O Vaticano acusou a mídia italiana neste sábado de espalhar relatórios "falsos e prejudiciais" em ação que classificou como uma tentativa deplorável de influenciar os cardeais que se reunirão em um conclave secreto no próximo mês para eleger um novo papa.
Desde que o Papa Bento XVI anunciou sua renúncia em 11 de fevereiro, os jornais italianos têm publicado matérias com rumores sobre conspirações, relatórios secretos e lobbies no Vaticano que eles afirmam terem levado o papa a abdicar.
"É deplorável que, ao aproximar-se o momento do início do conclave ... que haja uma distribuição generalizada de notícias muitas vezes não confirmadas, não verificadas ou completamente falsas que causam sérios danos a pessoas e instituições", disse o Vaticano em declaração.
Os relatórios italianos mostraram um retrato pouco lisonjeiro da administração central do Vaticano, como é conhecida a Cúria, descrevendo-o como sendo cheio de prelados mais preocupados com suas carreiras do que servir a Igreja ou o Papa.
Alguns oficiais da igreja, falando reservadamente, disseram que cardeais estrangeiros que vêm a Roma para escolher o próximo papa foram alertados sobre relatos de corrupção e podem estar inclinados a eleger alguém que não está conectado com a Cúria, que é predominantemente italiana.
O comunicado do Vaticano disse que as matérias da imprensa italiana são uma tentativa de influenciar o resultado do parecer do conclave através da opinião pública negativa muito parecido com Estados e os reis que tentaram influenciar eleições papais séculos atrás.
O papa anunciou que vai renunciar em 28 de fevereiro, tornando-se o primeiro pontífice a abdicar em cerca de seis séculos.
O papa Bento, de 85 anos, disse que sua saúde já não lhe permite conduzir a 1,2 bilhão de membros da Igreja Católica Romana como ele gostaria.
Fonte: Reunters
Agência Brasil
São Paulo – Quase dois meses após a lei paulista contra o trabalho escravo ter sido sancionada pelo governo do estado, imigrantes da América do Sul que vivem na capital – um dos grupos mais afetados pelo trabalho em condições análogas às de escravidão – pediram uma maior divulgação da nova legislação, e fiscalização de seu cumprimento, durante audiência pública realizada esta semana.
Sancionada em 28 de janeiro, a Lei 1.034 de 2011 cassa a inscrição no cadastro de contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de estabelecimentos comerciais flagrados se beneficiando de trabalho escravo. Na prática, a lei pode fechar os estabelecimentos por até dez anos e é mais rigorosa que a legislação federal, que prevê punições como o fim do acesso a financiamento público, mas não cassa o registro da empresa.
“Há necessidade de educar essas pessoas que trabalham, por exemplo, com a confecção, na indústria têxtil. Elas não têm conhecimento da lei, não sabem como deve ser aplicada. O imigrante tem aquela impressão de que, se está com regularização migratória em dia, ele já não precisa de mais nada. Eles não têm o conhecimento de quais são os seus direitos e deveres”, diz a advogada e imigrante boliviana Ruth Camacho, que hoje trabalha na Pastoral do Imigrante.
Segundo Ruth, os problemas na divulgação da lei são agravados pela extensa jornada de trabalho dos imigrantes e pela dificuldade de fazer chegar até eles a informação sobre seus direitos. “As pessoas que trabalham mais de 12 horas por dia, como as da confecção, não têm tempo para nada. O único momento que elas têm ou é a rádio ou é a televisão”, diz.
Outro problema destacado por Ruth é a língua, que impede os imigrantes de entender claramente seus direitos. “A nossa dificuldade é que os andinos têm dificuldade de falar o espanhol. Eles falam as línguas originárias. O paraguaio fala muito guarany, o boliviano fala muito o quíchua e o aimará, mas a gente pode encontrar meios de conseguir se comunicar”, destacou.
De acordo com o autor da lei, o deputado estadual Carlos Bezerra Júnior (PSDB), o ganho dos empresários que exploram o trabalho escravo nas confecções é 200% superior aos que não usam. Por isso, a lei tem como alvo o fator econômico, de cassar o registro da empresa e impedir a continuidade da produção.
“A lei causa prejuízo de quem mais ganha com isso. Essa lei vai ao cerne da questão. Trabalho escravo em São Paulo passou a ser um péssimo negócio, e trabalho escravo era um negócio lucrativo”, disse.
No entanto, a prática de exploração do trabalho análogo à escravidão nas confecções do centro de São Paulo ainda persiste, segundo alguns empresários do ramo. Durante a audiência pública, o empresário Franklin Castro disse que trabalha em sua própria confecção das 6h à meia-noite e que ganha por peça produzida.
“Eu costuro todo tipo de roupa. Para uma camisa, me pagam R$ 3. E vendem por, pelo menos, R$ 100”, diz. O preço, segundo ele, é o de mercado, e se não aceitá-lo, há confecções que aceitam. “Por que meu concorrente consegue aceitar a encomenda com esse preço?”, questionou, se referindo à concorrência, muitas vezes, desleal.
Uma organização criminosa que cometia roubos em cidades da região foi descoberta na sexta-feira (22) em Muriaé. Segundo a assessoria da Polícia Militar (PM), cinco homens, sendo quatro naturais do Rio de Janeiro, foram presos durante ação realizada pela PM e Polícia Civil. Além deles, dois adolescentes foram apreendidos.
