Agência Brasil
Brasília - Aos 24 anos, Thais Rezende Xavier não mostra pesar por ter que assumir cuidados redobrados com a saúde por toda a vida. Ao relatar, com exclusividade à Agência Brasil, o drama que vive desde que descobriu uma embolia pulmonar, provocada pelo uso de anticoncepcional, a estudante carioca mostrou que, hoje, encara com tranquilidade as restrições impostas por médicos que ainda tratam e acompanham o caso.
“Eu corri grande risco de morte e só por um milagre estou aqui hoje contando”. Nos últimos meses de 2011, depois de um ano tomando o medicamento Diane 35, recomendado por uma ginecologista, Thais começou a sentir falta de ar e cansaço. Não demorou mais que um mês para que o quadro se agravasse.
“Tinha procurado médicos e feito exames, mas não apareceu nenhum problema. Teve um dia em que desmaiei na rua, o médico que me atendeu identificou a embolia e a primeira coisa que me perguntou foi se usava algum hormônio”, conta.
No dia 7 de dezembro, Thais foi internada. Ela passou por três cateterismos e a implantação de filtros nas veias, para evitar que a coagulação seguisse para os pulmões, o cérebro e o coração. “Hoje, não posso tomar uma série de remédios e continuo fazendo tratamento com anticoagulantes. Tenho várias restrições. Foi tudo restrito. Voltei à minha ginecologista para contar e ela ficou assustada”, disse.
A estudante garante que não fumava, não registrava sobrepeso ou histórico familiar de trombose – principais fatores de propensão ao problema. Segundo ela, o Diane 35 foi o único hormônio que tomou. Thaís também se submeteu a exames para identificar qualquer predisposição do organismo a desenvolver trombose, mas os médicos não conseguiram detectar qualquer problema.
Para o ginecologista Rogério Bonassi, a estudante pode ser um dos casos raros de trombofilia que existem no mundo. O problema, também conhecido como hipercoagulabilidade, indica uma propensão de a paciente desenvolver trombose por ter alguma deficiência no sistema de coagulação.
Vice presidente da comissão de Anticoncepcionais da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp), Bonassi diz que o Diane 35 não apresenta mais riscos que qualquer outro hormônio. Todos os medicamentos indicados como anticoncepcionais no país têm a descrição do risco de trombose na bula.
“O uso de qualquer hormônio pode ter um risco. Mas, o risco de quem não usa anticoncepcionais ou similares é de cinco em cada 10 mil mulheres. Se elas tomam pílula, o risco passa a ser de 9 para 10 mil mulheres”, explicou.
Há poucos dias, dirigentes da agência francesa de segurança dos medicamentos declararam que, até abril deste ano, a pílula anticoncepcional Diane 35 e todos os genéricos do medicamento vão deixar de ser vendidos no país. A medida foi adotada em resposta aos 125 casos de trombose venosa e quatro mortes de mulheres usuárias da pílula relatados nos últimos 25 anos. As mulheres que apresentaram graves problemas de saúde com a pílula Diane 35, com idades entre 18 e 42 anos, sofreram acidentes vasculares variados, como embolia pulmonar ou derrame.
Para Bonassi, a decisão instiga mais temor do que informa. “O Diane 35 não tem mais riscos que outros hormônios. Não sabemos o que motivou a decisão da França porque o risco é muito pequeno e não se trata de um estudo clínico, mas de relatos de casos”, avaliou.
De acordo com estatísticas da comunidade médica brasileira e internacional, a incidência da trombose na população feminina em geral é de cinco casos para cada 10 mil mulheres. No caso de pessoas que tomam pílula, o risco passa a ser de nove casos para cada 10 mil. Em mulheres grávidas, sem o uso de hormônios, as estatísticas adotadas universalmente apontam que 30 mulheres, em cada 10 mil, poderiam desenvolver a doença.
“A pílula é segura. Mas, o uso indiscriminado não deve ocorrer e sabemos que muitas mulheres tomam pílulas indicadas por amigas ou vizinhas. Outro dia, estava em uma farmácia e presenciei uma moça pedindo indicações de anticoncepcionais para o farmacêutico que descrevia qual pílula [além de contraceptiva] melhora a pele ou não retém líquido”, disse ele.
A Coreia do Norte realizou seu terceiro teste nuclear nesta terça-feira, desafiando as atuais resoluções das Nações Unidas e sendo condenada por todo o mundo, inclusive por sua única aliada importante, a China.
A Coreia do Norte disse que o teste foi um ato de defesa contra a "hostilidade dos Estados Unidos" e ameaçou novas medidas mais fortes, se necessário.
Segundo a Coreia do Norte, o teste teve "maior força explosiva" do que os de 2006 e 2009.
"Se os EUA continuarem hostis e complicarem a situação, seremos forçados a tomar ações mais duras", teria dito um porta-voz não identificado do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano, que atua como voz oficial de Pyongyang para o mundo exterior, segundo a agência estatal de notícias KCNA.
