Agência Brasil
Brasília – Ao realizar um balanço de seu primeiro ano à frente da pasta, o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, disse hoje (12) que o consumo de pescado aumentou, mas fez alerta para a necessidade de o setor pesqueiro ampliar a produção. “Se aumentar o consumo sem produção, sobe o preço. Subindo o preço, dá inflação, e isso é ruim para nós todos”, disse.
Para ele, a presidenta Dilma Rousseff “acertou” ao lançar o Plano Safra da Pesca e Aquicultura, que destina R$ 4,1 bilhões em crédito e investimentos para o setor. O plano garante assistência técnica, renovação da frota pesqueira e apoio às comunidades pesqueiras. A estimativa é que a produção nacional do pescado atinja 2 milhões de toneladas até 2014.
“No Brasil, temos uma tradição: todo mundo no campo tem uma horta e uma galinha. Agora, precisamos criar a tradição de as pessoas terem um tanque para criar peixe. Assim, o Brasil vai estar à altura dos recursos naturais que possui e ser um dos maiores produtores do mundo. Essa foi a principal preocupação do ministério nesse ano que passou.”
Entre as conquistas registradas em 2012, o ministro Marcelo Crivella destacou a nova Carteira do Pescador Profissional, que deixou de ter prazo de validade e simplifica o acesso a benefícios sociais.
“A carteirinha precisava ser renovada todo ano e, para um pescador que vive em áreas remotas do Amazonas ou do Pará, isso era um sacrifício terrível. Agora, eles vão receber uma carteirinha, impressa em polioretano, com fotografia e dados biométricos. Ali, eles vão ter um documento com a duração de um CPF ou de uma carteira de identidade. Não precisa mais renovar, e isso vai facilitar muito a vida deles”, concluiu.
Cataguases recebeu na manhã desta terça-feira, 12, a visita do Secretário de Estado da Saúde de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques, que veio conhecer a estrutura física de saúde do município visando a primeira reunião para a implantação da Rede de Urgência e Emergência em toda a macrorregião Sudeste. Ele também veio negociar com a direção do Hospital de Cataguases a implantação da UPA Hospitalar e a remessa de recurso do Governo de Minas para a adaptação do sexto andar do Hospital de Cataguases em uma UTI, conforme revelou o Provedor daquele Hospital, José Eduardo Machado.
O Secretário foi recebido em Cataguases pelo prefeito José César Samor, o Secretário Municipal de Saúde, Alexandre Castelar Lacerda e pelo Secretário de Administração, Walter de Paula, além do diretor da Gerência Regional de Saúde de Leopoldina, Willian Lobo de Almeida. Eles seguiram em comitiva até o Paço Municipal onde o secretário Antônio Jorge conversou com a imprensa e de lá seguiu para o PSF do bairro Guanabara, Pronto Socorro Municipal e Hospital de Cataguases onde reuniu-se com seus diretores e autoridades municipais e regionais de saúde.
Na entrevista coletiva Antônio Jorge disse que na próxima sexta-feira, 15, haverá uma grande reunião, em Juiz de Fora, com a presença de 94 prefeitos da macrorregião “onde pretendemos sair com a definição da localização do SAMU Regional. É importante dizer para as pessoas que até o final do ano nós teremos SAMU funcionando em toda a região e as principais portas hospitalares receberão reforço de custeio e investimento para que possam se adequar a uma realidade de atendimento de urgência e emergência mais próxima à realidade do cidadão”. O Secretário disse ainda que as medidas tomadas significam uma mudança “muito importante no atendimento de urgência e emergência”. Finalizando, ele informou que até o final deste ano “teremos mais de setenta por cento da população mineira coberta por estte serviço e os investimentos do Estado para a manutenção destas redes chegam a quinhentos milhões de reais por ano”, salientou.
O Prefeito César Samor destacou a importância a presença do Secretário a Cataguases. “Vejo a visita dele como oportunidade para a gente alavancar a saúde de Cataguases, através do Hospital de Cataguases, de nossa Secretaria de Saúde e de todos os envolvidos. Estamos caminhando para resolver muitos dos problemas que enfrentamos na Saúde e acho que hoje vamos dar um grande passo neste sentido com a visita do Secretário”, frisou. O Diretor da Regional de Saúde de Leopoldina, Willian Lobo de Almeida, por sua vez, destacou a visita do Secretário como um “enriquecimento” para a região. Segundo Willian, “o anúncio da implantação deste serviço de urgência e emergência vai salvar muitas vidas, que é a nossa maior preocupação e, ao mesmo tempo,fortalece o sistema de saúde de nossa região”.
