Agência Brasil
Brasília – O Banco Central (BC) reduziu a estimativa para o crescimento da economia este ano. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 1,6% para 1%. A informação consta do Relatório de Inflação, divulgado hoje (20) pelo BC.
Em setembro, a projeção para o crescimento da economia em 2012 já tinha sido revisada de 2,5% para 1,6%. Em junho, havia passado de 3,5% para 2,5%.
Com a economia em ritmo mais lento do que o esperado, o governo tem adotado uma série de medidas para estimular a atividade. Entre elas, há ações para incentivar o consumo e ao investimento. Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu a taxa básica de juros, a Selic, de agosto de 2011 até outubro deste ano. Em novembro, o comitê optou por manter a Selic em 7,25% ao ano.
A projeção para o crescimento do PIB no período de quatro trimestres encerrado em setembro de 2013 é 3,3%, 2,4 ponto percentual superior ao resultado registrado, no mesmo tipo de comparação, no terceiro trimestre deste ano.
Nesta quinta-feira (20), serão colocados 5 mil ingressos extras para a comemoração de término das obras de modernização do Mineirão, com show da banda Jota Quest, que acontece às 20h, nesta sexta-feira (21).
Os 15 mil ingressos colocados à disposição esgotaram na tarde desta quarta-feira (19). Com esse acréscimo, serão distribuídos, no total, 60 mil ingressos para as visitações do público ao estádio nesta sexta-feira, sábado (22) e domingo (23)
Os ingressos deverão ser trocados por um quilo de alimento não perecível, excluindo sal e fubá. Cada pessoa terá direito a trocar até quatro ingressos. A troca pode ser feita até esta quinta-feira (20), último dia, de 9h às 17h, no estacionamento do Mercado Central e no edifício Gerais, na Cidade Administrativa.
A Secretaria Extraordinária para a Copa do Mundo (Secopa) afirma que ainda há ingressos para as visitas no sábado e domingo.
No sábado, estarão disponíveis 20 mil entradas para dois turnos de visita: 10 mil para o primeiro grupo de 12h às 15h e a outra metade para as visitas do período de 15h às 18h.
No domingo, outros 20 mil visitantes poderão conhecer o novo estádio entre 10h e 16h, com primeiro passeio no período de 10h às 13h e outro de 13h às 16h. Jovens com menos de 16 anos devem estar acompanhados pelos responsáveis.
Fonte: Agência Minas
Poucos municípios de Minas Gerais receberão verbas para se preparar para a temporada de chuvas. Dos 853 municípios do estado convocados neste ano a apresentar projetos de prevenção de danos provocados por temporais, apenas quatro cidades entregaram planos e têm verba assegurada para obras de drenagem em 2013. Além de Belo Horizonte – onde será feita a requalificação urbana e ambiental do Ribeirão Arrudas – Muriaé, na Zona da Mata, Contagem e Betim, ambas na região metropolitana, compõem a lista. O pacote de intervenções custará R$ 546,2 milhões. Outros R$ 230,8 milhões serão destinados a intervenções para contenção de encostas em 18 cidades que tiveram problemas no último período chuvoso. Metade dos municípios está localizada na Região Sudeste do estado, historicamente castigada por temporais. Quatro são da Região Central, três da Grande BH e duas do Vale do Rio Doce.
As duas ações de prevenção somam R$ 777 milhões, recurso captado neste ano pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru) junto ao Ministério das Cidades. Um projeto desenvolvido por Caratinga, no Vale do Rio Doce, está fora do pacote de intervenções, mas também será desenvolvido no ano que vem. Trata-se de uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 1, que já estava em negociação direta com o governo federal e teve a gestão repassada para o governo do estado.
Essa é a primeira vez que o governo de Minas pleiteia à União uma verba destinada especificamente para prevenção dos problemas que chegam quando as enchentes causam problemas nos municípios como alagamentos e inundações. Até o ano passado, todos as cidades afetadas por temporais decretavam estado de calamidade e conseguiam recursos da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), específicos para a resposta imediata às catástrofes. “Em fevereiro deste ano, começamos a convocar os municípios a apresentar seus projetos estruturantes de prevenção para intermediarmos a captação de recursos com o governo federal. Identificamos, no entanto, que apenas quatro entre 853 tinham planos adequados”, afirmou o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, Bilac Pinto. O anúncio dos investimentos foi feito ontem durante apresentação do balanço das ações de 2012 e as metas para 2013.
