mil diretos e 70 mil indiretos.
Gorutuba terá sistemas mais modernos
Ainda segundo o secretário Gil Pereira, o perímetro irrigado do Gorutuba, sediado entre os municípios de Janaúba e Nova Porteirinha, será contemplado com a revitalização de 5.286 hectares.
Para reduzir o consumo de água, equipamentos de irrigação serão substituídos por sistemas mais modernos, objetivando aumentar a eficiência do empreendimento por meio de melhor ocupação das áreas irrigadas.
Fonte: Agência Minas
Agência Brasil
Brasília - Trinta e seis pessoas foram detidas desde o fim da tarde de ontem (13) por suspeita de envolvimento nos ataques registrados em cidades de Santa Catarina, segundo balanço preliminar divulgado hoje (14) pela Secretaria de Segurança Pública do estado. Do total, 21 foram presas em flagrante por estarem com material capaz de provocar incêndios, como estopa e galões de gasolina. Entre os detidos, 15 eram menores.
Os ataques começaram na noite de segunda-feira (12) na Grande Florianópolis e em Blumenau. Ônibus foram incendiados e delegacias e presídios foram alvos de disparos.
Para enfrentar a onda de violência, a Secretaria de Segurança Pública anunciou ontem (13) uma ação conjunta de unidades especiais das polícias Militar e Civil, com reforço no patrulhamento de áreas consideras críticas. A Diretoria Estadual de Investigações Criminais também está mobilizada para apurar as causas dos ataques e a Polícia Civil instaurou inquérito para verificar se há alguma relação entre eles.
Ao comentar, durante entrevista coletiva na tarde de ontem, a participação de uma suposta facção criminosa que teria ordenado os ataques, o secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, César Augusto Grubba, disse que todas as hipóteses estão sendo investigadas e que não descarta nenhuma linha de investigação.
Grubba descartou a necessidade de solicitar auxílio ao governo federal, mas informou que as autoridades estaduais têm trocado informações, por meio de uma rede integrada de inteligência policial, com representantes do Ministério Público, do Poder Judiciário, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal e do Exército.
A Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina investiga ainda se os atentados representam um “processo de imitação” incentivado pela onda de criminalidade em outros estados. Em São Paulo, também foram registrados ataques que incluíram ônibus incendiados. Para conter a onda de violência, o governo paulista e o Ministério da Justiça criaram uma agência integrada de inteligência, com o objetivo de unir os serviços de informação estadual e federal e orientar a ação de combate ao crime por parte da polícia