Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgada nesta quarta-feira (06) aponta que, na contramão da maior parte dos estados brasileiros, Minas Gerais registrou resultado positivo na produção industrial ao longo de 2012.
No acumulado do ano, a indústria mineira como um todo registrou variação de 1,4% com relação a 2011. Bahia (4,2%), Goiás (3,8%), Região Nordeste (1,7%) e Pernambuco (1,3%) foram as outras quatro localidades pesquisadas que registraram crescimento neste setor da economia.
A secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, comemorou os resultados de Minas e reiterou que, uma vez mais, a localização privilegiada do Estado vem sendo um grande indutor do crescimento industrial. Segundo ela, os dados comprovam o crescimento que vem sendo observado nos Estados do Nordeste e Centro-Oeste.
“O que podemos concluir destes resultados é que Minas Gerais, por sua localização geográfica, está no lugar certo e está aproveitando desta vantagem para atrair indústrias que visam estes mercados em ascensão. Por outro lado, também não perdemos de vista os maiores mercados consumidores do pais, localizados nas regiões Sudeste e Sul”, disse ela.
A produção industrial caiu em nove dos 14 estados pesquisados pelo IBGE no acumulado de 2012: Amazonas (-7,0%), Espírito Santo (-6,3%), Rio de Janeiro (-5,6%), Paraná (-4,8%), Rio Grande do Sul (-4,6%), São Paulo (-3,9%), Santa Catarina (-2,7%), Ceará (-1,3%) e Pará (-1,1%). A média nacional, portanto, teve uma queda de 2,7% segundo o instituto.
O IBGE atribui a desaceleração à redução na fabricação de bens de consumo duráveis (motos, aparelhos de ar-condicionado, fornos de micro-ondas, telefones celulares, relógios, televisores e automóveis) e de bens de capital (especialmente para equipamentos de transporte e para construção), além da menor produção vinda dos setores extrativos (minérios de ferro), têxtil, calçados e couro, vestuário e metalurgia básica.
Dezembro também registra crescimento
No mês de dezembro de 2012, com relação a igual mês do ano anterior, a produção industrial nacional recuou 3,6%. Nesse mês, Minas Gerais registrou 4,1% de crescimento na comparação.
A Bahia (20,6%) também mostrou avanço acentuado em dezembro, impulsionado em grande parte pelo desempenho positivo dos setores de produtos químicos e de refino de petróleo e produção de álcool, ao lado de Goiás (7,6%), Região Nordeste (7,1%) e Pernambuco (0,8%).
As quedas mais intensas foram registradas por Paraná (-28,3%) e Rio Grande do Sul (-13,4%). Espírito Santo (-9,8%), Amazonas (-6,0%), Pará (-3,4%), Rio de Janeiro (-3,1%), Ceará (-2,6%), Santa Catarina (-2,5%) e São Paulo (-1,5%) completam o conjunto de locais que assinalaram taxas negativas na comparação entre dezembro de 2012 e dezembro de 2011.
Na passagem de novembro para dezembro de 2012, a estabilidade no patamar de produção observada na indústria também foi verificada regionalmente. Paraná (-3,5%), Rio Grande do Sul (-2,0%), Espírito Santo (-1,9%), Rio de Janeiro (-1,3%), Ceará (-1,1%), Minas Gerais (-1,0%) e Amazonas (-0,5%) assinalaram recuo na produção de um mês para o outro. Por outro lado, Goiás, com expansão de 13,7%, registrou o crescimento mais elevado no período, seguido por Pernambuco (7,6%), Bahia (4,7%), Pará (4,0%), Região Nordeste (2,7%), São Paulo (0,6%) e Santa Catarina (0,4%).
Fonte: Agência Minas
Agência Brasil
Brasília - O prazo de inscrição na lista de espera do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) termina nesta sexta-feira (8). Podem participar os candidatos não selecionados em nenhuma de suas opções nas chamadas regulares e os candidatos selecionados na segunda opção, independentemente de terem feito a matrícula. A lista de espera vale apenas para a primeira opção do candidato. A inscrição deve ser feita no site do Sisu.
O candidato deve acessar o sistema e, no link boletim do candidato, clicar no botão que correspondente à confirmação de interesse em participar da lista de espera do Sisu. Ao finalizar, o sistema emitirá uma mensagem de confirmação.
As convocações estão previstas para o dia 18 de fevereiro. O Sisu ofereceu 129,3 mil vagas em 3,7 mil cursos na primeira edição deste ano, 18% a mais em comparação ao mesmo período de 2012. Ao todo, 101 instituições públicas aderiram ao sistema para a seleção de estudantes com base nas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No total, foram 1.949.958 inscritos.
Em janeiro, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou o pagamento de bolsa assistência estudantil, no valor de R$ 400, para garantir a permanência dos alunos cotistas de baixa renda nas universidades federais. O benefício será concedido aos estudantes de cursos com duração diária acima de cinco horas e que tenham sido aprovados no Sisu por meio das cotas sociais, ou seja, estudantes com renda per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo. A expectativa é que a medida entre em vigor em maio deste ano.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, defendeu um acordo com o Irã para a criação de uma "comissão da verdade" para investigar a explosão de uma bomba em um centro comunitário judaico em Buenos Aires em 1994, e pediu ao Congresso, na quinta-feira, que aprove o acordo.
