O ressurgimento político de Silvio Berlusconi e a ascensão de um comediante populista e boca-suja tornaram imprevisível o resultado da eleição italiana do fim de semana, que pode não resultar no governo forte de que o país necessita.
A Itália, terceira maior economia da zona do euro, está mergulhada na sua mais prolongada recessão nos últimos 20 anos. Sucessivos governos não conseguiram fazer a economia nacional decolar nesse período.
A insatisfação popular com o desemprego recorde, especialmente entre os jovens, com os aumentos tributários e com as dificuldades italianas, junto com uma recente onda de casos de corrupção, alimentaram o apoio ao alternativo Movimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo.
Hábil no uso da internet, Grillo tem atraído multidões para vê-lo gritar até ficar rouco sobre os palanques, em discursos cheios de palavrões dirigidos à desacreditada classe política.
Alguns analistas dizem que o 5 Estrelas pode se tornar o terceiro maior partido no Parlamento, com cerca de 20 por cento dos votos, à frente inclusive do Povo da Liberdade (PDL), de Berlusconi.
O ex-premiê, de 76 anos, passou a maior parte de 2012 à sombra, acuado por um escândalo sexual e por suspeitas de corrupção, depois de ser escorraçado do poder no auge da crise financeira nacional, em 2011.
Mas desde dezembro Berlusconi voltou à ativa, atacando em aparições televisivas as medidas de austeridade impostas por seu sucessor, o tecnocrata Mario Monti. Com isso, ele reduziu à metade a vantagem de dez pontos percentuais que o centro-esquerdista Pier Luigi Bersani registrava nas pesquisas.
Grande comunicador --e amparado em seu império televisivo--, Berlusconi está conquistando muitos votos com a promessa de restituir o valor pago em um odiado imposto sobre habitação criado por Monti. Adversários dizem que essa promessa equivale a uma compra de votos.
Bersani, um ex-ministro bem avaliado mas de pouco brilho, e seu Partido Democrático parecem se aferrar à sua própria linha de campanha, mostrando-se complacentes com a liderança nas pesquisas e incapazes de responder de forma dinâmica à ameaça representada por Berlusconi e Grillo.
Monti, cuja atuação contra a crise financeira foi muito elogiada por outros governos europeus e investidores, tem poucas chances de permanecer no cargo. Analistas disseram na quinta-feira que o apoio ao centrista está minguando, e que ele pode ficar com menos de 12 por cento dos votos.
INCÓGNITAS
Os especialistas ainda acham que o resultado mais provável seria um governo chefiado por Bersani e apoiado por Monti, mas a ascensão de Grillo e Berlusconi, e o mau desempenho eleitoral do atual premiê, causam inquietação quanto à chance de que a Itália tenha um governo forte e comprometido com reformas.
Adversários de Bersani também dizem que ele seria incapaz de chegar a um acordo com Monti sobre as reformas, e que seria tolhido por sindicatos e grupos esquerdistas, algo que seu partido nega.
Pela lei eleitoral, as pesquisas de opinião estão proibidas desde 9 de fevereiro. As últimas mostravam a centro-esquerda com cerca de 5 pontos percentuais à frente do bloco de Berlusconi, e analistas acreditam que isso ainda se mantém, ainda que possivelmente com um ligeiro declínio.
Na quarta-feira, a agência de classificação de crédito Standard & Poor's disse que a Itália pode perder o impulso para a realização de reformas importantes se nenhum vencedor emergir claramente da eleição.
O ágio entre os títulos italianos com vencimento em dez anos e os papéis alemães que balizam o mercado subiu 14 pontos-base na quinta-feira, num sinal de que os investidores, até agora tranquilos, estão pouco a pouco despertando para o risco de um governo fraco.
Fonte: Reunters
Na próxima terça-feira (26) acontecerá o lançamento regional da campanha “Conte até 10. Paz. Esta é a atitude”, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (ENJSA). A campanha que tem por objetivo sensibilizar a sociedade para a prevenção de homicídios causados por motivos por impulso ou motivos fúteis, tem o apoio da Secretaria de Estado de Educação (SEE), que se encarregou da divulgação da iniciativa em Minas Gerais.
