Durante a 2ª reunião preparatória para o evento Mobilidade Urbana – Construindo Cidades Inteligentes, realizada nesta sexta-feira (8/3/13), no Plenarinho I da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), foram discutidos os possíveis objetivos para a realização do encontro, previsto para o fim deste semestre, e os temas a serem abordados. O planejamento urbano integrado foi uma das principais questões debatidas. O deputado Paulo Lamac (PT) conduziu a reunião, que contou também com a presença do parlamentar Fred Costa (PEN) e de cerca de 60 pessoas, representantes de órgãos públicos, associações, sindicatos, coordenadorias, universidades e institutos ligados à temática. Outras reuniões serão realizadas nas próximas semanas para a formatação do evento.
Paulo Lamac expôs os objetivos e os temas para a realização do encontro, sistematizados a partir da participação de várias entidades na reunião realizada na última sexta-feira (1º/3). Os objetivos são: mobilizar o poder público e a sociedade civil em torno do tema da mobilidade e da construção de cidades inteligentes e sustentáveis; discutir os principais desafios e alternativas para a questão da mobilidade, tendo em vista a realidade das Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte e do Vale do Aço; discutir esse tema nas diversas regiões do Estado, priorizando a realidade dos municípios com mais de 20 mil habitantes, tendo em vista as demandas apresentadas pela Lei Federal 12.587, de 2012, que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana. E também buscar a sensibilização e a capacitação de agentes públicos municipais e da sociedade civil para a construção dos Planos Municipais de Mobilidade, em atendimento à Lei Federal de Mobilidade Urbana; e receber contribuições e propostas dos participantes do evento relativas à mobilidade urbana e à construção de cidades inteligentes e sustentáveis.
Temas - O parlamentar também abordou possíveis temas, já identificados, a serem debatidos no evento, como a questão da fiscalização (trânsito e prestação de serviços de transporte), dos modos de transporte (automóveis, metrô, monotrilho, cicloviário, BRT, VLT, ferroviário, rotas de pedestre/calçadas, ônibus convencional, entre outros); do transporte por carros (dilemas do modelo e as políticas de estímulo e desestímulo); do transporte público (expansão, integração, prioridades e qualidade); e dos planos e intervenções emergenciais
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Outros temas levados à discussão foram o uso do solo e o planejamento urbano integrado (instrumentos e órgãos executores); a logística de abastecimento nas cidades e regiões (transporte de carga, circulação e impactos); a participação e controle social; a acessibilidade universal (meios de transporte, infraestrutura urbana, equipamentos de uso público); a questão ambiental e a mobilidade urbana (poluição, saúde e qualidade de vida, cidades sustentáveis); e os direitos fundamentais e a mobilidade urbana (desapropriações para grandes projetos viários, direito à cidade e a superação da exclusão/segregação, a questão da moradia, preços da tarifa).
Além disso, também são temas prováveis a educação para a mobilidade sustentável (educação de trânsito, comunicação adequada dos serviços, cidades educadoras); a importância da pesquisa e da agregação de novos conhecimentos e novas tecnologias; e os roteiros e termos de referência para a construção dos planos de mobilidade municipais. Todas essas questões serão, agora, amadurecidas.
Participantes sugerem novas questões
Durante a reunião, diversos participantes apresentaram sugestões referentes aos objetivos e temas para o Mobilidade Urbana – Construindo Cidades Inteligentes. Outras propostas sobre esses aspectos podem ser levantadas pelos interessados até a próxima reunião preparatória, a ser realizada na próxima sexta-feira (15), às 10 horas, na ALMG, em local a ser definido. Essas sugestões serão sistematizadas pela Gerência de Projetos Institucionais da Assembleia.
O engenheiro de trânsito Nelson Antônio Prata apontou para a necessidade de retomar o modelo do Planejamento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Planbel), que segundo ele ficou esquecido, e também de estabelecer as competências no sentido da fiscalização no trânsito. “Há também a necessidade de discutir o planejamento integrado em mobilidade nas regiões metropolitanas e o Código Brasileiro de Trânsito. É importante incluir a temática da legislação entre os temas”, afirmou.
