Por: Rafael Rigues - PC World
A Google não é estranha ao mercado de tablets. A primeira investida da empresa foi uma parceria com a Motorola no lançamento do Xoom, no início de 2011. Ele foi o primeiro aparelho com uma versão do sistema operacional Android otimizada para tablets (a 3.0 “Honeycomb”), mas uma combinação de preço elevado, software inacabado e poucos aplicativos que tirassem proveito da tela prejudicaram seu sucesso. Isso não impediu outros fabricantes de aproveitar a idéia e lançar seus próprios modelos, como a Samsung e sua família “Galaxy Tab”. Entretanto, nenhum deles conseguiu fazer frente à popularidade do iPad, da Apple, que domina o mercado.
Mas em junho deste ano a Google decidiu “jogar pra valer”, estendendo seu programa Nexus aos tablets e chamando um novo parceiro de hardware, a ASUS. A idéia: produzir um tablet com tela de 7” (mercado onde a Apple não participava) e baixo custo, mas ainda assim equipado com hardware poderoso e a versão mais recente do sistema operacional Android, com atualizações rápidas e garantidas. O resultado é o Nexus 7.
Pequeno por fora, poderoso por dentro
O Nexus 7 pesa 340 gramas, mede cerca de 20 x 12 cm e tem pouco mais de 1 cm de espessura. Por causa da proporção “widescreen” da tela ele é mais estreito que um iPad Mini, e muito mais confortável de segurar com uma mão só, embora seja um pouco mais pesado.
A frente é dominada por uma bela tela LCD IPS de 7 polegadas, com resolução HD (1280 x 780 pixels): é a mesma tecnologia usada pela Apple nos iPhone e iPad, que evita distorção na imagem não importa de que ângulo você olhe para a tela. Logo acima dela fica uma pequena câmera de 1.3 MP, que só pode ser usada para videochamadas: sequer há um aplicativo de câmera instalado no aparelho. A tampa traseira, que não é removível, é feita de um material levemente emborrachado e texturizado.
Os únicos botões são o de liga-desliga e os de volume, na lateral direita, e os únicos conectores são o USB e o de fone de ouvido na parte de baixo. Não há nem um slot para cartões microSD, já que a memória não pode ser expandida. Há modelos com 16 ou 32 GB de memória interna, além de uma versão com 32 GB de memória e modem 3G integrado. Originalmente havia uma versão com apenas 8 GB de memória interna, mas ela parece ter sido descontinuada.
Por dentro o Nexus 7 é bastante poderoso: o processador é um Nvidia Tegra 3 quad-core, rodando a 1.3 GHz e acompanhado por 1 GB de RAM. É basicamente a mesma plataforma do LG Optimus 4XHD, que analisamos recentemente, com o mesmo desempenho em nossos benchmarks. O tablet também tem Wi-Fi (nos padrões b, g e n), GPS, Bluetooth e NFC.
Quem pretende ligar um Nexus 7 à TV vai ficar desapontado: não há uma saída HDMI, e ele não é compatível com a nova tecnologia Miracast, que permite a transmissão de som e imagem para uma TV de alta-definição sem o uso de fios, de forma similar ao “AirPlay” nos aparelhos da Apple. Por enquanto o smartphone Nexus 4 é o único aparelho da família Nexus com suporte a esta tecnologia.
Na caixa você vai encontrar apenas o tablet, um carregador, um cabo USB e os manuais. Não há sequer um par de fones de ouvido. Mas pelo preço não dá para exigir muito: o modelo mais barato, de 16 GB, custa US$ 199 nos Estados Unidos. O de 32 GB sai por US$ 249, e o de 32 GB com 3G por US$ 299. Ou seja, entre 130 e 260 dólares a menos que um iPad Mini de configuração equivalente. O Nexus 7 ainda não está à venda no Brasil, e não há previsão de lançamento além de um vago “2013”.
Sistema “limpo”, e sempre a versão mais recente
O Nexus 7 roda uma versão “limpa” do Android, sem nenhuma modificação por parte do fabricante do hardware ou uma operadora. É o Android “ideal”, na visão da Google. A principal vantagem é a facilidade e a velocidade nas atualizações: o tablet saiu da caixa com o Android 4.1, e logo que se conectou a uma rede Wi-Fi ofereceu a atualização para o Android 4.1.2.
