Texto e fotos: Paulo Victor Rocha
O Coordenador do PROCON de Cataguases Rafael Vilela Andrade disse que o número de reclamações feitas pela população em janeiro de 2013 dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo ele, “em janeiro de 2012, foram 169 atendimentos e, em 2013, já são contados 377 reclamações até o dia 30”, revelou.
Rafael contou que, neste ano, “a maior parte da população está reclamando da COPASA, sobretudo devido aos altos valores cobrados pelo tratamento do esgoto no município. Em seguida, as insatisfações das pessoas são referentes aos serviços de telefonia e de empréstimos consignados”, destacou.
O coordenador frisou que “quase todos os atendimentos são resolvidos, principalmente os referentes às grandes empresas, que possuem um telefone específico para essa finalidade. Alguns casos de empréstimos consignados é que, às vezes, o acordo é complicado, mas existe um prazo para as empresas responderem às reclamações, caso elas não o cumpra, é necessário tomar outras medidas possíveis”, enfatizou.
O PROCON de Cataguases funciona na Rua Major Vieira, 77, no mesmo imóvel da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, de segunda a sexta-feira, no período de 12 às 17h e “o consumidor cataguasense que se sentir lesado por algum motivo deve procurar o órgão”, disse Rafael, o qual também lembrou que “somente os consumidores residentes na cidade é que podem formalizar reclamações no PROCON de onde moram e, para isso, é necessário ter em mãos cópia de CPF, carteira de identidade, comprovante de residência e dos documentos que deram origem às reclamações”.
Para concluir, o coordenador pediu aos consumidores que “tenham atenção na hora de adquirir um produto ou serviço e, se as compras forem via internet, os cuidados devem ser maiores. Exijam sempre seus direitos”, afirmou Rafael Andrade que assumiu o cargo no início de janeiro. Trabalham com ele os servidores Wilson Mendonça de Souza e Patrícia Tobias Santos, que estão disponíveis a tirar qualquer dúvida ou prestar esclarecimentos aos consumidores.
Uma reunião na tarde desta quinta-feira, 31, no Paço Municipal, entre a Secretária Municipal de Educação, Luciana Moreira, o presidente da Câmara Municipal de Cataguases, Fernando Pacheco, um grupo de representantes dos alunos do Cefet e o vereador Maurício Rufino, definiu que a Prefeitura vai continuar disponibilizando o transporte aos alunos para aquela escola federal em Leopoldina. A informação foi prestada ao Site do Marcelo Lopes pela titular daquela Pasta, logo após o término do encontro.
Luciana Moreira aproveitou para esclarecer a situação que, conforme explicou, “parecia que a Secretaria de Educação iria deixar os alunos do Cefet sem transporte”. Ela detalhou o que estava acontecendo: “A gente pediu o cadastramento de todos os alunos que utilizam o serviço porque não encontramos esta relação na Secretaria e precisamos saber a quem estamos atendendo, até por uma questão de segurança e prestação de contas. Se não fizesse o cadastro não teria como continuar oferecendo o benefício”, completou.
A partir desta informação, ainda de acordo com a Secretária Municipal de Educação, “um mal entendido ou uma falha na comunicação” acabou transformando o assunto em seu mais novo problema. “Eu nunca disse que iria cortar o ônibus para o Cefet”, garantiu. E completou: “Avisei aos alunos que a situação continuaria como está até 14 de fevereiro, dia em que expira o contrato e, caso não fosse possível fazer nova licitação, faria um aditivo, e é o que estamos fazendo, por mais noventa dias”, revelou Luciana.
A Secretaria de Educação tem informações extraoficiais que 260 alunos utilizam o ônibus diariamente, mas até agora, duzentos deles teriam feito o cadastramento, o restante deve procurar a sede da secretaria, no Bairro Taquara Preta. Ela finalizou dizendo que este serviço está assegurado aos alunos e “no momento oportuno” fará a licitação para escolher a empresa que fará este transporte. Atualmente três ônibus fazem cinco viagens por dia atendendo a estes alunos que residem em Cataguases.
Um homem acusado de matar o motorista de um ônibus escolar e levar um menino como refém para um porão fortificado abastecido com alimentos e energia permanece cercado pelo terceiro dia nesta quinta-feira no Alabama, Estados Unidos.
As autoridades evitam comentar a situação na pequena localidade de Midland City, no canto sudeste do Alabama.
