A guerrilha Farc disse nesta quinta-feira que está disposta a assinar acordos intermediários, como armistícios ou outros humanitários, se fracassar o diálogo de paz que está sendo negociado em Cuba com o governo para tentar encerrar o conflito armado de meio século na Colômbia.
No encerramento da terceira rodada das negociações, iniciadas há dois meses, ambas as partes disseram ter avançado no tema agrário, o primeiro dos cinco pontos da agenda, mas deixaram transparecer diferenças em meio a declarações inflamadas.
Embora as negociações começaram sob o princípio de que "nada está acordado até que tudo seja acordado", pela primeira vez as Farc deixaram aberta a possibilidade de chegar a acordos intermediários que gerem ambiente na Colômbia para favorecer a vontade de paz.
"Destacamos nossa disposição, se não há acordos que parem o conflito e a guerra, estamos decididos a assinar acordos intermediários como armistícios ou acordos humanitários que facilitem e construam pontes em meio a este furacão que a política de guerra pode gerar em nosso país", declarou a jornalistas Andrés París, da equipe negociadora das Farc.
A maior guerrilha esquerdista da Colômbia e o governo do presidente Juan Manuel Santos começaram em meados de novembro o primeiro diálogo de paz em uma década e apenas discutiram o primeiro tema da agenda, o agrário, sobre o qual as Farc fizeram propostas concretas.
As partes voltarão a se reunir em 31 de janeiro em Havana, após fazer consultas sobre os temas tratados.
O ex-vice-presidente Humberto de la Calle, chefe da delegação governamental, insistiu na necessidade de acelerar o processo, embora tenha reconhecido que havia "aproximações" em torno da necessidade de combater a pobreza no setor rural.
"As conversações avançam num clima de respeito e de diálogo amplo. Há aproximações no objetivo de transformar o campo, embora também subsistam diferenças notáveis", disse De la Calle, lendo um comunicado e sem responder a perguntas.
A equipe nomeada por Santos disse que está "estudando" umas 550 propostas provenientes de organizações sociais colombianas e de mais de 1.300 participantes do Fórum de Política de Desenvolvimento Agrário Integral feito em Bogotá recentemente.
Durante entrevista coletiva, os negociadores das Farc também reconheceram avanços, mas pontos de desacordo com o governo.
"Apesar das aproximações, existem divergências", disse a jornalistas o chefe-negociador da guerrilha, Iván Márquez.
Outro negociador das Farc, Jesús Santrich, também comentou o avanço das conversas. "Nossa opinião é que é um ritmo suave. Vai acelerando."
Fonte: Reuters
Estão abertas as inscrições para o 1º Prêmio Consad de Jornalismo 2013, que vai reconhecer o trabalho da imprensa na divulgação de reportagens sobre a modernização da gestão pública no país. Promovida pelo Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (Consad), a premiação será concedida a reportagens veiculadas em jornais e revistas impressos que pertençam a empresas jornalísticas.
Poderão se inscrever, até o dia 22 de fevereiro próximo, jornalistas cujas matérias tenham sido publicadas entre 1º de janeiro de 2012 e 17 de fevereiro de 2013.
O Consad reúne os secretários de Administração ou de Planejamento e Gestão das 27 unidades da federação, com o objetivo de trocar experiências e resolver problemas comuns na área da gestão pública. Minas Gerais participa do Consad por meio da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). A secretária Renata Vilhena é vice-presidente do conselho.
Os prêmios serão de R$ 5 mil para cada Destaque Regional e de R$ 10 mil para o Prêmio Nacional. O Destaque Regional será concedido a cada uma das cinco regiões oficiais do país. A Comissão Julgadora escolherá a melhor entre as cinco reportagens vencedoras para conferir o Prêmio Nacional.
O anúncio dos contemplados e as premiações ocorrerão em 17 de abril de 2013, durante o VI Congresso Consad 2013, em Brasília. A ficha de inscrição preenchida e os trabalhos jornalísticos deverão ser enviados à sede do Consad, em Brasília, até 22 de fevereiro de 2013. O endereço é Setor de Rádio e TV Sul (SRTVS), Quadra 701, Bloco O, Entrada A, Salas 128 a 130, Brasília – DF, CEP 70.340-000.
Fonte: Agência Minas
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A população de Além Paraíba está reclamando do valor da conta de água deste mês de janeiro. Neste início de ano, os consumidores foram surpreendidos com um aumento considerado por eles “abusivo”. É que a Copasa fez um acréscimo de cerca de 50% sobre o valor pago nas contas de água, devido a inclusão da taxa dos serviços de esgotamento sanitário, assumidos por aquela empresa em abril do ano passado. O aumento era para ter entrado em vigor em abril do ano passado, quando a empresa assinou o contrato de concessão por trinta anos com a Prefeitura. À época o então prefeito Wolney Freitas conseguiu adiar a cobrança da taxa de esgoto para este ano. Entretanto, o vereador Gélson Luiz de Moura, o “Bi”, assegura que o Município pagou mais de um milhão de reais para que o a tarifa majorada começasse a ser vigorar apenas no início deste ano.
