Dois membros das forças de segurança do Egito e três civis morreram e centenas de pessoas ficaram feridas, no domingo, em consequência de tiros disparados durante confronto entre manifestantes e policiais na cidade de Port Said, no canal do Suez, disseram fontes médicas e de segurança nesta segunda-feira.
A violência irrompeu quando centenas de manifestantes protestavam contra a detenção de dezenas de pessoas ligadas a uma briga durante jogo de futebol no ano passado, em que 70 pessoas morreram.
A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar uma multidão que se reuniu diante de um escritório do governo local. O Ministério da Saúde disse em comunicado nesta segunda-feira que 404 pessoas ficaram feridas.
O Ministério do Interior disse em comunicado que dois de seus funcionários morreram em consequência de ferimentos de bala no pescoço e na cabeça.
O Egito tem vivido em turbulência política durante os últimos dois anos, desde que um levante popular derrubou o presidente Hosni Mubarak.
Fonte: Reunters
Agência Brasil
Brasília - O governo do Distrito Federal (GDF) vai iniciar esta semana a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) em meninas de 11 a 13 anos que estudam em escolas públicas e privadas. A imunização será feita no próprio colégio pelos professores que, segundo a Secretaria de Saúde, foram capacitados para a ação.
A criança ou adolescente na faixa etária definida precisa de autorização dos pais para receber a dose, aplicada em três etapas. De acordo com a secretaria, os pais estão sendo orientados pelos colégios para permitir a vacinação.
Em setembro do ano passado, o Senado aprovou projeto de lei que prevê que meninas de 9 a 13 anos tenham o direito de receber gratuitamente na rede pública de saúde a vacina contra o HPV. O texto, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), ainda precisa ser analisado pela Câmara dos Deputados.
A Secretaria de Saúde do DF, em parceria com a Secretaria de Educação, decidiu imunizar, em um primeiro momento, apenas meninas de 11 a 13 anos em razão do preço elevado da vacina. A expectativa é que, nos próximos anos, toda a faixa etária prevista no projeto receba a dose.
O GDF destacou que a dose é nova no calendário de vacinação da rede pública, mas tem a eficácia garantida. Reações adversas como febre podem ser registradas como em qualquer outro processo de imunização. O alerta maior é que a vacina protege apenas contra o HPV e não previne as demais doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Alguns metros adiante dos estábulos da fazenda do presidente da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan), João Carlos Leite, seguindo a tubulação que leva o leite ainda quente após a ordenha, é possível conhecer onde o legítimo queijo canastra toma forma em meio às serras de São Roque de Minas. E a mágica acontece pelas mãos calejadas de José Filho de Faria, 43 anos, e de sua esposa, Romilda Aparecida da Silva Faria, 37.
A primeira parada é um tanque de metal onde o leite é talhado com a ajuda do coalho, único produto industrializado que entra no processo, feito após o processamento da pepsina, uma enzima digestiva encontrada no estômago do boi ou do porco. É nesse ponto também que entra o pingo, fermento lácteo natural extraído ainda no primeiro dia do processo de fabricação, que garante a conformidade do queijo.
Em apenas 90 minutos, o leite engrossa no tanque e decanta o soro, que é retirado para a alimentação dos porcos. Conforme estabelece a Lei 20.549, aprovada em 2012 pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, ele chega à pocilga, distante quase 100 metros, por um canalização separada. O que sobra é uma massa branca, sem gosto, que ganha ainda mais consistência pelas mãos de José e Romilda, em um ritual de dessoramento manual, como artesãos, até ser possível colocá-la nas formas.
“Para fazer um bom queijo é preciso ter paciência, é preciso gostar. A gente leva 40 minutos espremendo a massa, sem pressa, até moldar o queijo, mas vale a pena. Até sinto falta quando passo um dia sem fazer queijo”, diz Romilda. “Aprendi a fazer queijo com o meu marido. Quando nos casamos, não tinha a menor noção. Ia na fazenda onde ele trabalhava e ajudava a tirar o leite. Aí comecei a aprender. Fazia um, dois queijos e peguei gosto. Não parei mais”, completa, logo após dar forma a mais um queijo.
Ao descansar na bancada, ainda na forma, e ser salgado de um lado e do outro, em um ciclo de 12 horas, o queijo secreta o pingo. E como o próprio nome diz, o pingo goteja pela bancada para um recipiente, sendo que cada 100 litros de leite utilizados rendem apenas 100 ml de pingo, uma preciosidade guardada a sete chaves pelo produtor. E com razão. Graças à flora microbiana ali presente, o pingo funciona como um DNA do produto. “É com o pingo que o queijo canastra adquire a personalidade da nossa queijaria”, aponta João Carlos.
Diante das dúvidas persistentes, sem levantar os olhos das mãos que dão acabamento final, ou “toalete”, a um novo queijo desenformado prestes a nascer, Romilda tenta simplificar: “O coalho talha o leite, e o pingo dá a firmeza na massa”.
