No Processo nº 111964, que trata da Prestação de Contas de Campanha do Prefeito eleito de Cataguases, José Cesar Samor, o Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu parecer às 16:26 horas da última sexta-feira, 7 de dezembro, opinando pela reprovação das contas de campanha do então candidato. Os autos agora seguem para o Juiz Eleitoral, que pode seguir a opinião do Ministério Público Eleitoral ou não, em sua sentença, que é aguardada para esta semana.
O advogado Sirley Garcia Cardoso, que atuou na campanha de Cesinha (na foto ao lado discursa logo após a proclamação do resultado das eleições), e futuro Procurador Geral do Município, como este Site já divulgou, explicou o caso detalhadamente ao Site do Marcelo Lopes. Segundo ele a prestação de contas de Cesinha foi conferida e ajustada por ele, Sirley, e por Walter de Paula, coordenador da campanha e também futuro Secretário Municipal de Administração, conforme este Site já informou e, por isto, está confiante de que serão aprovadas.
Antes de explicar, Sirley fez questão de deixar bem claro que toda a campanha de Cesinha foi custeada por ele. “Cerca de 99,9% de tudo o que foi gasto saiu do bolso do candidato. E somente este fato já afasta a possibilidade de ter havido algum tipo de irregularidade, além de ser uma grande demonstração de transparência”, salientou.
Com relação aos problemas que levaram o Ministério Público Eleitoral a reprovar as contas, Sirley contou terem ocorrido três entraves de ordem burocrática e que, segundo ele, já teriam sido justificados no Processo. O primeiro, revela, foi com o Posto Modelo que forneceu o combustível à campanha do candidato. “O Posto emitiu duas notas fiscais referentes a todo o período eleitoral, mas a segunda Nota Fiscal foi emitida em meados de outubro, portanto, depois da eleição. Nós apresentamos os comprovantes, bem como o Posto, e confirmou-se que a Nota referia-se ao período eleitoral”, explicou.
Os demais erros que levaram o MPE a pedir a reprovação das contas de Cesinha foram a contratação do jingle de campanha e a confecção de bandeiras do candidato. Sirley contou que em ambos os casos houve o pagamento adiantado no total de um mil e quinhentos reais, “sendo oitocentos para a produção da música de campanha e seiscentos reais para a feitura das bandeiras com o número do candidato”, explicou. Para as duas contratações, destaca o futuro Procurador do Município, já apresentamos as justificativas e aguardamos com tranquilidade a sentença do juiz que, acredito, não seguirá o Ministério Público Eleitoral.
Sirley baseia sua expectativa de aprovação das contas de campanha em casos semelhantes em que o juiz deu sentença favorável mesmo com o Parecer contrário do MPE. “Tivemos casos assim em Astolfo Dutra e aqui em Cataguases, recente, este ano, nas contas do candidato a vereador eleito, Geraldo Majella Mazzini e tantos outros espalhados pelo Brasil”, lembrou. Ele destaca que este trabalho da justiça busca a transparência nas contas e, no caso da candidatura de Cesinha, “está tudo muito claro e transparente”, garantiu o advogado.
Peças artesanais confeccionadas por jovens do Centro de Atendimento ao Adolescente (Cead), em Belo Horizonte, estão em exposição na 23ª Feira Nacional de Artesanato. Participam da mostra instrumentos musicais de percussão fabricados por meio do projeto Tamborlescente.
Desenvolvido desde 2006 pelo agente socioeducativo Eurípedes Maximiano, o Tamborlescente tem como objetivo oferecer uma oportunidade de trabalho e renda aos adolescentes que terminarem de cumprir a medida socioeducativa.
O programa oferece oficinas de percussão e construção, três vezes por semana, a 28 menores infratores. “Nas aulas, eles podem aprender a tocar os instrumentos musicais e também a construí-los a partir de materiais reciclados”, explica Eurípedes.
Um dos adolescentes que participam do projeto afirma que as oficinas o ajudaram na disciplina e respeito ao próximo. “É o que a gente chama de educação pela música”, afirma o adolescente, que espera ajudar outros jovens. “Eu quero levar isso para o meu futuro porque é uma boa opção para eu não voltar a errar”, completa.
Atualmente, os adolescentes que participam das oficinas também fazem apresentações externas. A cidade histórica de Ouro Preto, na região Central do Estado, a Praça do Papa e a Praça da Estação, em Belo Horizonte, foram alguns dos locais que serviram de palco para os aprendizes da percussão.
Feira Nacional de Artesanato
O evento, que teve início nesta quarta-feira (5), acontece no Expominas, em Belo Horizonte, até o próximo domingo (9). O horário de visitação é das 14h às 22h.
O estande com o trabalho dos adolescentes é o 509, localizado na rua U. Apresentações artísticas, como música e dança, e barracas com comidas típicas também fazem parte da programação.
Fonte e foto: Agência Minas
Da BBC Brasil
Brasília - Delegados de quase 200 países reunidos em Doha, no Catar, na 18ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP18) concordaram hoje (8) em estender o Protocolo de Quioto até 2020, evitando um grande retrocesso na luta contra as mudanças climáticas.
O acordo mantém o protocolo como o único plano legal obrigatório para o combate ao aquecimento global. Porém, determina metas obrigatórias apenas para os países em desenvolvimento, cuja parcela de responsabilidade pela emissão de gases de efeito estufa é menos de 15%.
Os Estados Unidos – atualmente o segundo maior emissor de gases do mundo, atrás somente da China – nunca ratificaram o protocolo original, de 1997, cujo primeiro período de compromisso expira no fim deste ano.
