No Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta sexta-feira (8), a rotina da produtora rural Silvani Correa da Silva não será alterada. Às 5h30, ela e as filhas Mônica, Eliane, Suely e Lenir já acordaram e despertaram o restante da família, três meninas e dois meninos. Este é o horário em que se iniciam as atividades na Fazenda Cabeceira do Mono, localizada no município de Coroaci, no Leste de Minas. A propriedade está há quase dois anos inscrita no Minas Leite, programa criado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e executado pela vinculada Emater-MG.
A família começou a receber a assistência do programa, por intermédio do escritório local da Emater, em meados de 2011, depois da morte do proprietário da fazenda, Elci da Silva. De acordo com Suely, que na época tinha 16 anos, a adesão ao Minas Leite foi decisiva para a mudança de rumo da propriedade. “Aprendemos a administrar, registrando tudo que se relacione aos animais e outros fatores que possam influir na produção da fazenda, o que permite inclusive fazer a previsão de investimentos em melhorias”, explica.
Na propriedade, que ocupa uma área de 112 hectares, havia mais de cem cabeças de gado comum e a produção de leite era pequena. Suely diz que o primeiro passo recomendado pelo extensionista Clésio Peixoto de Melo foi providenciar a plantação de um canavial para ajudar na alimentação dos animais. Ela acrescenta que a fazenda vai adquirir neste ano uma ensiladeira para picar a cana que servirá de alimento aos bovinos.
O manejo dos animais foi aperfeiçoado e agora eles são mantidos em espaços cercados sobre o pasto, conhecidos na região como mangas. De acordo com Suely, o esforço com apoio do Minas Leite para aumentar a produção das vacas deu bom resultado. Ela conta que a família adquiriu um touro Gir, a fim de gerar animais leiteiros e para recria. “Vendemos um touro que já não dava resultado e adquirimos um animal de melhor qualidade, avaliado em R$ 3,5 mil, trocado por alguns bezerros da propriedade”, diz.
Até o fim de março, a fazenda terá a primeira cria do touro, marcando uma nova etapa do trabalho. Mas enquanto esperava o resultado da inclusão do novo reprodutor no rebanho, a família realizou outros trabalhos para obter maior produção das vacas e ajudar no desenvolvimento dos bezerros.
Os resultados são animadores, comenta Suely, pois as 16 vacas em produção garantem 75 litros/dia, volume que era retirado de vinte vacas antes das mudanças propostas pelo Minas Leite. “O trabalho para manter tudo funcionando compensa e estamos aproveitando a experiência acumulada desde a infância: capinar, roçar, fazer cerca, ordenhar as vacas e realizar outras atividades”, ela observa. Ela ainda enfatiza que o Minas Leite ajudou a família a buscar melhores resultados, principalmente com uma produção de alta qualidade, e a introdução da gestão do negócio por meio do programa foi de fundamental importância.
Resultados surpreendentes
Para Silvani Correa da Silva, os resultados do trabalho coordenado pelas filhas mais velhas (Mônica, a primeira, tem 22 anos) na Fazenda Cabeceira do Mono e em outra propriedade da família na localidade de São Matias, próximo a Coroaci, são surpreendentes. Ela observa que não esperava tantas melhorias, apesar de reconhecer que a família tem muita disposição para o trabalho, e acredita que os resultados serão cada vez melhores com a assistência técnica da Emater. Além disso, Silvani diz que a família se organizou para realizar os trabalhos na pecuária e ainda prosseguir nos estudos. “Todos colaboram, inclusive os menores, quando têm condições de ajudar em tarefas mais leves e em casa”, assinala.
O extensionista Clésio de Melo ressalta que a família de Silvani tem condições de seguir com resultados crescentes na produção de leite porque demonstra interesse em melhorar sua participação no mercado e está atenta à adoção das práticas recomendadas pelo programa.
Mulheres do campo
Segundo o Censo Agropecuário de 2006, Minas Gerais tem 378.088 mulheres ocupadas em estabelecimentos de agricultura familiar. Segundo o superintendente da Subsecretaria de Agricultura Familiar/Seapa, José Antônio Ribeiro, o próximo censo deve registrar uma elevação expressiva do número de mulheres em atividade no segmento.
Fonte: Agência Minas
Agência Brasil
Brasília – Mulheres vítimas de violência por parte dos companheiros e acusadas de sequestro internacional de crianças por tirar os próprios filhos de um país estrangeiro; migrantes nas fronteiras secas; estrangeiras presas; e vítimas de tráfico internacional terão acesso a serviços de assistência jurídica no Brasil.