O líder norte-coreano Kim Jong-un, o terceiro de sua linha para governar o país, acompanhou dois lançamentos de foguetes de longo alcance e um teste nuclear durante o seu primeiro ano no poder.
A China, que tem mostrado sinais de irritação crescente com o tom belicoso recente da Coreia do Norte, convocou o embaixador norte-coreano em Pequim e protestou com firmeza, disse o Ministério das Relações Exteriores.
O ministro chinês das Relações Exteriores, Yang Jiechi, disse que a China está "fortemente insatisfeita e tem resoluta oposição" ao teste, e pediu que a Coreia do Norte "pare qualquer retórica ou atos que possam agravar a situação e volte ao caminho certo de diálogo e consulta o mais rápido possível".
A China é um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
O presidente dos EUA, Barack Obama, classificou o teste de um "ato altamente provocativo" que fere a estabilidade regional. Ele pressionou por novas sanções contra a Coreia do Norte. "Os EUA continuarão a tomar as medidas necessárias para defender a nós mesmos e nossos aliados", disse Obama em um comunicado.
O Conselho de Segurança se reunirá ainda nesta terça-feira para discutir sua reação ao teste, apesar de a Coreia do Norte já ser um dos países com mais sanções do mundo e ter poucas relações econômicas externas.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que o teste é uma "ameaça grave" que não pode ser tolerada. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o teste era uma "violação clara e grave" das resoluções do Conselho de Segurança.
O ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, exortou a Coreia do Norte a abandonar seu programa de armas nucleares e voltar às negociações. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) condenou o teste como um "ato irresponsável" que representa uma grave ameaça à paz mundial.
Washington acredita que o objetivo final da Coreia do Norte é a concepção de um míssil balístico intercontinental capaz de transportar uma ogiva nuclear que poderia atingir os EUA. A Coreia do Norte diz que o programa é destinado apenas a colocação de satélites no espaço.
Apesar dos três testes nucleares e dos foguetes de longo alcance, não se acredita que a Coreia do Norte esteja perto de fabricar um míssil nuclear capaz de atingir os EUA.
A agência sul-coreana de notícias Yonhap disse que Pyongyang havia informado a China e os EUA de seus planos de fazer o teste nuclear na segunda-feira, mas a informação não pôde ser confirmada.
Fonte: Reuters
A cada ano, os 20,5 milhões de mineiros adquirem novos e modernos aparelhos eletrônicos: celulares, computadores, televisões, eletrodomésticos e as mais variadas novidades no ramo. Com isso, os antigos equipamentos são descartados. Neste ciclo, até 2030, deve ocorrer um descarte de 2,2 milhões de toneladas de resíduos eletroeletrônicos em todo o Estado, segundo a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam).
Por isso, o Governo de Minas está intensificando os investimentos na realização de treinamentos, a fim de preparar profissionais para o reaproveitamento de diversos tipos de materiais recicláveis, entre eles computadores. A iniciativa busca reduzir os impactos que o descarte irregular de equipamentos eletroeletrônicos possa causar ao meio ambiente.
Desde 2009, o Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), em parceria com o Comitê de Democratização da Informática (CDI), vem ministrando cursos de descaracterização e triagem de computadores. Os treinamentos integram o Programa Redução, Reutilização e Reciclagem de Computadores Pessoais (3RsPCs), que, nos últimos quatro anos, já capacitou 209 pessoas.
O programa de capacitação profissional é voltado para jovens que buscam inserção no mercado de trabalho. O curso, que tem duração de 90 horas/aula e é ministrado em um espaço de 30 dias úteis, aborda noções básicas de informática combinadas às boas práticas sustentáveis, como o descarte correto e o reaproveitamento de resíduos eletroeletrônicos.
O coordenador da Escola de Gestão de Resíduos do CMRR, Daniel Dias, observa que a procura de pessoas querendo saber como proceder quanto ao correto descarte de equipamentos tem aumentado nos últimos anos, assim como o volume da demanda pelos cursos de descaracterização e triagem de computadores da instituição.
“A velocidade com que novos dispositivos tecnológicos chegam ao público é bem grande, aumentando a quantidade desse tipo de resíduo. Mas, felizmente, a preocupação em dar um fim correto aos velhos aparelhos também está crescendo, o que significa oportunidade de geração de trabalho e renda para catadores e benefícios ao meio ambiente”, observa Daniel Dias.
Para este ano, devem ser formadas quatro novas turmas de 40 alunos. As inscrições para a formação da primeira turma serão iniciadas na segunda quinzena de fevereiro. Podem participar dos treinamentos pessoas com idade entre 16 e 29 anos. Os cursos são gratuitos e são ministrados na sede do CMRR, localizada na Avenida Belém, número 40, Bairro Esplanada, em Belo Horizonte. Mais informações podem ser obtidas por meio do seguinte telefone: (31) 3465-1200.
