No aniversário de seus 115 anos, Belo Horizonte pode comemorar esta boa notícia: a capital mineira está entre as seis cidades que mais geram riqueza no país e, nesta mesma classificação, nove cidades de Minas Gerais estão entre os 100 municípios que possuem o maior Produto Interno Bruto (PIB).
As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (12) e compõem o estudo do PIB por municípios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados se referem aos anos de 2009 e 2010. No estudo do PIB dos Municípios de Minas Gerais 2010, divulgado pelo Centro de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro, Belo Horizonte também está em primeiro lugar, sendo responsável por 14,7% da geração de renda de todo o Estado.
Segundo o levantamento do IBGE, no ranking dos seis municípios que mais geraram renda em 2010 e onde residem 13,7% da população brasileira, Belo Horizonte ficou na quinta colocação, totalizando renda de R$ 51,6 bilhões, o que representa 1,4% do PIB do país. Juntos, os seis maiores municípios (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus) responderam por 25% de todo o PIB brasileiro em 2010.
Excluindo-se as seis maiores capitais, outros 11 municípios destacaram-se por gerar, individualmente, mais de 0,5% do PIB nacional, agregando 8,6% da renda gerada no país. É o caso de Betim, que, em 2010, gerou renda de R$ 28,2 bilhões e teve participação de 0,8% no Produto Interno Bruto. O município mineiro, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ficou em 15º lugar no ranking dos 100 municípios brasileiros que possuem o maior Produto Interno Bruto.
Os outros sete municípios mineiros na lista dos cem maiores geradores de riqueza são Contagem, na 24ª colocação, Uberlândia, 26ª, Juiz de Fora, 67ª, Ipatinga, 75ª, Uberaba, 78ª, Itabira, 81ª, e Sete Lagoas, 98ª.
Outras cidades que se destacaram na classificação foram Itabira e Ouro Preto, que aumentaram sua participação nas contas nacionais em 0,2% e 0,1%, respectivamente.
Na pesquisa do IBGE, Minas também é líder no ranking dos estados com maior participação no PIB do campo. O Estado é responsável por mais de 15% do total do PIB agropecuário brasileiro, o que representa cerca de R$ 25,6 bilhões. Clique ao lado para ler a notícia.
BH também se destaca no PIB estadual, com 14,7%
Na classificação do PIB dos Municípios de Minas Gerais 2010, da Fundação João Pinheiro, Belo Horizonte, em primeiro lugar, é seguida por Betim, que manteve a segunda colocação, com taxa de participação de 8,1%. Contagem aparece em terceiro no ranking (5,3%), seguido dos municípios de Uberlândia (5,2%) e Juiz de Fora (2,4%). Juntos, estes cinco municípios concentraram 35,6% do PIB do Estado em 2010.
Na tabela, algumas alterações foram percebidas em relação à sondagem anterior (2008/2009). O município de Itabira, por exemplo, aumentou sua participação de 0,9% para 2,0% no PIB do Estado, subindo da 15ª posição, em 2009, para a oitava, em 2010.
A participação relativa de Ouro Preto também registrou variação expressiva ao passar de 0,7% em 2009 para 1,6% em 2010, subindo nove posições e ocupando a 10ª colocação no ranking. Em relação a 2008, porém, quando ocupava a 11ª colocação, subiu apenas uma posição.
“Itabira e Ouro Preto são municípios predominantemente mineradores e, assim como outros municípios também focados neste segmento, foram intensamente afetados pela crise iniciada em 2008 e diretamente beneficiados pela recuperação desta atividade em 2010”, explica a coordenadora do estudo, Maria Aparecida Sales.
PIB per capita estadual
O PIB per capita médio estadual foi calculado em R$ 17.932 em 2010. Dos 853 municípios mineiros, 107 ficaram acima desta média. O valor per capita Belo Horizonte (R$ 21.748) superou o estadual. Confins, Araporã e São Gonçalo do Rio Abaixo registraram os três maiores valores do PIB per capita de Minas Gerais.
O crescimento nominal da economia mineira em 2010 em relação a 2009 foi de 22,4%, sendo 12,4% resultado da elevação do nível geral de preços e 8,9% do incremento real do volume produzido no estado.
