Agência Brasil
São Paulo – As vendas na semana do Natal (de 18 a 24 de dezembro) cresceram 5,1% em todo o país, na comparação com o mesmo período de 2011. Os dados, divulgados hoje (26), são do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. No ano passado, o crescimento das vendas na mesma semana, em relação a 2010, chegou a 2,8%.
Na cidade de São Paulo, as vendas na semana do Natal superaram o resultado nacional: cresceram 5,4% em relação a 2011. No ano passado, o aumento, em comparação a 2010, foi 3,2%.
Segundo a Serasa Experian, o bom crescimento das vendas na semana do Natal foi decorrente da antecipação do consumo favorecido pelo final de semana prolongado. Também nas vendas do fim de semana, o resultado foi superior ao verificado em 2011.
“As promoções do varejo, em termos de facilidades de pagamento, inclusive para produtos mais baratos, ajudaram a elevar as vendas na data. De forma geral, o resultado das vendas do varejo para o Natal 2012 pode ser considerado bom, diante do cenário de fraco crescimento da economia”, disse a entidade em nota.
(Reuters) - A unificação das duas Coreias poderia custar até 7 por cento do PIB anual sul-coreano em uma década, mas o Sul se beneficiaria em vários aspectos, tais como o acesso à mão de obra barata e aos recursos do Norte, destacou nesta quarta-feira o Ministério das Finanças da Coreia do Sul.
A Coreia foi dividida depois do fim da Segunda Guerra Mundial em uma parte Norte, de regime comunista-stalinista, e outra Sul, de sistema capitalista, que são ferrenhamente rivais desde a Guerra da Coreia (1950-53).
Ambas as Coreias se consideram as líderes legítimas do povo coreano. Embora não pareça haver possibilidade de unificação num futuro próximo, a população das duas partes nutre essa esperança.
O Ministério das Finanças informou em um relatório de estratégia de política econômica de médio e longo prazo que se as duas Coreias se unificarem nos próximos oito anos, a Coreia do Sul provavelmente vai gastar de 1 a 7 por cento de seu Produto Interno Bruto (PIB) a cada ano para bancar a mudança, num período de 10 anos.
"A unificação vai contribuir para a expansão do potencial de crescimento da economia por meio de mais trabalho, investimentos, produção e cooperação econômica", apontou o ministério no relatório.
Sete por cento do PIB da Coréia do Sul no ano passado, de 1.235 trilhão de won coreanos (1,15 trilhão de dólares) equivalem a 80,62 bilhões dólares.
As estimativas refletem os custos no curto prazo, ou até 2020.
Embora as relações entre o Norte, que por duas vezes testou armas nucleares, e o Sul tenham permanecido ruins nos últimos anos, elas poderiam melhorar em breve.
A presidente recém-eleita da Coreia do Sul, a conservadora Park Geun-hye, disse que poderia manter conversas com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, mas ela quer que o Norte, que é pobre e isolado do mindo exterior, desista de seu programa de armas nucleares como uma pré-condição para a ajuda, algo que o Norte se recusa a fazer.
Park assume o cargo em fevereiro.
Agência Brasil
Brasília – Nos primeiros meses de 2013, os negociadores internacionais retomarão as conversas em busca de acordos globais sobre mudanças climáticas que levarão a uma proposta comum a ser fechada até 2015. O acordo refere-se à Plataforma Durban - em substituição ao segundo período do Protocolo de Quioto -, que estabelece os compromissos dos países desenvolvidos para a redução das emissões de gases de efeito estufa e estende as responsabilidades às nações em desenvolvimento.
Há consenso entre os países signatários da Convenção do Clima das Nações Unidas, que se propõem a definir os novos compromissos no prazo máximo de dois anos. O rascunho ficará pronto até o fim de 2014.
“Podemos esperar muitos avanços em 2013. Os países acertaram várias discussões ao longo do ano sobre os elementos desse novo acordo”, disse o secretário de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink.
Os negociadores brasileiros não escondem o otimismo em relação às novas negociações, mesmo em meio aos resultados tímidos alcançados na última Conferência das Mudanças Climáticas, a COP18, em Doha, no Catar, no início do mês. Para os brasileiros, os resultados da COP18 foram aquém do esperado.
“A gente esperava mais de alguns temas, mas, pelo menos, conseguimos mantê-los na agenda, como por exemplo a questão de financiamento novo para os esforços dos países”, disse Klink, admitindo que alguns pontos “deixaram a desejar”.
No que se refere ao aporte de recursos para financiar medidas de adaptação, como obras de infraestrutura para enfrentamento de enchentes e inundações, a falta de ambição por parte dos países desenvolvidos foi justificada pela crise mundial que afeta muitas economias. “Ainda assim, vários países europeus mostraram boa vontade, alguns inclusive trazendo recursos novos. Não é o que gostaríamos, mas é uma sinalização”, acrescentou Klink.