A qualificação sobre o descarte correto de equipamentos eletrônicos pode ajudar também na inserção social e na geração de renda para moradores de rua. A partir de abril deste ano, o CMRR, em parceria com a Pastoral de Rua de Belo Horizonte, iniciará a realização de treinamentos para que este público atue nos locais de recebimento de materiais descartados.
Diagnóstico mostra realidade do lixo eletrônico gerado
Em 2009, o Governo de Minas apoiou o desenvolvimento de um estudo para subsidiar a elaboração de políticas públicas neste setor. O Diagnóstico da Geração de Resíduos Eletroeletrônicos no Estado de Minas Gerais foi elaborado pela Feam por meio do CMRR, em parceria com o Swiss Federal Laboratories for Materials Testing and Research (Empa), instituto suíço de pesquisa com grande experiência em resíduos.
Foram feitas estimativas de descarte de eletroeletrônicos para o Brasil, para o estado e para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), utilizando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a domicílios que possuem determinados equipamentos (telefones fixo e celular, televisores, computadores, rádios, máquinas de lavar roupa, geladeiras e freezer). O levantamento também foi baseado em dados de vendas fornecidos pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
Segundo o levantamento, até o ano de 2030, em todo o país, haverá um descarte de 22,4 milhões de toneladas de resíduos eletroeletrônicos, Minas Gerais será responsável por 10% deste total. Por ano, o diagnóstico aponta que o estado terá uma média anual de 68 mil 633 toneladas de material descartado, perfazendo 3,3 quilos de equipamentos por habitante.
Já na Região Metropolitana de Belo Horizonte a estimativa é de que, entre 2001 e 2030, serão descartadas 625 toneladas de equipamentos. Isso corresponderá a 19,7 mil toneladas de eletroeletrônicos inutilizados anualmente, uma média de 3,7 quilos por habitante/ano.
O diretor de Gestão de Resíduos da Fundação Estadual do Meio Ambiente, Renato Teixeira Brandão, explica que, segundo estudos realizados na área, ainda não se tem conhecimento das consequências, a longo prazo, da interação do meio ambiente com as substâncias tóxicas presentes nos equipamentos eletrônicos.
“O principal problema que pode ocorrer com a disposição incorreta de materiais eletroeletrônicos é a contaminação de solos, rios e lençóis subterrâneos”, alerta Brandão.
Fonte: Agência Minas
Agência Brasil
São Paulo - O corpo de um homem com as características físicas do passageiro Luciano De Lucca, que caiu do navio MSC Fantasia, no último sábado (9), foi localizado por volta das 9h de hoje (12), na margem direita do Cais do Porto de Santos, próximo ao Armazém 33, por uma equipe de buscas do Corpo de Bombeiros.
Segundo a corporação, parentes da vítima que residem na capital paulista estão sendo aguardados para fazer o reconhecimento. Posteriormente, o corpo será encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Santos.
Por volta das 11h, o corpo do passageiro ainda estava sendo retirado do local e passaria por perícia na Polícia Federal e na Capitania dos Portos.
De acordo com nota publicada pela Capitania dos Portos, no início da tarde de ontem (11), parentes de Luciano De Lucca buscaram informações sobre as buscas. Os trabalhos foram intensificados com o uso do navio-patrulha Marlim, empregada pela Marinha em situações de busca e salvamento. Também foi ampliado o raio de ação.
A queda de Luciano De Lucca ocorreu por volta das 18h30 do último sábado, quando o navio fazia manobra de partida para um cruzeiro rumo a Salvador. Ele estava na cabine 11.063, em companhia de três pessoas.
O presidente da Comdecat - Coordenadoria Municipal dos Deficientes de Cataguases - Delson Gomes (o primeiro na foto ao lado), revelou esta tarde que pela primeira vez na história do Carnaval da cidade, os deficientes foram lembrados e se tornaram participantes desta que é a maior festa popular do país. A iniciativa partiu da Adec - Associação dos Deficientes de Cataguases - que foi atendida pelas secretarias municipais de Assistência Social e a de Cultura e Turismo que criaram um espaço específico na Passarela do Samba para acomodar as pessoas portadoras de necessidades especiais.
Delson comentou o fato: "Nós vamos nos lembrar deste carnaval com saudades por causa desta atitude inédita". Devido à iniciativa, os deficientes estão assistindo aos desfiles com segurança , no setor das arquibancadas que fica em frente ao prédio do Centro Espírita Paz, Luz e Amor. Para o titular da Pasta de Assistência Social, Vanderlei Teixeira Cardoso, a meta é incluir e assistir quem de fato necessita da Secretaria. "Pensamos em realizar um trabalho de inclusão social em todos os níveis e o carnaval é a festa mais democrática que existe e, apesar disso, excluía os deficientes", constatou Pequeno.
Fotos cedidas pelo presidente da Adec, Sílvio Nonato