A nova cobrança, porém, já chegou à Justiça de Além Paraíba. O advogado Ricardo Fonseca Rocha, presidente da OAB local, entrou com representação contra aquela empresa por considerar ilegal a cobrança. O vereador Gélson Luiz de Moura, o “Bi”, anunciou também que aguarda “apenas o fim do recesso parlamentar” para apresentar um requerimento à Mesa da Câmara Municipal solicitando que o Legislativo, através de seu Departamento Jurídico, entre com uma representação junto ao Ministério Público a fim de suspender o aumento na tarifa da conta de água. Outro vereador, Dauro Machado, secretário da Mesa da Câmara Municipal, informou que o presidente daquela Casa, Thiago Sabino (foto a direita), irá realizar no dia 30 de janeiro próximo, audiência pública para discutir a tarifação imposta pela Copasa antes do tratamento efetivo do esgoto no município.
O prefeito de Além Paraíba, Fernando Lúcio Donzeles, outro insatisfeito, também determinou ao departamento jurídico da Prefeitura entrar com uma ação na Justiça a fim de interromper esta cobrança que ele próprio considera — conforme revelou ao jornal AGORA — “bastante inadequada, em face de que o tratamento do esgoto sanitário somente se efetivará depois de 2015”. Há, ainda, previsão de uma manifestação pública durante a reunião do próximo dia 30 na Câmara Municipal para tratar do assunto Copasa.
A reportagem do jornal Agora entrou em contato com a Copasa para esclarecer o aumento na tarifa de água. Em resposta, a empresa enviou um e-mail com uma notícia sobre o trabalho que vem desenvolvendo na cidade e a respeito das tarifas disse “não são determinadas pela Copasa, mas sim pela ARSAE – Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário de Minas Gerais”. E acrescenta: “Em 11 de abril de 2012, a ARSAE MG publicou a Resolução nº 020/2012 e sua Nota Técnica 005/2012 que definiu o reajuste tarifário para aquele ano. Esta Nota Técnica, diz em seu item 5.1 que serão cobrados (a partir de 2012) os seguintes percentuais da tarifa de água para esgoto: a) 50% enquanto houver apenas a coleta e transporte do esgoto; e b) 90% quando houver o tratamento do esgoto coletado— o que deverá ocorrer, em Além Paraíba, apenas em 2015”.
Sobre o assunto o chefe do Departamento Operacional Sudeste da COPASA, Júlio Minchilo (foto ao lado), disse que “tudo está sendo feito dentro da legalidade”. Ele também asegurou que os novos valores nas contas de água dos alemparaíbanos não é um aumento, mas sim a cobrança por mais uma serviço prestado cujo custo é fixado com base na água “já que não é possível medir a quantidade de esgoto gerado por cada residência”. Minchilo também negou que o serviço de esgotamento sanitário não esteja sendo prestado no município, “pois desde abril de 2012 a manutenção de toda a rede de esgoto de Além Paraíba está sob a responsabilidade da COPASA, que tem feito investimentos financeiros para a sua melhoria”, disse.
Fonte: Agora Jornais Associados
Fotos: Arquivo
Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ator e diretor de cinema Zózimo Bulbul morreu hoje (24), de parada cardíaca. Ele tinha 75 anos e morreu em casa. Segundo a família, o ator sofria de câncer há sete meses e trabalhou até novembro passado. O sepultamento está marcado para amanhã (25), ao meio-dia, no Cemitério de São Francisco Xavier.
Primeiro ator negro a protagonizar uma novela na televisão brasileira – Vidas em Conflito, na extinta TV Excelsior, em 1969 – Zózimo Bulbul também foi modelo e se tornou o primeiro negro a desfilar para uma grife de alta costura. No cinema, estreou em 1962 em um dos episódios do filme Cinco Vezes Favela. Ao longo de 50 anos de carreira, ele atuou em mais de 30 filmes. Dirigiu o curta Alma no Olho (1973) e o documentário de longa-metragem Abolição (1988), ambos com a escravidão como temática.
Em novembro do ano passado, o ator foi homenageado pelos 50 anos de carreira no 6º Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Caribe, evento que foi criado por ele.
O Centro de Articulação de Populações Marginalizadas divulgou nota lamentando a morte do ator e cineasta, um dos contemplados em 2011 na última edição do Prêmio Camélia da Liberdade, concedido pela entidade. De acordo com a nota, Zózimo Bulbul manifestou grande emoção pelo reconhecimento de seu trabalho de luta contra o preconceito.
Em nota, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, diz que, "mais que um ícone do seu tempo, [Zózimo Bulbul] é alguém que rompe paradigmas, faz o novo e por isso se torna conhecido no Brasil e no exterior." A ministra destaca ainda que Zózimo Bulbul teve uma "trajetória fantástica, reconhecida" e "deixa o exemplo de quem sempre quis fazer mais e melhor. E fez."