Representantes de 11 órgãos da estrutura da União participaram hoje, na capital sul-mato-grossense, de reunião com autoridades estaduais, incluindo o próprio governador, André Puccinelli, além de parlamentares e líderes indígenas e ruralistas, em busca de soluções para o conflito fundiário que se arrasta há décadas no estado. Organizado pelo deputado estadual Pedro Kemp (PT), o encontro durou mais de oito horas e foi realizado a portas fechadas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
Na hora do almoço, Kemp disse aos jornalistas que a reunião foi "um fato histórico" por indicar que os governos federal e estadual e as partes diretamente envolvidas no conflito têm interesse na solução dos problemas discutidos. Ele deu como exemplo a necessidade de dar indenização integral a proprietários rurais devidamente titulados. Isso significa que eles devem receber pela terra e pelas benfeitorias feitas na área, caso suas propriedades sejam reconhecidas como áreas tradicionalmente indígenas.
Como a Constituição Federal trata exclusivamente da indenização pelas benfeitorias, a medida, para ser colocada em prática, exige, ou mudanças legislativas, ou a criação de um fundo federal para o qual seriam canalizados os recursos disponibilizados com esse objetivo para posterior repasse ao governo estadual, que poderia, então, mais facilmente, criar mecanismos legais que lhe permitissem indenizar os produtores pela chamada terra nua.
"Vivemos uma situação que se arrasta há muito tempo. Já perdemos vidas, há propriedades ocupadas, enfim, é uma situação que consideramos desfavorável para todo o estado. De um lado, estão os índios, vivendo em situação precária. De outro, os ruralistas, que não conseguem produzir, nem ter acesso ao crédito [devido à insegurança jurídica]. Chegamos ao limite e precisamos buscar uma solução rápida", disse Kemp.
Durante o intervalo, o secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Maldós, também considerou "extremamente positivo" o debate. Ele disse que o "cenário era propício para uma proposta sensata e viável", mesmo que ainda não estivesse definida a melhor maneira de atender aos interesses das partes, garantindo tanto os direitos dos povos indígenas quanto os dos produtores rurais.
"A questão guarani kaiowá, em termos de efeitos sociais, é candente e já se tornou parte da agenda nacional e, até certo ponto, internacional. Tornou-se, inclusive, um tema da agenda da própria presidenta Dilma [Rousseff]", ressaltou Maldós. Segundo ele, a reunião desta sexta-feira dá origem a um fórum permanente de discussões em que propostas e encaminhamentos objetivos e que tenham consenso, serão sistematizados e encaminhados às instâncias apropriadas.
Já a presidenta da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marta Azevedo, reconheceu a "situação de vulnerabilidade extrema" do povo Guarani Kaiowá e disse que a vontade política, nos planos federal e estadual, é levar a todas as comunidades as políticas públicas de assistência à saúde e educação indígena.
"Não temos uma solução milagrosa e sabemos que não será num estalar de dedos que os produtores rurais e os índios ficarão satisfeitos", disse Marta Azevedo.
"Ainda assim, os próprios guaranis kaiowás já podem sentir que há uma mudança. Este é um momento fundamental", ressaltou a presidenta da Funai. Marta destacou que, ao conversar com o governador André Puccinelli, notou que ele está disposto aumentar a colaboração com a Funai e com o governo federal para melhorar a assistência aos indígenas de Mato Grosso do Sul.
Membro do conselho da Aty Guasu (assembléia de líderes do povo Guarani Kaiowá, de rezadores e anciães desta etnia), o vereador de Caarapó, em Mato Grosso do Sul, Otoniel Ricardo, manifestou satisfação com a iniciativa de hoje, mas pediu garantias de presença permanente de líderes indígenas nos próximos encontros. "Queremos resolver os problemas e pedimos que seja respeitada nossa participação direta. Não queremos mais derramamento de sangue e pedimos o fim da discriminação dos povos indígenas." Por isso, acrescentou Ricardo, é necessário o diálogo entre o grupo político e a Aty Guasu, na qual são discutidas e encaminhadas as propostas de solução dos guaranis kaiowás.
A comissão federal que participou do encontro de hoje incluiu ainda representantes da Casa Civil; dos ministérios da Educação, da Cultura e da Justiça; das secretarias de Direitos Humanos e de Segurança Pública; da Secretaria Especial de Saúde Indígena; da Força Nacional; das polícias Federal e Rodoviária Estadual, além de membros dos ministérios públicos Federal e Estadual, da Justiça Estadual e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Se a meta da seleção brasileira na próxima Copa do Mundo é conquistar o hexacampeonato, nas olimpíadas do conhecimento mais famosas do Brasil os estudantes mineiros já alcançaram o objetivo.
