Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Tribunal Superior Eleitoral não tem estatísticas sobre o número de negros na política brasileira, nem políticos eleitos nem candidatos. A dificuldade para levantar o dado é que a autodeclaração de raça/cor, já incluída pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo e na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, não entra na ficha de registro das candidaturas.
Depois de questionamento da Agência Brasil sobre o levantamento e a falta de dados, o tribunal informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o grupo responsável pela avaliação das últimas eleições passou a considerar a inclusão do item raça/cor no processo eleitoral.
O TSE informou que depois de uma eleição inicia os preparativos para a próxima com uma série de avaliações das práticas que devem ser mantidas e as que podem ser aprimoradas. Segundo o tribunal, a sugestão de agregar ao sistema de registro de candidaturas a opção para o candidato declarar a sua cor foi encaminhada ao grupo de estatística, que está analisando a viabilidade e o formato da produção desse dado para as Eleições 2014.
A assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Eliana Graça, diz que a entidade tentou implantar a medida por meio de articulação no Congresso Nacional, mas não obteve sucesso.
“É uma batalha [nossa de] um bom tempo, tentando convencer os parlamentares de que isso tinha que entrar na minirreforma política de 2009, [na qual foram feitas] algumas proibições, se regulamentou alguma coisa das campanhas. Uma das coisas que nós queríamos naquela época era que constasse na lei a obrigatoriedade, na hora da inscrição do candidato, da autodeclaração de cor/raça”.
De acordo com ela, a negativa demostra o preconceito existente no parlamento brasileiro. Eliana disse que os parlamentares não aceitaram a sugestão “porque têm medo que aparece uma cota”, da mesma forma que tem a cota para mulheres.Segundo ela, os parlamentares foram taxativos: “não, esse negócio de botar na ficha, daqui a pouco vem uma cota”.Eliana acredita que isso “é o receio, o medo mesmo que o pessoal tem, de você mudar o perfil do parlamento”.
Para o coordenador do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Sociais (Laeser) do Instituto de Economia (IE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcelo Paixão, conhecer a atual situação dos negros na política é fundamental para aumentar a participação deles nas esferas decisórias do país.
“É necessário mapear não apenas quem são os eleitos, mas quem não foi eleito, quem está disputando, desde o partido nanico até o partido grandão”. Paixão acredita que seria necessário cruzar a cor das pessoas com a sua condição econômica, para saber de que forma isso tem peso na possibilidade de eleger-se. Quer dizer, a gente tem uma agenda pela frente, mas sem informação, estatística confiável, fica difícil. Por isso a gente acha que ajudaria se o TSE [informasse] a cor do candidato, como o IBGE já faz em toda pesquisa demográfica”.
Paixão é um dos organizadores do Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil, que fez um levantamento em 2007 sobre o número de negros no Congresso Nacional, com base no registro fotográfico.
A deputada federal Benedita da Silva reforça a necessidade de mapear a situação étnica em todas as esferas do país. Para ela, essa é uma forma de identificar as etnias no país. “É fundamental para nós”. Benedita defende que em todos os registros dos cidadãos deveriam constar a informação sobre a cor. “Eu até apresentei um projeto nessa direção, não só [no que diz respeito às] cotas nas universidades, mas que o quesito cor esteja em todo e qualquer registro que a pessoa tenha que fazer”.
A secretária de políticas de ações afirmativas da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Ângela Nascimento, diz que é um pedido do órgão que todos os formulários usados pelo governo federal passem a incorporar informações sobre raça/cor e que para se estenda essa prática ao Legislativo e ao Judiciário.
Para Ângela, será fundamental que o Tribunal Superior Eleitoral incorpore os dados sobre raça/cor em todos os seus formulários, já que uma dificuldade que da Seppir encontra hoje no campo da pesquisa é saber o percentual de negros no poder político, no Legislativo, principalmente.
