Segundo a Global Entrepreneurship Monitor (GEM), os brasileiros enxergam cada vez mais oportunidades de negócios. Para cada empresário que inicia um empreendimento por necessidade, outros dois abrem o negócio por vislumbrar uma oportunidade no mercado brasileiro. O índice brasileiro é o maior já registrado desde que o país começou a participar da pesquisa, no ano 2000.
Em Minas, o cenário não é diferente. Os empreendedores mineiros estão, cada vez mais, identificando as oportunidades e tendências da economia devido, sobretudo, ao mercado aquecido e à maior escolaridade.
Segundo o último estudo do Sebrae sobre a taxa de sobrevivência das micro e pequenas mineiras (MPE), Minas possui a quarta melhor posição do país, ficando atrás apenas dos estados de Roraima, Paraíba e Ceará.
“Começamos a mudar essa cultura do empreendedorismo no Brasil. A economia estável e o maior grau de instrução levam o mineiro a empreender mais, agindo mais pelas oportunidades do que por necessidade”, explica o gerente de educação e empreendedorismo do Sebrae Minas, Ricardo Pereira.
Em 2010, as micro e pequenas empresas mineiras (MPEs) representaram 94,0% do total de firmas, 20% do PIB do Estado e quase a totalidade dos empreendimentos em Minas Gerais (99,2%), somando aproximadamente 688,6 mil negócios, demonstrando a força do setor.
Além disso, o número de empreendedores individuais no Estado passou de 9 mil, em 2009, para cerca 263 mil, atuais. O crescimento expressivo é reflexo da Lei Complementar 128 (12/2008), que regulamentou a figura do Empreendedor Individual.
O restaurante Villa Celimontana, da ítalo-brasileira Chris Orsini, é um exemplo deste bom momento vivido pelo micro empreendedor em Minas. A sócia proprietária do empreendimento deixou a Itália em 2009 e escolheu a capital mineira para começar uma vida nova.
Devido à crise na Europa, Chris, acompanhada do marido, o chef italiano Marco Orisini, que já trabalhavam no ramo alimentício em Roma há mais de 20 anos, tomaram a decisão de mudar de país.
“Tínhamos outras possibilidades, mas escolhemos Minas por minhas raízes, pelo calor e pela receptividade do povo, e principalmente porque é um lugar que está crescendo muito. É uma região que está enriquecendo, que tem uma infraestrutura organizada”, relata a empresária.
A partir de agora, o desafio é manter o empreendimento. Segundo ela, o restaurante, que existe há 1,5 ano em um bairro na região da Pampulha, dá sinais de crescimento. “Estamos conseguindo pagar os custos da abertura do negócio e temos a percepção de que o público cresce a cada dia. Muitas partes da Europa estão em crise, mas no Brasil, o clima está positivo para os negócios”, observa a empresária.
Inovação tecnológica
A Geraes Tecnologias Assistivas também foi criada em 2009, por meio da iniciativa de um pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que teve a ideia de criar uma empresa para comercializar um sistema eletrônico desenvolvido por ele que auxilia pessoas cegas a pegar ônibus.
“Não tínhamos receita para bancar o empreendimento. Corremos atrás e conseguimos recursos junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), sendo uma das 120 empresas que tiveram o plano de negócios aprovados”, conta o diretor comercial da Geraes Tecnologias Assistivas, Adriano Rabelo Assis.
Em 2010, o sistema eletrônico foi implantado na cidade paulista de Jaú. “O fato de termos conseguido um primeiro case de sucesso nos deu uma visibilidade muito grande”, revela Adriano. Como resultados, em 2011, várias prefeituras e viações procuraram a empresa para fazer negócios.
“O número de cidades que nos procurou em 2012 também aumentou. Temos trabalhado na profissionalização para transformar esse assédio em conversões de negócios”, destaca Adriano.
No final de outubro deste ano, a Geraes Tecnologias Assistivas concluiu a fase de teste piloto da implantação do sistema em Belo Horizonte. Um relatório foi entregue a BH Trans, que vai fazer a análise de viabilidade de implantação do sistema em todas as linhas da capital.