O anúncio foi feito hoje (8) pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, em parceria com o Ministério da Justiça e a Defensoria Pública da União, por meio da assinatura de um termo de cooperação técnica que disponibiliza acesso à Justiça gratuito e integral.
Para a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, o acordo representa uma das parcerias que faltavam no enfrentamento à violência contra as mulheres. “Qualquer mulher presa por qualquer tipificação de crime merece um tratamento digno e respeitoso e merece um advogado competente e de qualidade”, disse.
Com vigência de 24 meses, o acordo prevê que essas mulheres sejam orientadas, por meio da Ouvidoria da Mulher e da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), a entrar em contato com a Defensoria Pública da União sempre que não tiverem condições de contratar serviços jurídicos particulares.
Segundo a pasta, está prevista ainda a capacitação de profissionais sobre as especificidades de atendimento a essas mulheres. “O acordo só tem sentido quando aponta possibilidades reais e concretas de trabalho. Já temos o passo a passo, os fluxos e o protocolo”, destacou a ministra.
O defensor público-geral federal, Haman Tabosa de Moraes, garantiu que o órgão se compromete a defender essas mulheres, em cumprimento a uma missão que é constitucional. “É um ato simbólico em um dia tão simbólico [Dia Internacional das Mulheres]. Esse termo de cooperação técnica leva a cara do acesso à Justiça”, destacou.
De acordo com o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça, Augusto Eduardo de Souza, o Brasil conta com cerca de 545 mil pessoas encarceradas, sendo 36 mil delas mulheres. Nos últimos 12 anos, houve um crescimento de 256% da população carcerária feminina. Já o déficit carcerário feminino no país chega a 14 mil vagas.
Ainda segundo ele, a maioria da população feminina encarcerada é jovem e tem de 18 a 29 anos. Quase 60% dessas mulheres têm baixa escolaridade, já que poucas concluíram o ensino fundamental. Cerca de 80% delas estão presas por crimes relacionados ao tráfico de drogas e mais de 60% são negras ou pardas.
Ao todo, o Brasil conta com 82 estabelecimentos prisionais femininos. Cerca de 85% das mulheres encarceradas não foram julgadas e são presas provisórias.
O SEBRAE-MG realizou na manhã desta sexta-feira, 8, em Cataguases um encontro com dezessete prefeitos, secretários municipais e demais agentes públicos para apresentar seu Projeto de Políticas Públicas. A iniciativa tem por objetivo mostrar aos novos prefeitos suas vantagens e a importância da micro e pequena empresa no desenvolvimento dos municípios. A abertura do evento foi feita pelo Gerente Regional do SEBRAE-MG, João Roberto Marques Lobo e a apresentação do projeto ficou a cargo do técnico daquela entidade na Zona da Mata, Paulo Veríssimo. A organização do Encontro é da agência do SEBRAE-MG em Cataguases.
Acima, o jornalista Mauro Rios, o prefeito de MIraí, José Ronaldo Milani e Jamie Vargas Filho
A reunião desta sexta-feira foi a quinta que o SEBRAE-MG realiza na região, sendo que a primeira foi em Ponte Nova, sendo que ainda deverão acontecer mais três; uma em Ubá, outra em Manhuaçu e a terceira, em Juiz de Fora, revelou Paulo Veríssimo, minutos antes de iniciar sua palestra. De acordo ainda com ele, o evento vai mostrar aos prefeitos “caminhos para atrair e fortalecer as microempresas nos municípios, através da apresentação da Lei Geral da Pequena e Microempresa, bem como a rotina a ser seguida para que elas possam vender para os governos municipais, estadual e federal, além de obtenção de crédito, entre outros detalhes”, explicou.
A gerente da Associação Comercial e Industrial de Cataguases, Léllis Dutra e a diretora da ETFG em Cataguases, Olívia Silva
De acordo com Marco Antônio Mendonça, técnico do SEBRAE-MG em Cataguases, o evento alcançou seu objetivo de “fornecer aos novos gestores municipais mais esta ferramenta que, sem dúvida, irá auxiliá-los no desenvolvimento de suas cidades”. Sobre a Lei Geral das Pequenas e Microempresas, o técnico do SEBRAE-MG em Cataguases lembrou que “No Brasil, 99% do total de empresas são micro e pequenas o que obrigou o governo a criar uma legislação especial para elas que as permitam crescer”, explicou. (Foto abaixo, Ângelo Cirino, Secretário Municipal de Indústria, Comércio e Segurança e Fernando Pacheco, presidente da Câmara Municipal de Cataguases)
O difícil acesso é um dos responsáveis por manter em "segredo" esta pérola do litoral baiano. Praticamente intacta, quase selvagem, a Ilha de Boipeba também conta com uma ajudinha da população local, que se empenha em preservar a natureza e orientar o turista a deixar tudo do jeitinho que encontrou, aliás, como sempre foi.