Agentes municipais, estaduais e federais estão acampados perto do refúgio do sequestrador desde terça-feira, quando, segundo a polícia, um homem armado exigiu que um aluno descesse de um ônibus que transportava mais de 20 crianças da escola para suas casas.
O motorista do ônibus, Charles Albert Poland Jr., de 66 anos, se recusou a liberar o menino e levou vários tiros. O assassino fugiu do local com a criança, que está na pré-escola, segundo a polícia.
Nesta quinta-feira, o homem completou dois dias entrincheirado com o menino na sua propriedade rural.
"Os negociadores ainda estão se comunicando com o suspeito", disse o porta-voz do Departamento de Segurança Pública do Alabama, Robyn Bradley Litchfield.
O homicídio seguido de sequestro ocorreu num momento de acalorado debate no país sobre o controle das armas de fogo, especialmente em escolas, depois que um jovem fortemente armado matou 20 crianças e 6 adultos em dezembro numa escola primária de Connnecticut.
As autoridades não divulgaram oficialmente os nomes do suposto atirador nem da criança, que eles acreditam estar ilesa.
Um parlamentar do Alabama, o deputado Steve Clouse, disse a jornalistas que o menino sofre da síndrome de Asperger e do déficit de atenção com hiperatividade, mas que pôde continuar recebendo medicação durante o cativeiro.
Um funcionário da escola disse que o menino parece ter sido escolhido aleatoriamente, mas a polícia não confirmou se o suspeito e o refém se conhecem.
Vizinhos identificaram o homem como sendo Jimmy Lee Dykes, de 65 anos, e disseram que nos últimos dois anos ele foi visto escavando seu quintal e carregando uma espingarda.
Ronda Wilbur, que mora em frente ao suspeito, se referiu a ele como um "homem malvado" e se queixou de que ele havia matado a golpes de cano o cachorro da família de Wilbur, indo depois se gabar com o marido dela.
Dykes foi detido no mês passado por fazer ameaças a outro vizinho, segundo registros judiciais, e deveria ser julgado na quarta-feira.
O vizinho, James Edward Davis, disse à CNN que o caso aconteceu em 10 de dezembro, quando Dykes teria apontado uma arma para ele e sua filha pequena.
Davis disse que Dykes estava irritado por que achava que Davis havia entrado na sua propriedade. Dykes fez dois disparos, e Davis acelerou o carro, segundo seu relato.
O pastor Michael Senn disse que Dykes aparentemente equipou seu bunker com uma TV e mantimentos para duas ou três semanas. "Estamos encorajando todos neste país a se unir e rezar pela segurança, proteção e rápida libertação dessa criança", disse Senn.
Fonte: Reuters
O Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, realizou, nesta quinta-feira (31), a quarta despesca de peixes criados dentro da unidade. Cerca de uma tonelada de tilápias, que foram alimentadas e cuidadas por uma equipe de detentos, foi distribuída – pelos próprios presos – na comunidade de Vila Hortinho, que fica próximo à unidade prisional. Essa foi a primeira vez que os peixes foram entregues vivos diretamente à população carente. Antes, eles iam para o Banco de Alimentos do município e então doados para instituições.
O analista de Comércio Exterior do Ministério da Pesca e Aquicultura, Renato Cardoso, acredita que essa é a melhor forma de fazer os peixes chegarem ao consumidor. Segundo ele, ”a entrega do peixe vivo é importante porque, dessa forma, a pessoa que vai comê-lo sabe há quanto tempo ele foi abatido e suas condições de armazenamento”. Renato lembra que, por entregarem pessoalmente os peixes, os detentos também ganham. “Assim, o projeto resgata algo que foi perdido na relação do cidadão com a sociedade”, afirma.
Já o diretor de Trabalho da Superintendência de Atendimento ao Preso, da Secretaria de Defesa Social (Seds), Guilherme Lima, vê outra função nesse trabalho. Segundo Guilherme, além do trabalho de reintegração, ele “proporciona, através da mão de obra do preso, um serviço à sociedade”.
Dona Loreci Alves da Silva, moradora do Vila Hortinho, agradece pela iniciativa. “A comunidade aqui é muito sofrida. É mais do que bom quando alguém tenta ajudar”, conta a costureira, que também acredita no papel do projeto na reintegração dos detentos. “O preso tem que ter uma oportunidade de recuperação. Tudo o que é feito para ajudá-los é feito em prol da sociedade”, acredita.