Jovens empreendedores
A organização de origem americana Junior Achievement, com foco em estimular o empreendedorismo entre os jovens, também tem números expressivos em Minas, onde há um grande interesse pelo tema. Com o programa Mini Empresas, por exemplo, profissionais do mundo corporativo visitam as salas de aula e compartilham com os alunos conhecimento sob como construir negócios e gerar resultados para os acionistas.
Em Minas Gerais, a organização já ultrapassou a marca de mais 900 escolas e 130 mil alunos atendidos. “Mostramos para os estudantes que eles são responsáveis por sua trajetória de vida e profissional”, conta a diretora-executiva da Junior Achievement no Estado, Katia Borges.
Fonte: Agência Minas
Agência Brasil *
Brasília - Militantes do Hamas lançaram um foguete contra Jerusalém. Esta foi a primeira vez que a cidade onde está sediado o governo de Israel foi alvo de artilharia aérea vinda de Gaza. A rádio das Forças Armadas de Israel confirmou que um míssil caiu em uma área ao norte da cidade - e que não houve relatos de mortos ou feridos.
Adler acrescentou que "há uma chance cada vez maior de um ataque terrestre em Gaza por parte de Israel",
diz a agência de notícias.
De Ramallah, na Cisjordânia, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, fez um pronunciamento na TV no qual disse que a atual violência na região não "deterá os esforços palestinos para ganhar um assento de observador na Assembleia Geral da ONU [Organização das Nações Unidas] no final deste mês."
Abbas também pediu aos palestinos que se unam diante da "agressão" cometida por Israel. "Nós precisamos de máximo esforço para atingir a unidade nacional e reconciliação". Já o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse que o país "não estará satisfeito com um cessar-fogo que será quebrado em uma semana ou duas".
De acordo com a agência de notícias Lusa, um líder das brigadas Ezzedine Al Qassam, do movimento Hamas, que controla a Faixa de Gaza, foi morto hoje em um ataque aéreo israelense, anunciou um porta-voz do Hamas.
Ahmed Abu Yalal foi morto a leste do campo de refugiados de Al Mughazi, no centro da Faixa de Gaza, em um ataque que vitimou também dois dos seus irmãos e outro homem, disse Ashraf Al Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde do governo do Hamas.
As Forças Armadas de Israel informaram às agências internacionais que ainda estão tentando confirmar sobre a morte do líder da milícia palestina. A operação israelense contra Gaza foi desencadeada com um ataque aéreo que matou o chefe das ações militares do Hamas, Ahmad Jaabari.
Agência Brasil
Brasília – Os investimentos feitos no Semiárido nordestino minimizaram fortemente os efeitos da seca, proporcionando melhores condições aos moradores, que enfrentem uma das mais graves estiagens dos últimos 30 anos, diz Antônio Gomes Barbosa, coordenador do Programa Uma Terra e Duas Águas, da rede de organizações Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA).
“Nos últimos dez anos passamos por um processo de construção de cisternas. Hoje há quase 700 mil no Semiárido, onde as famílias podem guardar água de qualidade. Por isso, a pressão [dos efeitos da seca] é menor”, explicou.
Apesar da avaliação positiva, Barbosa reconhece que, a partir deste mês, a situação tende a ficar mais grave. As chuvas típicas dos meses de abril e maio ficaram abaixo dos níveis esperados. Pelas previsões do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a chuva pode ficar aquém do previsto na última semana de novembro. A previsão é que chova em janeiro, em algumas cidades e abaixo do volume necessário para reverter o cenário.
“A seca deve castigar a região em 2013”, avaliou Barbosa, alertando que as águas estocadas em 2011 acabaram em alguns municípios. O problema, segundo ele, não está limitado às zonas rurais. “Várias famílias abandonaram casas e roças e foram para as cidades. Parte dos animais, base econômica de muitas famílias, foi perdida. Cidades relativamente grandes são abastecidas exclusivamente por carros pipas”, contou.
Mais de 39 mil moradores de São José do Egito, no sertão pernambucano, não tem qualquer fonte de água há um mês. A população depende da água trazida de outras regiões para sobreviver e alimentar os animais.
