Eleitores da região da Catalunha, na Espanha, vão às urnas neste domingo e é provável que elejam um líder pró-independência, que vai testar a união espanhola, neste momento de profunda crise econômica.
Pesquisas de opinião mostram que dois terços dos eleitores, nessa região localizada na fronteira com a França, vão votar em partidos tanto de direita como de esquerda, que querem a independência da Catalunha.
O presidente catalão, Arthur Mas, provavelmente será reeleito, já que seu partido, o conservador Convergência e União, deve ficar com a maioria das cadeiras do Parlamento --ou assembleia regional--, algo entre 62 a 64 cadeiras de um total de 135.
A frustração em relação ao elevado nível de desemprego e à profunda recessão estimularam o ressurgimento do sentimento separatista na Catalunha, onde as pesquisas mostram que, pela primeira vez, mais da metade das pessoas quer romper com a Espanha.
Muitos catalães acreditam que sua economia seria mais próspera por conta própria, queixando-se que grande parte dos seus impostos vai para o governo central, em Madri.
Mas, que abraçou a causa da independência em setembro, depois de uma enorme manifestação de rua, fez sua campanha prometendo realizar um referendo sobre a secessão.
Se ele cumprir o prometido, vai entrar em rota de colisão com Madri, onde o primeiro-ministro Mariano Rajoy vai usar a Constituição para obstruir o referendo.
"A Catalunha nunca teve eleições tão importantes", disse Mas, durante um comício de campanha nesta semana.
Ele disse a seus simpatizantes que quer ser o último presidente da Catalunha ligada à Espanha.
Fonte Reuters
Agência Brasil
São Paulo – Todos os servidores indiciados na Operação Porto Seguro, deflagrada pela Polícia Federal, serão afastados ou exonerados de suas funções, conforme nota oficial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgada hoje (24). A determinação da presidenta Dilma Rousseff também inclui o afastamento dos diretores de agência envolvidos na investigação e a abertura de processos disciplinares.
O Palácio do Planalto confirmou a exoneração da chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha. Dentre os investigados também estão José Weber Holanda Alves, adjunto do advogado-geral da União, e Paulo Rodrigues Vieira, diretor da Agência Nacional das Águas.
A decisão foi anunciada após reunião no Palácio da Alvorada entre a presidenta Dilma Rousseff; a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; a ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas; a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti; e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.
A Presidência determinou ainda que todos os órgãos citados no inquérito abram processo de sindicância. São eles: Agência Nacional de Águas (ANA), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antac), Advocacia-Geral da União, Secretaria do Patrimônio da União (SPU), Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério da Educação (MEC).
Em nota oficial, a Secretaria de Aviação Civil informou que o ministro Wagner Bittencourt solicitou o afastamento imediato de Rubens Carlos Vieira do cargo de diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Anac e a abertura de processo administrativo.
Ontem (23), a PF prendeu seis pessoas acusadas de participar de organização criminosa que funcionava infiltrada em órgãos federais para favorecer interesses privados na tramitação de processos. As prisões foram efetuadas em São Paulo, Santos e Brasília. Foram presos em Brasília dois servidores públicos e um advogado, além de dois advogados em Santos e um empresário na capital paulista. Ao todo, 18 pessoas foram indiciadas.
Leia a íntegra da nota da Secretaria de Comunicação da Presidência da República:
"Por determinação da Presidência da República, todos os servidores indiciados na Operação Porto Seguro da Polícia Federal serão afastados ou exonerados de suas funções. Todos os órgãos citados no inquérito deverão abrir processo de sindicância. No que se refere aos diretores das agências, foi determinado o afastamento, com abertura do processo disciplinar respectivo."