Na manhã seguinte já sugeriu o Android 4.2, que é a mais recente versão do sistema, anunciada no final de Novembro, e logo depois a 4.2.1, que corrige um bug inusitado que fazia o mês de dezembro desaparecer do calendário.
Compare com os fabricantes de smartphones, que lançam aparelhos com um sistema duas ou três gerações atrás da mais atual, demoram meses para liberar uma atualização e às vezes só o fazem em algumas regiões, ou para clientes de determinadas operadoras.
O Android 4.2 tem vários recursos interessantes, como uma versão aprimorada do assistente pessoal Google Now, que agora mostra informações sobre vôos, esportes e até rastreia encomendas para você. Outra novidade interessante é o suporte a múltiplos usuários, que torna mais fácil compartilhar um tablet com várias pessoas na família. Cada usuário tem sua própria tela inicial, apps e configurações, e seus e-mails, fotos e músicas só podem ser acessados por você.
Conteúdo online, mesmo no Brasil
O Nexus 7 é integrado ao serviço de conteúdo da Google, o Google Play. No exterior, além de apps, a loja também oferece filmes, séries, músicas, livros e revistas. Há alguns aplicativos específicos para isso pré-instalados, como o Play Filmes, Play Livros, Play Music e Revistas do Google Play, além da loja de aplicativos Play Store.
O tablet vem com um filme (A Era do Gelo), nove músicas, sete livros e três revistas. No Brasil a Google iniciou há alguns dias a venda de filmes e livros (mas não músicas). Os preços variam: filmes podem custar de R$ 3,90 (locação em definição padrão) até R$ 44,90 (compra em alta-definição). Títulos mais recentes são mais caros, e o catálogo contém vários sucessos do cinema deste ano, como Prometheus, O Espetacular Homem-Aranha e Homens de Preto 3.
Filmes podem ser assistidos na web ou num smartphone ou tablet com Android. No caso da locação o usuário tem até 30 dias para começar a assistir o filme e, depois disso, 24 horas para terminá-lo. Livros também podem ser lidos na web, no smartphone ou no tablet.
Bateria vai além do prometido
Graças ao processador quad-core o Nexus 7 tem desempenho excelente, seja navegando na web, alternando entre aplicativos ou jogando. A tela é ótima para assistir filmes, e games como o novo Need for Speed: Most Wanted rodam muito bem, com belos gráficos cheios de efeitos especiais. Num benchmark com o AnTuTu ele chegou a 12.443 pontos, um pouco à frente de aparelhos como o LG Optimus 4XHD e o Samsung Galaxy S III.
A Google promete uma autonomia de bateria de 9 horas de reprodução de vídeo, 10 horas de navegação na web ou leitura e até 300 horas em espera. Em nosso teste de reprodução de vídeo, feito com o aparelho no modo avião e o brilho da tela em 50%, conseguimos até mais: 12 horas e meia de autonomia. Um número muito bom.
O melhor entre os menores
O Nexus 7 é um dos melhores tablets Android no mercado, e sem dúvida o melhor entre os modelos com tela de 7 polegadas. E, surpreendentemente, também é um dos mais baratos. Pena que ainda não é vendido aqui no Brasil. Mas se você vai viajar para o exterior, ou tem um parente que pode trazer uma encomenda para você, vale a pena correr atrás de um.
Texto extraído de http://pcworld.uol.com.br/reviews/2012/12/11/google-nexus-7-um-pequeno-notavel/
Prevista para ser realizada nesta manhã de terça-feira, 11, no Paço Municipal da Prefeitura de Cataguases, foi suspensa a Licitação do Transporte Coletivo Público Urbano de Cataguases. A decisão foi feita à Procuradoria do Município pouco depois das sete horas da manhã de hoje, através do ofício número 20227/2012 do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, e foi lido pelo Procurador Geral do Município, advogado Roosevelt Pires, na hora prevista do início da Licitação.
