A Polícia Militar de Minas Gerais está prestes a lançar uma nova ferramenta para combater a violência em Belo Horizonte. Com a versão online da Rede de Vizinhos Protegidos, a polícia mineira espera facilitar e dinamizar a comunicação com a comunidade, com o intuito de reduzir ainda mais os índices de criminalidade na capital.
A informatização do projeto busca atingir o público entre 17 e 40 anos, que frequenta constantemente as redes sociais e nem sempre tem tempo hábil para participar das palestras na comunidade, que tradicionalmente fazem parte do programa Rede de Vizinhos Protegidos. No ambiente virtual, a comunidade poderá trocar informações com os policiais, interagir com os vizinhos, entrar na sessão de denúncias anônimas, participar de fóruns, conferências e videoconferências.
O projeto está sendo conduzido por alunos do Cotemig, que foram orientados pela PMMG. “Os estudantes se interessaram pela iniciativa e são muito focados e dedicados. Na próxima semana, vamos começar a rodar o sistema em fase de testes,” destaca o comandantedo 34º Batalhãode Polícia Militar, tenente coronel Idzel Fagundes.
Segundo o Comandante Fagundes, o sistema servirá também para alertar a polícia e os vizinhos no caso de alguma ocorrência. “Se uma pessoa percebe a movimentação estranha na casa ao lado, pode usar a Internet para alertar a vizinhança e avisar, simultaneamente e em tempo real, a Polícia Militar”, exemplifica o tenente coronel. O sistema online entrará na fase de teste, inicialmente em Belo Horizonte, no 34º Batalhão.
Unidos contra o crime
A Rede de Vizinhos Protegidos foi criada em 2004, no 34º batalhão da PMMG, em Belo Horizonte, pelo próprio tenente coronel Fagundes, quando ele observou que 80 casas de uma rua próxima ao Anel Rodoviário eram alvo constante de assaltos.
“Pessoas que moravam lá há muitos anos não se conheciam, não conversavam e isso me chamou a atenção”, conta o tenete coronel, que resolveu agir e criar a iniciativa. Segundo o Fagundes, também havia um distanciamento muito grande da comunidade com a polícia. “Passamos de casa em casa, batemos na porta e chamamos a comunidade para participar”, lembra.
Com isso, as pessoas da rua passaram a se conhecer melhor e a aderir à iniciativa. Pouco tempo depois, estratégias de proteção aumentaram e as ruas transversais também passaram a participar. “Isso criou uma sensação de pertencimento nas pessoas, que passaram a cuidar da rua, outrora muito mais deserta”, destaca o Comandante.
Para aderir à rede, os moradores procuram a Polícia Militar, que vai até a localidade e realiza uma série de reuniões com a comunidade. Esses encontros funcionam como um tipo de treinamento e mobilização, para que as pessoas se familiarizem com o programa e com questões ligadas à segurança pública, além de se relacionarem com seus próprios vizinhos. As casas e prédios que fazem parte da rede recebem uma placa informando que aquele local é monitorado.
A Rede de Vizinhos Protegidos se tornou em um projeto rotineiro da PMMG, que já está presente em todas as regiões de Belo Horizonte e em mais de 1.000 bairros de todo o Estado. Somente na capital, a iniciativa atende cerca de 70 mil pessoas. “A previsão é de atender mais de 100 mil pessoas daqui seis meses”, vislumbra Fagundes.
Crimes como assalto à mão armada a transeuntes, roubos a estabelecimentos comerciais, prédios e residências e arrombamento de veículos apresentaram reduções em suas ocorrências nos locais que aderiram à rede, de acordo com a PM.
Fonte: Agência Minas
Nos dias 1º e 8 de dezembro será realizado na FIC-Unis, em Cataguases o curso de Gerenciamento de Projetos com MS Project 2007, que será ministrado pela professora Simone Monteiro. O curso terá 16 horas de conteúdo prático com aulas das 8 às 17 horas, sendo que os participantes terão direito a material didático e certificados SM3G registrado, incluídos no valor do curso.Após o treinamento os alunos poderão acessar o suporte técnico pós-curso através do site para obterem ajuda em seus projetos profissionais.
(Reuters) - A aviação israelense bombardeou edifícios governamentais do Hamas na Faixa de Gaza neste sábado, incluindo o gabinete do primeiro-ministro, depois que o governo de Israel autorizou a mobilização de até 75 mil reservistas, como preparação para uma possível invasão terrestre à região.
Militantes palestinos em Gaza mantiveram os lançamentos de foguetes contra o território israelense. Um dos projéteis atingiu um prédio residencial na cidade portuária de Ashdod, destruindo várias sacadas. A polícia informou que cinco pessoas ficaram feridas.
O Hamas, grupo islâmico palestino que governa a Faixa de Gaza, afirmou que mísseis israelenses arrasaram o prédio do gabinete do primeiro-ministro Ismail Haniyeh - onde ele se havia reunido na sexta-feira com o primeiro-ministro do Egito - e também atingiram um QG da polícia.
Com tanques e artilharia israelenses posicionados ao longo da fronteira de Gaza, e sem nenhum sinal do fim das hostilidades, agora no quarto dia, o ministro de Relações Exteriores da Tunísia viajou para o território palestino, para demonstrar solidariedade árabe.