Este comportamento esteve fortemente associado ao desempenho das atividades da mineração, que apresentaram recuperação da crise de 2008/2009 e resultaram, de maneira geral, no crescimento expressivo do PIB dos municípios mineradores. Da mesma forma, a indústria de transformação também teve comportamento expansivo, em especial nas cadeias produtivas dos metais (metalurgia e siderurgia).
Em nível regional, o grau de concentração da riqueza econômica permaneceu praticamente igual ao período anterior (2009), com destaque para as regiões Central, Triângulo e Sul de Minas.
Disponível no sítio da instituição, a publicação apresenta os resultados do PIB, do PIB per capita e os valores adicionados da agropecuária, indústria, serviços e administração pública para os municípios mineiros em 2010, além dos valores revisados de 2009.
Fonte: Agência Minas
A população de Santana de Cataguases está às voltas com a renovação do contrato de abastecimento de água com a Copasa, já expirado, e com audiências públicas para a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico. Os temas voltaram ao debate nesta terça-feira, quando aconteceu a segunda assembleia em que foram feitas novas sugestões sobre o assunto que servirá de base para que o município faça as adequações necessárias ao cumprimento da legislação ambiental.
De acordo com o Secretário Municipal de Administração e Finanças de Santana de Cataguases, Antônio Carlos Cançado Milani, a Prefeitura enviou à Câmara Municipal o contrato para renovação por trinta anos com a Copasa “exclusivamente para o tratamento e abastecimento de água”, frisou. Ele acrescentou que nada vai mudar no que diz respeito a tarifas e à forma como o serviço é feito. “Nós apenas estamos reivindicando da Copasa que ela coloque aqui um veículo, que não tem até hoje. Os demais itens do contrato estão mantidos”, garantiu. O documento chegou nesta terça-feira, 11, à Câmara Municipal (foto abaixo), conforme informou o secretário daquela Casa, Rodrigo Chaves. “O Projeto está nas Comissões e deverá ser votado em plenário na próxima sessão”, acrescentou.
Também na terça-feira, aconteceu a segunda de três audiências públicas que a AGEVAP – Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul – está realizando em Santana de Cataguases. A Agevap é um braço executivo do Comitê da Bacia do Rio Paraíba do Sul que recebe e aplica os recursos arrecadados com a cobrança pelo uso da água na bacia. Esta instituição está elaborando em conjunto com a população e sem ônus para o município, conforme informou Antônio Carlos, o Plano Municipal de Saneamento Básico que tem como objetivo a universalização do serviço público de saneamento básico. Depois de concluído, irá abranger os serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário, a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e a drenagem e manejo das águas pluviais, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Lei Federal Nº 11.445/07 artigo 19.
Antônio Carlos informou que o município de Santana de Cataguases tem prazo legal até 2017 para se adequar às normas ambientais como, por exemplo, o tratamento do esgoto. “Assim que o Plano de Saneamento Básico estiver concluído é que a Prefeitura começará a agir, ou seja: vai trabalhar no sentido de viabilizar as ações ali planejadas, como a construção da estação de tratamento de esgoto para não descumprir a legislação federal e estar com tudo em dia em 2017”, completou.
BBC Brasil
Brasília - O Tribunal Penal Internacional em Haia, na Holanda, condenou nesta quarta-feira (12) o ex-chefe de inteligência sérvio-bósnio Zdravko Tolimir à prisão perpétua. Tolimir foi condenado por seu papel no Massacre de Srebrenica, em 1995, que ocorreu durante a Guerra da Bósnia (1992-1995).
Os juízes consideraram Tolimir culpado pelo assassinato de mais de 7 mil homens e meninos muçulmanos. O massacre é descrito até hoje como a pior atrocidade cometida na Europa desde a 2ª Guerra Mundial.
Tolimir, que atuou como seu próprio advogado de defesa, argumentou que o que ocorreu em Srebrenica foi uma "ação militar contra terroristas". O ex-chefe de inteligência era um colaborador próximo do general Ratko Mladic, comandante militar servo-bósnio que também está sendo julgado em Haia.
Agência Brasil
Brasília - O Congresso Nacional aprovou hoje (12) requerimento para votação em regime de urgência dos vetos da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei que trata da redistribuição dos recursos dos royalties do petróleo. Com isso, a votação dos vetos ficou marcada para a próxima terça-feira (18), em sessão conjunta dos deputados e senadores.
