O Banco de Medula Óssea (BMO) é primeiro dos seis Bancos que compõem o Centro de Tecidos Biológicos de Minas Gerais (Cetebio), autorizado pela Visa (Vigilância Sanitária Estadual) a começar a receber doadores-pacientes que necessitam de transplante de medula óssea. O procedimento é chamado de doação autóloga, realizada pelo paciente para seu próprio uso. A primeira medula doada de forma autóloga no BMO foi de um paciente de Uberaba.
O Cetebio, em implantação pelo Governo do Estado, será o primeiro centro público de multitecidos do Brasil e o maior da América Latina. Sob a administração da Fundação Hemominas, o complexo atua na captação, seleção, coleta, processamento, armazenamento e distribuição de tecidos e materiais biológicos seguros e de alta qualidade técnica, para transplantes em hospitais credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A princípio, o BMO funciona no Centro de Especialidades (Cem) do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). Após a conclusão das obras do Cetebio em Lagoa Santa, prevista para o primeiro trimestre de 2014, todos os bancos do complexo Cetebio passarão a funcionar no local. O espaço contempla laboratório, armazenamento e área administrativa. A equipe é formada por dois biólogos, um bioquímico, uma enfermeira e por uma médica hematologista, responsável técnica pelo Banco.
O Banco de Medula Óssea tem o objetivo de disponibilizar unidades de células progenitoras hematopoiéticas para o tratamento de pacientes portadores de doenças hematológicas, onco-hematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas hereditárias, tumores sólidos e doenças autoimunes. A coleta da medula é realizada em hospitais ou hemocentros parceiros, sob determinação do médico responsável pelo paciente.
Procedimento
Para fazer a criopreservação (processo no qual células ou tecidos biológicos são preservados através do congelamento a temperaturas muito baixas) primeiramente é preciso preparar o paciente. É preciso que ele tome medicamentos para induzir as células produzidas na medula óssea a migrarem para o sangue periférico. A partir daí, o sangue é coletado em bolsas e separadas amostras para a realização de exames.
Ao mesmo tempo, o sangue passa pelo procedimento de aférese, no qual as células-tronco são isoladas. Então são adicionadas substâncias químicas nas células-tronco para que se tornem aptas a serem congeladas por até dois anos numa temperatura de 80° negativos. Para conseguir o número ideal de células-tronco para posterior transplante, poderão ser feitas até três procedimentos de coleta como esse.
Segundo a coordenadora do Cetebio, Márcia Salomão Libânio, este primeiro procedimento foi realizado para um paciente da cidade de Uberaba. Ainda segundo a médica, a implantação do Banco vai auxiliar os pacientes que necessitam do transplante. “A implantação do Banco poderá contribuir para um aumento nos transplantes de medula óssea no Estado, com diminuição de tempo de espera para a realização do procedimento”. De acordo com a coordenadora,’ hoje o tempo de espera é de cerca de um ano.
Cetebio
O Cetebio vai abrigar seis importantes bancos armazenadores de tecidos e materiais biológicos: Banco de Pele, Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário, Banco de Medula Óssea, Banco de Sangues Raros, Banco de Tecidos Musculoesqueléticos e Banco de Valvas Cardíacas.
Envolvendo procedimentos de alta complexidade, o Cetebio irá disponibilizar à comunidade médica e à população usuária do SUS hemácias fenotipadas raras, células progenitoras hematopoéticas, pele alógena, peças ósseas, tecidos musculares e valvas cardíacas, coletados e processados segundo critérios de qualidade internacionais e de acordo com normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
Fonte e foto: Agência Minas
O Centro Educacional Cataguases (CEC) realizou nesta sexta-feira, 1º de fevereiro, a inauguração de suas novas instalações. Na ocasião, a diretora Boadina Maria Mota Campos e a Secretária Júlia das Mercês Mota Campos iniciaram as solenidades agradecendo a todos aqueles que de alguma forma ajudaram a escola a crescer. Em seguida, foi celebrado um culto ecumênico, com presença dos pastores Martinho, da Igreja Metodista do Brasil; Celso, da Igreja Wesleyana; Marcos Antônio, da 2ª igreja Batista, além de Maria José e Fernando, representantes do Centro Espírita Paz, Luz e Amor e Marco Aurélio, da Igreja Católica.
A nova sede do CEC fica na Rua Pedro Dutra, 280, bairro Bela Vista, e a inauguração foi prestigiado por quase todos os alunos, ex-alunos, professores, funcionários, pessoas da comunidade e muitas crianças, que se divertiam nos parquinhos, pula-pula e brincavam com os palhaços, os quais animavam a festa. O prefeito José César Samor e o ex-prefeito Willian Lobo de Almeida estavam presentes e receberam homenagem de agradecimento.
O CEC, fundado em 2004, oferece ensino Integral, Maternal, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, EJA – Educação de Jovens e Adultos (Antigo Supletivo), Técnico Enfermagem, Graduação e Pós-Graduação. Tem como parceiros o Sistema Positivo de Ensino e a Universidade de Franca (Unifran). A sede inaugurada possui amplas salas de aula, vários pavilhões, área de convivência, laboratórios de informática, enfermagem e de radiologia, piscina com total segurança, quadra coberta, playground, cantina do aluno, amplo estacionamento, além de uma bela vista da cidade e, vai, também, oferecer transporte coletivo.
