Semana passada duas lojas em Cataguases, uma situada no Calçadão e outra próxima à antiga estação ferroviária, foram vítimas de gopistas que compraram mercadorias e pagaram com notas falsas de cem reais. Um destes comerciantes - a reportagem não irá identificá-lo para preservar sua integridade - procurou o Site do Marcelo Lopes para fazer a denúncia, informar que também registrou um boletim de ocorriência sobre o episódio e alertar a população em geral para ficar atenta quando for manusear cédulas daquele valor.
"O problema maior é que a gente só percebe que caiu no golpe muito tempo depois, por isso não sei nem dizer a fisionomia da pessoa que fez isto (o golpe)", lembra o proprietário da loja no Calçadão. No caso dele, só viu que estava com o dinheiro falso em mãos nesta segunda-feira, 26. As cédulas são muito parecidas e somente com um olhar muito atento e calma, vê-se algumas pequenas diferenças. Durante a reportagem foi mostrada a uma cliente duas notas - a falsa e a verdadeira - e pedido que apontasse qual delas era a falsa. Ela escolheu a falsa
Clique neste link e veja o vídeo que ensina como identificar notas falsas de Real. http://www.youtube.com/watch?v=J_H1wLpVLVA
Neste período de festas de final de ano é importante ficar atento a este tipo de golpe e, se por acaso for vítima de algum estelionatário, o ideal éguardar a fisionomia da pessoa e chamar a polícia imediatamente, orienta o delegado Seccional de Cataguases, Gutemberg de Souza Filho.
Na foto ao lado e acima, a nota verdadeira é a de baixo cujas cores estão mais opacas. Na cédula de cima, do lado direito, embaixo, a cor amarela é maior e mais vibrante que a da verdadeira.
Matéria atualizada às 21:46 h para corrigir o link para acessar o link do vídeo.
(Reuters) - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, retornará a Cuba para continuar tratamento médico, informou na terça-feira o líder do Parlamento, Diosdado Cabello.
A Assembleia Nacional aprovou uma permissão temporária, que começa em 27 de novembro, para o presidente venezuelano deixar o país.
Desde junho de 2011 Chávez passou por três cirurgia em Cuba para tratar um tipo de câncer na região pélvica.
Agência Brasil
Brasília – A derrubada ilegal de árvores na Amazônia Legal atingiu a menor taxa anual de desmatamento desde que a região começou a ser monitorada pelo governo, em 1988. De acordo com os dados divulgados hoje (26) pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a expansão da área desmatada caiu de 6,4 mil quilômetros quadrados para 4,6 mil quilômetros quadrados por ano.
Os resultados se referem ao período de agosto de 2011 a julho deste ano comparado aos 12 meses anteriores. “É a menor taxa de desmatamento da história. Tem o grande marco que é jogar o desmatamento abaixo dos 5 mil quilômetros quadrados”, comemorou a ministra.
“Ouso dizer que esta é a única boa noticia ambiental que o planeta teve este ano do ponto de vista de mudanças do clima. Em relação aos compromissos de metas voluntárias de redução de emissões estamos bastante avançados”, acrescentou.
A meta voluntária definida pelo governo brasileiro é reduzir a expansão anual da área de desmatamento ilegal da Amazônia para 3,9 mil quilômetros quadrados até 2020. Com o novo índice, fica falando apenas redução de 4% para que a área ambiental atinja a meta, oito anos antes do prazo.
A redução da área registrada por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) representa queda de 27% da área degradada por madeireiros ilegais, na comparação com o mesmo período anterior. O intervalo desses 12 meses é consolidado anualmente no Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), do Inpe.
Os dados mostram que o desmatamento aumentou apenas em três estados. Em Tocantins, a derrubada ilegal de árvores aumentou 33%, chegando a 53 quilômetros quadrados por ano. No Amazonas, a degradação aumentou 29%, chegando a 646 quilômetros quadrados e, no Acre, a ação dos infratores avançou 10% na região, atingindo 308 quilômetros quadrados.
De acordo com a ministra, embora não tenham sido identificadas todas as causas da elevação do desmatamento nesses estados, no Tocantins o problema está associado ao Cerrado Amazônico, que permite reserva legal de 35%. “Como os estados ainda não tornam disponíveis as informações do que é legal e do que é ilegal, não conseguimos identificar quanto do aumento desse desmatamento está associado a incremento de infraestrutura e de supressões legais”, informou.
No Amazonas, segundo Izabella Teixeira, ainda existe forte pressão de migração em torno da BR-317, na região de Apuí, onde existem denúncias de grilagem de terra. Conforme a ministra, a região está sendo monitorada. Com relação ao Acre, disse que não há informações.
“Possivelmente, trata-se de expansão urbana ou incremento de ocupação de território. Estamos perguntando ao governo do estado o que está sendo autorizado e o que os autos de infração do Ibama mostram, o que não tem licença ou que está com atividade ilegal. Por exemplo, [o agricultor] tem autorização para suprimir 10 hectares e suprimiu 30 hectares”.