Tribunais argentinos acusam o Irã de estar por trás do ataque, que matou 85 pessoas. O acordo assinado com Teerã foi criticado por Israel e por grupos judaicos, que temem que o pacto possa amenizar as acusações contra autoridades iranianas.
Eles também veem o acordo como uma vitória diplomática do Irã, uma vez que o país enfrenta grande isolamento internacional em consequência de seu programa nuclear.
"O memorando de entendimento que assinamos é um passo para desbloquear um caso que está paralisado há 19 anos", disse Cristina em discurso, rebatendo as críticas recebidas pelo acordo. "O diálogo faz parte da política externa da Argentina."
Cristina disse que enviou um projeto de lei ao Congresso pedindo que aprove o acordo, que prevê o estabelecimento de uma "comissão da verdade" composta por cinco especialistas em legislação internacional.
Também prevê viagens de promotores argentinos a Teerã para interrogar os iranianos acusados de ligação com o ataque. O Irã nega qualquer tipo de envolvimento.
Em 2007, a Argentina obteve pedidos de prisão da Interpol para cinco iranianos, incluindo o ministro da Defesa do Irã, Ahmad Vahidi, e um cidadão libanês.
Fonte: Reuters
Políticos islâmicos contestaram nesta quinta-feira a decisão do seu líder, o primeiro-ministro Hamdi Jebali, de dissolver o gabinete depois do assassinato de um influente oposicionista, crime que motivou as maiores manifestações populares no país desde a revolução de 2011.
Manifestantes incendiaram uma delegacia na cidade de Kelibia e a sede do partido governista Ennahda, um grupo islâmico moderado, em Túnis. Nos arredores do Ministério do Interior, policiais usaram gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes, e pelo menos sete pessoas ficaram feridas em Gafsa. Uma multidão saqueou lojas de aparelhos eletrônicos na cidade de Sfax.
Novos distúrbios podem acontecer na sexta-feira, quando sindicatos planejam uma greve geral em protesto pelo assassinato do político laico Chokir Belaid. Seu funeral, no mesmo dia, deve ser outro foco de protestos.
Um assessor de Hussein Abassi, líder da maior central sindical tunisiana, a UGTT, disse que ele recebeu uma ameaça de morte após anunciar a greve geral, a primeira no país em 34 anos.
Temendo mais violência, muitas lojas de Túnis fecharam às 14h (11h em Brasília), e a França, ex-potência colonial, disse que fechará suas escolas em Túnis na sexta-feira e no sábado.
Jebali, do partido Ennahda, anunciou na noite de quarta-feira que irá nomear um gabinete provisório composto por tecnocratas em substituição a ministros do seu partido islâmico moderado. Ele também disse que convocará eleições assim que for possível.
Mas dirigentes do Ennahda disseram que Jebali não consultou o partido, o que indica que o grupo islâmico está profundamente dividido a respeito da demissão do gabinete.
"O primeiro-ministro não pediu a opinião do seu partido", disse o vice-presidente da agremiação, Abdelhamid Jelassi. "Nós, do Ennahda, acreditamos que a Tunísia precisa de um governo agora. Vamos continuar as discussões com outros partidos sobre a formação de uma coalizão de governo."
Dois partidos da coalizão e os principais grupos de oposição também rejeitaram a nomeação de um gabinete de tecnocratas e exigiram que sejam consultados antes da formação de um novo governo.
O anúncio de Jebali ocorreu horas depois de Belaid ser assassinado na frente da sua casa, em Túnis, por um motociclista que fugiu. Ninguém assumiu a autoria do crime, e a direção do Ennahda disse não ter nada a ver com ele.
Apesar disso, uma multidão ateou fogo à sede do Ennahda, que formou a maior bancada nas eleições legislativas de 16 meses atrás, as primeiras no país depois da revolução que derrubou o ditador Zine al-Abidine Ben Ali. Os protestos chegaram também à localidade de Sidi Bouzid, berço da chamada Revolução de Jasmim.
Belaid era um advogado esquerdista que tinha relativamente poucos seguidores políticos, mas que falava por muitos que temem restrições de radicais religiosos às liberdades conquistadas na rebelião que deu início à Primavera Árabe, há dois anos.
Jebali deve continuar interinamente no seu cargo, algo que desagradou grupos de oposição. "Todo o governo, inclusive o primeiro-ministro, deveria renunciar", disse Beji Caid Essebsi, ex-premiê que dirige o partido laico Nida Touns.
O analista político Salem Labyed disse que a oposição parece ter a intenção de tirar proveito da crise, e que a incerteza política prolongada pode gerar mais distúrbios.
"Parece que a oposição quer assegurar o máximo possível de ganhos políticos ..., mas o temor é de que a crise no país se aprofunde se as coisas permanecerem obscuras no nível político. Isso poderia elevar a ira dos apoiadores da oposição secular, que podem voltar às ruas outra vez", afirmou.
Fonte: Reuters