Estavam presentes os representantes das empresas habilitadas para o certame (Transportes Coletivos Leo, Viação Bonança e Viação Dorico), mas os da Sereno Tur não compareceram. Após o anúncio da suspensão da licitação o clima de frustração tomou conta dos participantes. Léo Ângelo Farage Martins, proprietário da Transportes Coletivos Leo resumiu o cancelamento da licitação: “é frustrante”. Já Leandro Martins, da antiga Viação Dorico, hoje WM, também foi econômico nas palavras ao avaliar a suspensão do processo licitatório: “Foi péssimo”.
A suspensão da licitação foi feita em caráter liminar “na fase em que se encontra” em atendimento ao processo número 885923 – Denúncia em face do Edital de Concorrência Pública nº 003/2012 – feita pela Viação Bonança. O ofício determina ainda que “esta administração deverá se abster da prática de qualquer ato atinente ao seu prosseguimento até o julgamento final deste feito, mediante comprovação de tal medida a esta Corte no prazo de 05 (cinco) dias, contados na forma do art. 168 do RITCEMG, sob pena de responsabilização com multa diária no valor de R$500,00 (quinhentos reais) até o limite de R$5.000,00 (Cinco Mil Reais), conforme autorização do art. 85, III, LC 102/08”.
O advogado que representa a Viação Bonança, Luiz Wagner Dacache Balieiro, disse ao Site do Marcelo Lopes que a empresa acionou a justiça por entender “existir irregularidades” no Edital de Licitação do Transporte Coletivo Urbano de Cataguases. Segundo revelou, o Edital “não garante o retorno do investimento de meu cliente uma vez que não prevê o reajuste tarifário com base nas planilhas de custos da empresa”. Para o proprietário da Viação Bonança, Oder Ferreira Filho, a paralisação do processo vai “sanar os diversos pontos obscuros no processo que, no nosso entendimento, prejudica a empresa e o bom andamento da Licitação”, disse.
De acordo com Cláudia Aline da Silva Vargas de Faria todo o Edital será analisado pelo Tribunal de Contas do Estado que poderá determinar a publicação de novo Edital e, assim o recomeço de todo o processo, ou pedir sejam feitas as correções para, em seguida, dar sequência ao seu andamento. “Pode demorar uma resposta definitiva do Tribunal, mas é muito improvável que uma solução seja conhecida ainda este ano”, disse a responsável pelo setor de Licitação da Prefeitura de Cataguases.
(Reuters) - A Casa Branca e o gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, realizaram mais negociações na segunda-feira sobre como quebrar o impasse do "abismo fiscal", uma série de aumentos tributários e cortes orçamentários prevista para entrar em vigor no próximo mês.
Nenhum dos dois lados deu qualquer sinal público de que está pronto para ceder. Um assessor da liderança republicana na Câmara afirmou que "não há acordo ou qualquer coisa como isso" sobre uma resolução para as questões do abismo fiscal.
No Capitólio, entretanto, há indicações de que estão acontecendo preparações para uma rápida avaliação legislativa de um acordo, se ele for alcançado em breve.
O cenário mais discutido --que não é nada mais substancial do que isso-- mostra os democratas conseguindo os aumentos tributários que defendem sobre os mais ricos em troca de concessões significativas que ajudariam a reduzir os custos do Medicare, o programa de saúde do governo para os mais velhos.
No ano que vem democratas e republicanos vão também trabalhar juntos em uma reforma tributária abrangente com o objetivo de conseguir mais receitas para o governo, em parte eliminando algumas isenções fiscais.
Como as discussões sobre redução do déficit entre Boehner e o presidente Barack Obama mostraram em 2011, negociações que parecem promissoras em um dia podem desmoronar no outro.
E se Obama e Boehner concordarem com tal pacote, os dois terão que vender o plano a legisladores democratas e republicanos no Senado e na Câmara.
De acordo com um assessor democrata, ambos os lados também estão conversando sobre incluir um aumento na capacidade de empréstimo dos EUA.
Sem tal aumento, o Tesouro deve atingir seu limite de empréstimo de 16,4 trilhões de dólares até o final do ano e ficar sem passos criativos para adiar um default já em meados de fevereiro.
Economistas dizem que entrar no abismo fiscal pode jogar a economia dos Estados Unidos de volta a uma recessão.
Em uma viagem a Michigan para angariar apoio a sua postura, Obama disse estar disposto a se comprometer com algumas coisas, mas não abre mão da exigência de que os republicanos deem apoio a um aumento nos impostos para os 2 por cento de norte-americanos mais ricos.