Segundo a secretária adjunta da SEE, Sueli Pires, “a campanha contabiliza mais uma ação da Educação em prol da promoção da paz”, se referindo ao Fórum de Promoção da Paz Escolar e de Articulação em Rede (ForPaz), que desde 2012, vem sensibilizando e capacitando professores e gestores escolares da rede estadual de ensino sobre mediação de conflitos nas escolas e sobre as possibilidades de parcerias com poder público e sociedade civil . Ainda segundo Sueli Pires “o Conte até 10 deverá ganhar as ruas das cidades mineiras, tanto da capital quanto no interior”, adiantou Sueli.
O ForPaz em 2012
O Fórum de Promoção da Paz Escolar e Articulação em Rede (ForPaz) viajou em 2012 por seis regiões do Estado com o intuito de sensibilizar e capacitar professores. Ao todo, cerca de 2,5 mil educadores pertencentes a 30 Superintendências Regionais de Ensino (SRE), das 47 existentes em Minas Gerais, se reuniram com defensores públicos, promotores, catedráticos, representantes da sociedade civil, juízes e parlamentares para debater o tema da violência nas escolas, os caminhos possíveis para a mediação de conflitos, além de discutirem a importância das escolas buscarem parceiros nesta tarefa.
Atualmente, 22 instituições, organizações, entidades e órgãos atuam junto ao ForPaz, criado em 2007 pela Defensoria Pública de Minas Gerais, e adotado pela Secretaria de Estado de Educação em 2012. Além do ForPaz, a Secretaria de Educação liberou em 2012, cerca de R$ 7 milhões para a aquisição, instalação e monitoramento de sistemas de segurança em 532 escolas de todo o Estado. Os pedidos foram feitos pelas próprias escolas estaduais, por meio das Superintendências Regionais de Ensino e todos aqueles que chegaram à Secretaria foram atendidos, zerando a demanda.
Em média, os gastos com equipamentos de segurança giram em torno de R$13,5 mil por escola e as concessões são definidas de acordo com a particularidade de cada escola. Em 2012, foram adquiridas também, pela primeira vez, 95 viaturas para o uso exclusivo da patrulha escolar, para realizar as rondas nas escolas em regiões com altos índices de violência e criminalidade.
Perspectivas para 2013
Para 2013, está previsto a conclusão do ciclo regional de promoção do ForPaz em todo o Estado de Minas Gerais, ampliando a capilaridade do programa em locais estratégicos. Segundo a secretária adjunta da Secretaria de Estado de Educação que coordena o ForPaz “2012 foi um ano de implantação do Forpaz, e, por isso, um ano importantíssimo. Mas em 2013 pretendemos alcançar todas as regiões do Estado, inclusive, região Norte, onde percorreremos Pirapora, Januária, Montes Claros e Janaúba. Em seguida, iremos para o eixo do Vale do Rio Doce e Jequitinhonha, abrangendo Governador Valadares, Teófilo Otoni, Almenara, Araçuaí e Diamantina. Em seguida, iremos para o Vale do Aço, completando todo o circuito”, observou.
A secretária adjunta chamou atenção ainda para o principal objetivo deste ano, que é fazer com que as ações do ForPaz “sejam efetivamente aplicadas nas escolas. Para o mês de abril, está previsto uma grande mobilização de alunos oriundos de comunidades escolares da Região Metropolitana de Belo Horizonte, para uma campanha de promoção da paz, que contará com o apoio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e Defensoria Pública, parceiros efetivos do ForPaz”.
Justiça restaurativa nas escolas
Neste momento, a Secretaria de Estado de Educação dá andamento também a um estudo sobre justiça restaurativa e os instrumentos necessários para implantação nas escolas da rede estadual de ensino. O estudo é coordenado pela especialista, Monica Mumme, considerada referência no assunto no Brasil, e o objetivo do estudo é desenvolver um projeto piloto para ser testado em escolas da rede em sua fase inicial.
Até o momento, cinco profissionais da área educacional estão sendo capacitados no campo da justiça restaurativa. “Todas as ações do ForPaz se mantém em 2013, porém de forma mais ampliada. A intenção é fazer com estas ações cheguem nas escolas, sensibilizar alunos e família, capacitar educadores e envolver o entorno das escolas”.