Representante do Núcleo Jurídico de Políticas Públicas da PUC Minas, Frederico Guimarães sugeriu a inclusão da questão tributária como um dos temas a serem tratados pelo evento, como a possibilidade de isenção ou diminuição de impostos para quem deixa de usar os carros. “Precisamos pensar na questão econômica, pois não adianta ter planejamento se não há como implementá-lo. É muito importante discutir como implementar taxas sociais, impostos e de quem é a competência. Precisamos também que haja disponibilidade do poder público e da sociedade em abrir mão de costumes”, ressaltou.
Guimarães acrescentou como possíveis temas os financiamentos, asensibilização para a necessidade do planejamento em mobilidade e para que esse plano considere outros aspectos, como uso e ocupação do solo, saúde, moradia e lazer, setores esses que, de acordo com ele, devem ser considerados para a garantia dos direitos fundamentais da população.
Cidades Inteligentes - A necessidade de incluir o conceito de cidades inteligentes foi destacada por Milton Nogueira, do Movimento Nossa BH. “Sugiro que o evento trate também do uso da tecnologia para promover inclusão e democracia, para dar informação sobre trânsito, por exemplo, o que caracteriza a expressão cidades inteligentes”, disse.
Belchior Gonçalves Silva, gerente de relacionamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG), afirmou que é preciso tratar da importância de mudar a matriz de transporte, que é predominantemente rodoviária. Já o analista técnico da CBTU-Metrô BH, Adão Guimarães, sugeriu a inclusão do debate sobre a política tarifária no temário.
“Quero reforçar a confiança nesta Casa e agradecer a humildade da ALMG para receber nossas propostas. Creio que esse evento vai trazer para Belo Horizonte uma grande contribuição. Toda vez que se discute a mobilidade urbana, o usuário sai ganhando”, afirmou Francisco de Assis Maciel, da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Belo Horizonte. Maciel ressaltou que o coletivo tem que sempre prevalecer sobre o modo individual.
O ciclista Guilherme Tampieri, membro da Associação de Ciclistas Urbanos de Belo Horizonte (BH em Ciclo), lembrou que o Dia Mundial Sem Carro será no dia 22 de setembro, e convidou a todos que se engajassem para aumentar o impacto desse dia.
“Todas essas contribuições são muito ricas, e serão sintetizadas pela equipe da Casa. O objetivo da reunião de hoje foi avançar no fechamento de objetivos e temas. O papel desse grupo é exatamente dar a cara e o formato que o evento vai ter”, observou o deputado Paulo Lamac.
Da Agência Brasil
Vaticano - O conclave, que começa na terça-feira (12), pode ter resultado rápido e com consenso. Porém, é impossível arriscar quanto tempo levará. Mas a indicação sobre o curto prazo de duração foi dada hoje (9) pelo porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi. Ao detalhar os assuntos da oitava reunião antes do conclave, Lombardi admitiu que há um esforço entre os 115 cardeais, com direito a voto, em buscar um nome comum.
“[A expectativa é a] rápida convergência de alguns candidatos”, disse o porta-voz, sem sinalizar quem são os candidatos com mais chances de consenso. Nas ruas, italianos e fiéis de várias nacionalidades fazem apostas. Assunto que é repetido pelas emissoras italianas de televisão em programas de debates e telejornais.
Os ambulantes que vendem objetos religiosos dentro da área do Vaticano e próximos à Basílica de São Pedro preferem apostar em nomes consagrados. Nas banquinhas dos ambulantes é possível comprar terços, rosários e estatuetas com as imagens do papa João Paulo II (que morreu em 2005) e do emérito Bento XVI.
“Os brasileiros gostam muito de comprar esses rosários aqui [mostra ele], que são bonitos e cheirosos. Tem o rosto do papa beato João Paulo II”, disse Marco Giorgi, vendedor ambulante, nos arredores da basílica, ao tentar convencer a equipe da EBC a comprar seus produtos.
A eleição do papa emérito Bento XVI, em 19 de abril de 2005, ocorreu na primeira votação, lembrou o porta-voz. Lombardi disse ainda que logo após a votação e o “sim” do cardeal Josef Ratzinger à sua escolha, foi vista a fumaça branca em sinal do fim do conclave e da eleição do papa.
De acordo com o Vaticano, podem ocorrer até 34 votações em um total de 11 dias. Caso não seja obtido o consenso de dois terços dos votos em favor de um nome, é estabelecido um prazo para orações e reflexões, e aberta uma votaçãpo entre os dois que conseguiram mais votos.