"O que você precisa é de um pacote que mantenha os impostos como estão para famílias de classe média, fazemos alguns duros cortes de gastos em coisas que não precisamos, e então pedimos aos americanos mais ricos que pagem uma taxa ligeiramente mais alta", disse Obama.
Na segunda-feira, o porta-voz de Boehner, Michael Steel, afirmou que os republicanos ainda aguardavam que o presidente fizesse uma nova oferta que identifique os cortes de gastos que ele fará nas negociações de redução de déficit.
Boehner e a liderança republicana na Câmara entregaram seus termos para um acordo à Casa Branca na semana passada, depois de Obama apresentar sua proposta. Ambos os lados buscam reduzir os déficits orçamentários em mais de 4 trilhões de dólares nos próximos 10 anos, mas diferem drasticamente sobre como chegar lá.
Boehner e os republicanos são contra qualquer aumento de imposto e preferem encontrar novas receitas fechando buracos e limitando deduções.
O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, suspendeu, nesta manhã de terça-feira, 11, a realização da Licitação Pública de Transporte Coletivo Urbano de Cataguases.
Reportagem completa daqui a pouco.
Agência Brasil
Rio de Janeiro - A partir de ontem (10), produtores rurais que preservam vegetação nativa em suas propriedades poderão ganhar dinheiro negociando, por meio de uma plataforma online, contratos de compra e venda de Cotas de Reserva Ambiental Futura (Crafs).
Os contratos de compra e venda serão negociados na bolsa de valores ambientais BVRio (Bolsa Verde do Rio de Janeiro). Criada há um ano com o apoio da Secretaria de Estado do Ambiente e da prefeitura do município do Rio de Janeiro, a BVRio iniciou hoje as suas atividades, possibilitando que – por meio de operações de mercado - produtores e proprietários rurais possam ganhar dinheiro preservando a vegetação nativa de seus imóveis. A tendência é que, com o tempo, a bolsa se nacionalize, embora as negociações devam ocorrer entre produtores de um mesmo estado.
A BVRio foi criada objetivando atender às necessidades e exigências contidas no novo Código Florestal, que determina que todos os imóveis rurais são obrigados a manter uma reserva legal (RL) – área de vegetação nativa.
A legislação permite também que aqueles que têm reserva legal excedente à sua obrigação possam transformá-la em cotas de reserva ambiental e, posteriormente, vendê-las a quem tem déficit de RL. A obrigação de reserva legal varia de 20% a 80% da área dos imóveis, dependendo do bioma e do estado onde estão as propriedades.
O presidente executivo da BVRio, Pedro de Moura Costa, disse que a iniciativa de criar a bolsa verde tem o objetivo de criar um mecanismo de mercado para ajudar no cumprimento da lei da maneira mais eficiente e barata possível. “As leis existem para serem cumpridas, a gente quer remover as dificuldades inerentes ao cumprimento das leis ambientais, sendo a primeira iniciativa a das cotas de reservas ambientais”.
O executivo disse que as taxas de administração são as praticadas pelo mercado e vão variar, de acordo com o tamanho da área, entre 1% a 3% do valor da transação. “Este é um mercado de centenas de bilhões de reais, podendo chegar a meio trilhão de reais. Vai depender de preço, de liquidez. A gente está tentando criar mais liquidez o tempo todo para que isto realmente se manifeste e a gente efetivamente possa remunerar aqueles que conservam suas florestas”.
Mesmo com as estruturas regulatória e tecnológica do Cadastro Ambiental Rural (CAR) ainda em processo de implementação, os produtores e proprietários rurais, segundo Moura Costa, podem negociar as Crafs na BVRio.
O pagamento só ocorre na entrega das cotas para o comprador. Assim, comprador e vendedor reduzem riscos e, ao mesmo tempo, criam um mercado para a Crafs, passando a conhecer demanda e oferta de preços por cotas.
Produtores rurais de todo o país começaram a se cadastrar na plataforma da BVRio em maio, iniciando o processo de formação de mercado e definição de preços. Na primeira semana de dezembro, a BVRio tinha mais de 300 produtores cadastrados para negociação de Crafs. A partir desta semana, eles podem começar a fechar negócios.