Ângela destaca que a participação de pretos e pardos nas candidaturas tem que vir da sociedade, no momento em que reconhece a importância dos negros para o país. Para ela, essa participação vai garantir a incorporação de ações afirmativas que vão contribuir para diminuir as desigualdades no país.
Agência Brasil
Brasília - O Ministério do Interior da Argélia confirmou, no final da tarde de ontem (19), a morte de 23 pessoas devido ao ataque liderado pelo Exército Nacional Argelino à refinaria de gás Tiguentourine, em In Amenas, na região do deserto do Saara, cerca de 1,3 mil quilômetros da capital do país, Argel. Segundo informações da pública de notícias da Argélia, Algérie Press Service, um grupo de 32 terroristas foi neutralizado no ataque.
"Essa intervenção resultou na libertação de 685 empregados argelinos e 107 estrangeiros, em 32 terroristas neutralizados e na morte de 23 pessoas", informou o ministro do Interior, Daho Ould Kablia, em comunicado à imprensa. Desde a última quarta-feira (17), funcionários da refinaria estavam sendo mantidos reféns pelos militantes islâmicos e, desde quinta-feira (18), a Força Nacional da Argélia tentava resgatá-los.
Não foram divulgadas as nacionalidades de todos os reféns. Uniformes militares, explosivos, metralhadoras, pistolas automáticas, rifles, mísseis, granadas, entre outros tipos de armamentos e equipamentos, foram recuperados durante a operação. Apesar da situação na refinaria, o ministro de Minas e Energia da Argélia, Youcef Yousfi, informou que o abastecimento de gás natural para o país e para o exterior não foi comprometido.
O Ministério das Relações Exteriores informou dia 18 que não havia brasileiros entre os reféns dos militantes islâmicos. Segundo o Itamaraty, há cerca de 50 brasileiros no país atualmente.
A autoria do sequestro foi assumida pelo grupo extremista Assinantes pelo Sangue, ou Luta contra o Sangue e Capuzes (segundo traduções diferentes), comandado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar. A ação foi umaresposta à atuação da França no Mali, autorizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na última semana, com o objetivo de apoiar as autoridades nacionais malinenses contra radicais islâmicos que ocuparam o norte do país e avançam para a região central.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a situação deve provocar afuga de mais de 400 mil pessoas para os países vizinhos.
Hoje, dirigentes africanos reunidos em reunião de cúpula na capital da Costa do Marfim pediram a mobilização mais ampla da comunidade internacional na tentativa de conter os grupos islâmicos armados que atuam no Mali.
A nova Administração de Guarani iniciou com dificuldades os trabalhos à frente da Prefeitura. Dezenas de funcionários encontraram problemas devido ao grande número de arquivos, pastas e programas apagados dos computadores. Setores como Assistência Social e Licitação foram prejudicados devido ao alto índice de adulteração naquelas máquinas.
A Diretora de Licitação, um dos setores mais afetados, Francisca Aparecida de Medeiros Moreira fez, através da Polícia Militar, um Boletim de Ocorrência. “Tudo foi apagado, não tenho mais lista de nada. Até os e-mails foram deletados. Estou usando meu e-mail particular”, relatou.
A Assistência Social também passa por problema semelhante. Segundo a Vice Prefeita e Secretária de Assistência Social, Gilséia Aparecida, as fichas de cadastro de leite e cestas básicas sumiram do sistema, assim como as chaves de alguns arquivos que, infelizmente, precisaram ser arrombados.
Em um dos computadores do Almoxarifado Municipal houve a tentativa de exclusão de arquivos como as listas de fornecedores, materiais e veículos. Porém, os dados foram recuperados.
Já na Secretaria de Saúde muitas dificuldades foram encontradas para a continuação dos trabalhos. Apesar dos arquivos mantidos e da ajuda da ex-Secretária, foram registrados entraves no processo de transição, já que nada foi passado por uma ex-funcionária.