Localizado na Avenida Olegário Maciel, nº 1427, foi revitalizado com ampla reforma, o imóvel que abriga a Fundação Irailda Ribeiro, (FUNIR) autarquia mantenedora da Universidade do Estado de Minas Gerais, (UEMG) da Universidade Aberta do Brasil, (UAB) e da Escola Técnica Federal (E-TEC) de cursos técnicos profissionalizantes. Com investimentos de cento e sessenta mil reais, a Prefeitura atendeu às reivindicações dos alunos, funcionários e professores e concluiu a colocação do novo piso, do forro em todo o teto, pintura interna, instalação de redes bloqueadoras de pássaros, retirada de goteiras e proteção contra inundações na área da biblioteca. A Prefeitura doou também 14 aparelhos de ar refrigerado, cuja instalação será custeada pela UEMG, conforme informou o diretor da instituição, Professor Kenedy Freitas.
O Prefeito Vadinho Baião falou: “nossa vinda aqui na UEMG hoje é para entregar algumas obras que nós fizemos para os estudantes. Vemos a satisfação dos estudantes e vemos que nós cumprimos aquilo que prometemos, que é deixar esta estrutura física um pouco melhor para que eles possam produzir mais e estudar num ambiente mais apropriado. Isto para nós é uma satisfação muito grande. Ainda temos muito a caminhar para que seja construída uma estrutura no campus da UEMG, no terreno que a Prefeitura doou ao Estado, e nós queremos participar desta caminhada naquilo que for possível.”
A entrega das obras aconteceu no dia 5 de março e teve ainda aula magna ministrada pelo professor Luiz Claudio Costa, ex-reitor da Universidade Federal de Viçosa, atualmente, Presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, (INEP Anísio Teixeira), autarquia do Ministério da Educação responsável por estudos e pesquisas que fornecem dados e demandas para que o Governo Federal elabore políticas públicas educacionais, além da manutenção de programas como o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica).
Na aula magna, Luiz Claudio enfatizou a importância das universidades para o país: “como instituições das ciências, das tecnologias e do conhecimento, as universidades têm a responsabilidade e a obrigação de buscar e construir um novo modelo civilizatório voltado para o social, para o coletivo.” Destacou como muito recente, a criação de universidades no Brasil, lembrando ainda que o acesso a elas era um privilégio das elites. Citando números, Luiz Claudio mostrou o crescimento e a democratização do ensino universitário no país: “no início do Governo Lula, em 2003, tínhamos 45 universidades federais e em 2012 chegamos a 59 com a criação de 14 novas universidades, aumentando de 109.200 vagas em 2003 para 243.500 vagas em 2012. Também tivemos crescimento expressivo nos cursos de graduações presenciais que eram 527.700 matrículas em 2003 e que hoje ultrapassam 700.000 matrículas. Tínhamos 114 campus universitários em 2003 e em 2012 atingimos a cifra de 230 novos campus. Também houve expressivo crescimento do Financiamento Estudantil (FIES) e nos valores destinados pelo Governo ao ensino superior; em 2003 as universidades federais receberam R$ 9,6 bilhões e em 2011 os investimentos ultrapassaram a casa dos R$ 23,6 bilhões,” concluiu.
O primeiro dia de Chuck Hagel, secretário de Defesa dos EUA, no Afeganistão começou com o som de um atentado suicida a cerca de um quilômetro de onde fazia uma de suas reuniões matutinas.
"Não sabia bem o que era", disse Hagel quando indagado sobre sua reação inicial à detonação que matou nove civis do lado de fora do Ministério da Defesa afegão.
"Mas estamos em uma zona de guerra. Estive na guerra... então não devemos ficar surpresos quando uma bomba explode ou acontece uma explosão".
A reunião de Hagel seguiu adiante --mesmo quando um anúncio sobre o incidente foi transmitido pelos alto-falantes de uma instalação da Otan que o abrigava na ocasião, disseram representantes.
Mais tarde ele embarcou em um voo para o campo aéreo de Bagram, próximo de Cabul, para se encontrar com comandantes da guerra mais longa da história dos Estados Unidos, e em seguida em um voo para a cidade de Jalalabad, no sul do país.
Lá ele condecorou com a medalha Coração Púrpura dois soldados que, como ele, foram feridos em combate.