Na votação na Câmara foram 348 votos favoráveis à urgência, 84 contrários e uma abstenção. No Senado, foram 60 votos favoráveis e sete contrários. O requerimento encabeçado pelo deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) e assinado por grande número de deputados e senadores foi aprovado e, com isso, os vetos relacionados aos royalties passam na frente de cerca de 3 mil vetos presidenciais, que estão na fila de apreciação no Congresso.
Representantes das bancadas do Rio de Janeiro e do Espirito Santo, estados produtores de petróleo e maiores prejudicados pela redistribuição de royalties aprovada pelo Congresso, tentaram impedir por todos os meios que o requerimento fosse apreciado e aprovado. No entanto, a maioria, que representa os outros 24 estados e o Distrito Federal, se mostrou unida e aprovou o requerimento, que significa a primeira votação, o que serve de termômetro para a derrubada dos vetos.
Parlamentares do Rio e do Espirito Santo ameaçam recorrer ao Supremo Tribunal Federal para impedir a votação da próxima semana. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) reclamou do que chamou de desrespeito aos regimentos das duas casas e da Constituição. Ele reconheceu que os estados não produtores de petróleo são maioria, mas criticou o açodamento (agir de modo inadequadamente rápido) na votação do requerimento. “Uma maioria não pode passar por cima do Regimento e da Constituição”, disse.
O Boletim PAD 2011 - Hábitos de vida saudável, lançada nesta quarta-feira (12), pelo Centro de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro, revela um recorte inédito e importante das condições e hábitos de saúde da população mineira, que ajudará a subsidiar os órgãos estaduais para o planejamento de políticas de conscientização neste segmento.
Baseado nos resultados da segunda edição da Pesquisa por Amostra de Domicílios de Minas Gerais (PAD-MG), realizada em 2011, o estudo apurou, de forma inédita no país, as doenças crônicas que acometem a população mineira e analisou os comportamentos de risco, como consumo de bebidas alcoólicas e tabaco, que contribuem para a instalação e agravamento dessas condições recorrentes. Foram também investigados hábitos como a prática de atividades físicas, a realização de exames preventivos e a alimentação saudável.
Os estudos foram feitos de forma regional, a fim de que se possa apoiar a elaboração de políticas públicas com foco específico na necessidade de cada região do Estado.
A pesquisa apurou que, em 2011, 68,3% da população mineira acima de 14 anos tinha o hábito de consumir regularmente frutas, verduras e legumes, enquanto 54,1% removiam a gordura visível da carne antes do consumo. Na contramão dos hábitos de vida saudáveis, somente 13,9% da população realizava atividades físicas de forma suficiente em seu tempo livre, 25% consumiam bebidas alcoólicas regularmente e 13,5% eram fumantes em Minas Gerais no ano passado.
Maioria está livre de doenças crônicas
Considerando a presença ou não de doenças crônicas, o estudo observou que a grande maioria da população de Minas Gerais acima de 14 anos (66,1%) estava livre das patologias investigadas.
“Assim como no Brasil, Minas Gerais vem passando por profundas transformações demográficas, epidemiológicas, econômicas e culturais. A proporção de idosos na população tem aumentado e, além disso, as pessoas mudaram muito seu estilo de vida. Cada vez mais as doenças crônicas aumentam sua participação na mortalidade e morbidade da população. Por isso, é muito importante conhecê-las”, explicou a pesquisadora do Centro de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro, Mirela Camargos.
Entre as 5,3 milhões de pessoas que sofriam das doenças crônicas pesquisadas, a hipertensão arterial prevalecia, atingindo 19,7% dos mineiros, seguida de doenças da coluna (12,4%), doenças cardíacas (5,6%), depressão (5,5%), artrite ou reumatismo (5,2% ), bronquite ou asma (3,9%), insuficiência renal (2,2%) e, em menor escala, câncer (0,7%) e tuberculose (0,2%).
Como esperado, a prevalência dessas patologias varia de acordo com a faixa etária, atingindo com mais frequência pessoas em idades mais avançadas. No caso da hipertensão arterial, por exemplo, a prevalência foi de 58,3% entre a população idosa.
A ocorrência dessas doenças também apresenta variações em relação ao gênero. Com exceção da tuberculose, as patologias crônicas investigadas atingem mais a população feminina. As maiores diferenças entre homens e mulheres foram observadas para hipertensão arterial (16,4% contra 22,8%), depressão (3,0% contra 7,8%) e artrite ou reumatismo (3,3% contra 7,0%).
