Agência Brasil
Brasília – Termina hoje (30) o prazo para o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário. Planejar com antecedência como esse dinheiro vai ser gasto - somado ou não à segunda parcela, a ser paga até 20 de dezembro - pode ser vantajoso, pois o trabalhador aproveita possíveis rendimentos gerados pela aplicação do valor, evita o aumento de dívidas devido à cobrança de juros por contas atrasadas ou gasta de forma mais consciente.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima que cerca de R$ 130 bilhões serão injetados na economia com os gastos do décimo terceiro, o que representa cerca de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Segundo a Previdência, só com o pagamento da segunda parcela do decimo terceiro a beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mais de R$ 11 bilhões estarão disponíveis para os gastos de fim de ano.
De acordo com o advogado trabalhista e previdenciário Paulo Pirolla, o planejamento do uso do décimo terceiro vai depender da situação econômica e financeira de cada trabalhador na hora do recebimento. As opções são quitar dívidas, poupar, investir ou gastar. Pirolla explicou à Agência Brasil os benefícios e prejuízos de cada uma dessas opções e ressaltou que a melhor solução é pensar de antemão quais são os objetivos a ser alcançados com o uso do dinheiro.
“A primeira e principal razão para a utilização do décimo terceiro é a quitação de dívidas bancárias e financeiras existentes. Como segunda razão está o seu gasto consciente e racional em bens de consumo próprio ou para outras pessoas, principalmente relacionados às festas de fim de ano”, disse Pirolla.
No caso de dívidas por causa de empréstimos bancários, cartões de crédito e uso do limite do cheque especial, o benefício de usar o décimo terceiro é quitar as contas e evitar que os juros façam os valores devidos ficarem ainda mais altos. O lado negativo de usar o salário extra para isso é ter a sensação de que não recebeu nada, pois o valor será transferido para a pessoa ou instituição com a qual se contraiu a dívida.
Segundo o vigilante Valdecir Gomes, o seu décimo terceiro vai ser gasto para pagar contas. "Quero começar o ano limpo, sem dívidas", explicou.
Se o trabalhador não estiver endividado e optar por não gastar o décimo terceiro, duas possibilidades são poupar e investir, que dependem do montante disponível e dos rendimentos esperados. A poupança costuma render menos do que outros investimentos, mas tem menos riscos quanto ao retorno e as quantias podem ser sacadas quando necessário. Investimentos em modalidades financeiras – como em ações, títulos públicos ou fundos – costumam render mais, mas os resultados esperados podem variar de acordo com o desempenho da economia.
Para aqueles que querem gastar, o décimo terceiro é uma oportunidade para fazer viagens de férias, festas de fim de ano, compras de material escolar e pagamento de tributos, como o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). O prejuízo que pode resultar do gasto inconsciente do décimo terceiro são as dívidas e o uso supérfluo desse dinheiro, que se torna uma despesa extra, em vez de ganho extra.
A assistente administrativa Vanusa Alves disse que vai dar prioridade à compra do material escolar da filha. "Vou pagar a matrícula da escola e comprar livros para ela. Caso sobre dinheiro, vou quitar algumas dívidas".
(Reuters) - O aeroporto de Damasco não estava aceitando voos nesta sexta-feira, disse uma companhia aérea regional do Golfo, um dia depois de combates perto do aeroporto interromper a principal estrada que leva à capital síria.
"As companhias aéreas não estão operando para Damasco hoje, porque o aeroporto não estava aceitando nenhum voo", disse o representante da companhia aérea sediada em Dubai, que pediu para não ser identificado.
O cronograma de voos nos sites de aviação na Internet mostraram que duas empresas da região do Golfo --a Air Arabia e a flydubai-- operariam normalmente seus voos para Damasco nesta sexta.
O Ministério da Informação da Síria anunciou na quinta-feira que a estrada para o aeroporto estava segura após forças de segurança retirarem "terroristas" --como o governo classifica os rebeldes que lutam para derrubar o presidente Bashar al-Assad-- do local. Segundo a pasta o aeroporto operava normalmente.