O grupo foi descoberto a partir de um assalto a uma joalheria no Centro da cidade na manhã de sexta-feira. No local também funcionava uma financeira. Com eles foram encontradas duas armas de fogo, dois veículos com placas do Rio de Janeiro, além de dinheiro, inclusive dólares e material para embalo de drogas. Tudo foi levado para a delegacia em Muriaé.
Luiz Felisberto da Silva Junior, vulgo “JN”, (bermuda vermelha com branco e camisa preta) que seria um dos lideres do tráfico no morro do Turano, no Rio de Janeiro; Eduardo da Silva Marques (camisa branca e calça jeans), que foi preso no local do crime após a troca de tiros e foi identificado como o homem que cuida do financeiro para “JN” no Rio; Vagner Rodrigues (gordo, de bermuda e sem camisa, preso no bairro São Pedro, natural de São Paulo); Andre Beserra da Silva (bermuda xadrez, camisa azul com detalhe branco e chinelo), dono de um dos veículos usados na fuga e Silvo, conhecido como “Silvão”, natural de Muriaé, que já morou no morro do Turano, no Rio de Janeiro.
Fonte: Mega Minas, com informações de Claudio Cordeiro
Foto: Claudio Cordeiro
Texto e Fotos: Paulo Victor Rocha
A Escola Estadual Coronel Vieira, inaugurada em 1913 pelo decreto 3723 de 8 de outubro, completará cem anos de fundação neste domingo, 24 de fevereiro. Na ocasião, a escola será homenageada com faixas de congratulações e, no dia seguinte, haverá um Culto Ecumênico às 17 horas, do qual participarão direção, professores, alunos, comunidade e funcionários, marcando, desta forma, o início das comemorações do centenário da instituição, que se estenderão a eventos durante o ano.
O Grupo Escolar de Cataguases, como era chamado na época, se tornou realidade graças aos esforços do Deputado Federal Dr. Astolfo Dutra Nicácio e do Agente Executivo Municipal Coronel João Duarte Ferreira. Quando começou a funcionar, o grupo tinha quinhentos e sessenta e oito alunos, sete professores, três auxiliares administrativos e um porteiro. No ano seguinte passou a se chamar Grupo Escolar Coronel Vieira, pelo decreto 8.890 de 23 de novembro, e depois foi nomeada Escola Estadual Coronel Vieira. Hoje possui seiscentos e trinta alunos e cerca de trinta professores, que, somados à direção e aos auxiliares, totalizam mais de 50 funcionários. Esses dados foram revelados pela diretora Gleidis Peixoto Brito Furtado (foto), a qual está na direção desde 2007, junto com a vice-diretora Maria do Carmo Silveira de Paula.
Gleidis contou que “a escola vem conseguindo ótimos resultados nas avaliações do Governo Federal e que em 2012 alcançou média de 6,6 no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)”. Esses resultados, segundo ela, “são reflexos do trabalho em equipe da direção, dos professores, enfim, de todos os envolvidos no trabalho que a escola faz com os alunos, que futuramente serão bem sucedidos em suas vidas sociais e profissionais, como foram muitos que aqui passaram”, destacou.
A Escola Estadual Coronel Vieira, localizada na Avenida Astolfo Dutra, 303, Centro, é patrimônio histórico desde 1994 e recebeu reformas no período de 17/1/2011 a 13/1/2012. As obras custaram R$ 533.000,00 e foram feitas pela construtora Oliveira Clemente, respeitando as normas de preservação patrimonial geridas pelo IPHAN, conforme frisou a diretora.
O presidente cubano, Raúl Castro, que deve iniciar no domingo seu segundo mandato de cinco anos à frente da ilha de governo comunista, disse em tom jocoso a jornalistas nesta sexta-feira que planeja se aposentar, mas só não disse quando.
"Vou renunciar", disse Raúl, entre risos, ao receber o primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev.
"Vou completar 82 anos e tenho o direito de me aposentar, não acham? Por que você está tão incrédula?", acrescentou ele durante conversa com jornalistas.
O líder comunista pediu aos repórteres que prestem atenção no seu discurso de domingo à Assembleia Nacional, na sessão que elegerá o Conselho de Estado e o presidente. "É um discurso interessante, compareçam", afirmou, antes de partir com Medvedev.
Raúl, que assumiu a presidência em caráter definitivo em 2008, no lugar do seu irmão Fidel, já propôs limitar os cargos públicos a dois mandatos consecutivos de cinco anos. Seu governo tem sido marcado por reformas econômicas liberalizantes e por medidas que facilitaram viagens de cubanos para fora do país.
Dentro e fora da ilha, personalidades criticam a idade avançada dos principais dirigentes do regime. Mas, apesar de completar 82 anos em junho, Raúl parece estar em boa forma física e lúcido. Especialistas em política cubana, diplomatas e a própria população esperam que ele assuma seu segundo mandato.
"Que ocorra agora ou depois de um segundo mandato, não há vergonha em colocar sobre a mesa os limites do mandato presidencial de Raúl Castro", disse a diretora de estudos latino-americanos do Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos, Julia Sweig.
"Vejo isso como algo muito de acordo com seu estilo, mas me surpreenderia se no seu discurso de domingo indicasse que não ficará para um segundo período", acrescentou Sweig.
Fonte: Reunters