A Polícia Civil de Cataguases comandada pelo delegado Guttemberg de Souza Filho realizou com sucesso na manhã desta quinta-feira, 6, em Cataguases, uma operação que desbaratou uma quadrilha que vinha amedrontando os moradores de Astolfo Dutra e Dona Eusébia. Segundo o delegado foram “quatro meses de investigações sendo que nos últimos quinze dias o trabalho foi aprofundado com a checagem de todos os envolvidos. Hoje, às 6 horas da manhã, a equipe concluiu a operação com a prisão de todos os integrantes”, informou.
O delegado explicou como o bando agia: “as vítimas eram abordadas à noite, em frente de suas casas e após rendidas levadas para o seu interior, amarradas onde permaneciam sob a mira de arma de fogo. Eles roubavam dinheiro e cartões de crédito, exigiam as senhas e as mantinham reféns até a manhã seguinte, quando um ou dois deles iam até o caixa eletrônico sacar o dinheiro. Depois, deixavam as vítimas amarradas em suas casas e fugiam, geralmente, no carro do próprio refém que era abandonado logo em seguida”, explicou Guttemberg.
Para o delegado esta é uma nova forma de sequestro relâmpago: “porque ao invés de circularem com a vítima, a mantinham refém em sua própria casa, o que configura uma variante deste tipo de crime”, analisou. A quadrilha era formada por sete rapazes, sendo dois menores, todos com idade entre 17 e 20 anos. Guttemberg disse ainda que o dinheiro obtido nas ações criminosas era usado no comércio local. “Como são jovens, gastavam o dinheiro comprando luvas de boxe, tablets, celulares, camisas de marca, TV de LCD e coisas típicas da idade deles”, frisou.
Cerca de 20 policiais civis das delegacias de Cataguases, Leopoldina, Ubá e Recreio participaram da operação que começou as 4:30 horas desta quinta-feira, 6. O delegado revela que no princípio das investigações todas as suspeitas indicavam que eram marginais de outras cidades que agiam em Astolfo Dutra, mas “para nossa surpresa, em pouco tempo tivemos a certeza de que eram pessoas da própria cidade e, com o avanço das investigações, conseguimos localizar todos os envolvidos e prendê-los”, completou. Apesar de agirem encapuzados, o delegado espera que as vítimas da quadrilha compareçam à delegacia para tentar identificar ou fornecer mais informações sobre a forma que agiam.
Daqui a pouco reportagem completa da Operação da Polícia Civil que prendeu sete pessoas nesta manhã em Astolfo Dutra.
O governador Antonio Anastasia participou, nesta quarta-feira (5), da inauguração das novas instalações da Escola de Contas, do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). A Escola de Contas e Capacitação Professor Pedro Aleixo tem por missão promover, por meio de ações de capacitação, o desenvolvimento profissional dos servidores do TCE e a difusão de conhecimentos aos jurisdicionados, contribuindo para a efetividade do controle externo da gestão dos recursos públicos.
As novas instalações contam com um mini auditório, com capacidade para 80 pessoas, quatro salas de aula para 182 pessoas, sala de aula de informática, sala de professores, sala de reunião, sala para a Diretoria da Escola de Contas, sala para a coordenadoria, sala para o apoio administrativo, depósito e instalações sanitárias para deficientes
Fonte: Agência Minas
Agência Brasil
Brasília – Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram hoje (5), por maioria, derrubar a proposta de redução das penas da Ação Penal 470, o processo do mensalão. Por 7 votos a 2, a Corte rejeitou a sugestão do ministro Marco Aurélio Mello, que considerava vários crimes contra a administração pública como um só, aplicando apenas uma pena agravada em até dois terços.
A discussão foi retomada após o intervalo com o voto do ministro-revisor Ricardo Lewandowski, único a aderir à proposta de Marco Aurélio. “Não me parece consentâneo com o princípio da Justiça nem da equidade que o alegado chefe do esquema criminoso tenha recebido uma pena corporal quatro vezes menor que um de seus executores e que integra a mesma quadrilha. Me parece que há uma desproporção que temos que corrigir”, disse o ministro, em referência a José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil) e Marcos Valério (publicitário).
Segundo Lewandowski, não há porque acreditar que os juízes de primeira instância começarão a seguir o exemplo do STF, reduzindo vários crimes em apenas um. O ministro disse que o caso do mensalão não serve de paradigma para processos futuros porque inovou em várias questões criminais, como o conceito de lavagem de dinheiro e superampliação das penas para evitar prescrição.
Os ministros que votaram em seguida rejeitaram a proposta, aderindo à tese do relator Joaquim Barbosa para manter as penas como estão. “Daqui a pouco até estupro vamos colocar nesse pacote, e vai ser colocado continuidade delitiva, sem limite temporal e espacial”, protestou Gilmar Mendes. Ele lembrou que as penas são proporcionais aos múltiplos crimes executados pelo grupo. “Tudo aqui é inusitado, e não a nossa decisão”, completou Barbosa.
As ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber disseram que não podem encaixar como um único crime delitos tão diferentes, como lavagem de dinheiro e corrupção, mas não descartaram revisar o tema da continuidade delitiva em processos futuros.