O resultado da 8ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), divulgado nesta sexta-feira (30), mostrou que os estudantes mineiros foram, novamente, os melhores do Brasil.
Pela sexta vez consecutiva, Minas Gerais conquistou o maior número de ouros e também o primeiro lugar no ranking total de medalhas. E com recorde histórico. De acordo com o site da Obmep, foram 152 ouros conquistados, 229 pratas e 947 bronzes. Um total de 1.328 medalhas.
O crescimento de Minas Gerais na competição foi significativo tanto em números absolutos, quanto percentualmente. Em 2011, quando a organização da Obmep distribuiu 3.200 medalhas, os estudantes mineiros conquistaram 816, ou 25,5% do total. Este ano, foram 4.500 medalhas e os alunos de Minas conquistaram 29,6% do total. É um sinal de que os mineiros estão cada vez mais afiados nas contas.
Craque da Zona da Mata
Uma das campeãs das escolas estaduais é a estudante Dávila de Carvalho Meireles, 13 anos, da Escola Estadual Terezinha Pereira, da cidade de Dores do Turvo, Zona da Mata Mineira. A escola já é conhecida por produzir campeões da Matemática, por seu histórico de ganhar medalhas na Obmep desde 2007.
Em sua segunda Olimpíada — na primeira ela havia conquistado um bronze — a aluna descobriu que seu desempenho em 2012 foi digno de ouro. Além disso, no nível I da Obmep, que reúne estudantes do 6º e 7º anos, Dávila conseguiu obter a segunda melhor nota do país.
“Recebi muito incentivo dos meus pais e professores. Meu professor de Matemática dá aulas com questões de anos anteriores da Obmep, além de várias orientações, como a necessidade de ficar calmo na hora da prova e pensar bastante. No ano que vem, quero fazer a prova de novo, porque assim eu consigo ganhar experiência, cursos, medalhas e reconhecimento. E isso é um grande incentivo”, disse.
Avanços constantes
A secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, parabenizou os alunos medalhistas. Segundo a secretária, esse resultado é mais um sinal do avanço do sistema educacional mineiro e deve ser compartilhado na escola.
“Mais uma vez nós fomos campeões das Olimpíadas. A primeira palavra é de reconhecimento e parabéns aos nossos alunos medalhistas e evidentemente aos professores, comunidades escolares, aos seus pais e diretores de escolas”, disse.
“É também necessário cumprimentar os demais estudantes, porque há todo um ambiente que contribui para que alguns se destaquem dessa maneira. Nós estamos extremamente satisfeitos, esse é mais um indicador dos avanços da educação pública estadual de Minas Gerais. Esses avanços tem sido capazes de fortalecer os talentos dos nossos jovens não só em Matemática, mas em Português, Robótica, na Educação Ambiental, Esportes, Música, entre outros”, completou.
Das mais de 1300 medalhas conquistadas por Minas Gerais na Obmep, a maior parte delas é de estudantes da rede estadual de ensino. Os alunos de escolas estaduais conquistaram 974 medalhas, sendo 117 de ouro, 159 de prata e outras 698 de bronze.
Programa de Iniciação Científica Jr
Além das medalhas, os alunos que conquistaram medalha de ouro, prata e bronze na 8º edição da Obmep irão participar do Programa de Iniciação Científica Jr (PIC). A iniciativa tem duração de um ano e as atividades envolvem encontros presenciais e a participação em um Fórum Virtual que possibilita o contato, via internet, com estudantes de todo o país que se interessam por Matemática
Os medalhistas que acompanham todas as etapas do PIC recebem a Bolsa de Iniciação Cientifica Jr., concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas é dividida em três níveis. O primeiro é composto por estudantes do 6º e 7º anos do ensino fundamental. No segundo, fazem as avaliações alunos do 8º e 9º anos do ensino fundamental. Já o 3º nível é composto por estudantes do ensino médio.
A Obmep busca estimular e promover o estudo da Matemática entre os alunos das escolas públicas, além de contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica. A competição é promovida pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia e é realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Aplicada (Impa) e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).