O estado do Pará continua sendo o mais atingido pelos criminosos. A área de desmatamento ilegal no estado é a maior da região, chegando a quase 1,7 mil quilômetros quadrados. Ainda assim, na comparação entre os períodos de 12 meses, o desmatamento foi reduzido em 44%.
No período monitorado pelo Prodes, os fiscais do Ibama apreenderam 329 caminhões, 95 tratores, 143 outros veículos e 111 motosserras, além de mais de 130 mil metros cúbicos de madeira e 12 mil metros cúbicos de carvão. As operações de combate e prevenção ao desmatamento na região também resultaram na emissão de 3,4 mil autos de infração, somando o valor de R$ 1,6 bilhão.
A arrecadação de multas é um dos pontos mais frágeis das ações de fiscalização. Por ainda haver limitações tecnológicas, detalhes como erro nas coordenadas que apontam o local flagrado pelos fiscais fazem com que algumas multas sejam suspensas. Os infratores usam os erros nas infrações como manobra para anular a cobrança.
Segundo Izabella Teixeira, a partir do ano que vem, a fiscalização será feita eletronicamente. Ao apresentar um novo aparelho que será utilizado pelos agentes ambientais, a ministra destacou que as operações ambientais vão entrar em um novo patamar a partir do ano que vem.
“À medida que reduzimos o desmatamento, o desafio cresce. A partir de 2013, as ações serão marcadas por uma nova visão de operar tecnologia e planejamento estratégico e inteligência do monitoramento da Amazônia. Os modelos estão sendo revistos e nosso objetivo é acabar com a ilegalidade do desmatamento na Amazônia”, disse.
O novo projeto, que vai garantir precisão aos dados, custou R$ 15 milhões aos cofres públicos. As equipes de fiscais ainda estão sendo capacitadas para usar os aparelhos eletrônicos de infração e, segundo Izabella Teixeira, a partir de janeiro do ano que vem todas as equipes federais distribuídas no país terão um aparelho com tecnologia similar à de um celular, ligado diretamente a um banco de dados.
O governador Antonio Anastasia formalizou, nessa segunda-feira (26), em Washington (Estados Unidos), contrato de financiamento com o Banco Mundial (Bird) no valor de US$ 450 milhões. Os recursos servirão para reestruturação da dívida do Estado junto àCompanhia Energética de Minas Gerais (Cemig), originada na década de 1990, quando o Estado assumiu os saldos da "Conta de Resultados a Compensar” (CRC), que a estatal possuía junto à União. Após as negociações, que se estenderam nos anos de 2011 e 2012, foi definido que o Banco Mundial irá participar em uma operação do tipo DPL (Development Policy Loan), ou Empréstimo de Políticas de Desenvolvimento.
“Esse empréstimo é muito importante, não só pelo seu valor de US$ 450 milhões, mas porque faz parte de um empréstimo maior, que supera US$ 2 bilhões, com o objetivo de quitarmos uma antiga divida do Estado com a Cemig, a chamada CRC. Vamos pagar com 35% de desconto e substituir uma dívida a curto prazo e cara por uma dívida muito mais barata e a longo prazo. É muito positivo para o Governo de Minas. Além disso, consolidamos uma parceria com o Banco Mundial extremamente proveitosa, realizada ao longo dos últimos 10 anos, que permitiu a Minas Gerais apresentar um novo modelo de governança e, mais do que isso, apresentar resultados muito concretos nas diversas políticas públicas a favor dos mineiros”, destacou o governador.
O estoque da dívida com a Cemig era, no final de setembro, de cerca de R$ 6,1 bilhões (US$ 3,2 bilhões). Com a negociação, o Estado ganhará desconto de 35% (R$ 2,1 bilhões ou US$ 1,1 bilhão). Refinanciará, portanto, cerca de R$ 4 bilhões (US$ 2,1 bilhões), sendo US$ 450 milhões junto ao Banco Mundial. O Programa de Reestruturação tem como objetivo avançar no terceiro ciclo de reformas da gestão pública em Minas, denominado Estado para Cidadania e consolidar sua trajetória fiscal sustentável.
O vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina, Hasan Tuluy, ressaltou a experiência de sucesso de contratação e de renovação da parceria com Minas Gerais, mencionando a importância disso para o Banco. "Minas Gerais é um dos nossos maiores parceiros. Estamos muito satisfeitos com esta relação de confiança recíproca. Parabéns mais uma vez pelos registros de crescimento e desenvolvimento, que não param", disse. A diretora do Bird para o Brasil, Deborah Wetzel, assinou o documento pelo Bird, e a procuradora-geral da Fazenda, Suely Dib Silva, assinou pelo Governo Federal brasileiro.