A aposta dos negociadores é que, com a divulgação dos novos relatórios científicos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, a sigla em inglês) a partir do ano que vem, indicadores sobre a emergência do problema do clima sensibilize as nações ainda resistentes. Organismos internacionais, como o Banco Mundial, publicaram advertências ao longo do ano.
Porém, a mensagem parece não ter surtido o efeito que os cientistas esperavam produzir nos debates que asseguraram o novo período do Protocolo de Quioto, único tratado internacional para o clima. Além de metas tímidas, como apontaram observadores que acompanharam as negociações, nações que nunca ratificaram o tratado, como os Estados Unidos, mantiveram-se fora do acordo. Há poucas semanas, o governo canadense reiterou o anúncio de que não participa mais do protocolo, sob forte críticas de partidos da oposição que consideraram a decisão “uma vergonha” na história do país.
Criada em 2008, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais já foi reconhecida por três importantes prêmios. Em 2009, o maestro Fábio Mechetti recebeu o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Regente Brasileiro. Em 2010, a Orquestra foi eleita o Melhor Grupo Musical Erudito pela Associação Paulista de Críticos de Artes e, em 2012, ganhou o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra do Brasil.
O percussionista Verna Silveira frisa que o trabalho da Filarmônica “surpreende regentes de renome internacional” e o regente titular Fábio Mechetti lembra que, por meio da sensibilização de empresas privadas e por meio da cobrança de ingressos a preços populares, busca-se garantir a manutenção da Orquestra e o acesso da população a música erudita de qualidade.
Para 2013 está prevista a realização de 24 concertos. A venda antecipada de ingressos prossegue até 19 de janeiro. Informações podem ser obtidas por meio do telefone (31) 3219-9009.
Fonte: Agência Minas
(Reuters) - A nova Constituição do Egito, de linha islamista, passou a vigorar como lei básica do país, após a sanção do presidente Mohamed Mursi, que espera que a nova Carta ajude a pôr fim à turbulência política e permita ao governo concentrar-se em medidas para recuperar a fragilizada economia.
O medo do agravamento da crise econômica tomou conta do Egito nas últimas semanas, levando muitas pessoas a sacar às pressas suas poupanças dos bancos. O governo impôs novas restrições para conter a fuga de capital do país.
Os resultados da apuração da votação no referendo, divulgados na terça-feira, mostraram que 63,8 por cento dos egípicios --uma grande maioria-- aprovaram a Constituição. Como consequência, haverá uma eleição parlamentar em cerca de dois meses.
A vitória dá aos islamitas sua terceira conquista eleitoral seguida desde a derrubada do poder do veterano autocrata Hosni Mubarak, na revolução de 2011. Eles também foram os vencedores das eleições parlamentares e presidenciais, as quais levaram Mursi ao poder.
A Presidência informou que Mursi assinou na noite de terça-feira um decreto endossando a nova Carta, após o anúncio oficial do resultado do referendo que aprovou a lei básica, primeira Constituição do Egito desde a queda de Mubarak.
O texto provocou uma profunda divisão no Egito, a nação mais populosa do mundo árabe, e desencadeou com frequência protestos violentos nas ruas do Cairo.
Grupos de oposição criticam a nova Constituição, que consideram antidemocrática e excessivamente islamista, e dizem ainda que ela abre caminho para que clérigos intervenham no processo legislativo e deixa os grupos minoritários sem adequada proteção legal.
Mas Mursi, levado ao poder graças ao apoio de seus aliados islamistas, acredita que a adoção do texto seja peça fundamental para pôr fim a um um longo período de turbulência e de incertezas que tem destruído a economia.
Ele argumenta que a Constituição garante proteção suficiente para todos os grupos e que a maioria dos egípcios está cansada ??de protestos de rua que têm impedido o retorno à normalidade e desviado o governo da questão econômica.
A atmosfera de crise ganhou força no Egito desde a votação. Muita gente corre para tirar dinheiro de suas contas correntes e da poupança, preferindo acumular moeda forte em casa.
Os receios da população aumentaram depois que as autoridades impuseram um controle sobre as divisas para evitar a fuga de capitais. Agora é proibido entrar ou sair do Egito com mais de 10 mil dólares.
Abalada com frequência por protestos na fase que antecedeu os dois turnos do referendo, a capital estava tranquila nesta quarta-feira. Apenas um pequeno grupo de manifestantes queimou pneus durante a noite no Cairo.
O governo de Mursi diz que seus adversários estão prejudicando a economia ao prolongar a agitação política. Ele se comprometeu com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a impor aumentos de impostos e cortes de gastos, medidas impopulares, para obter um pacote de empréstimos.
Somando-se à longa lista de preocupações do governo, o ministro das Comunicações, Hany Mahmoud, renunciou ao cargo, alegando "incapacidade de adaptar-se à cultura de trabalho do governo".