Agência Brasil
Brasília – A Justiça Militar da União em Brasília aceitou denúncia contra o primeiro-sargento da Marinha Luciano Gomes Medeiros, acusado de provocar o incêndio que destruiu a base brasileira na Antártica. Ele responderá por homicídio culposo (sem intenção de matar) de dois militares e por dano à instalação militar. O acidente ocorreu em 25 de fevereiro do ano passado.
Por determinação judicial, o processo ficará em sigilo, pois tem informações sobre a segurança nacional. O juiz ainda acatou pedido do Ministério Público Militar para arquivar as apurações em relação a outros dois militares por falta de indícios de participação no crime.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o sargento Medeiros era responsável pela transferência de óleo diesel de combustão imediata entre tanques que alimentavam os geradores da base militar. Na noite do dia 25, ele deixou o posto, com a transferência em andamento, para participar da festa de despedida de uma pesquisadora.
Segundo as perícias, o incêndio ocorreu porque a transferência de combustível não foi encerrada em tempo hábil, levando ao transbordamento dos tanques. O contato do óleo com o gerador quente foi a principal causa do incêndio, que destruiu 70% da base militar. O prejuízo causado pelo incêndio foi orçado em R$ 24,6 milhões.
Em sua defesa, o sargento disse que desligou a bomba de transferência de combustível, mas que não se lembra de ter fechado as válvulas dos tanques. O interrogatório do acusado e a oitiva de seis testemunhas estão marcados para dia 28 de fevereiro, às 14h. A etapa não será aberta ao público devido ao caráter sigiloso do processo.
Sete militares colombianos morreram nesta quarta-feira em combates com as Farc, no ataque mais sangrento da guerrilha desde que começou em Cuba uma negociação de paz para pôr fim ao conflito interno de quase cinco décadas.
Outros cinco soldados ficaram feridos no confronto que aconteceu em uma zona rural do departamento do Caquetá, no sul da Colômbia, quando as tropas entraram em choque com uma coluna rebelde que pretendia atacar uma cidade da região, afirmou o Exército.
Um comunicado da décima segunda brigada também citou um "número indeterminado" de guerrilheiros mortos e feridos nos combates.
O saldo do enfrentamento reflete a intensificação do conflito na Colômbia desde que em 20 de janeiro venceu uma trégua unilateral de dois meses declarada pelas Farc quando começou o diálogo de paz em Havana.
As autoridades colombianas disseram que não haverá o fim dos combates a menos que as negociações sejam bem sucedidas. O Exército manteve suas operações contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia em todo o país.
Fonte: Reuters
Fiéis que lotaram a basílica de São Pedro, no Vaticano, ovacionaram de pé o papa Bento 16 numa emotiva despedida nesta quarta-feira, a última missa pública dele antes de efetivar sua renúncia no dia 28.
"Obrigado. Agora, voltemos à oração", disse o papa demissionário, de 85 anos, encerrando os vários minutos de aplausos, que claramente o deixaram comovido. Num gesto excepcional, os bispos presentes tiraram suas mitras em sinal de respeito, e alguns choraram.
Um dos padres no altar, que segundo a tradição fica sobre a tumba do primeiro papa, São Pedro, sacou um lenço para enxugar as lágrimas.
A missa deveria ter sido celebrada numa igreja de Roma, mas foi transferida para a basílica do Vaticano a fim de que mais fiéis pudessem assisti-la. Ainda assim, centenas ficaram do lado de fora.
Horas antes, no moderno salão de audiências do Vaticano, o papa, visivelmente emocionado, buscou tranquilizar seu rebanho mundial, dizendo estar confiante de que sua renúncia não irá abalar a Igreja.
O Vaticano, enquanto isso, anunciou que o conclave para a eleição do sucessor deverá começar entre 15 e 20 de março, de acordo com os prazos previstos nas regras eclesiásticas.
"Continuem a rezar por mim, pela Igreja e pelo futuro do papa", disse ele em declarações improvisadas no início da sua audiência geral semanal, sua primeira aparição pública desde o surpreendente anúncio de sua renúncia, na segunda-feira.
Foi a primeira vez que Bento 16, de 85 anos, pronuncia a expressão "futuro papa" publicamente.
A renúncia de um papa é um fato tão excepcional que os vaticanólogos ainda não decidiram com que título Bento 16 deverá ser tratado, e se deverá continuar usando trajes brancos de papa, os vermelhos de um cardeal, ou o preto de um sacerdote comum.
Já está definido que ele trocará o esplendor do Palácio Apostólico, erguido no século 16, por uma sóbria residência moderna dentro do Vaticano.
Na audiência geral, o papa fez breves declarações em italiano, com teor semelhante ao discurso de renúncia na segunda-feira, escrito em latim.
"Tomei a decisão em total liberdade, pelo bem da Igreja, após rezar por muito tempo e examinar minha consciência perante Deus", disse ele.
O pontífice alemão se disse "bastante ciente da gravidade de tal ato", mas também ciente de que não tem mais a força necessária para comandar a Igreja Católica e seus 1,2 bilhão de fiéis, num momento em que a instituição enfrenta vários escândalos em Roma e no resto do mundo.
Ele se disse amparado pela "certeza de que a Igreja pertence a Cristo, que nunca irá deixar de guiá-la e de zelar por ela" e sugeriu que os fiéis também deveriam aceitar esse conforto.
Afirmou ainda que podia "sentir quase fisicamente" o afeto demonstrado desde o anúncio da decisão.
Fonte: Reuters
Agência Brasil
Brasília - O cidadão que tiver documentos ou cheques perdidos ou furtados no carnaval, além de registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima, deve cadastrar a informação no Serviço de Documentos e Cheques Roubados para reduzir o risco de sofrer prejuízos ou fraudes. O registro pode ser feito pela internet ou por telefone, no número (11) 3373 7272, que funciona diariamente, das 8h às 20h.
Com a inclusão dos dados, as informações ficam disponíveis em todo Brasil, provisoriamente, por um período de dez dias úteis. Para que eles permaneçam por tempo indeterminado, o consumidor precisa enviar dentro desse prazo o boletim de ocorrência e uma declaração formal para a Serasa Experian, empresa de análises e informações para decisões de crédito.
No caso dos cheques, as informações ficam na base de dados por três dias úteis, tempo para o correntista avisar o banco, fazer o boletim de ocorrência e sustar os cheques. Após a sustação, o alerta do cheque permanecerá por tempo indeterminado na base de dados da empresa.
O cidadão com cheques roubados, furtados, perdidos ou extraviados deve comunicar a ocorrência ao banco o mais rapidamente possível e pedir cancelamento. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as despesas de registro e de controle do cancelamento ou sustação dos cheques são de responsabilidade do correntista, que terá como garantia do banco o não acolhimento desses cheques. A tarifa para cobertura dessa despesa deve ser cobrada uma única vez.
Os bancos não podem cobrar taxa de devolução dos clientes quando se tratar de cheques cancelados por roubo ou furto acompanhados de boletim de ocorrência.