As vantagens
O empréstimo junto ao Bird é vantajoso para o Estado, uma vez que passará a pagar taxa juros Libor + Spread variável a ser determinado pelo banco a cada exercício fiscal, com prazo de 30 anos (2042). A Libor semestral atual sinaliza para uma taxa de 0,5% ao ano. Atualmente, a dívida com a Cemig é ajustada a uma taxa anual de juros de 8,18%, e corrigida com base no indicador IGP-DI/FGV, cuja previsão para o ano de 2012 é de 7,7%.
Além disso, a redução dos encargos da dívida permitirá a ampliação da capacidade para novos financiamentos, a expansão da receita proveniente dos dividendos pagos pela Cemig ao Estado e a eliminação da possibilidade de resíduo da dívida em 2035. “Isso trará um grande benefício porque o dinheiro a ser economizado será aplicado em mais investimentos e obras para o próprio Estado. O fundamental é que estamos, com isso, ampliando a capacidade de endividamento do Estado, com dívidas e empréstimos de valor menor. Com esses financiamentos, que irão somar R$ 8 bilhões, teremos condições de fazer estradas do Caminho de Minas, investir cerca de R$ 600 milhões em segurança pública e fazer investimentos na saúde, saneamento, especialmente no Norte de Minas. Serão recursos oriundos dessa negociação da dívida com a Cemig”, explicou Anastasia.
CRC/Cemig
Em meados dos anos 1990, a questão do endividamento e seus respectivos encargos tornou-se um problema para todos os entes da federação que detinham um significativo estoque de dívida pública. O governo federal permitiu o refinanciamento da dívida pelos estados mediante algumas condicionantes que possibilitassem o ajuste fiscal.
Foi permitido que os saldos da "Conta de Resultados a Compensar” – CRC, que a Cemig possuía junto à União, aproximadamente 3,47 bilhões de Unidades Fiscais de Referência (Ufir), fossem utilizados para a quitação de débitos vencidos e compensação com ativos da União. Em 1995, a Cemig transferiu ao Estado, o saldo remanescente da CRC de 852 milhões de Ufir (cerca de R$ 602 milhões), para liquidação integral dos contratos de refinanciamento firmados entre o Estado de Minas e a União. Desde a assinatura do Contrato, em 1995, a dívida CRC passou por cinco renegociações que resultaram em cinco termos aditivos.
Parceria com o Banco Mundial
Desde 2003, o Banco Mundial tem apoiado o Estado de Minas Gerais na implementação da sua estratégia de otimização da máquina pública e melhoria da qualidade dos serviços prestados à população mineira. Nesses últimos nove anos, o montante de recursos concedidos pelo Banco Mundial soma US$ 1,7 bilhão, sem contrapartida financeira do Estado. Os recursos foram investidos na implementação de ações estratégicas para o alcance de resultados na inovação do setor público, educação, saúde e transporte; no Programa de Combate à Pobreza Rural (PCPR); e em ações de melhoria das finanças públicas, fortalecimento da gestão pública e fomento ao desenvolvimento do setor privado.
Modelo mineiro
Após a assinatura do contrato de empréstimo com o Banco Mundial, o governador fez palestra para autoridades da Rússia que estavam reunidos para discutir parcerias com o Banco Mundial e a experiência do Brasil em empréstimos subnacionais. Os dirigentes russos se interessaram pelo modelo de profissionalização do serviço público mineiro e solicitaram explicações mais detalhadas sobre o sistema de Parceria Público-Privada (PPP) adotado pelo Estado.
Minas Gerais é considerado um caso de sucesso da parceria entre o Bird e entes subnacionais brasileiros. "Em nossa primeira parceria para o desenvolvimento, fizemos um empréstimo de U$ 170 milhões, sem contrapartida. Com esse recurso, financiamos ações de melhoria das finanças. Fortalecemos a gestão pública, instituindo metas, com foco em resultados eficientes e fomentamos o desenvolvimento do setor privado por meio da melhoria do ambiente de investimentos e das parcerias público-privadas, a exemplo do setor rodoviário e do sistema prisional", explicou Anastasia.
No segundo empréstimo, este de US$ 976 milhões, o Governo de Minas implementou metas em diversas áreas. "Passamos a ter sustentação fiscal e gestão pública eficiente, com foco em resultados", completou. Em 2009, as intervenções de Minas foram apoiadas pelo Bird com um financiamento adicional de US 461 milhões.
"Todo esse nosso esforço gerou a modernização dos serviços públicos, com reflexos na melhoria do ambiente para investimentos e abertura de empresas, na elevação dos indicadores de educação, melhoria da malha rodoviária, expansão dos programas voltados para a saúde, redução da taxa de desemprego e alcance das metas do milênio, estabelecidas pelas Nações Unidas”, destacou o governador Anastasia.
Fonte: Agência Minas