Fonte: Agencia Minas
Mais um período chuvoso começou e a população de Muriaé tem se mostrado preocupada quanto aos riscos de enchentes e suas consequências. E um dos aspectos mais comentados é a situação das obras de contenção que estão sendo realizadas às margens do Rio Muriaé, em cinco pontos da cidade, onde houve desmoronamentos durante a “catástrofe” provocada pelas chuvas do início do ano.
Homens e máquinas trabalham em cinco trechos: Bairros Franco Suíço e Napoleão, além de três pontos no Centro, na Av. JK (próximo à Rodoviária, região da Casa de Saúde e Bairro Rosário).
A Secretária Municipal de Obras, a engenheira civil Mírian Facchini (foto ao lado), traçou um panorama dos trabalhos, iniciados no fim de junho, informando que a previsão de término é para 24 de dezembro.
Franco Suíço e Napoleão
Segundo a secretária, as obras no Bairro Franco Suíço, que se estendem até a ponte na entrada do Santana, estão 60% concluídas. No trecho, assim como na região do Napoleão, estão sendo construídos muros de gabião. O sistema consiste em estruturas drenantes, montadas com espécies de redes metálicas flexíveis, feitas de aço e preenchidas por pedras.
No Bairro Napoleão o avanço dos trabalhos chega a 80%, com os muros já edificados, faltando apenas e etapa final de compactação e pavimentação da via.
Região da Casa de Saúde e Rosário
De acordo com a engenheira, também estão em fase final, as obras na região da Casa de Saúde e no Rosário, na Av. JK, perto da passarela. Nestes pontos, muros de concreto armado já foram erguidos, sendo que, no Rosário, faltam somente a pavimentação e a instalação do guarda-corpo. Já na área da Casa de Saúde precisam ser feitas as etapas de aterro e compactação do terreno.
Prolongamento da JK
Os trabalhos estão menos adiantados na região do chamado "prolongamento da Av. JK", próximo ao Centro Administrativo. Mirian Facchini explicou que isso se deve ao fato de que a empresa responsável pelas obras precisou priorizar os outros pontos, levando em conta a necessidade de acesso à Casa de Saúde, e ainda fatores como locais que oferecem maior risco à população e o fluxo de trânsito mais intenso.
A secretária falou também sobre a queda de parte do muro, ocorrida recentemente no trecho, o que piorou a situação, já que boa parte da rua cedeu junto com a estrutura. Ela informou que já estava prevista a retirada do muro para a extensão da obra, o que acabou ocorrendo de forma antecipada devido às fortes chuvas do último dia 13.
A engenheira destacou que, para agilizar o processo, as equipes estão trabalhando até mesmo durante os finais de semana, e pediu paciência e compreensão por parte dos moradores da região, que se sentem bastante prejudicados com todo esse cenário.
Valores
Quanto à verba investida, Mírian Facchini esclareceu que as obras estão sendo realizadas com recursos do Ministério da Integração Nacional e que o valor total é de R$ 8.748.847,80. Porém, ela informou que até o momento, foi liberada apenas a primeira parcela, no final de maio, equivalente a 30% do montante, ou seja R$ 2.624.654,34. Disse ainda que, embora a segunda parcela não tenha sido disponibilizada para o município, a empresa segue com os trabalhos e, enquanto isso, a Prefeitura aguarda a liberação de mais uma parte dos recursos.
A cidade
Ao ser questionada se a cidade está preparada para as chuvas desta temporada, a secretária disse que muitas intervenções foram feitas, visando diminuir os riscos para a população. Segundo ela, mais de R$ 1,5 milhão foi investido na construção de muros de contenção em vários bairros de Muriaé.
Mírian Facchini aproveitou para deixar um alerta aos moradores de áreas de risco – regiões ribeirinhas e próximas à encostas – que estejam atentos a qualquer sinal de perigo e procurem a Defesa Civil. No caso de risco, a dica é deixar os imóveis.
Fonte e fotos: Radio Muriaé
A Hidroazul, empresa cataguasense que fabrica produtos químicos para tratamento de água de piscinas, presente no mercado há mais de 20 anos, realizou nesta última terça-feira, dia 27 de novembro, o Curso de Tratamento de Água de Piscinas, no auditório da Policlínica Municipal.