A intervenção do homem é vista com ressalvas. Carros, por exemplo, são terminantemente proibidos, sequer há pontes ligando a ilha ao continente. Os únicos que trafegam por lá são os tratores que fazem a coleta do lixo. Caixas eletrônicos, câmbio de dinheiro ou qualquer coisa que lembre a "civilização" não tem vez nessa pacata ilha.
Ingleses, franceses, alemães, italianos e espanhóis já descobriram há muito tempo o sossego que impera por lá. E voltam ano após ano cada vez mais embasbacados com o mar azul-turquesa e, tão transparente, que provavelmente só no Caribe se encontre algo semelhante.
Boipeba é um reduto de descanso, ideal para quem busca paz e serenidade. Se o agito faz parte de seus planos de viagem, o ideal é ficar na vizinha Morro de São Paulo. Mas a visita a Boipeba é obrigatória. Apenas por ser um dos lugares resistentes a explosão turística do litoral baiano, já valeria à pena. Mas a ilha é um lugar abençoado e há muito que ver por lá.
Durante o dia as piscinas naturais pedem uma visita. Moreré é a praia onde ficam as mais famosas, mas a belíssima praia da Cueira também não deixa por menos. O rio do Inferno é imperdível, principalmente no pôr-do-sol. No mais, um passeio (a pé, claro) pelo vilarejo do século 17 não deixa o visitante em dívida com a simpática população local.
A Ilha de Boipeba pede um turismo de sensações e muita observação. Não há impulso consumista que sobreviva ao clima de "comunidade alternativa" que reina por lá. O segredo é ir com o espírito desprendido, pronto para enfrentar muitas horas de viagem pelo mar para se deparar com um pedacinho do paraíso na terra ao chegar.
Fonte: http://viagem.uol.com.br/guia/cidade/ilha-de-boipeba.jhtm
Agência Brasil
Rio de Janeiro – O NiteróiPrev, órgão de previdência do município de Niterói, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro, vai passar por uma auditoria para rever as aposentadorias por invalidez concedidas nos últimos anos. Segundo o prefeito Rodrigo Neves, o índice de aposentadorias por invalidez no município é muito alto em relação à média nacional.
“É um deficit gigantesco que vem sendo ampliado nos últimos anos. Para se ter uma ideia, enquanto o índice de aposentadoria por invalidez no país é, em média, 2% ao ano, em Niterói este índice chega a 65%. Por isso faremos uma auditoria no NiteróiPrev e, principalmente, revendo essas aposentadorias por invalidez dos últimos anos”.
Hoje (7), o município de Niterói aderiu ao Siprev, ferramenta de gestão disponibilizada pelo governo federal com informações referentes a servidores públicos (civis e militares), ativos, inativos, pensionistas e demais dependentes, da União, estados, Distrito Federal e municípios que tenham regime próprio de previdência.
A solenidade ocorreu no Museu de Arte Contemporânea (MAC), no Mirante da Boa Viagem, em Icaraí, com a presença do ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves. Segundo o ministro, a decisão da prefeitura de Niterói permitirá a sustentabilidade do sistema previdenciário do município.
“Eu acho que é a solução ideal, uma vez que o regime próprio, que será adotado a partir da adesão ao Siprev, permitirá a sustentabilidade do NiteróiPrev. É uma iniciativa que já foi adotada com sucesso em cerca de 2 mil municípios”, disse. Ao aderir ao Siprev, o prefeito de Niterói vai revigorar o regime próprio e dará a ele sustentação. Com isso, acreditamos que o prefeito terá amplo sucesso na administração municipal, pois poderá trabalhar e investir com mais folga de caixa para tornar a cidade cada vez melhor”, completou o ministro.
O prefeito Rodrigo Neves, ao comemorar a adesão ao sistema, declarou que o NIteróiPrev arrecada hoje cerca de R$ 125 milhões por ano com os 14 mil servidores da ativa que contribuem para a previdência social do município, mas que os gastos somente com os 7 mil pensionistas e aposentados do município é da ordem de R$ 180 milhões por ano.
O Siprev é oferecido gratuitamente pelo governo federal, que, por meio do Ministério da Previdência Social, promove treinamento e acesso aos serviços e dados do ministério. Permite o cruzamento de informações relativas à certidões de óbitos, cartórios, vínculos no Regime Geral da Previdência Social (RGPS).