Pouco antes de receber o Secretário de Saúde de Minas, no hall de entrada do Hospital de Cataguases, o provedor daquela instituição, José Eduardo Machado, revelou esperar dele recursos para a construção da UTI em todo o sexto andar do Hospital “que é uma promessa dele conosco, além do credenciamento da Hemodinâmica em alta complexidade, para que a gente possa fazer a baixa complexidade. E como ele está muito sensível a isto, acredito que vai nos atender”, previu. Segundo José Edardo, a reunião, que fechou a visita de Antônio Jorge a Cataguases, com a direção do hospital, autoridades municipais e regionais e a equipe da Secretaria de Estado da Saúde de Minas, iria tratar da instalação da UPA Hospitalar em suas dependências. “A ideia é o hospital realizar em suas dependências o atendimento do Pronto Socorro Municipal, através da implantação de uma UPA Hospitalar”. O provedor do Hospital acrescentou que se o governo do estado assumir as despesas com infraestrutura e demais custeios necessários à esta implantação, “nós estamos dispostos a abraçar esta luta”, completou.
No Sul do Brasil, Rio Grande do Sul e Santa Catarina compartilham uma fronteira que guarda atrações singulares: estão lá o maior conjunto de cânions do relevo brasileiro e também as temperaturas mais baixas do país tropical. Em cidades como Cambará do Sul, a 180 km de Porto Alegre, é comum que o frio se aproxime de 0ºC ainda no outono, em junho. Os meses de inverno não desapontam quem gosta de ficar tremendo ao ar livre, vendo a paisagem coberta do branco da geada. As longas caminhadas nas trilhas dos cânions aquecem o corpo tanto quanto o chimarrão, a bebida quente que os sulistas sorvem com cuia e bomba.
Dois parques nacionais administrados pelo Instituto Chico Mendes concentram os principais pontos visitados. No Parque Nacional de Aparados da Serra está o cânion mais famoso, o de Itaimbezinho, cujos paredões chegam a 720 metros de altura. Rochas cheias de fendas, aliás: em tupi-guarani, “ita” significa pedra e “aimbé”, cortante. Lá as duas trilhas são fáceis, para qualquer idade ou preparo físico. Crianças fazem o percurso e chegam aos mirantes sem sustos.
No Parque Nacional da Serra Geral, os contornos ondulantes do cânion da Fortaleza deslumbram os turistas com ânimo para uma subida íngreme. A beleza compensa. São vales profundos, como se fossem montanhas com a garganta aberta, numa extensão gigante de 9,5 km. Como em Itaimbezinho, a mata verde se agarra às rochas e as araucárias parecem se equilibrar na beira dos precipícios. Quem vai pela primeira vez aproveita melhor o passeio se contar com um guia, podendo espichar as trilhas até a cachoeira do Tigre Preto e a Pedra do Segredo.
Demarcados há décadas, ambos os parques nacionais continuam com infraestrutura precária, com guaritas que se limitam a registrar o número de visitantes. Há sanitários e bebedouros na sede em Aparados da Serra, e nem isso na Serra Geral.
Para a aventura na terra dos cânions, o conforto se encontra em hotéis e pousadas com lareira e outros mimos como lençóis térmicos e banheiras de hidromassagem. Cambará do Sul tem desde opções para mochileiros e cabanas rústicas de madeira até hospedagens de luxo. No lado catarinense, algumas pousadas de Praia Grande oferecem o privilégio da visão das montanhas já nos quartos, jardins e varandas.
Desde o café da manhã, com doces e salgados múltiplos, as refeições têm comida farta nessa região do Brasil, com receitas que resgatam o pinhão dos antigos indígenas que povoaram a área e o feijão com abóbora dos seus sucessores, os tropeiros. A truta, peixe de águas geladas, substitui a carne bovina em várias ocasiões. Diante do calor da lareira de bares e restaurantes, sopas, fondues e vinhos ganham apelo extra.
