(Reuters) - Cerca de 60 estrangeiros continuavam desaparecidos na Argélia e os militantes ligados à Al Qaeda responsáveis por sua captura ameaçaram realizar mais ataques a instalações do setor de energia, depois que forças argelinas invadiram um complexo de gás no Saara e libertaram centenas de trabalhadores, numa ação que também causou a morte de dezenas de reféns.
Enquanto líderes ocidentais clamam por detalhes da ação argelina de quinta-feira, sobre a qual dizem não ter sido consultados, uma fonte local disse que a planta de gás continua sitiada por militares, com alguns reféns no interior.
Trinta deles, incluindo alguns ocidentais, foram mortos durante o ataque de quinta-feira, junto com pelo menos 11 sequestradores, que disseram ter invadido o local numa retaliação pela intervenção militar francesa contra militantes islâmicos do vizinho Mali.
A crise representa uma séria escalada no conflito no noroeste da África, para onde tropas francesas foram enviadas na semana passada para combater a tomada da Timbuktu e outras cidades do Mali por grupos islamistas. Além disso, pode ser devastadora para a indústria petrolífera da Argélia, num momento em que se recupera de uma guerra civil nos anos 1990.
Uma fonte argelina disse à Reuters que cerca de 60 estrangeiros são mantidos reféns ou estão desaparecidos no complexo de gás invadido pelos militantes islâmicos. Não ficou claro quantos estariam sob domínio dos militantes ou escondidos dentro do complexo. Também não se sabe quantos podem estar mortos.
O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, afirmou que o governo argelino lhe disse que a operação no complexo de extração de gás ainda prosseguia no meio da manhã desta sexta-feira. "A morte de vários reféns é terrível", declarou Ayrault a jornalistas.
Na manhã de sexta-feira, ainda havia dez trabalhadores japoneses e oito noruegueses desaparecidos, segundo suas respectivas empresas. Um engenheiro irlandês que sobreviveu à ação disse ter visto quatro jipes cheios de reféns serem explodidos pelos militares.
Comandantes argelinos afirmaram que decidiram agir, após cerca de 30 horas de cerco, porque os militantes exigiam levar os reféns para o exterior.
Alguns trabalhadores britânicos também pareciam estar desaparecidas, embora o primeiro-ministro David Cameron tenha afirmado que menos de 30 britânicos estavam em situação de risco enquanto a operação prosseguia.
O governo dos EUA informou apenas que alguns norte-americanos estavam entre os reféns, mas não deu detalhes, e uma fonte local disse que um avião do país aterrissou nas imediações do complexo nesta sexta-feira para remover norte-americanos.
Reforçando a tese de líderes africanos e ocidentais que veem uma insurgência islâmica multinacional no Saara, uma fonte oficial da Argélia disse que apenas 2 dos 11 militantes mortos eram argelinos, inclusive o líder do esquadrão.
Foram encontrados os corpos de três egípcios, dois tunisianos, dois líbios, um malinês e um francês -- todos apontados como sequestradores, segundo a fonte.
O grupo dizia ter dezenas de guerrilheiros no local, e não ficou claro se algum deles conseguiu escapar.
O complexo era fortemente protegido, com acesso controlado e um acampamento militar com centenas de homens armados entre a usina de processamento e as acomodações, afirmou Andy Coward Honeywell, que trabalhou lá em 2009, falando à BBC.
O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, disse que militantes que atacaram os Estados Unidos e seus cidadãos seriam perseguidos até serem capturados: "Os terroristas devem ser avisados de que não encontrarão santuário, nenhum refúgio, não na Argélia, não no Norte da África, não em qualquer lugar", disse ele em Londres. "Aqueles que irresponsavelmente atacarem o nosso país e nosso povo não terão nenhum lugar para se esconder."
AMEAÇA
A crise representa um sério dilema para a França, ex-potência colonial na Argélia, e seus aliados, num momento em que tropas francesas atacam os aliados dos sequestradores no Mali, uma outra ex-colônia francesa.
Os militantes que lutam no deserto mostraram estar mais bem treinados e equipados do que a França previa, disseram à Reuters diplomatas na ONU. A organização estima que 400 mil pessoas poderiam fugir do Mali para os países vizinhos nos próximos meses.
Na Argélia, os sequestradores alertaram a população para que fique longe de instalações de empresas estrangeiras no setor de óleo e gás, ameaçando desfechar mais ataques, segundo informou a agência de notícias ANI, da Mauritânia, citando um porta-voz do grupo.