Metodologia
A mudança na metodologia, de acordo com a assessora especial da Sedru, Edicleusa Veloso, é fundamental para o sucesso das ações. Segundo ela, os 103 municípios que tiveram o decreto de calamidade pública em 2012 receberam verbas ao longo do ano somente para ações imediatas, como construções de pontes de madeira, compra de colchões e mantimentos. “Com as ações de prevenção, teremos obras contínuas e que vão resolver não só o problema de um de terminado bairro, mas sim de toda a cidade e até mesmo da região no entorno.”
Em Muriaé, cidade fortemente castigada pelas chuvas todos os anos, cerca de R$ 300 milhões serão aplicados no controle de cheias nas bacias dos rios Preto e Muriaé. Em Betim, a calha do rio de mesmo nome será ampliada e recuperada. Para Contagem está prevista a implantação de quatro bacias de detenção no Córrego Riacho das Pedras. A portarias liberando recursos foram publicadas em outubro e novembro. Nos municípios onde haverá contenção de encostas, o estado vai dar apoio técnico aos gestores para licitar os projetos básicos, executivos e obra, além de contribuir para o desenvolvimento de um plano de redução de riscos, remoção de famílias ou implantação de estruturas de contenção em áreas de risco.
Fonte: Estado de Minas
(Reuters) - A possibilidade de adiar a data de posse do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que se recupera de uma cirurgia contra o câncer, colocou em conflito o governo e a oposição, que exige respeito aos prazos legais e defende convocar novas eleições se o mandatário não tiver condições de assumir o cargo até 10 de janeiro.
O militar aposentado de 58 anos está há mais de uma semana no hospital após uma cirurgia e na segunda-feira sofreu uma infecção respiratória que já foi controlada, disse o governo, acrescentando que ele deve permanecer em repouso absoluto nos próximos dias, o que levanta dúvidas adicionais sobre sua recuperação.
"Agora estamos concentrados em oração, em fé, no tratamento médico, científico, do melhor do mundo, para que nosso comandante-chefe e presidente cumpra em 10 de janeiro o sagrado dever que o povo lhe deu de jurar o próximo mandato", disse o vice-presidente, Nicolás Maduro.
A Constituição venezuelana estabelece que o presidente recentemente reeleito para um novo mandato, que o levará a governar até 2019, deve fazer um juramento diante da Assembleia Nacional em 10 de janeiro.
O também chanceler reafirmou que o governo trabalha "sobre esse cenário de sua recuperação, com absoluta lealdade".
Contudo, o chefe da Assembleia da Venezuela, Diosdado Cabello, acredita que a posse de Chávez poderia ser adiada, porque a vontade do povo é mais importante do que uma data especificada na Constituição.
"Você não pode prender a vontade de um povo a uma data. Então, se você não faz naquele dia, se não for no 10 (de janeiro), a vontade de 8 milhões de pessoas não vale?", disse Cabello, que também é líder do partido governista PSUV, segundo o jornal El Nacional nesta quarta-feira.
O político, que como presidente do Poder Legislativo teria a responsabilidade de convocar novas eleições se Chávez não assumir em janeiro, disse estar expressando sua opinião pessoal sobre o que estabelece a Constituição.
Cabello disse que o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) ainda não fez um pedido de adiamento do dia da posse, pois o cenário que se coloca neste momento é que o presidente estará de volta no início do ano.
Chávez está há 14 anos à frente do poder na potência petrolífera e, nesse período, conduziu o país a um modelo socialista montado quase que exclusivamente sobre sua enorme popularidade. Em 2011, ele foi diagnosticado com câncer na região pélvica e desde então tem estado dentro e fora da arena pública.