Os cânions com centenas de metros de profundidade nasceram da ação do vulcanismo, cerca de 150 milhões de anos atrás. Sucessivos derrames de magma, resfriamentos e solidificações do basalto desenharam um espetáculo da natureza que provoca reações distintas nos que se aproximam. Há quem grite palavrões e quem chore discretamente. Só o medo de cair controla a vontade de sair pulando. O primeiro dos dois parques nacionais surgiu no governo de Juscelino Kubitschek, em 1959, e sua demarcação como área de preservação ambiental interrompeu o desmatamento da floresta nativa de araucárias, misturada à Mata Atlântica.
Majestosa na vida adulta, com 30 metros de altura, a araucária ou pinheiro-do-Paraná é um vegetal dióico: tem pinheiro macho e pinheiro fêmea, fecundada na polinização. As copas produzem as pinhas, cuja semente, o pinhão, é uma iguaria local para o consumo humano e, nas matas, serve de alimento para urubus, gralhas, quatis e capivaras.
Ainda em 1938, um dos primeiros corajosos a sobrevoar o abismo dos cânions foi padre Rambo, nome com que ficou conhecido o pesquisador pioneiro na luta pela criação do parque. Em suas expedições montanha acima e montanha abaixo, padre Rambo arriscou a vida em trilhas como a do Rio do Boi, que hoje são feitas com a segurança de guias, cordas, roupas e calçados apropriados. O rio tem esse nome devido a uma história trágica: a dos bovinos que não enxergavam o precipício, devido à neblina ou à escuridão da noite, e despencavam na rocha.
A trilha radical do rio do Boi dura o dia inteiro, são cerca de 10 km entre as pedras, assim como são necessárias manhã e tarde para as caminhadas que levam aos cânions Churriado e Malacara, ambos com partida no Parque da Serra Geral. Atividades mais tranquilas, de um turno só, incluem as cavalgadas pelas coxilhas das propriedades rurais e ainda o “circuito das águas”, privilegiado com recantos de beleza intensa, como o Lajeado das Margaridas e as cachoeiras do Tio França e dos Venâncios.
Curtir o inverno nas serras gaúcha e catarinense traz experiências como o frio extremo – e a possibilidade de se aconchegar num pelego e vestir, enfim, figurinos exclusivos como o pala de lã, um tipo de sobretudo longo, sem mangas, com abertura única para o pescoço e liberdade total de movimentos. Junto aos cânions, de maio a agosto a visibilidade melhora, sobretudo pela manhã. Mas quem planeja a viagem para o verão aproveita melhor as trilhas nos rios e os banhos de cachoeira.
Fonte: http://viagem.uol.com.br/guia/cidade/aparados-da-serra.jhtm
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Tecnologias para produção de milho, soja, arroz e feijão foram apresentadas no dia de campo “Grandes Culturas”, na Fazenda Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) em Lambari, no Sul de Minas. Durante as dinâmicas de campo, os participantes conheceram dicas de como se obter sucesso com o cultivo de várias culturas.
Segundo o pesquisador da Epamig, Fábio Aurélio Martins, o objetivo do evento foi incentivar o plantio de sementes mais adaptadas à região, além de mostrar alternativas para a cultura da soja, que tem sido cultivada com o objetivo de atender a indústria de ração. “Nas últimas safras houve um aumento do cultivo de grãos no Sul de Minas. Estamos desenvolvendo estudos de rotação de culturas, como arroz de ciclo precoce em sucessão à cultura da soja, dentre outras”, explica.
No evento foram apresentadas cultivares como opção de plantio. As cultivares de feijão, soja e arroz são resultantes de vários anos de pesquisas do Programa de Melhoramento Genético, conduzido pela Epamig, Universidade Federal de Lavras (UFLA), Embrapa e Fundação Triângulo.
As cultivares de soja, por exemplo, foram beneficiadas, embaladas e já estão sendo comercializadas em supermercados do município de Uberaba, no Triângulo Mineiro. Degustações da soja marrom, preparada com feijão, e da amarela, preparada como salada, foram realizadas em diversos eventos na região, com o objetivo de se verificar a aceitação do produto no mercado local.