'Maternidade' de queijos – E a palavra nascimento é adequada ao se falar em queijo. O ambiente da queijaria é asséptico, como uma maternidade, e a satisfação de Romilda e do marido fica estampada no rosto ao revelar o ponto de maturação de cada um dos seus “filhos” repousando em uma bancada nas proximidades.
Embora os mais novos sejam os mais vendidos, a prateleira mais alta esconde dois ou três queijos que já passaram de um ano de maturação, ideais para serem degustados com um bom vinho ou a tradicional aguardente mineira. “As pessoas me procuram para aprender a fazer queijo bem feito. Eu ensino com gosto. Quando a pessoa elogia nosso queijo, dá os parabéns, é bom demais, né?!”, conta Romilda.
Bem menos falante do que a companheira, a José cabe a responsabilidade de fazer o Canastra Real, top de linha da queijaria. Diante de tantas perguntas, ele só observa a movimentação incomum até arrematar, com a sabedoria peculiar de quem fez o primeiro queijo aos 12 anos: “Desde menino o que eu sei fazer é isso. As pessoas vem aqui pra ver porque não têm noção de como é feito o queijo. Elas ficam espantadas e eu sinto orgulho”.
Uma fazenda e muitas ideias na cabeça
Do sonho à realidade da maioria das queijarias no Estado, chegamos à propriedade do veterinário Guilherme Ferreira, a Fazenda Estância Capim Canastra, no km 3 da Estrada São Roque de Minas/Bambuí. Ao lado do pai, José Eudes Ferreira, 58 anos, que deixou a terra natal e foi para a “cidade grande” aos 18 anos para “melhorar de vida”, Guilherme resgata as origens de sua família e, há um ano, começou a produzir queijos canastra.
O produtor reconhece que tem ainda um longo caminho a percorrer para conseguir se adequar aos padrões da Lei 20.549. E para não perder tempo, mesmo ainda na fase de discussão para a elaboração da nova lei, ele se antecipou e começou a obra de uma nova queijaria, tudo bem dividido, com sala de produção e sala de maturação.
Além de um galpão, ele também está renovando o curral e o espaço para a ordenha – o investimento já chega a R$ 120 mil – e, com a cabeça fervilhando de ideias, não vê a hora de ver o seu produto valorizado. Pelo queijo canastra de 1 kg, o queijeiro, negociante de queijos que passa duas vezes por semana na propriedade, paga a ele só R$ 7,50.
Diante desse preço, nada mais natural que o queijo seja ainda mero coadjuvante na Capim Canastra, que se mantém graças ao café e ao milho. Uma varanda nos fundos da sede da fazenda foi transformada em queijaria e de lá saem diariamente de 17 a 20 unidades de 1 kg, produzidas com o leite ordenhado de 35 vacas.
O primeiro obstáculo nesta evolução Guilherme considera que já superou, a resistência do pai ao idealismo do filho. A desconfiança dos vizinhos, também produtores de queijo, ele tira de letra. “Já disseram que esse moleque está louco, vai quebrar o pai dele. Mas eu entendo. Minha família tem outro negócio e não depende disso. Eu estudei e voltei para São Roque de Minas com mais informação e, sobretudo, com outra cabeça. Mas ainda não dá para pensar em uma propriedade se mantendo somente com a produção de queijo”, conta.
A mente de Guilherme voa longe e as dúvidas duram pouco: “A transferência de embriões é o futuro. Quem sabe não vamos desenvolver um gado especialmente para a produção de queijo?”
Lembranças da infância – Como bom pai, José Eudes ouve a tudo calado e diz estar ao lado do filho para o que der e vier, ainda mais de volta à terra onde nasceu. “O queijo é uma boa lembrança da minha juventude. Meus avós, meus pais faziam queijo. Uma das minhas primeiras lembranças é participar de uma entrega de queijo, levado no lombo dos cavalos, quando tinha cinco anos”, lembra.
Técnico químico e dono de uma empresa de galvanoplastia em Limeira, no interior de São Paulo, José Eudes deixou a mulher e os outros três filhos cuidando dos negócios para apoiar o sonho de Guilherme. “Eu estou dando um empurrão, mas a partir do meio do ano ele vai caminhar com as próprias pernas, pois vou retomar minha vida”, lembra. Mas, na visão do empresário José Eudes, não o fazendeiro, Guilherme não está jogando o dinheiro fora.
“Só quem viaja vê o valor que é dado a um bom queijo em outros lugares. As coisas mudaram muito desde que saí daqui, com duas mudas de roupa na mala, para trabalhar e estudar. São Roque de Minas cresceu, a região toda se desenvolveu e com o nosso queijo não vai ser diferente. O meu tempo já passou, o do meu filho está apenas começando”, diz.