NINGUÉM DESEJA ANARQUIA
Deputados opositores rejeitaram essa posição ao insistir que Chávez deve voltar ao país para assumir ou terão que convocar eleições em 30 dias, segundo o artigo 233 da Constituição.
"A lei é a ordem e a ordem é a paz. Estamos obrigados a respeitar a Constituição sem atalhos nem situações porque isso poderia levar a uma anarquia que ninguém deseja", disse à Reuters o deputado opositor Hiram Gaviria.
O Parlamento está pronto para empossar Chávez nessa data num evento que deve ser celebrado estritamente no território venezuelano, acrescentou.
Maduro disse que diante de qualquer dúvida, o responsável por resolver o caso é o Supremo Tribunal de Justiça, por meio da Corte Constitucional.
"Se for necessário vocês sabem que a Corte Constitucional é uma reserva jurídica e moral da República e estamos seguros que está lá, pronta para qualquer consulta", acrescentou, sem acabar com as dúvidas sobre o governo considera essa possibilidade.
INFECÇÃO
Chávez surpreendeu os venezuelanos na semana passada quando, antes de ir a Cuba para uma quarta cirurgia, temporariamente entregou as rédeas do governo ao vice-presidente Maduro e pediu para votarem nele caso sejam convocadas eleições presidenciais.
A cirurgia, que durou seis horas e teve outras complicações, não permitiu que o mandatário venezuelano se comunicasse diretamente com o povo como costumava fazer, mesmo após a vitória esmagadora do seu partido nas eleições regionais de domingo.
Desde que Chávez anunciou uma nova recorrência do câncer, a pergunta óbvia no país da América do Sul é se o presidente será capaz de tomar posse em três semanas.
A Constituição venezuelana, alterada em 2009 para permitir a reeleição contínua do presidente e governadores, diz que, se um candidato eleito não puder assumir, novas eleições devem ser realizadas em um prazo de 30 dias.
Mas também determina que "se por qualquer motivo ocorrido, o presidente da República não puder tomar posse perante a Assembleia Nacional, o fará perante o Supremo Tribunal de Justiça", o que de acordo com alguns juristas permitiria que Chávez fizesse o juramento na Embaixada da Venezuela em Havana, na presença de juízes.
Um funcionário do governo com conhecimento da saúde de Chávez disse que "o prognóstico do câncer não é bom". "Chávez está passando por uma situação muito degradante do ponto de vista humano... Seria um milagre conseguir jurar em 10 de janeiro", acrescentou o funcionário, que pediu anonimato.
Agência Brasil
Brasília – Por causa do impasse provocado pelo debate em torno da votação dos vetos da Presidenta Dilma a artigos da lei dos royalties do petróleo e a não aprovação do Orçamento antes do final do ano legislativo, o governo iniciará o ano que vem com cerca de R$ 30 bilhões disponíveis dos chamados restos a pagar relativos a recursos de orçamentos de anos anteriores que foram empenhados mas não foram pagos.
Segundo o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), dos R$ 30 bilhões que o Executivo tem para gastar enquanto o Orçamento não for aprovado, R$ 12 bilhões são referentes a investimentos em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Desse montante, segundo Pimenta, R$ 4,7 bilhões estão no orçamento do Ministério das Cidades; R$ 3,7 bilhões no do Ministério dos Transportes; R$ 1,6 bilhão no Ministério da Saúde; e R$ 1,3 bilhão no Ministério da Integração Nacional.
“O governo pode liberar esse dinheiro a partir de janeiro para o pagamento de obras em andamento. O dinheiro não poderá ser utilizado para novos investimentos”, explicou o deputado Paulo Pimenta. “O estoque de recursos a pagar dá para as empresas continuarem suas obras ainda por uns três meses”, acrescentou.
Com a indefinição criada a partir da liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux sobre a ordem de apreciação dos vetos pendentes no Congresso, não há previsão para a votação do Orçamento de 2013. Segundo entendimento dos presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS) e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a proposta orçamentária só poderá ser analisada depois da votação dos mais de 3 três mil vetos. A primeira sessão do Congresso depois do recesso de fim do ano está marcada para o dia 5 de fevereiro.