O conflito na Síria, que já dura 20 meses, já levou várias companhias aéreas a cancelar ou reduzir o número de voos para Damasco e somente um pequeno número de aviões comerciais pousam e decolam do aeroporto.
Rami Abdelrahman, diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado na Grã-Bretanha, disse que a estrada para o aeroporto foi reaberta, mas as forças de Assad e rebeldes ainda combatiam na região e o tráfego era mínimo.
Ele disse que havia informações de combates e bombardeios ao longo da noite na região sul de Damasco, mas o contato com fontes dentro do país era difícil, porque a Internet e linhas de telefone estavam indisponíveis.
Após quase dois anos em obras, o último pavimento da Escola Estadual Manuel Inácio Peixoto, o Colégio Cataguases, está concluído e os alunos já utilizam o espaço. As obras, no entanto, continuam no primeiro andar e no térreo e a previsão para o término do serviço é março de 2013, conforme revelou o diretor daquela escola, Douglas Rodrigues Moura (foto à direita).
A reforma manteve as características do prédio, já que o imóvel é patrimônio histórico, conta Douglas. “Tudo foi feito com muita atenção para não ferir o projeto original”, acrescentou. No anfiteatro, por exemplo, todo o piso em madeira foi retirado e outro, nos mesmos moldes está sendo colocado. A única adaptação feita é nos banheiros com a instalação de dependências adequadas à pessoas com deficiência física, disse o diretor.
A obra é financiada pelo Governo de Minas e foi orçada à época em cerca de dois milhões de reais. O Colégio Cataguases que já chegou a abrigar, até recentemente, 1.500 alunos, foi uma das escolas mais bem conceituadas do país na década de 1950, quando funcionava em regime de internato e semi internato. O aluno Mateus Soares Ferreira de Oliveira (foto à esquerda), do terceiro ano do Ensino Médio, e estudante daquela escola há três anos, acompanhou toda a obra e disse que agora a escola está “melhor para a gente estudar. Ficou mais confortável, bonita”, analisou.
A reforma estrutural envolve a substituição de toda a parte elétrica, bem como sua adaptação ou ampliação. Foram substituídos 1.500 metros quadrados de telhado, além de recomposição de esquadrias, portas e janelas. Todo o piso da escola também está sendo trocado e novas carteiras para as salas de aula e as poltronas do auditório já chegaram à escola. Por fim todo o prédio será pintado, completou Douglas Moura.
Veja na galeria abaixo fotos do pavimento com obras concluídas e o que ainda será reformado.
Agência Brasil
Brasília – O governo brasileiro comemorou hoje (29) a aprovação da resolução que concede status de Estado observador para a Palestina na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Em nota, o Ministério das Relações Exteriores parabenizou as autoridades palestinas e defendeu a busca por um acordo de paz com os israelenses. Também reiterou o apoio à criação de um Estado independente e autônomo da Palestina.
“O governo brasileiro felicita a Palestina pela elevação, para Estado observador, de seu status na Organização das Nações Unidas, após votação na Assembleia Geral da ONU de resolução que contou com apoio de 138 dos 193 estados membros da organização, inclusive do Brasil”, diz a nota.
Em seguida, o texto acrescenta que “o Brasil reitera seu apoio à retomada imediata de negociações entre Israel e a Palestina que conduzam ao estabelecimento de uma paz sustentável e duradoura baseada na solução de dois estados [Israel e Palestina]”.
A votação ocorreu esta tarde, mas envolveu a mobilização intensa dos palestinos e aliados nos últimos dias. O Brasil foi um dos copatrocinadores da resolução. O emissário brasileiro para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto, foi enviado a Nova York para colaborar nas articulações.
Nas votações, Israel e os Estados Unidos se opuseram à resolução. O governo israelense disse que ela geraria um retrocesso nas negociações de paz. Na semana passada, os israelenses e o Hamas, movimento de resistência islâmica que ocupa parte da Faixa de Gaza, enfrentaram-se com bombas e mísseis. Mais de 140 pessoas morreram.
A resolução garante aos palestinos o direito de integrar agências e órgãos da ONU, mas não lhe dá o poder de voto. Porém, os palestinos consideram a medida um avanço, porque pode abrir caminho para a criação de um Estado independente.