Fonte e Imagens: Assembleia de Minas
Texto e fotos: Paulo Victor Rocha
O Conselho da Associação Ítalo-brasileira para a Educação (ASSIBE), entidade filantrópica qu atua em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, o Conselho Tutelar do Menor Adolescente, o CRAS e o PROERD de Astolfo Dutra fez, no último sábado, 2, em sua sede reunião para analisar as conquistas desde sua fundação e definir o planejamento e metas para 2013.
Após a reunião, Flávio Ladeira Alves (foto ao lado), Presidente da entidade, contou que a ASSIBE existe há dois anos, mas, em 2013, iniciou suas atividades sob nova direção, e, “em dois meses, já conseguimos fazer uma reforma em sua estrutura física, bem como reativar algumas oficinas educacionais para os 45 alunos de 7 a 12 anos, que estudam aqui de 12:30 às 17h, de segunda a sexta-feira”, contou.
“Hoje, além de três salas de reforço escolar, já estão funcionando as oficinas de Educação Ambiental, ministrada por Mariana Pinhati, Música e Informática, regidas por Gabriel Lima, Dança e Percussão com Adriana Nascimento, Psicomotricidade, com Juliana de Oliveira Martins, além de Artes em materiais recicláveis, com a voluntária Cassiana”, revelou Wallisson Rondinelli Costa Soares, coordenador da ONG. Flávio lembrou que, “é muito importante a colaboração das pessoas e das empresas do município para que possamos continuar esse trabalho tão importante para as crianças de Astolfo Dutra e para os pais, que podem ficar tranquilos em seus empregos, sabendo que seus filhos estão em um lugar de aprendizado.
A ASSIBE atua em parceria com comerciantes do município, como o Zé da Quitanda, que doa as maçãs, e a Porto Pães, fornecedora os pães aos alunos, informou Flávio Alves. Ele disse ainda que a entidade foi reformada recentemente, “também graças ao apoio de pessoas e empresas de Astolfo Dutra como a Linhares Materiais de Construção, José Teixeira, Cláudio Henrique Pinhati, Paula e Dornelas, Construfácil Materiais de Construção e ao Tarcísio, pedreiro responsável pela mão-de-obra”, completou.
A ASSIBE está localizada na Praça Governador Valadares, 86, no Centro de Astolfo Dutra eoferece, além das oficinas citadas, aulas de Hip-Hop, para pessoas de qualquer idade. A entidade vive de doações e neste sentido seu presidente chama a atenção da população para doações “necessárias ao nosso crescimento e ampliação dos trabalhos desenvolvidos”, disse Flávio. Quem não conhece a entidade pode visita-la e conhecer de perto suas atividades, acrescentou seu presidente.
A Vice-presidente Rosângela Pinhati Siqueira enfatiza o trabalho feito pela ASSIBE afirmando que ele é de “inestimável valor social, uma vez que prepara as crianças para o exercício da cidadania”. Também fazem parte da diretoria da ONG o Tesoureiro Adalberto Falconi, a Secretária Sandra Helena Rocha e a Colaboradora Regina Ribeiro Martins, além dos Conselheiros Sandra Maria Gomes Ferreira, Luana de Oliveira, Suleimar Corrêa de Oliveira Martins, Daniel Ferreira Alves, Luiz Fernando Godinho e Débora Pacheco (foto acima à esquerda).
A Superintendente Regional de Ensino de Leopoldina, Solange Soares Cabral Riguete, revelou que a instituição vai ganhar uma sede própria que será construída em terreno a ser doado pela Prefeitura daquela cidade. Segundo ela, a construção da sede própria é um dos objetivos da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, comandada por Ana Lúcia Gazzola.
Solange contou que esteve com o prefeito José Roberto de Oliveira para apresentar a proposta de construção da nova sede e recebeu total apoio do chefe do Executivo Municipal " que nos ofereceu o terreno situado nas imediações da Praça do Rosário", acrescentou ela. Agora o lote doado precisa ser avaliado e aprovado pelo setor competente daquela Secretaria de Estado, "para ver se atende às necessidade s projeto", completou ela.
A Superintendência Regional de Ensino de Leopoldina foi criada pelo Deceeto nº 29.906, de 02 de agosto de 1989, e recebeu a denominação de 36ª Delegacia Regional de Ensino e foi inaugurada no dia 31 de janeiro de 1990. Mais tarde, a Lei 11.721, alterou sua denominação para a atual, sendo a 19ª Superintendência de todo o Estado. Atualmente conta com 100 funcionários, atende às 34 escolas estaduais e outras municipais das cidades de Além Paraíba, Argirita, Estrela Dalva, Cataguases, Itamarati de Minas, Leopoldina, Recreio, Volta Grande, Pirapetinga e Santo Antônio do Aventureiro. Atualmente, a SER funciona na Rua Getúlio Vargas, 261, centro da cidade.
Fonte e foto da capa: Jornal Leopoldinense