Segundo Barbosa, o governo não se preparou para a estiagem, apesar de as organizações alertarem sobre a possibilidade de agravamento. “Agora temos que ter medidas emergenciais para garantir comida e água de qualidade para as pessoas e para os animais. Não tem outra fórmula, mas isto não tem sido feito. Muita água aque seria distribuída não chega às famílias por falta de estrutura e porque alguns governos demoram até três meses para pagar os caminhões”, disse.
Para o coordenador da ASA, o problema da seca no Semiárido “não é um problema da natureza, mas um problema político”. Barbosa defende a ampliação de investimentos em infraestrutura hídrica que possibilitariam o convívio das populações com a seca característica do Semiárido.
“É preciso construir cisternas, barragens subterrâneas, armazéns para alimentos e casas de semente. Se tivesse estrutura, a seca teria passado despercebida. Construir a infraestrutura hídrica necessária é barato. Construir 1 milhão de cisternas é garantir água para todos ao custo de um quarto do que está sendo investido na transposição do Rio São Francisco”, defendeu.
Pelas contas da rede de organizações sociais, a construção de cisternas representaria investimento de R$ 2 bilhões. Somando todas as estruturas necessárias para a região, o valor chegaria a R$ 11 bilhões, que iriam assegurar, segundo Barbosa, melhores condições para a população enfrentar a próxima estiagem.
“É valor baixo se considerar o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) que é de R$ 19 bilhões. Metade dos agricultores familiares está no Nordeste. Não se pode pensar em agricultura familiar no Semiárido apenas com custeio, precisa ter investimento”.
Mais de 10 milhões de pessoas foram afetadas pela seca deste ano, segundo levantamento do Ministério da Integração Nacional. A estiagem, apontada como a mais grave das últimas três décadas, atingiu pelo menos dez estados brasileiros. No Semiárido nordestino, 1,3 mil municípios estão em situação de emergência.
O governo anunciou investimentos de R$ 1,8 bilhão para a construção e ampliação de barragens, adutoras, sistemas de abastecimento e em outras obras para aumentar a oferta de água no Nordeste e no norte de Minas Gerais.
Os recursos serão usados para financiar 77 projetos em municípios do Semiárido que tiveram decretada situação de emergência reconhecida pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. As obras serão indicadas pelos governos estaduais e terão prazo de um ano e meio para conclusão da primeira etapa.
Quem visita Minas Gerais sabe que, perto da capital mineira, existem inúmeras boas opções de roteiros turísticos. Durante a Copa do Mundo de 2014, quando 600 mil turistas devem vir ao Brasil, segundo estimativa da Fundação Getúlio Vargas, os visitantes que vierem a Minas Gerais terão alternativas atraentes no entorno de Belo Horizonte, como o Circuito das Grutas e as cidades históricas como Ouro Preto, Mariana e Diamantina.
Para receber melhor quem vem de fora, o Governo de Minas Gerais está preparando as cidades com grande potencial turístico localizadas a até 150 quilômetros da capital, com foco no mundial e na Copa das Confederações de 2013, duas competições internacionais que terão jogos em Belo Horizonte.
Na iniciativa das secretarias de Estado de Turismo e da Copa do Mundo, estão sendo preparados, por meio de workshops, empresários e gestores da área de hospitalidade, transporte e alimentação da Serra do Cipó, do Parque Estadual do Itacolomi, das cidades de Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, São João Del Rey e Brumadinho e das Rotas das Grutas Lund.
Para a diretora de marketing da Secretaria de Turismo, Andreza Ribeiro, o treinamento é essencial para alinhar as estratégias para receber melhor os visitantes. “O turista vai chegar e a operacionalização precisa acontecer da melhor forma possível. Vamos fazer a articulação com toda a cadeia, para que todo mundo esteja preparado e conversando numa linguagem única”, explica Andreza.
Nos workshops, os participantes conhecem as estratégias de governo para os torneios internacionais de futebol e compartilham experiências para planejar as ações, que já serão colocadas em prática a partir de 2013.
Um dos participantes, o empresário José Carlos Silva, aprova a iniciativa. “Só a capital mineira não vai conseguir absorver todo esse volume de gente que vai chegar para os jogos da Copa do Mundo. Muitos turistas terão de se hospedar no entorno da Grande BH, em um raio de 70 a 100 quilômetros, e por isso, os estabelecimentos vão ter que estar preparados”, observa.
Fonte: Agência Minas