Ministrado pelos técnicos da empresa, Ronaldo Vieira (foto) e Flávia Faria, do Departamento de Qualidade, o curso ensinou técnicas de limpeza e manutenção de piscinas de vários tamanhos. Sessenta e cinco pessoas, dentre elas, tratadores das piscinas dos clubes da cidade e região, colaboradores da Hidroazul e da Bauminas e interessados em geral, participaram do evento. Eles também puderam esclarecer dúvidas sobre o trabalho que desenvolvem no dia a dia.
Para Flávia Faria, a iniciativa alcançou os objetivos previstos. “Nossa idéia era também aproximar a empresa dos profissionais que fazem limpeza em piscinas e mostrar a eles que a Hidroazul possui os melhores produtos e de maior concentração para tratar as águas das piscinas brasileiras”, revelou. O evento também teve sorteio de produtos e foi finalizado com um coquetel de confraternização.
Os produtos da Hidroazul são aprovados e registrados na ANVISA. Empresa parceira do meio ambiente com a gestão baseada na transparência e na ética, a Hidroazul se preocupa com as questões socioambientais e com a sustentabilidade do planeta. Ao ser signatária do Pacto Global da ONU e associar-se ao Instituto Ethos, a empresa incorpora em seus processos, atitudes e princípios de responsabilidade repassados por estes órgãos, procurando aplicá-los corretamente no dia a dia.
Neste sábado, 1º de dezembro, às 21 horas, o Projeto Usina Cultural vai apresentar o show de Tatá Aeroplano, no Anfiteatro Ivan Müller Botelho, com produção de Fausto Menta, apoio da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e patrocínio da Energisa através da Lei de Incentivo à Cultura.
Conhecido como compositor e líder das cultuadas bandas Cérebro Eletrônico e Jumbo Elektro, Tatá está lançando seu primeiro disco solo, cujo nome é apenas “Tatá Aeroplano”. Um álbum de autor, reunindo canções que foram compostas a partir de 2008, quando ele mergulhou definitivamente na noite paulistana, registrando as inquietações da sua geração e passando a viver intensamente a cidade, fazendo shows, viajando com suas bandas e discotecando em diversos night clubs, além de colaborar musicalmente com vários artistas.
Sua música relê, inova e reelabora influências dos anos 70, mas sem soar retrô. É música contemporânea, arejada, sem limitações de rótulos ou imposições de estilos. Ouvir Tata Aeroplano é constatar o quanto a música urbana nacional tem de inventiva. E mais, como alguns artistas vão se tornando absolutamente necessários.
Tatá Aeroplano é um dos agitadores da “paulicéia desvairada”, com suas anotações, documentadas em forma de música, sobre o comportamento afetivo da sua geração. Para produzir seu disco convidou Dustan Gallas e Junior Boca. Os dois trabalharam em parceria na produção do elogiado “Journal de Bad”, álbum de estréia da cantora e compositora Bárbara Eugênia. Ela também participa do disco fazendo um dueto na canção “Uma Janela Aberta”, parceria de Tatá Aeroplano com o poeta arrudA.
O álbum foi todo gravado em São Paulo no Estúdio Minduca pelo músico e produtor Bruno Buarque. Bruno também toca bateria em sete faixas e Clayton Martin (Cidadão Instigado) assumiu as baquetas nas outras três faixas. O compositor Peri Pane foi acompanhar um dia de gravação e acabou corando em “Machismo às Avessas”. Essa música também contou com a participação e teclados do músico Maurício Fleury, das bandas ‘Bixiga 70’ e ‘Frame Circus’.
Outro amigo e parceiro de Tatá, o cantor e compositor Leo Cavalcanti, é co-autor da faixa “Sartriana”, que abre o disco. Leo empresta sua voz em “Sartriana” e em “Tudo Parado na City” e, segundo Aeroplano, ele foi um dos maiores incentivadores para que finalmente gravasse seu primeiro trabalho solo.
O disco inteiro foi feito sob forte inspiração coletiva, onde as idéias e arranjos fluiram coletivamente em grupo. Dustan Gallas contribuiu com gravações e arranjos adicionais praticamente em todas as faixas.
A música “Cão sem Dono”, que encerra o disco, nasceu após o músico assistir o filme homônimo dos diretores Beto Brant e Renato Ciasca, película que retrata muito bem a geração da qual ele faz parte. A canção “Par de Tapas que Doeu em Mim”, um épico romântico de 10 minutos, conta as agruras de um casal que briga durante uma noite inteira na famigerada Rua Augusta, que desde a Jovem Guarda faz parte do imaginário pop da cidade.