Fonte: Agência Minas
Vinte e oito policiais da 146ª Companhia Especial de Polícia Militar, em Cataguases participaram, no início da manhã desta sexta-feira, 22, de uma operação no Distrito de Sereno que culminou com a prisão de duas pessoas possivelmente envolvidas com o tráfico de drogas, outras duas por porte ilegal de arma de fogo, pássaros da fauna silvestre, drogas, duas armas e dinheiro, além de duas motocicletas. Toda a operação foi comandada pelo major Antônio Carlos Freitas, comandante daquela Corporação.
Em entrevista ao Site do Marcelo Lopes, Major Antônio Carlos deu detalhes da operação. Segundo informou, havia alguns dias que a Polícia estava recebendo denúncias de arruaças no distrito de Sereno acompanhadas de pedidos de maior policiamento naquela comunidade. A partir daí, conforme revelou o comandante da PM, foi feito um estudo nos distritos e constatada a necessidade de se implantar um policiamento mais intenso naquelas localidades. A primeira ação neste sentido foi a realização de uma blitz, semana passada, em Sereno que apresentava frequentes denúncias de arruaças e tráfico de drogas.
Às 6 horas da manhã desta sexta-feira, 22, a Polícia Militar voltou ao distrito, desta vez com o objetivo de encontrar e prender os responsáveis pelos delitos naquela localidade. Segundo o Major Antônio Carlos, a operação “obteve êxito total” com a prisão de dois rapazes (um deles, na foto ao lado) por estarem associados ao tráfico de drogas, e outras duas pessoas por porte ilegal de arma de fogo, que também foram apreendidas (uma espingarda e um revólver calibre 32), duas motos, que segundo denúncias dos moradores, percorriam a localidade em alta velocidade e fazendo algazarra, cocaína, além de dois pássaros silvestres e um filhote de papagaio (foto à esquerda). “Todas as pessoas que foram denunciadas pelos moradores foram presas”, destacou o comandante da PM em Cataguases.
Major Antônio Carlos informou ainda que a partir de março a Polícia Militar vai intensificar o trabalho nos distritos “que receberão um policiamento mais efetivo”.
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Agência Brasil
Brasília – A condução do julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, foi bem avaliada por lideranças do Judiciário em todo o país. A informação consta em pesquisa inédita do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), obtida com exclusividade pela Agência Brasil. O levantamento sobre o desempenho do Supremo Tribunal Federal (STF) ouviu, no início do ano, presidentes de 26 das 59 cortes regionais do país.
Os presidentes dos quatro maiores tribunais se dividiram ao comentar o assunto. Sem entrar no mérito das condenações, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, disse que o julgamento aproximou o Judiciário da população. Na avaliação de Marcelo Pereira, que preside a corte do Rio Grande do Sul, a transparência no julgamento aumentou a credibilidade da Justiça.
O efeito pedagógico das condenações foi lembrado pelo representante do tribunal fluminense na época do julgamento, Manoel dos Santos. “A corrupção é intolerável e o exame da prova passa a ser, de alguma forma, mais rigoroso. O agente político passa a saber que deve se resguardar”. Joaquim Rodrigues, da corte de Minas Gerais, acredita que o Supremo derrubou “a ideia, até então predominante, de que as pessoas de poder jamais seriam punidas”.
A visão de que o julgamento ajudará a inibir ilegalidades no futuro, além de ter demonstrado a independência do Judiciário, também foi compartilhada pela maioria dos pesquisados – 14 tribunais estaduais, oito trabalhistas, três militares e um federal.
Presidenta do Tribunal Regional do Trabalho de Goiás, Elza da Silveira, disse que o STF “sinalizou claramente na direção do fim da impunidade”. João Vieira, do Tribunal Militar do Rio Grande do Sul, viu um Supremo não partidário, “nem indulgente com os agentes públicos”.
A reprodução em larga escala das definições do Supremo sobre questões como corrupção e lavagem de dinheiro foi lembrada pela representante do Tribunal Federal da 4ª Região, Marga Tessler. “[O julgamento] proporcionou votos densos, que serão certamente considerados paradigmáticos e norteadores para as instâncias inferiores”.
O julgamento da Ação Penal 470 foi o maior da história do Supremo, ocupando a Corte durante todo o segundo semestre de 2012. Dos 40 réus denunciados inicialmente por participação no esquema de corrupção, 25 foram condenados, 12 absolvidos, um fez acordo com o Ministério Público, um morreu e um caso foi encaminhado para a primeira instância.