O novo prefeito de Guarani é conhecido em Cataguases e região. Paulinho Neves (que ilustra esta matéria com foto de arquivo familiar ao lado de esposa) foi secretário municipal de Esportes em Cataguases na gestão de Tarcísio Henriques (2005-2008) tendo deixado o cargo antes do final do mandato para disputar a eleição em Guarani. Naquela oportunidade ele não foi bem sucedido, mas na segunda tentativa, em 2012, foi eleito. Paulinho é casado com a cataguasense Lurdinha Paixão, ex-Secretária Municipal de Cultura em Cataguases.
Paulinho revelou que determinou a apuração de todas as irregularidades já encontradas e as que poderão ser descobertas. Ele também garantiu que a população vai acompanhar de perto toda e qualquer forma de sabotagem à cidade de Guarani. "Os fatos ocorridos mostram a total falta de ética e desrespeito ao cidadão. Quem fez esta maldade trabalhou não contra esta administração, mas contra o município", afirmou o prefeito.
Fonte:Clóvis Jr. - Diretoria de Comunicação e Eventos da PMG.
Reuters
ABIDJAN/NIONO, Mali, 19 Jan (Reuters) - A França pediu a outras potências mundiais que se comprometam com dinheiro e apoio logístico para as forças africanas que estão preparando suas tropas para se unirem aos soldados franceses que já estão lutando contra militantes ligados à al Qaeda em Mali.
O pedido ocorre enquanto líderes africanos se encontram na Costa do Marfim onde espera-se que eles entrem em um acordo sobre detalhes para uma missão regional que deverá assumir o lugar das forças francesas --mas que tem poucos recursos, planejamento e até munição.
A França colocou tropas em terra e seus aviões de guerra bombardearam um posto de rebeldes, impedindo um avanço islâmico. A intervenção busca parar os militantes, evitando que eles se estabeleçam fortemente na zona norte do deserto em Mali, usando a área como um trampolim para ataques na África e no Ocidente.
O ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius, disse que as tropas francesas não pretendiam substituir a operação africana.
"Precisamos, o mais rápido possível, fornecer recursos logísticos e financeiros pedidos pelo exército de Mali e (da missão africana)", disse, pedindo aos doadores que estabeleçam compromissos na conferência que ocorre na Etiópia em 29 de janeiro.
Agência Minas
O superintendente de investigações e polícia judiciária, delegado Jeferson Botelho, da Polícia Civil, visitou o Mineirãonesta sexta-feira (18) para conhecer as instalações e vistoriar o espaço reservado para a delegacia que funcionará no complexo destinado para o sistema de defesa social do Estado.
O delegado foi recebido pelo coordenador geral de segurança do consórcio empresarial que possui a concessão do estádio, Sandro Afonso Teatini, e estava acompanhado pelo delegado Felipe Fales, o titular da futura delegacia.
"Vamos oferecer aos policiais que trabalharem aqui todas as condições para cumprir bem o papel da Polícia Civil no atendimento ao torcedor e a todas as autoridades que vierem ao estádio", afirmou Botelho.
Também participou da visita o delegado assistente da chefia da Polícia Civil, Valmir de Paula Ramos. Segundo ele, os setores operacional e administrativo da instituição se preparam para montar uma estrutura moderna e compatível com o nível de excelência do novo Mineirão.
"A determinação do chefe de Polícia, delegado Cylton Brandão da Matta, é para que os policiais civis escalados para os jogos de futebol e demais eventos no Mineirão atuem de maneira integrada com os demais órgãos do sistema de defesa social e com o Judiciário, porque o nosso papel é garantir o cumprimento da lei e assegurar a segurança pública de quem se diverte e trabalha no estádio e no seu entorno", afirmou o delegado assistente.
A nova Delegacia de Polícia Civil do Mineirão será inaugurada no dia 03 de fevereiro deste ano, com o jogo Cruzeiro X Atlético.