Autoridades em Gaza disseram que 41 palestinos, dos quais quase metade civis, incluindo oito crianças e uma grávida, foram mortos desde o início dos bombardeios aéreos de Israel. Três civis israelenses foram mortos por um foguete na quinta-feira.
No Cairo, uma fonte governamental afirmou que o presidente do Egito, Mohamed Mursi, iria manter conversações com o emir do Catar, o primeiro-ministro da Turquia e o líder do Hamas, Khaled Meshaal, na capital egípcia neste sábado, para discutir a crise em Gaza.
O Egito vem trabalhando para restabelecer a calma entre Israel e o Hamas, depois que um cessar-fogo informal obtido pelo governo egípcio foi rompido nas últimas semanas. Meshaal, que vive no exílio, já havia mantido uma rodada de conversações com autoridades egípcias do setor de segurança.
CONVERSAÇÕES
Israel deu início à sua massiva campanha aérea na quarta-feira com o objetivo declarado de impedir o Hamas de lançar foguetes que há anos abalam comunidades do sul israelense.
A operação ganhou o apoio do Ocidente. Líderes europeus e dos EUA consideraram a investida como direito de autodefesa de Israel e apelaram aos dois lados para que evitassem vítimas entre os civis.
O Hamas, isolado pelo Ocidente por causa de sua recusa de reconhecer a existência de Israel, diz que os lançamentos de foguetes através da fronteira são uma resposta aos ataques israelenses contra combatentes palestinos em Gaza.
O grupo diz estar disposto a continuar o confronto com Israel e se mostra empenhado em não parecer menos resoluto do que organizações menores e mais radicais que emergiram no território nos últimos anos.
O movimento islâmico governa Gaza desde 2007. Israel retirou colonos judeus do território em 2005, mas mantém um bloqueio à região, pequena e densamente povoada.
Numa sessão na noite de sexta-feira, o gabinete israelense decidiu mas do que dobrar a atual quota de tropas de reserva para a ofensiva de Gaza, passando a 75 mil soldados, segundo fontes políticas.
A iniciativa não significa necessariamente que todos seriam convocados ou que uma invasão esteja para acontecer. Tanques e equipamento bélicos foram vistos perto da zona arenosa da fronteira neste sábado e cerca de 16 mil reservistas já foram de fato convocados para o serviço ativo.
Agência Brasil
Brasília - Aprovada no início deste mês pela Comissão Especial sobre Igualdade de Direitos Trabalhistas da Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 478/10 poderá mudar as relações de trabalho de aproximadamente 6,6 milhões de brasileiros.
Apelidada de PEC das Domésticas, a proposta amplia os direitos dos empregados domésticos, igualando-os aos dos demais trabalhadores urbanos do país. O texto revoga o parágrafo único do Artigo 7º da Constituição Federal, que trata especificamente dos domésticos e lhes garante apenas alguns dos direitos a que tem acesso o conjunto dos trabalhadores.
A PEC prevê 16 novos benefícios à categoria, incluindo a definição da carga horária semanal de 44 horas, o pagamento de hora extra e de adicional noturno para atividades entre as 22h e as 5h. A proposta também torna obrigatório o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que, de acordo com o advogado trabalhista Sérgio Batalha, representa o principal impacto da medida, caso seja aprovada e promulgada.
Ele destaca que o objetivo da proposta é igualar, em termos de direitos, o trabalho doméstico às demais atividades regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Originalmente, a profissão foi reconhecida pela Lei 5.859 de 1972, que não assegurou à categoria os mesmos direitos dos demais trabalhadores.
O texto previa o registro na Carteira de Trabalho, férias de 20 dias, mas deixava de fora o FGTS, o seguro-desemprego e outros benefícios. Em 1988, a Constituição Federal garantiu o pagamento do salário mínimo e da licença-maternidade de 120 dias, mas também deixou de fora o FGTS, que só foi estendido a essa parcela de profissionais em 2001, pela Lei 10.208, porém com recolhimento facultativo pelo empregador.
“O recolhimento do FGTS até agora não é obrigatório e na prática quase ninguém faz. Por isso, essa é a principal mudança que terá efeitos imediatos com a aprovação da PEC. Caso isso ocorra, os patrões serão obrigados a recolher mensalmente 8% sobre o salário das domésticas e, como consequência, quando mandá-las embora de forma injustificada, terão de pagar o acréscimo de 40% em multa”, explicou.
Segundo Batalha, outra mudança a que os patrões terão que se adaptar é a limitação da jornada de trabalho. “Se uma empregada doméstica começa a desempenhar suas atividades às 7h, por exemplo, ela não poderá servir o jantar às 20h [sem receber hora extra]”, exemplificou.
O advogado trabalhista ressaltou que o fato de um empregado doméstico dormir na casa dos patrões não configura necessariamente trabalho noturno, pelo qual terá que ser pago um adicional. Ele disse, no entanto, que será necessário às famílias mudar hábitos e cumprir a legislação para evitar problemas na Justiça do Trabalho.
“É importante que o empregador fique atento e se conscientize das mudanças, para não ter problemas na Justiça. Até hoje existe no Brasil uma cultura muito forte de informalidade no trabalho doméstico. Será preciso que os patrões se adaptem à nova realidade, quando ela chegar”, alertou.