O comandante do sequestro na Argélia é Mokhtar Belmokhtar, um veterano da Guerra do Afeganistão na década de 1980 e da sangrenta guerra civil da Argélia dos anos 1990, segundo autoridades argelinas. Aparentemente ele não esteve presente no ataque. Balmokhtar subiu de status entre os grupos islamistas no Saara, os quais se apoderaram de armas e ganharam novos adeptos em decorrência do caos na Líbia. As potências ocidentais temem que a violência se espalhe muito além do deserto.
O argelino Anis Rahmani, um especialista em segurança autor de vários livros sobre o terrorismo e editor do diário Ennahar, disse à Reuters que cerca de 70 militantes estavam envolvidos na operação na Argélia, o grupo de Belmokhtar, que partiu da Líbia, e o menos conhecido Movimento da Juventude Islâmica no Sul.
"Eles estavam portando armas pesadas, incluindo fuzis usados ??pelo Exército líbio durante o regime de (Muammar) Gaddafi", disse ele. "Eles também tinham lança-granadas e metralhadoras."
Trabalhadores argelinos formam a espinha dorsal de uma indústria de petróleo e gás, que tem atraído empresas internacionais nos últimos anos, em parte por causa da segurança no estilo militar.
Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (18) – durante discurso em São Julião, cidade piauiense a 380 quilômetros de Teresina – que a região de “Mapito”, que compreende parte dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, é a nova fronteira de desenvolvimento do país, a exemplo do que foi o Centro-Oeste nas últimas décadas. Segundo ela, investimentos maciços precisam ser feitos em infraestrutura, incluindo rodovias e ferrovias, para que todo o potencial seja aproveitado.
Segundo Dilma, a opinião é compartilhada por empresários recebidos por ela no Palácio do Planalto. “Muita gente vai ao meu gabinete, associações e empresários, e sempre tenho ouvido uma fala: ‘o Brasil tem uma grande perspectiva, presidenta. Tem uma região que vai ser uma das mais ricas do Brasil, que é o 'Mapito': Maranhão, Piauí e Tocantins’”, disse, ressaltando que a região vai atrair investimentos privados de diversos setores.
Durante a cerimônia, foram assinadas três ordens de serviço para a construção da Barragem e Adutora de Milagres, da Adutora Padre Lira e Barragem Jenipapo e do Projeto Irrigação, que devem beneficiar cerca de 144 mil pessoas da região no período de estiagem. Ao todo, o governo deve investir mais de R$ 260 milhões nesses projetos, por meio do Ministério da Integração Nacional.
Dilma também assinou uma medida provisória estendendo a Bolsa Estiagem e a Garantia Safra para os pequenos produtores rurais atingidos pela seca, além do fornecimento de milho, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a preços subsidiados para os pequenos criadores alimentarem os animais.
Cerca de 25 municípios piauienses com até 50 mil habitantes também receberão retroescavadeiras para a reestruturação das vias vicinais que ligam as zonas rurais às cidades. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a medida deve beneficiar mais de 76 mil moradores rurais que usam as vias para comercializar seus produtos. O governo investiu R$ 4,4 milhões na aquisição dos equipamentos.
Além disso, no município, a presidenta fez uma vistoria nas obras da barragem e da adutora de Piaus, acompanhada do governador do Piauí, Wilson Martins.
Dilma embarcou da Base Aérea de Brasília hoje às 7h30 e agora voa de São Julião para a capital Teresina, onde participará da cerimônia de entrega de 400 unidades habitacionais na cidade, por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida. Ela retorna a Brasília ainda esta noite.
Em 2012, o Programa Minas Presente na Escola, que tem como objetivo ampliar o tempo de permanência dos alunos na escola, elevando os índices de proficiência e diminuindo os índices de evasão, atendeu 4.213 estudantes em todo o estado de Minas Gerais, através da promoção de atividades culturais, artísticas, esportivas e recreativas que compõem o catálogo do programa, formulado pela Secretaria de Estado de Educação. Implementado e sistematizado em 2012, o programa foi instituído pelo Governo de Minas para promover a participação da sociedade na vida das escolas.
Ao todo, foram firmados convênios que patrocinaram a promoção de atividades em 54 escolas pertencentes a 20 Superintendências Regionais de Ensino, das 47 existentes, em 29 municípios. Xadrez na Escola, Roda de Conversa e História em Quadrinhos foram algumas das ações contínuas promovidas ao longo do ano passado.
O Sistema Fecomercio, por meio do Senac Minas, assumiu o patrocínio do projeto Roda de Conversa em 20 escolas do estado ligado aos temas mercado de trabalho e drogas. A ideia é que em 2013 todos os municípios do estado sejam atendidos pelo convênio.