O encontro de 12 dias em Doha tentava um acordo para um tratado mais amplo a partir de 2015. O eventual novo tratado seria aplicado a todos os países e substituiria o Protocolo de Quioto.
Agência Brasil
São Paulo – A Polícia Federal (PF) em São Paulo informou hoje (8) que o inquérito policial sobre a Operação Porto Seguro foi finalizado e encaminhado para a 5ª Vara da Justiça Federal, em São Paulo. O inquérito foi entregue à Justiça Federal na noite de ontem (7), informou a assessoria de imprensa do órgão. No total, 23 pessoas foram indiciadas.
Por meio de nota, a Polícia Federal disse que “após a obtenção de informações adicionais em depoimentos e da análise de documentos apreendidos” durante a operação, dois novos indiciamentos foram feitos. O primeiro de uma servidora, de nome não divulgado, que foi enquadrada por formação de quadrilha. Segundo a Polícia Federal, esta servidora já havia sido “indiciada anteriormente por outros crimes”.
O segundo indiciamento foi o de um diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), de nome também não divulgado, que pode responder pelo crime de corrupção passiva. Sobre o diretor da Antaq, a Polícia Federal se limitou a informar que ele “não havia sido indiciado antes”.
A Operação Porto Seguro foi deflagrada no dia 23 de novembro contra uma organização criminosa que atuava infiltrada em órgãos federais e agências reguladoras para elaborar pareceres técnicos fraudulentos e favorecer interesses privados. Nesse dia, seis pessoas foram presas e 19 mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é trazida à polícia para ser ouvida e depois liberada) foram cumpridos. Também foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão, tanto em Brasília quanto em São Paulo.
Nesse mesmo dia, informou a Polícia Federal, 22 pessoas foram indiciadas, entre elas, vários servidores públicos que atuavam na Antaq, na Agência Nacional de Águas (ANA), na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), na Advocacia-Geral da União, no Ministério da Educação (MEC), na Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e no Gabinete da Presidência da República em São Paulo.
Segundo a Polícia Federal, os indiciados respondem por crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, tráfico de influência, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica e falsificação de documento particular, cujas penas variam entre dois e 12 anos de prisão. O inquérito totaliza 23 indiciados.
A Justiça vai encaminhar os autos para o Ministério Público Federal (MPF), que pode oferecer denúncia, requerer a volta do seu conteúdo para a Polícia Federal para outras diligências ou até mesmo para pedir o arquivamento do inquérito.
A Polícia Federal também informou que vai encaminhar o resultado da análise dos discos rígidos que foram apreendidos durante a operação para a Justiça Federal no prazo estimado de 90 dias.
O prefeito eleito de Miraí, José Ronaldo Milani, do PR, teve suas contas de campanha “desaprovadas” pela Justiça Eleitoral. A sentença foi proferida no dia 6, quinta-feira, pelo Juiz Eleitoral da 178ª Zona Eleitoral de Miraí, Maurício José Machado Pirozi. Por conta disso, ele não deverá ser diplomado prefeito e, consequentemente, não tomará posse em 1º de janeiro de 2013. Ronaldo Milani pode recorrer ao Tribunal de Justiça, em Belo Horizonte.
Ronaldo Milani venceu a eleição com 4.356 votos, o que representa 50,34% dos votos válidos. O segundo colocado, Luiz Fortuce, do PMDB, obteve 3.922 votos, 45,32% dos votos válidos. Disputaram ainda a eleição em Miraí, Pedro Pedrosa, do PT, que obteve 196 votos (2,26% dos votos válidos) e Mara Francelino, do PHS, que recebeu 180 votos ou 2,08% dos votos válidos.
Caso seja mantida a decisão do Juiz Eleitoral de Miraí, o município deverá realizar nova eleição para prefeito. Este é o entendimento do presidente do TRE/MG, Desembargador Antônio Carlos Cruvinel. Em recente entrevista ele esclareceu que “se houver alguma cassação do diploma do candidato eleito com base em irregularidades nas contas de campanha, a consequência disso depende do próprio resultado da eleição. Se o cassado tiver obtido mais de 50% dos votos, a eleição é anulada e convoca-se um novo pleito. Se ele tiver obtido menos de 50%, o segundo colocado deverá assumir”.
Em sua sentença, Maurício Pirozi escreveu: “Considerando os subsídios do relatório técnico, bem como o Parecer do Ministério Público Eleitoral pela desaprovação das contas; Considerando que as irregularidades relatadas apresentam vícios insanáveis prejudicando a transparência e lisura que devem permear o processo eleitoral, dificultando o efetivo controle, por parte da Justiça Eleitoral, sobre a licitude da movimentação dos recursos de campanha; Considerando que houve utilização de recursos financeiros próprios incompatíveis com o declarado no ato do registro de campanha e que não tiveram comprovada a sua origem, julgo DESAPROVADAS, por contrariarem o disposto no art. 43 da Resolução TSE nº 23.376/2012, as contas do(a) candidato(a) em epígrafe, do município Miraí/MG, relativas às eleições municipais de 2012”.
Caso a decisão do Juiz Eleitoral de Miraí seja mantida, quem assumirá a prefeitura (foto acima à direita) até a realização de nova eleição e posse do prefeito será o vereador que for eleito presidente da Câmara Municipal de Miraí, em 1º de janeiro próximo. A diplomação dos eleitos em 7 de outubro último deve acontecer até o dia 19 de dezembro próximo.