Alerta para os comportamentos de risco
Um dos principais causadores de doenças crônicas, o tabaco, era consumido no estado, em 2011, por 13,5% da população acima de 14 anos. Entre os 2 milhões de fumantes mineiros, cerca de 750 mil eram mulheres (representando 9,4% do total de mulheres acima de 14 anos de idade) e 1.350.000 eram homens (representando 17,9% do total de homens acima de 14 anos).
Do total de tabagistas, 52,8% eram fumantes leves (1 a 10 cigarros/dia), 35,1% eram fumantes moderados (11 a 20 cigarros/dia) e 10,2% eram fumantes severos (21 ou mais cigarros/dia). Entre as mulheres tabagistas, 7,8% eram fumantes severos, enquanto, para os homens, esse percentual era de 11,5%.
“A idade média do consumo do primeiro cigarro é de 16 anos. Observamos com isso que, além de criarmos políticas públicas para os adultos, é necessária a criação de campanhas voltadas para os jovens, para que não iniciem, ou larguem o hábito”, afirmou a pesquisadora do CEI/FJP, Juliana Riani.
Em relação ao consumo de álcool, os dados mostram que aproximadamente 25% da população acima de 14 anos de idade no estado, ou seja, 4 milhões de indivíduos, consomem bebidas alcoólicas, mesmo que esporadicamente ou em pouca quantidade. Destes, 8,3% consumiam em 2011 mais de 40 doses/mês, o que configura consumo pesado de bebida alcoólica.
O estudo verificou também que 7,5% da população maior de 14 anos (300 mil pessoas) bebia diariamente. Considerando-se aqueles que consumiam bebidas alcoólicas de três a cinco vezes por semana, frequência também considerada alta, este percentual sobe para 9,4% (360 mil pessoas). Isso significa que aproximadamente 17% da população mineira (660 mil pessoas) na faixa etária analisada consumia bebida alcoólica pelo menos três vezes por semana.
Comportamento preventivo inclui exames e exercícios
A pesquisa da Fundação João Pinheiro apurou também que 24% dos indivíduos com mais de 14 anos praticavam atividades físicas em 2011. Destes, 24,7% realizam algum tipo de exercício diariamente, 33,3% de três a cinco vezes por semana, 30,8% de uma a duas vezes por semana e 11,2% menos de três vezes ao mês.
“A maior concentração de pessoas que não praticam atividades físicas de forma suficiente, nem de forma insuficiente, está localizada nas regiões do Jequitinhonha/Mucuri, Rio Doce e Noroeste. Em contrapartida, as regiões Sul, Alto Paranaíba, Norte e Centro-Oeste são as que apresentam o maior percentual de pessoas que realizam exercícios com frequência”, observou Riani.
Quanto ao hábito de realizar exames preventivos, cerca de 77% dos indivíduos maiores de 14 anos de idade tiveram, em 2011, sua pressão arterial aferida em um período menor que um ano. No universo da população pesquisada, 56,1% também realizou exames de colesterol e glicose, considerando o mesmo intervalo de tempo.
Alimentação saudável para a maioria da população
Em relação aos hábitos alimentares, dois terços da população maior de 14 anos consumia de maneira regular frutas, legumes e verduras e 95,9% dos indivíduos consumiam carne vermelha, sendo que 23,9% destes o faziam diariamente.
Entre aqueles que consumiam carne vermelha ou de frango regularmente, 45,9% não removiam a gordura ou pele do alimento antes da ingestão. Já entre os 82,3% dos mineiros que tinham o hábito de consumir leite regularmente, 85% (duas a cada três pessoas) utilizam o de vaca com teor integral de gordura.
A PAD-MG, desenvolvida em parceria com o Escritório de Prioridades Estratégicas e com apoio do Banco Mundial e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), é realizada a cada dois anos com o objetivo de conhecer em profundidade as características socioeconômicas, demográficas e culturais da população mineira.
A pesquisa tem representatividade para as 12 mesorregiões do estado, para as dez regiões de planejamento e também para as regiões urbanas e rurais de Minas Gerais e do Grande Norte (conjunto das regiões de planejamento Norte, Jequitinhonha/Mucuri e Rio Doce). Na edição de 2011, a amostra foi composta por 18 mil domicílios, distribuídos por 428 municípios.
Fonte: Agênca Minas