Segundo Boadina e Júlia, “a instituição é de fato um centro de ação educativa, do qual participam alunos, professores, funcionários e comunidade, e o educando recebe assistência dos diretores, coordenadores, psicopedagogos e professores, a fim de que possam desenvolver autonomia intelectual”. Para os fundadores Aparecida de Fátima Campos Mota e José Geraldo do Carmo Mota, pais de Boadina e Júlia, “o CEC está com uma nova casa, mas a família é a mesma e estamos muito felizes de poder oferecer além de amizade, ensino de qualidade e infraestrutura moderna, que atende a todas as prioridades de uma aprendizagem significativa e humana”, destacou.
Por Karina Toledo
Agência FAPESP – Uma das sequelas mais graves da doença de Chagas é a cardiopatia decorrente de uma inflamação crônica no músculo do coração – a miocardite –, que destrói o órgão lentamente. Pesquisa recém-concluída na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), ajudou a compreender melhor a participação do sistema imunológico nesse processo, abrindo caminho para novos tratamentos.
Segundo os resultados divulgados em dezembro na revista PLoS Neglected Tropical Diseases, dois tipos de linfócitos – as células T reguladoras (Treg) e as células T auxiliares ou “helpers” 17 (Th17) – são os principais responsáveis por modular a intensidade do ataque ao parasita causador da doença: o Trypanosoma cruzi.
Quando esses linfócitos estão diminuídos no organismo do hospedeiro, o ataque ao T. cruzi é mais intenso e, consequentemente, a agressão do próprio sistema imunológico ao coração também é maior. Já os portadores de doença de Chagas com maiores quantidades de Treg e de Th17 circulantes apresentam melhor prognóstico e um quadro assintomático na fase crônica da doença.
“Em camundongos infectados por T. cruzi, mostramos que, se o funcionamento dessas células é inibido, o animal morre em decorrência da miocardite. Mas quando a atuação dessas células está exacerbada também é ruim, pois o organismo não consegue controlar a multiplicação dos parasitas. Essas células são necessárias, mas na quantidade certa”, explicou João Santana Silva, professor da FMRP-USP e coordenador da pesquisa apoiada pela FAPESP.
Posteriormente, com base na análise de amostras de sangue de pacientes com doença de Chagas, os cientistas viram que também em humanos há uma relação clara entre a quantidade de Treg e de Th17 circulante e a gravidade da miocardite.
“Com base nesse conhecimento, é possível predizer quais pacientes assintomáticos são mais suscetíveis a desenvolver cardiopatia. A descoberta também abre caminho para o desenvolvimento de medicamentos capazes de aumentar a produção de Treg e Th17 e modular a resposta imunológica”, disse.
A doença de Chagas é a principal causa de miocardite. Segundo dados da Fiocruz, estima-se que haja aproximadamente 20 milhões de pacientes infectados na América Latina. Entre 25% e 35% devem desenvolver alterações cardiovasculares.
De acordo com Silva, acreditava-se no passado que não havia necessidade de tratar chagásicos assintomáticos, pois a principal droga usada contra o parasita – o benzonidazol – causa fortes efeitos colaterais e é contraindicada em muitos casos. Além disso, os benefícios do tratamento não estavam bem definidos.
Estudos recentes, no entanto, mostram que todos os portadores de Chagas evoluem, mesmo que muito lentamente, para a cardiopatia. “A velocidade do processo degenerativo vai depender da produção de células Treg e Th17”, explicou Silva.
Essas células, assim como os demais linfócitos, são produzidas na medula óssea e compõem o grupo dos chamados glóbulos brancos. “Até pouco tempo atrás, eram conhecidos apenas dois tipos de células T auxiliares: a Th1 e a Th2. Recentemente foi descoberta a existência de vários outros tipos, sendo os mais importantes Treg e Th17. Quando o Projeto Temático começou, pouco se sabia sobre o papel dessas células recém-descobertas”, disse Silva.
Depois de ativadas pelo contato com o patógeno, explicou o pesquisador, as células T auxiliares produzem uma série de mediadores que ativam outros tipos de leucócitos e disparam a resposta imunológica específica contra o antígeno.
“As células Th17 estão envolvidas em doenças autoimunes, como artrite e diabetes. Por isso, acreditava-se que a presença delas no organismo estava relacionada com um mau prognóstico. Em nossa pesquisa, porém, vimos que, na infecção por T. cruzi e na leishmaniose, ela é benigna. Atua em parceria com a Treg para frear a resposta imunológica prejudicial”, afirmou Silva.
A produção de Treg e de Th17 pode ser influenciada por fatores genéticos, doenças prévias, alimentação e pela microbiota intestinal, explicou Silva. No caso da doença de Chagas, a interação com o parasita também é fator determinante. “Em camundongos vimos que algumas linhagens do parasita estimulam mais a produção dessas células. Isso é determinado logo no início da infecção”, disse.
Não é só a China que serve carne exótica. A rede de fast-food Burger King comunicou que alguns hambúrgueres fabricados na Irlanda tiveram carne de cavalo como componente. Por meio de um comunicado, a empresa afirmou que o responsável seria um frigorífico, que importava carne de um fornecedor não aprovado.
O vice-presidente de qualidade global, Diego Beamonte, disse ao jornal "The Guardian" que está profundamente incomodado com as análises, mas foi cuidadoso ao falar sobre a possibilidade de clientes terem ingerido a carne. "O exame para (detectar) DNA equino não é um procedimento padrão usado na produção de carne", justificou.
No mês passado, Irlanda e Inglaterra já haviam descoberto que havia carne de cavalo e de porco em hambúrgueres vendidos em grandes redes de supermercado. Uma delas, a Tesco, chegou a colocar anúncios de página inteira em vários jornais do país se desculpando pelo ocorrido.
Fonte e foto: Pop News
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