Outra ação importante, na região do Vale do Aço, foi o patrocínio da ação Xadrez nas Escolas, que atendeu mais de 700 alunos de 28 instituições, em quatro municípios. O projeto tem apoio da Federaminas, que congrega as diversas associações de comerciais em todo o estado pretende ampliar, em 2013, a parceria com o apoio de outros empresários da categoria. Histórias em Quadrinhos e Teatro na Escola foram as ações patrocinadas pela Fundação Aperam do grupo Arcelor Mital em 2012.
Buscar o apoio de parceiros cientes da sua responsabilidade social e dispostos a investir na construção do futuro de jovens, patrocinando ou disponibilizando atividades no contraturno e nos finais de semana voltados para a formação de alunos das Escolas Públicas Estaduais, é o grande mote do Minas Presente na Escola.
Catálogo Minas Presente na Escola
As modalidades oferecidas pelo Minas Presente na Escola para fomentar a participação do alunos no contraturno são desenvolvidas por meio dos três projetos já existentes da SEE. São eles Escola Viva, Comunidade Ativa, Educação em Tempo Integral (Proeti) e Projeto de Atenção ao Jovem (Peas-Juventude). O catálogo das atividades traz as informações e descritivos de cada uma das ações disponíveis para patrocínio, como objetivo, abrangência e recursos financeiros necessários.
Robótica, Xadrez, Loucos por Conhecimento, Rádio Educativa, Estudante Monitor, Rodas de Conversa, Cine Clube Vídeo, História em Quadrinhos, Oficinas de Esporte: Judô Na Escola, Geração Olímpica, Oficinas de atividades musicais (orquestra de violões, flautas, canto coral, banda), Teatro, Dança e Capoeira na Escola são as ações oferecidas.
O desafio para 2013 é ampliar a participação da sociedade civil neste programa. Os interessados podem investir no Minas Presente com recursos financeiros ou ofertando seus próprios serviços, desde que sejam adequados ao objetivo do programa. Os interessados em firmar essas parcerias podem acessar o site do programa ou entrar em contato diretamente com a diretoria do Minas Presente na Escola por meio dos telefones (31) 3915-3658 ou (31) 3915-3660. O endereço eletrônico para contato é[email protected]
Segundo a coordenadora do programa Minas Presente na Escola, da Secretaria de Estado de Educação, Alice Nogueira da Gama, novos convênios devem ser firmados em 2013.
Por Paulo Victor Rocha
O Arquivo Municipal de Cataguases, localizado na Praça Governador Valadares, no prédio da antiga estação ferroviária, possui grande parte da documentação histórica da cidade, mas muitos destes documentos estão se perdendo, devido à má conservação. A afirmação foi feita pelo Secretário Municipal de Cultura, Zeca Junqueira ao Site do Marcelo Lopes, na última quinta-feira, 17. Ele revelou que “ações devem ser feitas no sentido de recuperar esses documentos, que contam muito da história da cidade”. Zeca destacou que, após o carnaval, “será feita uma reunião com o prefeito, a fim de se tomar as medidas necessárias para que a memória da cidade, contida naqueles papéis, seja preservada e disponibilizada à população”.
O Arquivo Municipal guarda, entre outros, exemplares dos jornais “Cataguases” desde 1906, e do “Correio da Cidade”, desde a década de 1960, além de livros de notas e atas da Câmara Municipal, além de documentos públicos municipais, a partir do século XIX. Grande parte deles “se desfazendo, com fungos ou sem acondicionamento correto”, disse o secretário, ressaltando que “neste estado, não há possibilidade das pessoas utilizarem o material para pesquisa”.
Zeca Junqueira ainda falou que além de limpar e abrigar os documentos em local adequado, o projeto de recuperação prevê a digitalização dos arquivos, facilitando, assim, o acesso a eles. E aproveitou para comentar: “não sei como as diversas gestões anteriores da Prefeitura e Câmara Municipal nunca se preocuparam com esse problema gravíssimo”. O Secretário Municipal de Cultura afirmou que será preciso uma intervenção técnica para fazer a recuperação de todos os documentos do Arquivo e, nesse sentido, “pretendo formalizar uma parceria com a Universidade Federal de Viçosa”. Por fim, Zeca citou a existência do Museu Alípio Vaz, criado pelo decreto 672-73, e desativado há vários anos, que ele pretende, “futuramente”, reabrir para a população.
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Fotos cedidas pela Secretaria Municipal de Cultura de Cataguases