"É verdade. Eu estava no exército dos EUA em 1968, no Vietnã", disse ele às tropas em Jalalabad.
Hagel, o primeiro veterano do Vietnã a se tornar secretário de Defesa, recebeu dois Corações Púrpuras durante o conflito e ainda tem estilhaços no peito.
Para o ex-senador republicano de 66 anos, a viagem é uma volta à guerra do Afeganistão, e será dissecada por críticos republicanos que se opuseram à sua indicação e questionaram seu juízo.
A última vez em que Hagel presenciou o conflito de perto foi durante uma visita do então senador Barack Obama em 2008.
Desde então, mais de 30 mil tropas norte-americanas foram e voltaram, e no mês passado o presidente democrata anunciou que cerca de metade dos 66 mil soldados dos EUA ainda no país retornarão até o início do ano que vem.
A Otan encerrará a missão de combate até o final de 2014, deixando somente uma força de treinamento e contraterrorismo relativamente pequena.
Hagel reconheceu que, apesar disso, o Taleban continua ativo. "Mesmo agora que passamos para um papel de apoio, esta continua sendo uma missão perigosa e difícil", afirmou. "Ainda estamos em guerra, e muitos de vocês continuarão a viver a feia realidade do combate e do calor da batalha".
Obama exaltou as qualificações e o histórico de guerra de Hagel, ressaltando que ele lutou como voluntário, e não como oficial. Hagel, argumentou Obama, encara a guerra da perspectiva "do cara lá de baixo" enviado para lutar, e talvez morrer, no estrangeiro.
Fonte: Reunters
Agência Brasil
Brasília – Jovens cientistas de todo o país estão em Brasília neste fim de semana para apresentar projetos voltados à melhoria da qualidade de vida de idosos. Depois de meses de estudo em grupo, eles desenvolveram protótipos avançados de tecnologia robótica que pretendem lançar futuramente no mercado.
Os cientistas são crianças e adolescentes com idade entre 9 e 14 anos, que representam colégios públicos e privados de todo o país no Torneio de Robótica First Lego League. Realizado desde 2004, o evento tornou-se referência para os jovens que querem mudar o mundo sem abrir mão do que mais gostam: diversão, tecnologia e interatividade.
Orientados por técnicos e mentores, os adolescentes fazem pesquisa social e tecnológica para desenvolver protótipos que poderiam ter saído de qualquer universidade. Estudantes de um colégio estadual em Santa Rita do Sapucaí (MG) desenvolveram uma dupla de relógios em que a variação de pressão no idoso aciona alarme na unidade que fica com seus filhos ou responsáveis. A localização é enviada por GPS.
“A proposta vai ao encontro da demanda do Brasil por mão de obra qualificada em tecnologia, que está sendo importada. Queremos despertar o jovem para esse mundo”, explica Marcos Wesley, do Instituto Aprender Fazendo.
A cada ano, além de torneios que testam a agilidade na operação de robôs, os participantes têm que apresentar projetos voltados para a melhoria da sociedade em que vivem. Neste ano, foi a vez da terceira idade.
No estande de Catalão (GO), estudantes apresentam um relógio diferente para os esquecidos. Os alarmes são programados para avisar sobre remédios e dosagens que devem ser ingeridos. Símbolos substituem os números na opção pensada especialmente para analfabetos. “Pela nossa pesquisa, entendemos que o idoso tem suas limitações, mas quer ser independente”, explica Luiz Dias, técnico da equipe.
O grupo que representa o Rio de Janeiro (RJ) apostou em um mecanismo que lê ondas cerebrais para movimentar objetos. “Pode ser usado para assentos e camas subirem e descerem, ajudando idosos com problema no joelho ou de locomoção”, explicam. Embora todas as ideias pareçam dignas de prêmio, apenas três das 60 equipes disputarão torneios na Europa e nos Estados Unidos.
Envolvido com o projeto há quase dez anos, César Barscevicius, 20 anos, diz que o torneio criou uma nova geração de jovens que vivem pesquisa e tecnologia o ano todo. “O brasileiro se destaca. Por não termos tantos recursos, acabamos usando mais a criatividade”, diz ele, que ganhou campeonato na Europa em 2010.
Todos os estudantes ouvidos pela Agência Brasil disseram que pretendem seguir na área de tecnologia, especialmente pela possibilidade de bons empregos e de “criar coisas novas que não precisam de manual”.