O conhecimento adquirido pelos detentos vai ajudá-los a encontrar uma nova profissão. Um deles, que participou da primeira despesca, já está trabalhando com piscicultura. Jânio Michel, de 25 anos, participa desde o começo e continua no projeto. “Até proposta já tenho. Falei que não tenho o conhecimento especializado, mas dá para trabalhar com o que aprendi na unidade”, conta. Segundo o analista do Ministério da Pesca, o detento pode continuar o trabalho quando está em liberdade. “Ele pode trabalhar em empresas ou como autônomo. Dependendo da localidade e da produção, nem mesmo é necessária uma licença ambiental”, explica.
O próximo objetivo é que os detentos tenham mais aulas teóricas com um professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, e que alunos da universidade participem da criação dos peixes. “Eu não tenho condições de levá-los pra um banco de faculdade, mas tenho condições de dar um ensinamento maior aqui”, afirma o diretor-geral do presídio, Rodrigo Machado Andrade.
No começo desta semana, novos peixes já começaram a ser criados. Cerca de 3 mil alevinos (filhotes dos animais) chegaram e já estão nos tanques. Nos próximos sete meses, serão alimentados pelos detentos e, no segundo semestre, haverá uma outra despesca.
Histórico
O projeto, pioneiro em Minas, é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Defesa Social, o Ministério da Pesca e Aquicultura e a Universidade Federal de Minas Gerais. Os detentos aprenderam como tratar os animais, qual ração utilizar em cada fase da vida e como fazer a higienização do local e a retirada dos peixes.
A ideia de realizar o projeto começou em 2006, mas os treinamentos, os primeiros alevinos e equipamentos vieram em 2010. A primeira despesca foi realizada em fevereiro de 2011 e contou com a presença do governador Antonio Anastasia, do secretário de Estado de Defesa Social, e do ministro de Pesca e Aquicultura. Atualmente, seis presos estão aprendendo as técnicas e trabalhando. Além de uma remuneração de um terço do salário mínimo, eles perdem um dia de pena a cada três trabalhados.
Fonte: Agência Minas
Agência Brasil
Brasília – As obras de mobilidade urbana que vierem a ser retiradas da Matriz de Responsabilidade, lista que reúne empreendimentos prioritários para a Copa do Mundo de 2014, poderão continuar a ter acesso às linhas oficiais de crédito, autorizou hoje (31) o Conselho Monetário Nacional (CMN). De acordo com a equipe econômica, a decisão permitirá a continuidade dos empreendimentos, mesmo que eles sejam removidos da lista.
“Algumas obras podem vir a ser excluídas da Matriz [de Responsabilidade], mas são consideradas importantes para a mobilidade urbana e serão mantidas dentro do descontingenciamento de crédito para o setor público”, justificou o secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira.
Com a medida, as prefeituras e os governos estaduais responsáveis pelas obras poderão continuar a ter acesso à linha de crédito de R$ 8 bilhões com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que financiam os empreendimentos. Em tese, os estados e municípios também poderão contratar outros empréstimos, internos e externos, para as obras.
O secretário não quis especificar que projetos estão passíveis de serem retirados da Matriz de Responsabilidade. Ele informou apenas que os empreendimentos cuja permanência na lista está em discussão somam R$ 500 milhões e dizem respeito a obras de metrô, corredores de ônibus expresso e complexos rodoviários. “Como os projetos ainda não foram excluídos, estaria levantando uma suspeita ou uma ilação sobre uma coisa que não é concreta”, disse.
Oliveira esclareceu que a decisão beneficia apenas os projetos que ainda estão na Matriz de Responsabilidade. Obras como o veículo leve sobre trilho (VLT) de Brasília, que já foram excluídas da lista, não poderão voltar a ter acesso às linhas de crédito.
O CMN também simplificou a contratação de empréstimos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Agora, os bancos que operam as linhas de crédito do PSI poderão emprestar com recursos próprios e pedir que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) faça o ressarcimento posteriormente. Segundo Oliveira, o procedimento traz mais agilidade na concessão de financiamentos.
“Antes, os bancos tinham que esperar o BNDES definir os limites para poderem emprestar. Agora, eles podem começar a emprestar com recursos próprios antes dos limites serem repassados. Na prática, isso queima uma etapa do processo”, explicou o secretário executivo adjunto da Fazenda.
Criado em 2009, o PSI engloba uma série de linhas de crédito com recursos do BNDES para a compra de máquinas e equipamentos, exportação e investimentos em inovação e tecnologia. Para este ano, o PSI tem orçamento de R$ 100 bilhões.